sábado, 17 de outubro de 2009

Nilto Maciel (O Pião)

Nota Introdutória de José Feldman

Ontem, sexta-feira, tive o enorme prazer de receber de presente o livro Contos Reunidos, volume I, lançado este ano de 2009, deste escritor de Baturité, Ceará, Nilto Maciel. Constantemente ele me tem enviado seus livros de contos ou sobre os contistas do Ceará, além de jornais e boletins do Ceará.

Antes de colocar um conto deste livro para abrir o apetite do leitor, gostaria de colocar algumas palavras sobre este "fantástico escritor fantástico".

Tudo isto nos faz remeter a um estado que pouco se tinha conhecimento de sua literatura, ou se conhecíamos, nosso inconsciente não poderia conceber que tais obras fossem escritas por escritores da região. O que nos vem a mente, é a seca, a pobreza, a violência, mas não que apesar de todo este drama que se desenvolve, existam tantos e tantos escritores de alta qualidade, como é o caso de nosso irmão de letras, Nilto Maciel.

O que poderia dizer sobre o que escreve, além de que é sem sombra de dúvida escritos que nos levam a vagar por sobre as ondas do cotidiano, isto, entre a ficção e a realidade, que nos remete a vivenciar seus personagens. Não são contos que são presente, ou passado, mas que transformam os tempos em um só, havendo uma fusão de passado, presente e futuro. O futuro que não conhecemos, mas que somos seus construtores.

Nilto nos mostra em seus contos algo que vai além de uma simples fotografia, ele pinta um quadro que envolve toda uma paisagem e que nos faz penetrar na alma dele. Vivemos cada instante seus personagens. Carlim ou Hiroito (contos que coloquei aqui no blog), são testemunhas disto. Eles surgem do nada, às vezes em uma paisagem dantesca e penetram nosso ser, e ficam enraizados dentro de nós.

Como bem nos diz Silvério da Costa, no Jornal Sul Brasil, de Chapecó, SC, em 2 de junho de 2005, “contos quase que integralmente oníricos e inspirados na história e na mitologia, transpõe para os dias de hoje, de forma subvertida e alegórica, histórias longínquas que arrebatam o leitor e que não só tirou minha dúvida, como também me tirou do sério, por trazer tudo aquilo que há de mais encantatório, para mim, na arte do conto, que é o mágico-fantástico de um Gabriel Garcia Márquez, a absurdez kafkiana, a alusão a castelos, princesas, fadas, anjos, monstros, enfim, heróis exóticos de todas as estirpes e para todos os gostos, bem como a evocação de figuras das artes, da história, da ciência e da mitologia, como, entre outros, Ícaro, Átila, Jesus, Napoleão, Pilatos, Santos Dumont, Carlos Magno, Descartes, Malthus, Sophia Loren, Joana d'Arc e Lampião.

Uma salada excêntrica, cujos personagens brotam de um passado mais ou menos remoto, e que, associadas a ingredientes como vida, morte, velhice, desilusão, fanatismo, repressão, dinheiro e prazeres da carne, se atualizam e nos levam à complexidade e aos desajustes do ser humano moderno, e à inter-relação de seus mundos, interior e exterior, em situações esdrúxulas, só concebíveis na ficção, das quais as personagens se libertam graças à caneta do autor, à intervenção do deus Morfeu, aliás, a grande recorrência de que se vale o Nilto para livrá-las das suas encrencas
”.

Enfim, pelo que já li de seu livro, Nilto é um pintor das palavras, transforma paisagens e momentos em letras que nos presenteiam com seu encantamento seja em seus dramas, ou não. Ele nos faz rir, nos faz chorar, sofrer, e mesmo pensarmos em quem somos nós e qual a nossa participação no mundo que vivemos.
==========================
Nilto Maciel (O pião )

O menino atirou à distância o pião e puxou o cordão. O objeto alcançou o chão, com violência, e se pôs a girar. E tão velozmente girava, que Us imaginou estar ele parado. No entanto fazia voltas no chão, num movimento de translação ao redor de um ponto imaginário.

Aos poucos, o giro se fazia mais lento e Us pôde perceber o movimento de rotação do pião.

Mais alguns giros, e o objeto perdeu o equilíbrio. Entrou em desordem, rolou deitado e foi repousar longe do lugar onde originalmente caíra.

O menino atirou-se em busca do brinquedo. Certamente enrolaria de novo o cordão ao redor do pião e reiniciaria a brincadeira. Us, porém, não esperou o novo espetáculo. Devia se sentir satisfeito. E correu para casa.

– Mãe, compra um pião pra mim.

A mulher resmungou sim ou não e mudou de assunto. Fosse o filho tomar banho. A hora do almoço não tardava. Se não se apressasse, ia chegar atrasado à escola.

Us tomou banho com o pião girando em sua cabeça. Durante o almoço falou do brinquedo. A caminho da escola repetiu o pedido à mãe.

Mal teve início a aula, a professora chamou a atenção de Us. Deixasse a conversa para a hora do recreio. Ele falava a um amiguinho sobre o pião que iria ganhar.

Para sua mãe, no entanto, aquilo parecia muito perigoso. Mas ele não via perigos, só via piões. E sonhava esquisitices. Um mundo de piões. Todos girando. Nas calçadas, nas ruas, nos telhados, nos ares. A Lua, um pião enorme e lindo. As estrelas, piões do céu, brinquedos dos anjos.

E se a Terra também fosse um pião gigante a rodopiar no espaço? Brinquedo de Deus, aquele ser poderoso das aulas de religião e das missas de domingo.

Mas como os sonhos durassem pouco, durante o dia Us não se continha e fugia de casa para o país dos rodopios. Esquecia-se do tempo, dos estudos, da mãe. Aprendia a soltar piões. Olhos atentos às mãos dos outros meninos. Daqueles felizardos. E pedia, humílimo, para ao menos enrolar o cordão. Negavam-lhe esse favor, essa caridade. Comprasse ou mandasse fazer um pião.

Ora, a mãe jamais lhe daria dinheiro para comprar tão perigoso brinquedo. De qualquer forma, iria ao carpinteiro. Talvez não custasse tanto um pequeno pião.

Não custou nada. O carpinteiro com certeza se apiedou do pobre Us.

E toda a felicidade humana se incorporou ao menino. Tão feliz se sentia, que não carecia de platéia nem de elenco para seu espetáculo. Só de palco, do pião e de si mesmo. E se isolava nos becos, nas pontas de rua, nos terrenos baldios.

Havia, porém, um espectador oculto a ver todo o seu sonho rodar no chão. Um velho escultor. Entalhava uma estátua de Deus-homem, e só lhe faltava o coração. Aquele pião talvez servisse.

O menino se assustou e agarrou o brinquedo. Não, não venderia nem daria seu pião. Custara-lhe caro. O homem sorriu. Via mentira nos olhos de Us. Contasse a verdade. Ele também tinha sua via-crucis para contar.

Fizeram-se amigos. E o pião de Us acabou incrustado no peito do Deus do velho escultor.

Fonte:
MACIEL, Nilto. Contos Reunidos. Vol.I. Porto Alegre, RS: Bestiário, 2009.
Capa do Livro = fotografia de José Feldman

Eunice Arruda (Lançamento do Livro "Dias Contados")

Projeto De Trovas Para Uma Vida Melhor (2a. Etapa – 4. Concurso)



Tema: Perdão

GRUPO: 1 – NACIONAL


1º LUGAR

Retirada - por não ser inédita, por ter sido classificada em Concurso Nacional de Trovas de Taubaté 2000.
O meu perdão eu reforço
no momento em que consigo
ver as gotas de remorso
na lágrima do inimigo!

2º LUGAR

Perdão é a esponja macia
que se passa numa ofensa
por se crer na luz do dia
contra a noite da descrença.
Nilton Manoel (Ribeirão Preto – SP)

3º LUGAR

Em nome do amor, em nome
dos sentimentos mais nobres,
perdão, meu Deus, pela fome
que a injustiça impõe aos pobres!
Antonio Augusto de Assis (Maringá – PR)

MENÇÃO HONROSA

1. Perdão de amor é incerteza,
é aquela pedra em desvio
que segura a correnteza
mas não traz de volta o rio
Alba Christina (São Paulo – SP)

2. Tão doce o perdão ressoa
nas fibras do coração;
mais nobre que quem perdoa
é o que suplica o perdão!
Humberto Rodrigues Neto (São Paulo – SP)

3. Sendo o amor doce legado
que Jesus Cristo deixou,
embora crucificado,
seu perdão não nos negou!
Dilma Ribeiro Suero (Rio de Janeiro – RJ)

4. Este perdão que me negas
por "um nada" que te fiz,
é mais um cravo que pregas
na cruz de um peito infeliz.
Thalma Tavares (São Simão – SP)

5. Se és duro de coração,
não perdes por esperar...
Do céu só terá perdão
quem é capaz de perdoar!
Renato Alves (Rio de Janeiro – RJ)

MENÇÃO ESPECIAL

1. É uma sublime atitude
o saber pedir perdão.
Bem mais nobre é a virtude,
perdoar sem restrição.
Neiva Fernandes (Campos dos Goytacazes – RJ)

2. Quando a mágoa nos revolta,
e os dias tinge de breu,
só o Perdão nos traz de volta
a luz que a mágoa escondeu.
Marisa Vieira Olivaes (Porto Alegre – RS)

3. Perdão, eu peço, Senhor,
por não ter dado atenção
e nem repartido amor
com o meu carente irmão!
Delcy Canalles (Porto Alegre – RS)

4. Um erro sempre é semente
de uma dor que vai nascer.
Perdão é o melhor presente
que alguém pode receber...
Milton Souza (Porto Alegre – RS)

5. Por tudo que tu fizeste,
meu perdão, ainda te dei!...
Não, pelo amor que me deste,
mas, pelo amor que sonhei!
Prof. Garcia (Caicó – RN)
***************************

GRUPO: 2 – NACIONAL

1º LUGAR

O rancor me corroía
flagelava o coração.
Resolvi um certo dia
libertar-me com o perdão.
José Almir da Luz Junior (Curitiba – PR)

2º LUGAR

Ao receberes perdão,
por um instante dourado,
sentes Deus em comunhão
e o coração aliviado.
MIFORI (Mogi das Cruzes – SP)

3º LUGAR

Queres definir o amar?
Dentro da minha visão
amar é não precisar
jamais pedir o perdão!
Lóris Turrini (Tremembé – SP)

MENÇÃO HONROSA

1. Concedido por esmola
o perdão não traz fiança.
Dificilmente consola
tendo sabor de vingança...
Ruth Farah Nacif Lutterback (Cantagalo – RJ)

2.Se uma injúria alguém lhe lança,
dê-lhe a luz do seu perdão;
seja como uma criança
que traz limpo o coração.
Ilze Soares (São Paulo - SP)

3. Coisa mais bela da vida
é saber pedir perdão;
mostra humildade contida
dentro do seu coração
Wanda Duarte da Silva (Ribeirão Preto – SP)

4. Para dirimir um crime
consumado na paixão,
não há nada mais sublime
do que beijo do perdão.
Adamores (São José dos Campos – SP)

5. Vence valores, de fato,
quando em meio à discussão,
se revolta de imediato,
mas, na ofensa... dá o perdão!!!
Vânia Maria Souza Ennes (Curitiba – PR)
********************************

MENÇÃO ESPECIAL

1. Não vejo gesto de amor
Que se compare ao perdão;
Nem mais nobre, nem maior,
Que estender a sua mão.
Raymundo de Salles Brasil (Salvador – Bahia)

2. Perdoe pra ser perdoado:
esse é o lema cristão.
Não fique aí machucado,
peça e dê seu perdão.
Jair Pereira da Silva
********************************
GRUPO INTERNACIONAL

1º LUGAR

Ninguém me peça perdão
por algo que fez errado;
basta que atente a razão
logo fica perdoado!
Fernando Reis Costa (Coimbra – Portugal )

2º LUGAR

Uma palavra eu conheço,
que todos chamam PERDÃO!
Que a porta se abra em apreço.
Rancor ...faz mal, coração!
Libia Beatriz Carciofetti (Santiago del Estero – Argentina)

3º LUGAR

Senhor sofre o coração
pois muito te há ofendido,
triste te pede PERDÃO
com o peito arrependido...
Cristina Oliveira Chavez (Estados Unidos)

MENÇÃO HONROSA

1. Como se derrete o gelo,
suave brisa do perdão,
sempre alcança o seu apelo,
com amor, o coração.
Maria Cristina Fervier (Salto Grande – Santa Fe – Argentina)

2. Perdão por amar-te tanto
contigo perco o sentido
pois eu só vivo do encanto
de teus olhos meu querido...
Angela Desirée Palacios

3. É difícil esquecer
um insulto, uma agressão?
Mas é assim, podeis crer,
que tem valor o perdão.
Judite Raquel Neves Fernandes (Urbanização Quinta da Lavra – Portugal)

MENÇÃO ESPECIAL

1. Quem um filho castigar
por erro ou por omissão,
põe, no rosto, um mau olhar,
mas na alma dá-lhe o perdão.
Tiago – António José Barradas Barroso (Parede – Portugal)

2. Senhor, pecados alinho
para te pedir perdão,
que o padre já está velhinho
e dorme na confissão.
Olívia Alvarez Miguez Barroso (Parede – Portugal)

3. P'ra podermos perdoar,
teremos de estar em paz.
É como aprender a andar
e ver como se é capaz...
Jorge A. G. Vicente (Suiça)

4. Dar perdão é dar Amor!
Sabes amar? Reza e canta.
Por amor, ao pecador,
perdoa Deus e encanta!
Isaura Martins (Lameiras – Tábua – Portugal)

5. Jesus, nosso Professor,
ensinou esta lição:
- Perdoa e dá muito amor,
terás sempre o meu PERDÃO!
Gisela Alves Sinfrónio (Olhão - Portugal)
***************************

GRUPO 3 – ALUNOS

1º LUGAR

Você não sabe o tamanho
dessa minha imensa dor.
Mas, se o perdão eu não ganho,
sinto falta desse amor.
Daniela Aparecida S. Dias (Paraibuna – SP)
EE. “Dr. Cerqueira César”- Profª Celina

2º LUGAR

Eu tenho uma linda amiga
que já me pediu perdão;
ela aprontou uma briga...
Mas ganhou meu coração.
Carlos Magno Batista da Silva (Paraibuna – SP)
EE. “Dr. Cerqueira César” - Profª. Celina

3º LUGAR

Eu lhe dei o meu perdão,
ganhe, pois o meu amor.
Vou lhe dar meu coração,
como se dá uma flor.
Rafaela Rodrigues Lolo (Paraibuna – SP)
EE. “Dr. Cerqueira César” - Profª. Celina

MENÇÃO HONROSA

1 O perdão é obra prima
que nasce no coração,
de quem perdoa e estima
o outro, e tem compaixão.
Larissa Alves- 13 anos ((Paraibuna – SP)
EE. “Dr. Cerqueira César” Prof. Rose

2. Ajoelhando-se no chão,
suplicando ao Criador,
ofereça seu perdão,
num grande gesto de amor.
Isabelle C. G. Galvão Silva (Paraibuna – SP)
EE. “Dr. Cerqueira César” - Prof. Rose

3. Amor, tenha piedade!
Eu imploro o seu perdão;
você é a realidade
que vive em meu coração.
Maria Paula Antunes Davi (Paraibuna – SP)
EE. “Dr. Cerqueira César” - Profª. Celina

4. Aprendi dar meu perdão
e também ser perdoada.
Quero dar meu coração
e também ser muito amada.
Caroline Aparecida S. Santos (Paraibuna – SP)
EE. “Dr. Cerqueira César” - Profª. Celina

MENÇÃO ESPECIAL

1. Um passo para o perdão
é muito mais que bondade,
que mora no coração,
como amor e amizade.
Jéssica Duarte de Matos (Paraibuna – SP)
EE. “Dr. Cerqueira César” - Profª. Celina


2. Perdão por não ser perfeito,
perfeito sei que não sou,
com você fico sem jeito,
porque assim sempre é que estou!
Fabrício B. de Lima (Paraibuna – SP)
EE. “Cel. Eduardo José de Camargo” – Profª Helô

3. O perdão é um grande dom
se ele vem do coração,
só quem realmente é bom.
é que tem a salvação.
Josiane Oliveira Jerônymo (Paraibuna – SP)
EE. “Cel. Eduardo José de Camargo” – Profª Helô

4. No mundo quero aprender
que perdão temos que dar,
para podermos viver
e respirar um bom ar.
Yasmim Scarlat Ribeiro Gonzaga (Paraibuna – SP)
EE. “Dr. Cerqueira César” - Profª. Celina

5. Quase morri, meu amor,
sofrendo por solidão.
Agora morro de dor
por não ter o seu perdão.
Ana Carolina Nunes de Paula (Paraibuna – SP)
EE. “Dr. Cerqueira César” - Profª. Celina
----------
Fonte:
Antonio Augusto de Assis

Jorge Linhaça (Lançamento do Livro “A Grande Jornada”)

A Grande Jornada é uma viagem aos recônditos da alma humana. Uma busca por respostas às questões que nos afligem.

Os diálogos do viajante com seus estranhos preceptores encerram reflexões que muitas vezes deixamos a meio do caminho na correria do dia a dia.

Misticismo, esoterismo e aventura mesclam-se de tal maneira que se torna difícil parar de ler antes do desfecho de cada encontro. O final, se não de todo surpreendente, por certo é bastante inquietante.

Trecho do livro " A Grande Jornada" do autor Jorge Linhaça

Construtor de Pontes

( ...)O carpinteiro ocupava-se do seu oficio de construir pontes. Do lugar onde estava, tipo uma ilha de terra rodeada de precipícios, seguiam pontes em várias direções.

Poder-se-ia pensar a principio que o construtor fosse um obcecado pelo seu oficio, tal o numero de pontes que havia à sua volta, mas uma observação mais minuciosa deixava perceber que aquela era a única maneira de alcançar outros locais a partir de sua localização.

Há quanto tempo ele construía pontes ele nem mais se lembrava, só sabia que seu oficio era de vital importância para o aprendizado de quem por ali passasse.

Aguardava, agora, a chegada de um novo discípulo que por ali passaria no decorrer de sua jornada no caminho da luz.

Madeira e pregos ganhavam forma em suas mãos, tornando-se caminhos para transpor os abismos.

A utilidade de suas pontes era reconhecida por aqueles que as atravessavam.

O sentimento de ser útil aos outros enchia seu coração de alegria, sabia que fazia parte de um todo muito maior do que a soma de suas partes.

A felicidade estampada em seu rosto denunciava a alegria com que esperava receber o futuro visitante que não tardaria a chegar àquele local.

O viajor havia surpreendido a muitos preceptores em sua jornada, sua capacidade de novas descobertas era maior do que a maioria dos viajantes que iniciavam o trajeto.

O sucesso do viajante em sua empreitada, até aqui, prometia um belo findar de jornada.

Ocupado em fazer uma nova ponte que serviria para levar os viajantes ao caminho escolhido por eles, ouviu a aproximação do viajante e pôs-se de prontidão. ( ...)
===================
Sobre o Autor

Jorge (Luiz Franco) Linhaça, nasceu em São Paulo, capital, em 17 de julho de 1961, filho Mário João de Abreu Linhaça e Elisa de Jesus Franco Linhaça, imigrantes portugueses.
Formou-se em pedagogia, na UNICID- SP em 1989
É Cônsul do Movimento “Poetas Del Mundo” para a cidade de Arandú-SP.
Foi diretor de eventos da Sociedade Partenom Literário de Porto Alegre-RS;
É Assessor de Relações Públicas da AVPB – Academia Virtual Poética Brasileira
Foi Conselheiro da Casa do Poeta Rio-Grandense – Porto Alegre-RS
É Decano do Conselho e Delegado Regional do Clube de Escritores Piracicaba ( Piracicaba- SP)
Co-fundador da Federação das Academias de Letras e Artes do RS
Escreve semanalmente como colunista no Jornal “Democrata” de São José do Rio Pardo.
É cronista da revista eletrônica Paralelo 30
Desenvolve um trabalho de criação de poesias infanto-juvenis às quais agrega exercícios de interpretação e criação de textos.
http://oreinoencantadodejorgelinhaca.synthasite.com/
Este trabalho, inicialmente divulgado na Internet por amigos, já é utilizado em várias escolas do território nacional como material de apoio pedagógico.
É membro idealizador e ativista da INCAPAZ- INCansáveis Amantes da Paz
http://incapaz.mywebcommunity.org/
Site pessoal:
http://picadeirodasemocoes.synthasite.com/
Participou de várias coletâneas poéticas.
---------
Fontes:
Livro Pronto
http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/

Jorge Linhaça (O Escritor em Xeque)



Entrevista cedida ao Portal CEN (Cá Estamos Nós), de Carlos Leite Ribeiro.

Jorge Linhaça
Profissão: Pedagogo

Quer falar um pouco da terra onde mora?

Resido atualmente em Arandú, pequeno município no interior do Estado de São Paulo. É uma cidade predominantemente agrícola e diria até mesmo bucólica.

Quando começou a escrever?

Comecei a escrever meus primeiros rascunhos poéticos na sétima série escolar, incentivado por um professor de Língua Portuguesa, mas foram coisas esporádicas, alguns anos depois meti-me em um concurso que acabou por levar-me á Academia Juvenil de Letras, mas na época minha paixão pelo teatro falou mais forte e abandonei a cadeira. Situar o momento em que comecei uma produção mais constante leva-me ao ano de 2003 quando timidamente comecei a escrever e divulgar na internet em 2004/2005 cheguei aos grupos e as coisas foram num crescendo constante até os dias de hoje.

Teve a influência de alguém para começar a escrever?

Sempre fui incentivado pelos meus pais a ler o que me levou a arriscar escrever. No decorrer dessa caminhada literária encontrei nos grupos da internet de depois nos sites muitas pessoas que me estimularam a continuar.

Lembra-se do seu 1º trabalho literário?

Creio que meu primeiro trabalho literário em prosa, digno de nota foi uma peça teatral chamada "Solitárius Discoteque" que nunca cheguei a montar, o primeiro trabalho poético, coincidentemente chamava-se "Discoteque" e foi o que le levou à Academia Juvenil de Letras no ano de 1978.

Foi divulgado (como)?

Segundo o prometido quando de meu ingresso na Academia, deve ter sido divulgado em uma coletânea. A peça está esquecida em algum lugar de meus alfarrábios.

Tem livro (s) impresso (s) (editora e ano)?

Tenho meus textos em algumas coletâneas poéticas
Letras Catarinenses/ Gigantes 2006- Editora Odorizzi
Poesia do Brasil- Vol VI - Proyecto Cultural Sur-Brasil - 2007
Nas Asas da Paz - Editora Alternativa- 2007

Tem livro(s) eletrônico(s) (e-books), editora e ano.
Nas Asas da Poesia ( solo ) 2007

Projetos literários para este ano de 2008/09?

Publicação do meu romance "A Grande Jornada" - em processo de revisão
Publicação de alguns Volumes de Poesias - em processo de seleção dos textos

Como vão ser editados ?

Por uma editora no exterior que está à espera apenas do envio do material.

Fale-nos um pouco de si, como pessoa humana?

Sou uma pessoa simples e complicada de ser entendida. Simples por ser absolutamente transparente naquilo que penso, complicada por que isso causa espanto às pessoas que acham que eu deveria ser mais politicamente correto e fingir não ver certas coisas que acontecem.
Tenho agora centrado minha energia no Movimento dos Incansáveis Amantes da Paz (INCAPAZ-http://incapaz.mywebcommunity.org/index.htm), o que tem-nos dado muitas alegrias, tanto no Brasil quanto no exterior.

Como Escritor (a)?

Como escritor sou o que se pode chamar de eclético e inquieto, faço desde poesia didática a contos de terror, desde poesias líricas às Góticas.
Em relação às formas poéticas vou desde o versolibrismo aos sonetos, passando pro rondéis, rondós, triolés, gazal, cordel e o que mais me caia no gosto.
Na prosa gosto de escrever crônicas de costumes, contos, ensaios e reflexões.
Possuo uma coluna semanal no hebdomadário "Jornal Democrata" , da cidade de São José do Rio Pardo e lá tenho a liberdade de publicar o que queira em prosa ou verso.

Para se inspirar literariamente, precisa de algum ambiente especial ?

Não necessito de nenhum ambiente especial, a poesia ou prosa me vem nos lugares mais inusitados, como por exemplo o "Soneto ao Trono" ( a lá Bocage) que escrevi no sanitário de uma pizzaria.

Tem prêmios literários?

Alguns pequenos prêmios em concursos na internet;
Comenda Letras Catarinenses;
Destaque Cultural 29ª Expoesia em Porto Alegre;
Premiações como "Melhor Peça" em alguns festivais amadores de teatro

Tem Home Page própria (não são consideradas outras que simplesmente tenham trabalhos seus)?

http://naasadapoesia.blogspot.com

Conhece as vantagens que os Autores do CEN têm em ter sua Home Page ou (e) Livro (s) eletrônicos, nos nossos sites?

Dizer que conheço a fundo seria faltar com a verdade, mas devido ao prestigio que possui o Portal CEN, creio que é uma maneira de divulgar o trabalho em segmentos importantes da literatura lusófona.

Que conselho daria a uma pessoa que começasse agora a escrever ?

Começar... esse é o primeiro passo, é o conselho que tenho dado a muitos novos poetas, dos quais, tenho tido a sorte de ser o primeiro a ler os textos e lançar nesse mundão virtual.
Não existe um caminho, o caminho se faz ao caminhar, como dizia um antigo poeta inglês.
O importante é perserverar e não deixar o talento perder-se nas encruzilhadas da vida.
Estudar, pesquisar e aperfeiçoar também é muito importante.

Para terminar este trabalho, queira fazer o favor de mandar um pequeno (e original) trabalho seu (em prosa ou em verso).

A Graça de Fazer Graça

Fazer graça em verso ou em prosa
É uma graça à nos ofertada
Transformar os espinhos numa rosa
Transformar a dor em doce risada

Feliz é o que de si mesmo goza
Ou faz graça do que lhe entristece
vem de graça, a graça numa prece
Como alvorada no céu majestosa

Que graça há, se não fizermos graça?
Se é prá chorar, que seja de rir!
De graça nos vem , já tantas desgraças...

E se a dor passa, num simples sorrir
Levemos, então, à todos, a graça
E a vida passa, sem dores sentir.

Fonte:
http://www.caestamosnos.org/Autores/Jorge_Linhaca.htm

Livraria Cultura (Programação até 29 de Outubro)

São Paulo
Café Cultura/ Palestras

Data 17 de outubro, sábado, às 11h00
Tema Apresentação do Curso de Documentário: Formação e repertório
Palestrantes Flávio Brito e Alfredo D"Almeida
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 17 de outubro, sábado, às 16h00
Tema Você acredita em vampiros?
Palestrante André Vianco
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 17 de outubro, sábado, às 16h00
Tema ETC_Sampa, 1º Encontro de Twitteiros Culturais
Palestrantes Maurício Stycer (mediador), Rosana Hermann, José Roberto Toledo e Bia Granja
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 17 de outubro, sábado, às 17h00
Tema PERSON
Palestrante Marina Person
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 17 de outubro, sábado, às 18h00
Tema Mais respeito!
Palestrante William Sanches
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 17 de outubro, sábado, às 18h00
Teatro Adão e Eva - O clássico
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 17 de outubro, sábado, às 18h00
Tema Dragões de éter - Corações de neve
Palestrante Raphael Draccon
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 19 de outubro, segunda-feira, às 18h00
Tema Entre estantes e panelas - A gastronomia de pensar - Abelhas nativas e um mel segregado
Palestrantes Paulo Nogueira-Neto, Roberto Smeraldi e Carlos Alberto Dória
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 20 de outubro, terça-feira, às 19h00
Tema Sei que posso vencer
Palestrante Jaime Marcelo
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 20 de outubro, terça-feira, às 19h30
Tema Gestão no caos
Palestrante Roberto Procópio
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 21 de outubro, quarta-feira, às 19h00
Tema Treinamento rima com divertimento
Palestrante Luiz Wilson
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 21 de outubro, quarta-feira, às 19h30
Tema A ética do cuidado
Palestrantes Walderez de Barros (atriz), Leo Lama, Paulo Pinhas Hersch Rosenbaum (roteiristas) e Oswaldo Mendes (ator)
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 22 de outubro, quinta-feira, às 19h00
Tema A cultura de coaching nas organizações
Palestrantes Alexandre Rangel, Silvio Celestino e Pablo Aversa
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 22 de outubro, quinta-feira, às 19h30
Tema Reencarnação
Palestrante Antonio Demarchi
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 23 de outubro, sexta-feira, às 19h30
Tema Talento à prova de crise
Palestrantes Leila Navarro e Lula Vieira
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 24 de outubro, sábado, às 13h00
Tema Bate-papo sobre e-commerce e mídias sociais
Palestrantes Jorge Demetrio, Lígia Dutra e Thomas Barrios
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 24 de outubro, sábado, às 18h00
Tema O diário de Santee - Universos paralelos
Palestrante Roque Fernando
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 25 de outubro, domingo, às 15h00
Tema Lançamento do livro "A maldição do Titã" - Percy Jackson
Palestrantes Fã-clube Percy Jackson Sp
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 19h00
Tema Semana de negócios - Profissional do futuro - O encontro da razão com a emoção
Palestrantes Carlos Faccina, Luiz Edmundo Rosa e Luiz Carlos Cabrera
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 19h30
Tema Chico Buarque - Histórias de canções
Palestrante Wagner Homem
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 27 de outubro, terça-feira, às 19h00
Tema Semana de negócios - Ativos intangíveis e os meios de comunicação
Palestrantes Daniel Domeneguetti e Roberto Meir
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 27 de outubro, terça-feira, às 19h30
Tema "Psicografia e espiritismo"
Palestrante Ariovaldo Cesar Junior
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 28 de outubro, quarta-feira, às 19h00
Tema Semana de negócios - A força da comunicação como elemento integrador
Palestrantes Elcio Anibal de Lucca e Normann Kestenbaum
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 13h00
Tema Pathwork - Prazer, a plena pulsação da vida
Palestrante Maria Sylvia Barretto Guimarães Cornelsen
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 18h00
Tema CineEsquemaNovo 2009 - Festival de Cinema de Porto Alegre
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 19h00
Tema Semana de negócios - Marketing e vendas - Táticas e estratégias para o novo consumidor
Palestrantes Mario Castelar e Sandro Magaldi
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 20h00
Tema CineEsquemaNovo 2009 - Festival de Cinema de Porto Alegre
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

São Paulo
Noite de Autógrafos

Data 17 de outubro, sábado, às 15h00
Livro AS AVENTURAS DO RICHARD
Autor Richard Rasmussen
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 17 de outubro, sábado, às 17h00
DVD/Video PERSON
Autor Marina Person
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 17 de outubro, sábado, às 18h00
Livro MAIS RESPEITO!
Autor William Sanches
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 17 de outubro, sábado, às 18h00
Livro HITIMAHANA E AS SETE PIRÂMIDES
Autor Márcia Marchetti
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 17 de outubro, sábado, às 19h00
Livro DRAGÕES DE ÉTER
Autor Raphael Draccon
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 19 de outubro, segunda-feira, às 18h30
Livro ESPIRITISMO E ECOLOGIA
Autor André Trigueiro
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 19 de outubro, segunda-feira, às 19h00
Livro INFIDELIDADE CONJUGAL SOB A ÓTICA SISTÊMICO-PSICODRAMÁTICA
Autor Lêda Marchesini
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 19 de outubro, segunda-feira, às 19h30
CD RETRATO BRASILEIRO
Autor Albano Sales Trio
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 20 de outubro, terça-feira, às 18h30
Livro PROCESSO ADMINISTRATIVO
Autor Irene Patrícia Nohara
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 20 de outubro, terça-feira, às 18h30
Livro DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL
Autor Paulo Roberto de Figueiredo Dantas
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 20 de outubro, terça-feira, às 19h00
Livro COLEÇÃO MÉTODOS E ÁLBUNS DE QUARTETOS
Autor
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 20 de outubro, terça-feira, às 19h00
Livro SEI QUE POSSO VENCER
Autor Jaime Marcelo
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 20 de outubro, terça-feira, às 19h30
Livro CRONOS ENSANDECIDO
Autor Sergio Pripas
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 21 de outubro, quarta-feira, às 18h30
Livro TRATADOS INTERNACIONAIS
Autor Antonio Márcioo da Cunha Guimarães
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 21 de outubro, quarta-feira, às 18h30
Livro NÓIA
Autor João Blota e Rafael Júnior
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 21 de outubro, quarta-feira, às 19h00
Livro ALÇA DE SILICONE
Autor Maria do Carmo Marini
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 21 de outubro, quarta-feira, às 19h30
Livro O NOME DO CUIDADO
Autor Leo Lama e Paulo Pinhas Hersch Rosenbaum
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 21 de outubro, quarta-feira, às 20h30
Livro VENDENDO E APRENDENDO EM CORDEL
Autor Luiz Wilson
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 22 de outubro, quinta-feira, às 18h30
Livro APOSENTADORIA POR IDADE
Autor Adriane Bramante de Castro Ladenthin
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 22 de outubro, quinta-feira, às 18h30
Livro TEORIA DO CONGLOBAMENTO
Autor Dânia Fiorin Longhi
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 22 de outubro, quinta-feira, às 19h30
Livro UMA CONVERSA COM ZAQUEU
Autor Paula Cereda
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 23 de outubro, sexta-feira, às 18h30
DVD/Video O SIGNO DA CIDADE
Autor Carlos Alberto Riccelli
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 23 de outubro, sexta-feira, às 18h30
Livro A TRAVESSIA DO CANAL DA MANCHA
Autor Percival Milani
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 23 de outubro, sexta-feira, às 19h00
Livro FILOSOFIA DA COMPUTAÇÃO E DA INFORMAÇÃO
Autor João Mattar
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 23 de outubro, sexta-feira, às 19h00
Livro A SUIÇA É VERDADEIRAMENTE UM PAÍS MAIS QUE PERFEITO?
Autor Diego Cinelli
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 23 de outubro, sexta-feira, às 19h30
Livro TALENTO À PROVA DE CRISE
Autor Leila Navarro
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 24 de outubro, sábado, às 11h00
Livro MAIS VOCÊ - 10 ANOS
Autor Ana Maria Braga
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 24 de outubro, sábado, às 18h00
Livro O DIÁRIO DE SANTEE - UNIVERSOS PARALELOS
Autor Roque Fernando
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 24 de outubro, sábado, às 18h00
CD GOOD BLOOD HEADBANGUERS
Autor Massacration
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 25 de outubro, domingo, às 17h00
CD VIRADO
Autor Paulo Bellinati e Weber Lopes
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 18h30
Livro VIVENDO DE CINEMA
Autor Tony de Sousa
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 19h00
Livro MEDIDAS PROVISÓRIAS
Autor Gustavo Rene Nicolau
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 19h30
Livro GOVERNANÇA CORPORATIVA E DISPERSÃO DE CAPITAL
Autor Heloisa Belotti Bedicks
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 19h30
Livro CHICO BUARQUE - HISTÓRIAS DE CANÇÕES
Autor Wagner Homem
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 20h30
Livro O NOVO PROFISSIONAL COMPETITIVO
Autor Carlos Faccina
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 20h30
Livro SE EU FOSSE VOCÊ, O QUE EU FARIA COMO GESTOR DE PESSOAS
Autor Luiz Edmundo Rosa e Luiz Carlos Cabrera
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 27 de outubro, terça-feira, às 18h30
Livro CONTROLES INTERNOS E CULTURA ORGANIZACIONAL
Autor Marcos Assi
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 27 de outubro, terça-feira, às 18h30
Livro SERÁ MESMO QUE VOCÊ NASCEU PARA SER EMPREGADO?
Autor Mariá Guiliese
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 27 de outubro, terça-feira, às 19h00
Livro TODOS SOMOS EDUCADORES
Autor Mônica Abud Perez de Cerqueira Luz
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 27 de outubro, terça-feira, às 19h30
Livro A PROPOSTA DO CORONEL
Autor Ariovaldo Cesar Junior
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 27 de outubro, terça-feira, às 20h30
Livro ATIVOS INTANGÍVEIS E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Autor Daniel Domeneguetti e Roberto Meir
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 28 de outubro, quarta-feira, às 18h30
Livro +CORRIDA
Autor Rodolfo Lucena
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 28 de outubro, quarta-feira, às 19h00
Livro AGRONEGÓCIO NO BRASIL
Autor José Roberto Ferreira Savoia (coordenador) - Coautores: Carlos Alberto Widonsck, Celma de Oliveira Ribeiro, Daniela Moreira Palermo, Rosa Maria Fernandez Rego
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 28 de outubro, quarta-feira, às 20h00
CD DUOFEL PLAYS THE BEATLES
Autor Duofel
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia

Data 28 de outubro, quarta-feira, às 20h30
Livro OBRIGADO PELA INFORMAÇÃO QUE VOCÊ NÃO ME DEU!
Autor Normann Kestenbaum
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 28 de outubro, quarta-feira, às 20h30
Livro GESTÃO PARA UM MUNDO MELHOR
Autor Elcio Anibal de Lucca
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 18h30
Livro O MUNDO NA COZINHA
Autor Massimo Montanari
Local Livraria Cultura Conjunto Nacional

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 19h30
Livro O AMOR SEMPRE VIVERÁ
Autor Magda Fenyves Sadalla
Local Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 20h30
Livro O MARKETING DA NOVA GERAÇÃO
Autor Mario Castelar
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 20h30
Livro VENDAS 3.0
Autor Sandro Magaldi
Local Livraria Cultura Market Place Shopping Center

São Paulo
Curso

Data Dia 24 de outubro de 2009 (sábado) das 11h00 às 14h00
Tema Documentário: Formação e repertório
Docente Professores do grupo Aruanda lab.doc
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Pompéia - Rua Turiassu, 2100 - São Paulo/SP
===========================

Porto Alegre
Café Cultura/ Palestras

Data 17 de outubro, sábado, às 15h00
Tema Sarau em língua inglesa - Índia, milenar e cosmopolita: poesia, cinema, religião e vivências
Palestrantes Maria da Graça Gomes Paiva e Kleber Valenti Schenk
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 18 de outubro, domingo, às 15h00
Tema Ciclo Software Livre na Cultura - "IPTables: entenda como funciona o Firewall no Linux"
Palestrante Elgio Schlemer
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 19 de outubro, segunda-feira, às 19h30
Tema Bioética e espiritualidade
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 21 de outubro, quarta-feira, às 19h00
Tema Compras - Elementos para o jogo da negociação de produtos e serviços
Palestrantes Clea Beatriz Macagnan, Luciano Bicca de Bem e Ricardo Machado
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 24 de outubro, sábado, às 11h00
Tema Pathwork Tua vida, tua obra-prima
Palestrante Gene Humphrey
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 24 de outubro, sábado, às 11h00
Tema Pathwork - Tua vida, tua obra-prima
Palestrante Gene Humphrey
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 19h00
Tema Deficiência múltipla - Uma abordagem psicanalítica interdisciplinar
Palestrante Maria Marta Heinz
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 27 de outubro, terça-feira, às 19h00
Tema Lançamento dos livros "Pedaços de reflexão pública" e "Imaginário, Poder e Estado"
Palestrante Ricardo Giuliani Neto, Leonel Severo Rocha e David
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 28 de outubro, quarta-feira, às 20h00
Tema A sexualidade é fundamental para a vida psíquica?
Palestrantes Júlio Bernardes, José Paulo Bisol, Ana Rosa Chait Trachtenberg, Newton Aronis e Caroline Milman
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 18h00
Tema CineEsquemaNovo 2009 - Festival de Cinema de Porto Alegre
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 20h00
Tema CineEsquemaNovo 2009 - Festival de Cinema de Porto Alegre
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Porto Alegre
Noite de Autógrafos

Data 17 de outubro, sábado, às 19h00
Livro COMO SE CHORASSE
Autor Rosana Guazzelli
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 21 de outubro, quarta-feira, às 19h00
Livro COMPRAS - ELEMENTOS PARA O JOGO DA NEGOCIAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS
Autor Clea Beatriz Macagnan
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 23 de outubro, sexta-feira, às 19h00
Livro ESTABILIDADE NO EMPREGO
Autor Ramaís de Castro Silveira
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 24 de outubro, sábado, às 18h00
Livro DIREITO DO TRABALHO - CURSO DIDÁTICO
Autor Patrícia Fontes Marçal
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 19h00
Livro DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
Autor Maria Marta Heinz e Dani Laura Peruzzolo
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 27 de outubro, terça-feira, às 19h00
Livro PEDAÇOS DE REFLEXÃO PÚBLICA
Autor Ricardo Giuliani Neto
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 27 de outubro, terça-feira, às 19h00
Livro IMAGINÁRIO, PODER E ESTADO
Autor Ricardo Giuliani Neto
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 19h00
Livro FAZER O QUÊ?
Autor Marta Fernandes de Sousa Costa
Local Livraria Cultura Bourbon Shopping Country

Recife
Café Cultura/ Palestras

Data 22 de outubro, quinta-feira, às 18h30
Tema Dois anos do blog Olhavê
Local Livraria Cultura Paço Alfândega

Data 26 de outubro, segunda-feira, às 19h00
Tema A Cultura e a Arte em Pernambuco
Palestrante Cássio Cavalcante
Local Livraria Cultura Paço Alfândega

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 18h00
Tema CineEsquemaNovo 2009 - Festival de Cinema de Porto Alegre
Local Livraria Cultura Paço Alfândega

Data 29 de outubro, quinta-feira, às 20h00
Tema CineEsquemaNovo 2009 - Festival de Cinema de Porto Alegre
Local Livraria Cultura Paço Alfândega

Recife
Noite de Autógrafos

Data 17 de outubro, sábado, às 19h00
Livro DIREITO FLEXÍVEL DO TRABALHO
Autor Fábio Túlio Barroso
Local Livraria Cultura Paço Alfândega

Programação sujeita a alterações. Consulte o site da Livraria Cultura

Fonte:
Colaboração da Livraria Cultura

Sorocult na Expo-Literária


Nada na vida dá mais prazer do que poder fazer o que se gosta de maneira independente e sem amarras. Com o Sorocult tem sido assim desde seu nascimento.

Além de oferecer espaço gratuito para os escritores publicarem seus trabalhos no site www.sorocult.com, ele os divulga e os incentiva a escreverem cada vez mais, possibilitando-lhes também a realização do sonho da publicação em livro impresso, através de suas coletâneas literárias lançadas anualmente.

Ao todo, entre as 4 coletâneas literárias do Espaço Literário do Sorocult e as 7 infantis dos Sorocultinhos, o Grupo Sorocult já fez cerca de 7 mil exemplares de livros em pouco mais de dois anos de trabalho editorial, sendo que mais de 60% desta produção foi destinada à doação em escolas, bibliotecas e entidades assistenciais de Sorocaba e região.

Sabemos que este não é um trabalho pequeno nem simples. É sim, antes de tudo, um trabalho de vocação, de desprendimento, de respeito e amor aos livros, à cultura e às pessoas. Um trabalho que obriga a muitas horas de dedicação, onde as preocupações e alegrias andam junto o tempo todo. Um trabalho que tem como única certeza a expectativa daqueles que estão esperando para ganhar um dos nossos livros.

É muito edificante escrever e ser lido com verdadeira atenção e interesse na certeza de que o trabalho literário que fazemos e aplicamos age verdadeiramente como formador de opinião dentro de uma abordagem educativa em prol de uma cidadania cada vez maior.

Em outras palavras, é muito recompensador saber que ao invés de uma literatura para poucos, fazemos uma literatura para muitos, principalmente para tantas crianças que desde pequenas estão tendo a oportunidade única de descobrirem o quanto ler é uma aventura maravilhosa pelo mundo da imaginação. E, principalmente, descobrirem que ler é um direito de todos!

Fonte:
Neusa Padovani Martins
(Coordenadora e editora do Grupo Sorocult e do PLRS - Projeto Leitura Responsável Sorocult)

Participe do Dia Mundial do Poeta no Portal CEN



(ser poeta é …)

20 de Outubro

CONVITE

Extensivo a todos: Autores CEN – Colaboradores – Leitores e Amigos do Portal CEN – “Cá Estamos Nós”

Podem mandar as poesias (uma por cada e-mail) para

carlosleiteribeiro@sapo.pt

até às 00.00 horas (Brasil) do dia 19 de Outubro de 2009

Carlos Leite Ribeiro
(Presidente do Portal CEN – “Cá Estamos Nós”)

Fonte:
Carlos Leite Ribeiro

Primeiro Encontro de Escritores de Gravatal



Data: 23 à 25 de Outubro (Sexta à Domingo)
Palestras e Painéis -- Oficinas de Literatura
Feira do Livro – Sessões de Autógrafos
Palestras para Escolares – Poesia nas Praças
Distribuição de Livros Infanto-Juvenis

INSCRIÇÕES: Serão livres e gratuitas, bastando tão somente comparecer antes do início do evento. Quem desejar participar da Feira do Livro, deverá apresentar suas obras até às 16h00 do dia 23/10.

A CIDADE: Gravatal fica distante 350 Km de Porto Alegre, 450 Km de Curitiba, 160 Km de Florianópolis e 21Km de Tubarão. É conhecida por ser um Balneário de Águas Termo-minerais, onde o banho de piscina é possível em todas as estações do ano. Por se tratar de uma cidade turística seu comércio é forte.

HOTÉIS: existem diversos hotéis na cidade. Aquele no qual ficarão os palestrantes é o Hotel Internacional (quatro estrelas), com piscinas de águas termais, piscina coberta, salão de convenções, amplas áreas de lazer, sauna, cancha de bocha, tênis, etc. (fotos ao lado). Seu endereço é Av. Pedro Zapeline, 887 – Fone: (48)3648-8100. As reservas poderão ser feitas diretamente com o Setor de Reservas (Rosana ou Dayse) por telefone ou Email reservas@hotelinternacionalgravatal.com.br . A diária completa (3 refeições) é de R$ 117,00. Para hospedagem apenas com café da manhã, o custo passa a R$ 97,00.

TRANSPORTE – Há um ônibus da Transportadora Planalto (51-3374 9777 e 3374 9744) direto PoA à Gravatal que sai quartas, quintas, sextas e sábados, do Teatro São Pedro, às 8 horas e custa R$ 50,00. A viagem leva cerca de 5 horas. A volta terá que ser por ônibus de linha Tubarão à PoA, em diversos horários (o recomendado é o das 14h45, direto).

O ENCONTRO: Os interessados poderão participar de todas as atividades do Encontro: Palestras, Painéis, Feira do Livro, Sessões de Autógrafos, Oficinas de Literatura. A organização patrocinara um coquetel para a cerimônia de abertura, na sexta-feira à noite, e um coffee-break no sábado.

REALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO: Academia Gravatalense de Letras (AGL) e Prefeitura Municipal de Gravatal.

LOCAL: Instalações da UNIBAVE, na Av. Pedro Zappelini, 2º andar, na rótula do Hotel Termas.

INFORMAÇÕES: aaspis@terra.com.br, ou pelo fone (48)3648 2376.

PROGRAMAÇÃO
Iº ENCONTRO de ESCRITORES de GRAVATAL

23 A 25 DE OUTUBRO DE 2009

- 23/10, sexta-feira

08:30-10:00h – “Palestra: Poesia Na Escola I” - Nicolau Pereira

14:00-15:30h - “Palestra : Poesia Na Escola II” - Nicolau Pereira

18:00-19:30h - Painel: Literatura Sul Catarinense, participação de
Edegar Cunha Generoso, Jucely Lottin, Manoel Mendes e Celso de Oliveira Souza.

19:30h - Sessão Solene Da Academia Gravatalense De Letras:

1. Lançamento Do 3º Concurso Cidade De Gravatal De Literatura

2. ADMISSÃO DOS ACADÊMICOS LUIZ HALLEY KRIEGER E GENÉSIO M. Gomes

3. Posse Nova Diretoria

4. Coquetel

5. SESSÃO DE Autógrafos:
-Gisele Bündchen Em Gravatal, De Abrão Aspis

-Vietnã Pós-Guerra, De Airton Ortiz

- Menino Príncipe, De Edegar Cunha Generoso

-Guia Turístico Em Cordel, De Genésio Gomes

- 24/10, Sábado

09:00 – 10:30h – Oficina De Criação Literária – Poesia I, Gilberto Wallace

11:00 – 12:30h – Painel, Panorama Da Poesia Brasileira, Teniza Spinelli, Gilberto Wallace e Nicolau Pereira

14:00 – 15:30h – Oficina De Criação Literária – Conto I, Edegar Cunha

16:00 - 17:30h – Painel Panorama Da Prosa Brasileira, Airton Ortiz, Gilberto Wallace e Edegar Cunha

18:00 – 19:30h– Palestra: A Evolução Do Homem - Da Copa Das Árvores Às Estrelas, Airton Ortiz

20:30 – 22:00h– Jantar por adesão – Hotel Internacional.

22:00h - Baile Temático – Hotel Internacional.

25/10, Domingo.

9:00 – 10:30h – Oficina De Criação Literária - Poesia II, Gilberto Wallace

11:00 – 12:30h – Oficina De Criação Literária – Conto II, Edegar Cunha

Local: UNIBAVE - Av. Pedro Zapeline- Rótula do Hotel Termas

TERMAS – GRAVATAL - SC

REALIZAÇÃO: Academia Gravatalense de Letras (AGL) e Secretarias de Turismo e de Educação da Prefeitura Municipal de Gravatal

APOIO: COMTUR – Conselho Municipal de Turismo

CERGRAL – Cooperativa de Eletrificação de Gravatal
Informações: 048 – 36482376 ou aaspis@terra.com.br

Fonte:
Neida Rocha

Dicionário do Folclore (Letra X e Z)



XÁCARA. É um romance cantado ao som alegre da viola. No gênero da narrativa popular temos três espécies: 1ª O romance, quando predomina o épico, o heróico; 2a A xácara, quando prevalece a forma dramática, na qual os personagens falam muito e o poeta quase nada; 3a O solau, que é mais lírico, com diálogo cheio de lamentações. A xácara não se popularizou no Brasil.

XANGÔ. É um dos mais populares orixás dos terreiros, dos candomblés, das macumbas, em todo o país. Foi trazido pelos escravos africanos vindos do Togo, Daomé, Lagos, barra do Níger, golfo de Benin, jejes e iorubas ou nagôs. Xangô é a divindade das tempestades, raios, trovoadas, descargas da eletricidade atmosférica. Seu fetiche é um meteorito e sua insígnia é a lança e a machadinha de pedra, dupla, a bipene. Apresenta-se como um rapaz forte, ágil, sensual. Usa contas vermelhas e brancas, pulseira de latão e come galo, bode, caruru e cágado. Êi-í-í é o seu grito e, na religião católica, é representado por São Jerônimo e Santa Bárbara, santos que protegem seus devotos contra os meteoros. Seu dia é a quarta-feira e sua festa é celebrada no dia 30 de setembro.

XAPANÃ. Ou saponã, chaponã, wari-waru, afoman, é o mesmo omonolu, omolu.

XARÁ. 1. É uma dança do fandango do Rio Grande do Sul. Dizem que é originário daquele estado, mas os colonos, que vieram da ilha dos Açores para o sul do Brasil, dançavam muito o cará e o xará; 2. É a pessoa que tem o mesmo nome de batismo que outra.

XARAPADA. O mesmo que XARÁ.

XAROPE. É a pessoa chata, tudo que é ruim e não agrada.

XAXADO. É uma dança só de homens, originária do sertão de Pernambuco e que foi divulgada por Lampião e seus cangaceiros. O xaxado é dançado em círculo, fila indiana, cada dançarino fica um atrás do outro, avançando o pé direito em três ou quatro movimentos para os lados e puxando o pé esquerdo num ligeiro sapateado. Os cangaceiros de Lampião, quando dançavam o xaxado, marcavam o compasso dominante com uma pancada da coronha do rifle no chão. Xaxado é a onomatopéia do barulho feito pelas alpercatas quando arrastadas no chão durante a dança.

XEPA. Comida de gente pobre, gororoba.

XEQUETÉ. É uma bebida tradicional entre os adeptos das seitas africanas nordestinas. É feita com cravo-do-reino, canela em pau, erva-doce, castanha de caju, amendoim e batida de limão com pitanga. Depois de três dias de feita, o xequeté, também conhecido como levanta-saia, é que pode ser servido, com melhor paladar.

XERA. No Pará, é um tratamento carinhoso dado às mulheres.

XERE. É um chocalho usado na apresentação dos caboclinhos.

XEXEIRO. É a pessoa que não paga o que deve.

XERÉM. Milho pilado pra fazer cuscuz, bolo, alimentar pintos.

XEXÉU. É um passarinho que imita o canto dos outros ou outros ruídos que ele escuta várias vezes.

XINXIM-DE-GALINHA. É um prato muito gostoso, feito com galinha, meio quilo de camarões secos, três xícaras de azeite-de-dendê, uma cebola grande ralada, um ramo de salsa, coentro, pimenta e sal. O xinxim é feito da seguinte maneira: Corta-se a galinha em pedaços e bota-se para cozinhar em pouca água, com os camarões secos, descascados e moídos, a salsa, a cebola ralada, o sal e pimenta a gosto, bem como uma xícara de azeite de dendê. Se for necessário, acrescentar mais água até que os pedaços de galinha fiquem bem cozidos e macios. Quando estiver no ponto, seca-se a água e acrescentam-se duas xícaras de azeite de dendê. Neste azeite, os pedaços de galinha e os camarões devem ser refogados, com mais sal e pimenta. Deve ser servido bem quente, com arroz branco.

XIRÓ. É o caldo do arroz, temperado com sal.

ZABELÊ. É uma ave que, no Sul, é conhecida como jaó, de carne muito gostosa.

ZABUMBA. É o nome popular do bombo, instrumento de percussão, usado nos maracatus, nos sambas, nos pastoris, nos zé-pereiras, nas bandas de pífanos. Na Espanha e em Portugal, zabumba é o que nós conhecemos aqui como cuíca..

ZAMBÊ. 1. Dá-se o nome de zambê ao tambor que mede mais de um metro, de forma cilíndrica, tendo uma pele numa das extremidades e que é percutido com ambas as mãos pelo tocador e que é sustentado por tiras de couro; 2. Zambê também é o nome que o povo dá ao baile popular, ao pagode, no qual a presença do instrumento é muito importante.

ZANIAPOMBO. Segundo a crença dos que participam dos candomblés, zaniapombo é um ser superior, um deus supremo, também conhecido por Olorum.

ZINHO. No sul, zinho é o nome que é dado aos meninos, quando pequenos. Já no Nordeste, zinho e zinha são denominações pejorativas dadas às pessoas de mau procedimento.

ZORO. 1. É um prato da culinária sulista, feito com camarão, azeite, salsa, pimenta-do-reino, cebola, cebolinha, tomate, maxixe, jilós ou com quiabos, água. Depois de tudo bem cozinhado, o zoró é comido com angu de milho; 2. No Nordeste, a palavra zoró é usada na expressão "está zoró de fome", significando que a pessoa está com muita fome, faminta.

ZUMBIDOR. No Nordeste, é o rói-rói, feito com um pedaço de madeira, de osso, de marfim, de metal ou de matéria plástica, amarrado num cordão, soando pela deslocação do ar quando girado circularmente. O mesmo que ZUNIDOR.

ZUNIDOR. Veja zumbidor.

ZIGUE-ZAGUE. É uma das motivações da quadrilha. Os participantes fazem uma fila, de mãos dadas, e o cavalheiro que encabeça a fila, dançando, vai formando linhas sinuosas.

ZÁS-TRÁS-NÓ-CEGO. É uma expressão bastante usada no Norte e Nordeste brasileiros, quando uma pessoa faz qualquer coisa na hora, imediatamente: - "Num instante eu faço isso. E – zás-trás-nó-cego!"

ZURUÓ. Diz-se de quem está fora de si, embriagado, cheio da água-que-passarinho-não-bebe.

ZURETA. Denominação dada às pessoas que sofrem das faculdades mentais.

ZÉ-PEREIRA. No sábado de carnaval, sai o zé-pereira, tendo como máscara uma cabeça maior do que o tamanho normal, seguido de foliões que, com muita alegria, cantam: - "Viva o zé-pereira! / Que a ninguém faz mal! / Viva o zé-pereira! / No dia do carnaval!". O zé-pereira é de origem portuguesa e, em Portugal, ele aparece não somente no carnaval como também nas festas locais e romarias. No Brasil, o zé-pereira só aparece no Sábado de carnaval e a letra da música é brasileira. Origens brasileiras: Zé Pereira é apelido dado ao português José Nogueira de Azevedo Paredes, sapateiro no Rio de Janeiro. Na segunda-feira do carnaval de 1846, José Nogueira juntou os amigos e realizou uma barulhenta passeata pela Rua São José. Acontece que os participantes trocaram o nome do português José Nogueira por José Pereira, daí a denominação Zé Pereira.

O Dicionário completo pode ser obtido em http://sites.google.com/site/pavilhaoliterario/dicionario-de-folclore

Fontes:
LÓSSIO, Rúbia. Dicionário de Folclore para Estudantes. Ed. Fundação Joaquim Nabuco
Imagem = http://www.terracapixaba.com.br

Palavras e Expressões mais Usuais do Latim e de de outras linguas) Letra Q



q. e. D. (abrev de quod erat demonstrandum)
Latim: Que se devia demonstrar.

quaerens quem devoret
Latim: Procurando a quem devorar. São Pedro, na primeira epístola (V, 8), adverte os fiéis contra as insídias do demônio que se assemelha ao leão faminto em busca da presa.

quae sunt Caesaris Caesari
Latim: A César o que é de César. Palavras com que Cristo confundiu os fariseus que lhe faziam uma pergunta capciosa. Significam que não se deve negar ao poder temporal o que realmente lhe cabe, sem omitir nada do que se deve a Deus.

qualis artifex pereo
Latim: Morro como um grande artista. Expressão atribuída por Suetônio a Nero que se julgava grande poeta, cantor e ator. O imperador pronunciou estas palavras pouco antes de suicidar-se.

qualis pater, talis filius
Latim: Tal pai, tal filho.

qualis vita, finis ita
Latim: Tal vida, tal morte. Não pode morrer bem aquele que viveu mal, é o princípio aceito pelos mestres da vida espiritual.

quand même
Francês: Mesmo assim. Em qualquer hipótese; apesar dos pesares.

quando bene se gesserit
Latim: Direito: Enquanto se comportar bem.

quandoque bonus dormitat Homerus
Latim: Também o bom Homero cochila. Expressão de Horácio, para dizer que a suma perfeição não existe em poesia; até o grande Homero comete suas falhas.

quantum libeat
Latim: Quanto lhe agrade, à vontade.

quantum mutatus ab illo
Latim: Quanto se mudou do que era. Enéias pronuncia estas palavras ao ver, em sonho, Heitor coberto de feridas (Eneida, II, 274).

quantum satis
Latim: Quanto baste. Med Expressão empregada abreviadamente qs, nas receitas médicas.

quantum sufficit
Latim: O suficiente, o estritamente necessário: Alimentava-se quantum sufficit para não morrer à fome.

quia nominor leo
Latim: Porque me chamo leão. Trecho de Fedro usado para estigmatizar aqueles que abusam de sua posição ou força, para oprimir os fracos.

qui bene amat, bene castigat
Latim: Quem ama bem, castiga bem. O castigo deve ser o fruto do amor.

quid inde?
Latim: E então? Qual a conseqüência disso?

quid juris?
Latim: Que do direito? Qual a solução dada pelo direito?

quidquid delirant reges, plectuntur Achivi
Latim: Quando os reis deliram, os gregos são açoitados. O povo paga pelos desvarios dos governantes.

quidquid tentabam dicere versus erat
Latim: Tudo que eu tentava dizer era verso. Frase de Ovídio que narra a sua irreprimível vocação de poeta contrariada pelo pai.

quieta non movere
Latim: Não mexer no que está quieto.

qui habet aures audiendi audiat
Latim: Quem tem ouvido para ouvir, ouça. Palavras do Apocalipse e do Evangelho, que encerram uma ameaça àqueles que não querem atender à pregação da palavra de Deus.

qui nescit dissimulare, nescit regnare
Latim: Quem não sabe dissimular, não sabe reinar. Princípio que traduz o pensamento de Maquiavel e de muitos políticos inescrupulosos.

qui potest capere, capiat
Latim: Quem é apto para o admitir, admita. Palavras com que Cristo conclui sua exortação à prática da castidade perfeita (Mateus, 19, 12).

qui pridie
Latim: Liturgico: O qual na véspera. Palavras iniciais da consagração que recordam a instituição da Eucaristia na última ceia.

qui scribit bis legit
Latim: Quem escreve lê duas vezes. Axioma da pedagogia antiga, ainda hoje aceito por muitos educadores.

quis, quid, ubi, quibus auxiliis, cur, quomodo, quando?
Latim: Quem? O quê? Onde? Por que meios? Por quê? Como? Quando? Verso hexâmetro de Quintiliano, que sintetiza a divisão da Retórica. Muito usado modernamente por jornalistas que, com as respostas a estas perguntas circunstanciais, consideram esgotado o assunto. O mesmo processo se aplica em criminologia.

quis tulerit Gracchos de seditione quaerentes?
Latim: Quem suportará que os Gracos se queixem de sedição? Quem empregou um meio para conseguir determinado fim não tem força moral para condenar esse meio. Os irmãos Gracos subiram ao poder por uma revolução.

quod abundat non nocet
Latim: O que abunda não prejudica. É melhor sobrar do que faltar.

quod Deus avertat
Latim: O que Deus afaste (de nós). Locução equivalente a Deus nos livre.

quod di omen avertant!
Latim: Que os deuses afastem este agouro!

quod facis, fac citius
Latim: Faze logo o que tens a fazer. Palavras com que Jesus dá a entender a Judas que conhece seu plano de traição e ao mesmo tempo manifesta o desejo que sente de realizar a salvação dos homens (Jo. XIII, 27).

quod petis alter habet
Latim: O que pedes outro tem. Chegaste tarde.

quod scripsi, scripsi
Latim: O que escrevi, escrevi. Foi como Pilatos respondeu aos sacerdotes que o censuravam por mandar colocar na cruz de Cristo a legenda: Jesus nazareno rei dos judeus (Jo. XIX, 22).

quod tibi non vis alteri ne facias
Latim: Não faças a outrem o que não queres para ti.

quod volumus facile credimus
Latim: Facilmente cremos aquilo que desejamos.

quot capita, tot sensus
Latim: Quantas cabeças, tantas sentenças.

quousque tandem
Latim: Até quando. Palavras iniciais do discurso de Cícero contra Catilina no Senado Romano.

quo vadis?
Latim: Aonde vais? Pergunta que, segundo a lenda, teria feito Cristo a Pedro na Via Ápia, quando o apóstolo fugia da perseguição de Nero.

As outras letras:

LETRA A http://singrandohorizontes.blogspot.com/2008/10/palavras-e-expresses-mais-usuais-do.html
LETRA B http://singrandohorizontes.blogspot.com/2008/10/palavras-e-expresses-mais-usuais-do_07.html
LETRA C http://singrandohorizontes.blogspot.com/2008/10/palavras-e-expresses-mais-usuais-do_21.html
LETRA D http://singrandohorizontes.blogspot.com/2008/11/palavras-e-expresses-mais-usuais-do.html
LETRA E http://singrandohorizontes.blogspot.com/2008/11/palavras-e-expresses-mais-usuais-do_28.html
LETRA F http://singrandohorizontes.blogspot.com/2009/01/palavras-e-expressoes-mais-usuais-do.html
LETRA G-H http://singrandohorizontes.blogspot.com/2009/05/palavras-e-expressoes-mais-usuais-do.html
LETRA I http://singrandohorizontes.blogspot.com/2009/06/palavras-e-expressoes-mais-usuais-do.html
LETRA J-L http://singrandohorizontes.blogspot.com/2009/06/palavras-e-expressoes-mais-usuais-do_21.html
LETRA M http://singrandohorizontes.blogspot.com/2009/07/palavras-e-expressoes-mais-usuais-do.html
LETRA N http://singrandohorizontes.blogspot.com/2009/07/palavras-e-expressoes-mais-usuais-do_11.html
LETRA O http://singrandohorizontes.blogspot.com/2009/09/palavras-e-expressoes-mais-usuais-do.html
LETRA P http://singrandohorizontes.blogspot.com/2009/10/palavras-e-expressoes-mais-usuais-do.html
––––––
Fonte:
Por Tras das Letras
http://www.portrasdasletras.com.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Folclore em Trovas 4 (Negrinho do Pastoreio)

Barbosa Lessa (Negrinho do Pastoreio)

Negrinho do Pastoreio (pintura de Nelson Macedo)
"Negrinho do Pastoreio
Acendo essa vela pra ti
E peço que me devolvas
A querência que eu perdi

Negrinho do Pastoreio
Traz a mim o meu rincão
Eu te acendo essa velinha
Nela está o meu coração

Quero rever o meu pago
Coloreado de pitanga
Quero ver a gauchinha
A brincar na água da sanga

E a trotear pelas coxilhas
Respirando a liberdade
Que eu perdi naquele dia
Que me embretei na cidade".
-----
Fonte:
Rosane Volpatto

Negrinho do Pastoreio


É uma lenda meio africana meio cristã. Muito contada no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular no sul do Brasil.

Naquele tempo os campos ainda eram abertos, não havia entre eles nem divisas nem cercas; somente nas volteadas se apanhava a gadaria chucra, e os veados e os avestruzes corriam sem empecilhos.

Era uma vez um estancieiro, que tinha uma ponta de surrões cheios de onças e meias doblas e mais muita prataria; porém era muito cauíla e muito mau, muito. Não dava pousada a ninguém, não emprestava um cavalo a um andante, no inverno o fogo de sua casa não fazia brasas; as geadas e o minuano podiam entangir gente, que a sua porta não se abria; no verão a sombra dos seus umbus só abrigava os cachorros; e ninguém de fora bebia água das suas cacimbas. Mas também quando tinha serviço na estância, ninguém vinha de vontade dar-lhe um ajutório; e a campeirada folheira não gostava de conchavar-se com ele, porque o homem só dava para comer um churrasco de tourito magro, farinha grossa e erva caúna e nem um naco de fumo... e tudo, debaixo de tanta somiticaria e choradeira, que parecia que era o seu próprio couro que ele estava lonqueando...

Só para três viventes ele olhava nos olhos: era para o filho, menino cargoso como uma mosca, para um baio cabos negros, que era o seu parelheiro de confiança, e para um escravo, pequeno ainda, muito bonitinho e preto como carvão e a quem todos chamavam somente o “Negrinho”. A este não deram padrinhos nem nome; por isso o Negrinho se dizia afilhado da Virgem, Senhora Nossa que é a madrinha de quem não a tem.

Todas as madrugadas o negrinho galopeava o parelheiro baio; depois conduzia os avios do chimarrão e à tarde sofria os maus-tratos do menino, que o judiava e se ria.

Um dia, depois de muitas negaças, o estancieiro atou carreira com um seu vizinho. Este queria que a parada fosse para os pobres; o outro que não, que não!, que a parada devia ser do dono cavalo que ganhasse. E trataram: o tiro era trinta quadras, a parada, mil onças de ouro. No dia aprazado, na cancha da carreira havia gente como em festa de santo grande. Entre os dois parelheiros a gauchada não sabia decidir, tão perfeito era e bem lançado cada um dos animais. Do baio era a fama que quando corria, corria tanto, que o vento assobiava-lhe nas crinas; tanto, que só se ouvia o barulho mas não lhe viam as patas bateram no chão... E do mouro era voz que quanto mais cancha, mais agüente, e que desde a largada ele ia ser como um laço que se arrebenta. As parcerias abriram as guaiacas, e aí no mais já se apostavam aperos contra rebanhos e redomões contra lenços.

- Pelo baio! Luz e doble!...

- Pelo mouro! Doble e luz!...

Os corredores fizeram as suas partidas à vontade e depois as obrigadas; e quando foi na última, fizeram ambos a sua senha e se convidaram. E amagando o corpo, de rebenque no ar, largaram, os parelheiros meneando cascos, que parecia uma tormenta...

- Empate! Empate!, gritavam os aficionados ao longo da cancha por onde passava a parelha veloz, compassada como numa colhera.

- Valha-me a Virgem Madrinha, Nossa Senhora!, gemia o Negrinho. Se o sete léguas perde, o meu senhor me mata! Hip-hip-hip!...

E baixava o rebenque, cobrindo a marca do baio.

- Se o corta-vento ganhar é só para os pobres!... retrucava o outro corredor. Hip-hip!

E cerrava as esporas no mouro. Mas os fletes corriam, compassados como numa colhera.

Quando foi na última quadra, o mouro vinha arrematado e o baio vinha aos tirões... mas sempre juntos, sempre emparelhados. E a duas braças da raia, quase em cima do laço, o baio assentou de sopetão, pôs-se um pé e fez uma cara-volta, de modo que deu ao mouro tempo mais que preciso para passar, ganhando de luz aberta! E o Negrinho, de um pêlo, agarrou-se como um ginetaço.

- Foi mau jogo!, gritava o estancieiro.

- Mau jogo!, secundavam os outros da sua parceria.

A gauchada estava dividida no julgamento da carreira; mais de uma torena coçou o punho da adaga, mais de um desapresilhou a pistola, mais de um virou as esporas para o peito do pé... Mas o juiz, que era um velho do tempo da guerra de Sepé-Tiarayú, era um juiz macanudo, que já tinha visto muito mundo. Abanando a cabeça branca sentenciou, para todos ouvirem.

- Foi na lei! A carreira é de parada morta; perdeu o cavalo baio, ganhou o cavalo mouro. Quem perdeu, que pague. Eu perdi cem gateadas; quem as ganhou venha buscá-las. Foi na lei! Não havia o que alegar. Despeitado e furioso o estancieiro pagou a parada, à vista de todos atirando as mil onças de ouro sobre o poncho do seu contrário, estendido no chão.

E foi um alegrão por aqueles pagos, porque logo o ganhador mandou distribuir tambeiros e leiteiras, covados de baeta e baguais e deu o resto, de mota, ao pobrerio. Depois as carreiras seguiram com os changueiritos que havia.

O estancieiro retirou-se para a sua casa e veio pensando, pensando, calado, em todo o caminho. A cara dele vinha lisa, mas o coração vinha corcoveando como touro de banhado laçado a emia espalda... O trompaço das mil onças tinha-lhe arrebentado a alma.

E conforme apeou-se, da mesma vereda mandou amarrar o Negrinho pelos pulsos a um palanque e dar-lhe, dar-lhe uma surra de relho.

Na madrugada saiu com ele e quando chegou no alto da coxilha falou assim: - Trinta quadras tinha a cancha da carreira que tu perdeste: trinta dias ficará aqui pastoreando a minha tropilha de trinta tordilhos negros...

“O baio fica de piquete na soga e tu ficarás de estaca!”

O Negrinho começou a chorar, enquanto os cavalos iam pasteando.

Veio o sol, veio o vento, veio a chuva, veio a noite. O negrinho, varado de fome e já sem forças nas mãos, enleiou a soga num pulso e deitou-se a um cupim.

Vieram então as corujas e fizeram roda, voando, paradas no ar e todas olhavam-no com os olhos reluzentes, amarelos na escuridão. E uma piou e todas piaram, como rindo-se dele, paradas no ar, sem barulho nas asas. O Negrinho tremia, de medo... porém de repente pensou na sua madrinha Nossa Senhora e sossegou e dormiu. E dormiu. Era já tarde da noite, iam passando as estrelas; o Cruzeiro apareceu, subiu e passou, passaram as Três Marias; a Estrela d’alva subiu... Então vieram os guaraxains ladrões e farejaram

o Negrinho e cortaram a guasca da soga. O baio sentiu-se solto, rufou a galope, e toda a tropilha com ele, escaramuçando no escuro e desguaritando-se nas canhadas.

O tropel acordou o Negrinho; os guaraxains fugiram, dando berros de escárnio. Os galos estavam cantando, mas nem o céu nem as barras do dia se enxergava: era a cerração que
tapava tudo.

E assim o Negrinho perdeu o pastoreio. E chorou.

O menino maleva foi lá e veio dizer ao pai que os cavalos não estavam. O estancieiro mandou outra vez amarrar o Negrinho pelos pulsos a um palanque e dar-lhe, dar-lhe uma surra de relho. E quando era já noite fechada ordenou-lhe que fosse campear o perdido. Rengueando, chorando e gemendo, o Negrinho pensou na sua madrinha Nossa Senhora e foi ao oratório da casa, tomou o cotoco de vela aceso em frente da imagem e saiu para o campo. Por coxilhas, canhadas, nas becas dos lagões, nos paradeiros e nas restingas, por onde o Negrinho ia passando, a vela benta ia pingando cera no chão; e de cada pingo nascia uma nova luz, e já eram tantas que clareavam tudo. O gado ficou deitado, os touros não escarvaram a terra e as manadas chucras não dispararam... Quando os galos estavam cantando, como na véspera, os cavalos relincharam todos juntos. O Negrinho montou no baio e tocou por diante a tropilha, até a coxilha que o seu senhor lhe marcara.

E assim o Negrinho achou o pastoreio. E se riu...

Gemendo, gemendo, gemendo, o Negrinho deitou-se encostado ao cupim e no mesmo instante apagaram-se as luzes todas; e sonhando com a virgem, sua madrinha, o Negrinho dormiu. E não apareceram nem as corujas agoureiras nem os guaraxains ladrões; porém pior do que os bichos maus, ao clarear o dia veio o menino, filho do estancieiro e enxotou os cavalos, que se dispersaram, disparando campo fora, retouçando e desguaritando-se nas canhadas. O tropel acordou o Negrinho e o menino maleva foi dizer ao seu pai que os cavalos não estavam lá...

E assim o Negrinho perdeu o pastoreio. E chorou...

O estancieiro mandou outra vez amarrar o Negrinho pelos pulsos a um palanque e dar-lhe, dar-lhe uma surra de relho... dar-lhe até ele não mais chorar nem bulir, com as carnes recortadas, o sangue vivo escorrendo do corpo... O Negrinho chamou pela Virgem sua madrinha e Senhora Nossa, deu um suspiro triste, que chorou no ar como uma música, e pareceu que morreu... E como já era noite e para não gastar a enxada em fazer uma cova, o estancieiro mandou atirar o corpo do Negrinho na panela de um formigueiro, que era para as formigas devorarem-lhe a carne e o sangue e os ossos... E assanhou bem as formigas; e quando elas raivosas, cobriram todo o corpo do Negrinho e começaram a trincá-lo, é que ele então se foi embora sem olhar para trás.

Nessa noite o estancieiro sonhou que ele era, ele mesmo, mil vezes e que tinha mil filhos negrinhos, mil cavalos baios e mil vezes mil onças de ouro... e que tudo isto cabia folgado dentro de um formigueiro pequeno...

Caiu a serenada silenciosa e molhou os pastos, as asas dos pássaros e a casca das frutas.

Passou a noite de Deus e veio a manhã e o Sol encoberto. E três dias houve cerração forte, e três noites o estancieiro teve o mesmo sonho. A peonada bateu campo, porém ninguém achou a tropilha e nem o rastro. Então o senhor foi ao formigueiro, para ver o que restava do corpo do escravo. Qual não foi o seu grande espanto, quando, chegado perto, viu na boca do formigueiro o Negrinho de pé, com a pele lisa, perfeita, sacudindo de si as formigas que o cobriam ainda!...

O Negrinho, de pé, e ali ao lado, o cavalo baio, e ali junto a tropilha dos trinta tordilhos... e fazendo-lhe frente, de guarda ao mesquinho, o estancieiro viu a madrinha dos que não a tem, viu a Virgem, Nossa Senhora, tão serena, pousada na terra, mas mostrando o céu... Quando tal viu, o senhor caiu de joelhos diante do escravo.

E o Negrinho, sarado e risinho, pulando de em pêlo e sem rédeas no baio, chupou o beiço e tocou a tropilha a galope.

E assim o Negrinho pela última vez achou o pastoreio. E não chorou, nem riu.

Correu no vizindário a nova do fadário e da triste morte do Negrinho devorado na panela do formigueiro. Porém logo, de perto e de longe, de todos os rumos do vento, começaram a vir notícias de um caso que parecia milagre novo...

E era, que os pastoreios e os andantes, os que dormiam sob palhas dos ranchos e os que dormiam na cama das macegas, os chasques que cortavam por atalhos e os tropeiros que vinham pelas estradas, mascates e carreteiros, todos davam notícia - da mesma hora - de ter visto passar, como levada em pastoreio, uma tropilha de tordilhos, tocada por um Negrinho, gineteando de em pêlo, em um cavalo baio!

Então, muitos acenderam velas e rezaram o Padre-Nosso pela alma do judiado. Daí por diante, quando qualquer cristão perdia uma coisa, o que fosse, pela noite velha o Negrinho campeava e achava, mas só entregava a quem acendesse uma vela, cuja luz ele levava para pagar a do altar de sua madrinha, a Virgem, Nossa Senhora, que o remiu e salvou e dera-lhe uma tropilha, que ele conduz e pastoreia, sem ninguém ver.

Todos os anos, durante três dias, o Negrinho desaparece: está metido em algum formigueiro grande, fazendo visitas às formigas, suas amigas; a sua tropilha esparrama-se; e um aqui, outro por lá, os seus cavalos retouçam nas manadas das estâncias. Mas ao nascer do sol do terceiro dia, o baio relincha perto do sei ginete; o Negrinho monta-o e vai fazer a sua recolhida; é quando nas estâncias acontece a disparada das cavalhadas e a gente olha, olha, e não vê ninguém, nem na ponta, nem na culatra.

Desde então e ainda hoje, conduzindo o seu pastoreio, o Negrinho, sarado e risonho, cruza os campos, corta os macegais, bandeia as restingas, desponta os banhados, vara os arroios, sobe as coxilhas e desce às canhadas.

O Negrinho anda sempre à procura dos objetos perdidos, pondo-os de jeito a serem achados pelos donos, quando estes acendem um coto de vela, cuja luz ele leva para o altar da Virgem, Nossa Senhora, madrinha dos que a não tem.

Quem perder suas prendas no campo, guarde uma esperança; junto de algum moirão ou sob as ramas das árvores, acenda uma vela para o Negrinho do pastoreio e vá lhe dizendo:

- Foi por aí que eu perdi... Foi por aí que eu perdi!...
Se ele não achar... ninguém mais.
==============

Origem: Fim do Século XIX, Rio Grande do Sul.

Alguns folcloristas afirmam que o Rio Grande do Sul tem uma única lenda sua, criada às feições locais, que é a do Negrinho do Pastoreio.

Ela não tem ligação alguma com a lenda do Saci brejeiro que de cachimbo apagado ataca, à noite, os viajantes. O Negrinho ou Crioulo do pastoreio, é exclusivamente gaúcho, pelo seu feitio, pelo seu papel na vida campeira e pelo próprio martírio, que é um dos tantos episódios reais da escravidão, ele se afasta por completo do Saci. A única semelhança existente entre ambos é de serem negros.

Alguns historiadores afirmam que em São Paulo o Saci também encontra objetos perdidos a troco de ovos frescos. Mas este não está associado à idéia cristã. Barbosa Rodrigues, conhecido folclorista, inclui o Negrinho do Pastoreio como um símile do Saci. De fato, as características do Saci, realmente, não se encontram no Negrinho do Pastoreio. Nem os vícios nem as diabruras.

O Negrinho do Pastoreio é uma lenda cristã, divulgada com finalidades morais. O Negrinho é sem pecado, uma vítima. Perdendo duas vezes a tropilha que acha miraculosamente, o Negrinho, por associação natural, é padroeiro dessa atividade nos campos gaúchos. Trata-se de uma lenda puramente regional.

Esta é a mais linda e popular lenda fraternal gaúcha. Ela representa um grito de repúdio aos maus-tratos com o ser humano. Reflete a consciência de um povo (gaúchos) que deliberadamente condenou a agressão e a brutalidade da escravidão. É uma lenda sem dono, sem cara, sem raça é a lenda de todos nós, que lutamos dia-a-dia nesta terra de excluídos.

O Negrinho do Pastoreio é a formatação de um arquétipo do inconsciente coletivo e podemos vê-lo como uma manifestação de uma consciência coletiva repleta de ideologias que são transmitidas pela cultura e linguagem que nós utilizamos quando estamos sujeitos a algo.

A escravidão ainda persiste, embora incógnita e camuflada, mostra sua terrível face nas sub-habitações circunvizinhas às metrópoles. Esta questão social, tem a cada dia afastado a classe média de uma consciência do real problema e que por medo ou omissão, mantêm-se afastada e enclausurada em suas fortalezas gradeadas.

A lenda do Negrinho do Pastoreio possui versões no Uruguai e na Argentina, lugares onde praticamente a escravidão inexistiu, portanto, aqui configura-se uma verdadeira "exportação" da lenda gaúcha. A sua versão mais antiga é a de propriedade de Apolinário Porto Alegre, "O Crioulo do Pastoreio" de 1875, quando ainda existia a escravidão no país. João Simões Lopes Neto, publicou em 1913 as "Lendas do Sul", onde concretizou algumas alterações, introduzindo o baio, as corujas e a Nossa Senhora.

No Rio Grande do Sul, o Negrinho é símbolo da Caixa Econômica Estadual. É encontrada outra homenagem à ele na sede do Governo do Estado, no Salão Nobre que leva o seu nome. Lá encontramos afrescos do famoso pintor Aldo Locatelli que reconta sua história na versão de Lopes Neto.

Fontes:
Histórias e Lendas do Brasil (adaptado do texto original de Gonçalves Ribeiro). - São Paulo: APEL Editora, sem/data.
http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/negrinho.html
http://sitededicas.uol.com.br/folk08.htm
http://www.rosanevolpatto.trd.br/lendanegrinhopastoreio.html