Na Antártica, havia um jovem pinguim chamado Leandro que sonhava em voar. Enquanto seus amigos se contentavam em deslizar sobre o gelo e mergulhar nas águas geladas, ele olhava para os pássaros que voavam acima dele. Sempre se perguntava como seria sentir o vento em suas penas.
Um dia, enquanto explorava uma nova parte da costa, ele encontrou um velho pinguim chamado Gonçalo. Gonçalo era conhecido por suas histórias de aventuras.
"Você já pensou em como seria voar, meu jovem?", perguntou Gonçalo, notando o olhar sonhador de Leandro.
"Sim, mas sou apenas um pinguim. Nunca poderei voar", respondeu, desanimado.
"Voar pode não ser a única maneira de sentir liberdade. Às vezes, a aventura está em explorar o que está ao seu redor", disse Gonçalo.
Inspirado, Leandro decidiu que, em vez de lamentar sua condição, ele iria se aventurar em explorar a costa.
Nos dias seguintes, começou a escalar as rochas mais altas e a mergulhar nas águas profundas. Conheceu outros animais marinhos, aprendeu a pescar e até se tornou um ótimo nadador.
Um dia, durante uma de suas expedições, se deparou com um grupo de aves migratórias que estavam descansando.
"Você gostaria de voar conosco?", perguntou uma das aves.
Leandro hesitou, mas a ideia o fascinava. Ele subiu em uma montanha alta e, com um impulso, se lançou, deslizando pela encosta abaixo. Embora não tivesse asas, ele aprendeu a deslizar como o vento.
Ele percebeu que, mesmo sem voar como os pássaros, estava experimentando uma liberdade única.
Ao voltar para sua colônia, compartilhou suas histórias de aventuras, mostrando que o verdadeiro espírito de aventura está em se abrir para novas experiências, independentemente de como elas se apresentem.
Fontes:
José Feldman. Pérgola de Textos. Floresta/PR: Plat. Poe. Biblioteca Voo da Gralha Azul.
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing
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