quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Poesia sem Fronteiras I


Humberto Rodrigues Neto
AMOR NA PAZ, FRATERNIDADE E NATUREZA.

Buscar a paz de modo pertinaz
é uma atitude de cristão louvor,
pra que possamos transformar a paz
no mais belo sinônimo do amor!

Pra que se usar o fogo da metralha,
se a guerra que assassina multidões
não se vence nos campos de batalha,
mas no acordo de mútuas concessões?

Mas paz não é somente a fatuidade
da calma de um planeta infenso à guerra;
faz-se preciso que a fraternidade
abranja todos os rincões da Terra!

Se o bloco de nações de mais pujança
reduzisse o armamento que consome,
não faltaria agasalho a uma criança,
nem um prato de sopa a quem tem fome!

Só o amor na paz e na fraternidade
não sana os nossos males totalmente;
faz-se mister que toda a Humanidade
preserve a qualquer custo o meio-ambiente!

Que cada rio, floresta ou oceano
não mais suporte as agressões de agora;
que o ar poluto não mais cause dano
à multiplicação da fauna e a flora.

Se os povos todos, num elã fraterno,
deixarem das paixões que inda os consomem,
é bem possível volte, o Pai Eterno,
a acreditar na sensatez do Homem!
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Marco Bastos
CAMINHOS QUE FLORI

Em um soneto inédito, como esse,
Que pensei agora, - tu vais ler um dia.
Deixarei pra ti e seja bela a messe
Sem ser pranto - só canto meu... pois_ia.

Poeta vive e sabe que fenece.
Seda no tempo, cedo se desfia.
Sua alma eterna, como não morresse,
Foi pôr-do-sol que em luz amanhecia.

E tu sedenta olhando pro horizonte
Te perguntarás, onde a minha oferenda.
- Pois mais que a água, queres tu, a fonte.

No poema, tecido como renda,
Findando a via, chegarás à ponte.
- Ao ir tão longe, eu quis florir a senda.
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Daniel Cristal
POETA É

Poeta é quem me lê, é quem me sente;
Poeta é quem se emociona e se extasia
Com a poesia mais pura, a Harmonia
Da existência da hora florescente.

Poeta é quem me sente, quem existe
Como eu a aprender, ou decifrar
Sinais no Holomundo, crendo amar
O que, em todos nós, com Amor persiste.

Poeta sou eu, és tu, quem me elogia,
Somos nós, todos, Poetas, bem unidos,
E esta união é ubíqua em qualquer dia;

Poetas somos, agora e ternamente,
És tu, sou eu e ele, bem ungidos
Por Deus para amar tudo o que sente.
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Lenya Terra
ADEUS

Levaste contigo o melhor de mim,
Rasgaste da minha alma as vestes
E na minha crença puseste fim.
A vida, para largar, já estou prestes

Meu peito sofre dor dilacerada,
Os meus olhos já nada querem ver.
Vazia, sigo nesta caminhada,
N'agonia deste amor jamais ter.

No jogo do desejo eu achava
que nossas vidas em elos se fechavam,
Que havia honestidade no teu ser.

No fundo era o amor que eu amava,
Ideal de sentimento que eu sonhava,
De um dia encontrar um bem-querer.
“In Memoriam
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Mercêdes Pordeus
EIS FLUÊNCIAS

Tudo flui...
Com o advento do sonhado
Pelo sentimento alimentado
Nascimento comemorado
O objetivo desejado... Almejado!

Tudo flui...
Corre o sangue na veia
Que o coração bombeia
O sentimento entremeia
O gosto de escrever saboreia.

Tudo flui...
A poesia, a arte, a escrita:
A arte de escrever a poesia
Por amor a poesia escrever
Desejo de no coração a acolher.

Eis Fluências...
São os sentimentos fluindo
Através de forças estranhas
Correndo nas entranhas...Assim
Tudo flui.
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Fonte:
Revista Bimestral Eisfluências. Ano 1. N.1. Outubro de 2009.

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