Monte H, em Piúma (ES). Tela da
Escola Municipal de Educação Fundamental
Álvaro de Castro Mattos
ÁBNER DE FREITAS COUTINHO
Ábner de Freitas Coutinho, que também usa o pseudônimo de Percy Guido, é advogado e economista. Natural do Santo Antônio, Estado do Mato Grosso, onde nasceu no dia 15 de dezembro de 1926. Reside há mais de duas décadas no Espírito Santo. É professor e integra diversas instituições culturais.
Ábner de Freitas Coutinho, que também usa o pseudônimo de Percy Guido, é advogado e economista. Natural do Santo Antônio, Estado do Mato Grosso, onde nasceu no dia 15 de dezembro de 1926. Reside há mais de duas décadas no Espírito Santo. É professor e integra diversas instituições culturais.
Caravelas portuguesas,
mensageiras da História
foram, levando incertezas,
voltaram cheias de glórias...
Se poupança a gente encara,
logo descobre a verdade:
nossa metade mais cara
é nossa cara metade..
Meu pai, figura esquecida,
eterno semblante mudo,
o que fiz em minha vida
só a ti eu devo tudo...
Se pensar no seu irmão,
um instante, por favor,
sentirá no coração,
renascer fraterno amor!
mensageiras da História
foram, levando incertezas,
voltaram cheias de glórias...
Se poupança a gente encara,
logo descobre a verdade:
nossa metade mais cara
é nossa cara metade..
Meu pai, figura esquecida,
eterno semblante mudo,
o que fiz em minha vida
só a ti eu devo tudo...
Se pensar no seu irmão,
um instante, por favor,
sentirá no coração,
renascer fraterno amor!
ALBERTO ISAÍAS RAMIRES
Alberto Isaías Ramires é capixaba de Vila Velha, onde nasceu em 8 de setembro de 1924. Um dos mais representativos trovadores do Espírito Santo. Há vários anos residente no Rio de Janeiro. Militar (Capitão Rh do Exército). Autor de diversas obras e membro de várias instituições culturais do país. Ganhador de vários concursos literários.
Alberto Isaías Ramires é capixaba de Vila Velha, onde nasceu em 8 de setembro de 1924. Um dos mais representativos trovadores do Espírito Santo. Há vários anos residente no Rio de Janeiro. Militar (Capitão Rh do Exército). Autor de diversas obras e membro de várias instituições culturais do país. Ganhador de vários concursos literários.
Quando eu morrer, por favor
coloquem na minha cova
um epitáfio de amor
escrito em forma de trova!
Da vida, pelos caminhos,
uma coisa aprendi bem:
a roseira dá espinhos,
mas nos dá rosas, também...
Por nascer pobre, o Divino
num gesto compensador,
despertou, em meu destino,
a lira de trovador...
Não entendes meu desgosto,
mas aprende esta lição:
nem sempre pomos no rosto
as mágoas do coração.
Via-a rezando, contrita,
com os olhos fitos no céu.
Quanto pecado escondido
debaixo de um fino véu!...
Falar mal da vida alheia
é coisa que não convém;
quem tem telhado de vidro
não fustiga o de ninguém...
Lá se foi a meninice,
meu barquinho do papel,
minha ingênua peraltice,
meu doce Papai Noel...
coloquem na minha cova
um epitáfio de amor
escrito em forma de trova!
Da vida, pelos caminhos,
uma coisa aprendi bem:
a roseira dá espinhos,
mas nos dá rosas, também...
Por nascer pobre, o Divino
num gesto compensador,
despertou, em meu destino,
a lira de trovador...
Não entendes meu desgosto,
mas aprende esta lição:
nem sempre pomos no rosto
as mágoas do coração.
Via-a rezando, contrita,
com os olhos fitos no céu.
Quanto pecado escondido
debaixo de um fino véu!...
Falar mal da vida alheia
é coisa que não convém;
quem tem telhado de vidro
não fustiga o de ninguém...
Lá se foi a meninice,
meu barquinho do papel,
minha ingênua peraltice,
meu doce Papai Noel...
ALYDIO C. DA SILVA
Alydio de Carvalho e Silva pertence a diversas entidades culturais do país. É natural de Santa Cruz, Espírito Santo, onde nasceu em 11 de abril de 1917. Industriário aposentado, reside há quase 30 anos, fora de seu estado natal. Além de poeta é romancista. Autor de centenas de trovas e outros poemas. Tem vários livros inéditos e participou de diversas antologias.
Alydio de Carvalho e Silva pertence a diversas entidades culturais do país. É natural de Santa Cruz, Espírito Santo, onde nasceu em 11 de abril de 1917. Industriário aposentado, reside há quase 30 anos, fora de seu estado natal. Além de poeta é romancista. Autor de centenas de trovas e outros poemas. Tem vários livros inéditos e participou de diversas antologias.
Vi num jornal estampado
o perigo que há no beijo.
Antes ser contaminado
do que morrer de desejo.
Quando passei pela estrada
e ouvi teu canto distante,
senti que a mágoa passada
reviveu naquele instante.
Carnaval, fraternidade
transitória e resumida,
onde se esconde a verdade
dos sofrimentos da vida.
Se passas muito apressada,
fugindo à minha atenção,
eu sinto a tua pisada
esmagar meu coração.
É doce morrer no mar...
Cayme receita a dose.
Só Cristo pra transformar
tanta salmoura em glicose.
o perigo que há no beijo.
Antes ser contaminado
do que morrer de desejo.
Quando passei pela estrada
e ouvi teu canto distante,
senti que a mágoa passada
reviveu naquele instante.
Carnaval, fraternidade
transitória e resumida,
onde se esconde a verdade
dos sofrimentos da vida.
Se passas muito apressada,
fugindo à minha atenção,
eu sinto a tua pisada
esmagar meu coração.
É doce morrer no mar...
Cayme receita a dose.
Só Cristo pra transformar
tanta salmoura em glicose.
AMAURY DE AZEVEDO
Também usando o pseudônimo de Yruama, Amaury de Azevedo, capixaba de Alegre, onde veio à luz em 1º de agosto de 1935, é comerciante e reside em Campos, no Rio de Janeiro. Mesmo afastado de sua terra natal, há mais de 27 anos, Amaury continua mantendo intercâmbio com poetas do Espírito Santo.
Também usando o pseudônimo de Yruama, Amaury de Azevedo, capixaba de Alegre, onde veio à luz em 1º de agosto de 1935, é comerciante e reside em Campos, no Rio de Janeiro. Mesmo afastado de sua terra natal, há mais de 27 anos, Amaury continua mantendo intercâmbio com poetas do Espírito Santo.
O capixaba não nega
O que lhe pedem com jeito.
Também não foge do pega,
Estufando logo o peito.
Quando toda a Cristandade
Vê passar mais um Natal,
Surgem novas esperanças
De uma paz universal.
O que lhe pedem com jeito.
Também não foge do pega,
Estufando logo o peito.
Quando toda a Cristandade
Vê passar mais um Natal,
Surgem novas esperanças
De uma paz universal.
ANDRADE SUCUPIRA
José de Andrade Sucupira é sergipano de Pacatuba. Há mais de 35 anos reside no Espírito Santo, onde militou na imprensa e foi funcionário público. Hoje está aposentado e reside em Vila Velha. Desde os anos 30 faz trovas, divulgando-as pelas páginas dos vários jornais em que trabalhou. É um dos Príncipes da Trova Capixaba, escolhidos pelo CTC. Nasceu em 22 de junho de 1909.
José de Andrade Sucupira é sergipano de Pacatuba. Há mais de 35 anos reside no Espírito Santo, onde militou na imprensa e foi funcionário público. Hoje está aposentado e reside em Vila Velha. Desde os anos 30 faz trovas, divulgando-as pelas páginas dos vários jornais em que trabalhou. É um dos Príncipes da Trova Capixaba, escolhidos pelo CTC. Nasceu em 22 de junho de 1909.
Meu espelho mostra a cara
sem vergonha, encarquilhada,
no corpo setenta anos,
muita canseira, mais nada.
Pela tapera da vida
O homem nasce lutando.
Luta, luta, lida, lida
e morre... sempre esperando.
No Brasil, coisa mais feia,
e coisa que mais consome...
Poucos de barriga cheia
e a maioria com fome.
Esses seus olhos traquinos
e vivos, vivos de mais,
têm nossos céus nordestinos
no verde dos coqueirais.
Sempre amar. Eis a verdade
do berço de qualquer vida.
Se o amor não tem idade...
Venha aos meus braços, querida!
Saudade... doce ternura,
espinho que se bendiz,
flor que fere com doçura
e deixa a gente feliz.
sem vergonha, encarquilhada,
no corpo setenta anos,
muita canseira, mais nada.
Pela tapera da vida
O homem nasce lutando.
Luta, luta, lida, lida
e morre... sempre esperando.
No Brasil, coisa mais feia,
e coisa que mais consome...
Poucos de barriga cheia
e a maioria com fome.
Esses seus olhos traquinos
e vivos, vivos de mais,
têm nossos céus nordestinos
no verde dos coqueirais.
Sempre amar. Eis a verdade
do berço de qualquer vida.
Se o amor não tem idade...
Venha aos meus braços, querida!
Saudade... doce ternura,
espinho que se bendiz,
flor que fere com doçura
e deixa a gente feliz.
ANSELMO GONÇALVES
Pertencendo a diversas entidades culturais e por sua prática em favor da trova, Anselmo Gonçalves, capixaba de Vitória, onde nasceu em 21 de abril de 1929, é um dos mais atuantes trovadores do Espírito Santo. É funcionário público estadual e colabora na imprensa de sua terra natal.
Pertencendo a diversas entidades culturais e por sua prática em favor da trova, Anselmo Gonçalves, capixaba de Vitória, onde nasceu em 21 de abril de 1929, é um dos mais atuantes trovadores do Espírito Santo. É funcionário público estadual e colabora na imprensa de sua terra natal.
Meu coração bate, insiste,
vai sacudindo, batendo.
A tudo ele bem resiste,
mas continua doendo.
Vela branca passa ao largo
Lá fora, longe, no mar.
Sua vida, sem embargo,
morre distante do lar.
Uma vida! Nosso amor
degringolou de repente.
Caiu da planta uma flor
resta a lembrança somente!
Toda tua indiferença
não consegue me vencer.
Sou todo amor e sou crença,
sou vida, e sou bem-querer!
vai sacudindo, batendo.
A tudo ele bem resiste,
mas continua doendo.
Vela branca passa ao largo
Lá fora, longe, no mar.
Sua vida, sem embargo,
morre distante do lar.
Uma vida! Nosso amor
degringolou de repente.
Caiu da planta uma flor
resta a lembrança somente!
Toda tua indiferença
não consegue me vencer.
Sou todo amor e sou crença,
sou vida, e sou bem-querer!
ANTONIO TAVARES SUCUPIRA
Nascido em Vitória, no dia 12 de outubro do 1956, Antonio Tavares Sucupira é filho do trovador Andrade Sucupira. É, no campo profissional, engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo.
Nascido em Vitória, no dia 12 de outubro do 1956, Antonio Tavares Sucupira é filho do trovador Andrade Sucupira. É, no campo profissional, engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo.
Saudades dela? Talvez?
Se se pudesse voltar
Eu nasceria outra vez
Com a mesma mãe para amar.
E um certo amigo dizia
À sua cara-metade:
Já fui preso, que ironia!
Por querer a liberdade.
Seria o mundo feliz
E só haveria glória
Se todo o povo da terra
Nascesse aqui em Vitória.
Se se pudesse voltar
Eu nasceria outra vez
Com a mesma mãe para amar.
E um certo amigo dizia
À sua cara-metade:
Já fui preso, que ironia!
Por querer a liberdade.
Seria o mundo feliz
E só haveria glória
Se todo o povo da terra
Nascesse aqui em Vitória.
ASSUMPÇÃO BOTTI
Manoel Assumpção Botti nasceu em Vitória no dia 15 de agosto do 1916. É advogado. Autor de muitos poemas e trovas.
Manoel Assumpção Botti nasceu em Vitória no dia 15 de agosto do 1916. É advogado. Autor de muitos poemas e trovas.
Que não me empolgue a subida,
Que a humildade viva em mim,
Que eu suba sempre na vida
Sem me esquecer de onde vim.
Se pintor eu pintaria
A vida com duas cores:
Um pingo azul de alegria
Num fundo roxo de dores.
Quantos contrastes abriga
Minha existência bizarra:
Obrigado a ser formiga,
Eu que nasci pra ser cigarra.
Os meus tristes olhos baços
Do que sou dão a medida:
Um coração em pedaços
Num corpo quase sem vida.
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Que a humildade viva em mim,
Que eu suba sempre na vida
Sem me esquecer de onde vim.
Se pintor eu pintaria
A vida com duas cores:
Um pingo azul de alegria
Num fundo roxo de dores.
Quantos contrastes abriga
Minha existência bizarra:
Obrigado a ser formiga,
Eu que nasci pra ser cigarra.
Os meus tristes olhos baços
Do que sou dão a medida:
Um coração em pedaços
Num corpo quase sem vida.
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