Mostrando postagens com marcador Semifinal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Semifinal. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Pedro Ornellas (Escolha dos Semifinalistas das Melhores Trovas)


Na reta final, fizemos um preâmbulo, convidando os trovadores a sugerir trovas de autoria própria que julgassem merecedoras de entrar para a lista das semifinalistas.

Seguem as trovas sugeridas.

Pedimos que avalie com cuidado e indique se e quais devem entrar na lista.

Observações:
- Lembre-se de que não estamos escolhendo as melhores do conjunto e sim as melhores trovas de todos os tempos.

- Você pode apontar mais de uma, ou nenhuma, ao seu critério. Basta mencionar o(s) número(s).

- Nesta etapa, não vale votar na(s) sua(s) própria(s) trova(s). Caso alguém faça isso não será considerado.

- Entrará na lista a(s) trova(s) que obtiver(em) duas ou mais indicações por trovadores diferentes.

- Serão válidas as indicações que chegarem até a próxima quarta-feira, dia 5 de janeiro, no e-mail pedroornellas@uol.com.br.

A todos os que sugeriram trovas: continuem com esse bom espírito que têm manifestado, entendendo que se sua trova não entrar na lista, não significa que não tem qualidade. Todas as sugeridas são muito boas, mas o número de semifinalistas é limitado.

Agradecemos sua preciosa participação na escolha das trovas!
-

1
Estamos juntos, mas sós,
nossa solidão somada,
fez de ti, de mim, de nós,
a soma triste do nada!
2
Sozinhas nas madrugadas,
donas do mundo e da lua,
nossas mãos entrelaçadas
seguem juntas pela rua!
3
Quando o mar beijar teus pés,
fita o céu por um segundo,
assim saberás quem és:
um grão de areia no mundo!!!
4
Que pena: o sol, – ato falho –
ao lhe ofertar seu calor,
matou a gota de orvalho
que brincava sobre a flor!...

5
Esbanja carisma a lua,
que, alheia a qualquer conflito,
consegue, pálida e nua,
vestir de charme o Infinito!

6
Ante um grito, não se abata
por não ter respostas prontas,
que o silêncio é a mais sensata
e a mais nobre das afrontas!
7
Meu perdão foi em tributo
a uma lágrima suspensa,
um detalhe diminuto,
mas, que fez a diferença...
8
“Esquece!”, a razão exclama,
quando a saudade decide
acarinhar o pijama
que esqueceste no cabide...
9
Do cais, aceno ao vazio,
enquanto o remorso chora...
Castigo, é alguém no navio,
levando o perdão embora...
10
Quem tem sonhos hoje em dia,
não perca nunca a esperança.
Diz velha sabedoria:
“Quem espera sempre alcança!”
11
Nas noites de dissabor,
quando a saudade é cruel,
o poeta imprime a dor
num pedaço de papel !
12
Eu me lembro, com saudade,
da madrugada de outrora,
mamãe, na extrema bondade:
“Filha acorda, está na hora.”
13
Com pincel remanescente
que a saudade me legou,
pinto a vida sem presente
que o passado me roubou.
14
Da minha terra encantada
eu guardo a estação mais bela,
o canto da passarada
e os meus sonhos de janela!
15
O Deus que fez lago e monte,
que fez céu, mar, noite e dia,
fez do poeta uma fonte
por onde jorra poesia...
16
A mais triste Solidão
que os seres humanos têm
é abrir o seu coração,
olhar... e não ver ninguém!
17
Ao ver, de uma árvore, o corte,
minha angústia é paralela...
Eu sinto as dores da morte,
na dor dos “gemidos” dela!
18
Anote e depois confira,
visando o seu próprio bem:
meia verdade é mentira;
verdade e meia, também!

19
A noite, que nunca passa,
deu à insônia mais destaque
e um relógio, por desgraça,
ri de mim, no tique-taque!
20
De estrelas toda bordada,
porta aberta para a rua,
a tapera abandonada
abriga os raios da lua.
21
Eu faço das fronhas lenços,
nas longas noites sem sono
e os lençóis, braços imensos,
abraçam meu abandono…
22
Vê como a sorte judia
do nosso amor (coitadinho!):
tua cama tão vazia,
e eu na minha, tão sozinho!
23
Sofre o revés mais que justo
quem da ambição não se esquece
ao tentar a todo custo
conquistas que não merece!
24
Venceste alguém... e sorris
numa explosão de prazeres...
Serás, porém, mais feliz
quando a ti mesmo venceres!

25
"Eu volto!" - Falsa promessa
que ela ainda crê verdadeira,
pois, da varanda, não cessa
de contemplar a porteira...
26
Não desgastes, noutros leitos,
o ardor dos abraços teus,
pois teus braços foram feitos
para refúgio dos meus!
27
Navego em noite estrelada,
sulcando as ondas, sem vê-las:
meu corpo está na jangada,
minha alma está nas estrelas!
28
Meu coração foi bagual
redomão e escarceador.
Hoje, manso, lambe o sal
da saudade de um amor.
29
Quando, aninhado em teu peito,
fito teus olhos serenos,
sinceramente suspeito
que no céu há um anjo a menos.
30
Que bom, chegando aos sessenta,
saber, revendo os meus passos,
que é o bom DEUS que me sustenta,
e me carrega em SEUS braços ...
31
Não culpes os infelizes
com rudeza fria e crua,
a culpa dos seus deslizes
pode ser menor que a tua!...
32
Guarda sempre esta mensagem
da própria vida que diz:
É feliz quem tem coragem
de acreditar que é feliz!
33
Percebo, com desconforto,
que ainda sou teu vassalo:
nosso passado está morto,
mas não consigo enterrá-lo!
34
Tanto amor e afinidade
entre nós dois, já se vê,
que perdi a identidade:
eu sou eu... ou sou você?