sábado, 2 de julho de 2016

João Batista Xavier Oliveira (Haicais)



1
Abelhas procuram
nas moradas dos jardins
doçura dos favos.
2
Aponta no céu
pontos de constelação.
Ponte para Deus.
3
A prisão vazia
anuncia que a alegria
bateu suas asas.
4
Arrastão de flores
invade o bosque inocente.
Tela colorida.
5
Arrebol agreste
abrindo ou fechando o dia.
Sino dos portais.
6
Arrebol ecoa
na despedida da noite
o canto de pássaros.
7
A voz da manhã
no acalanto das roseiras:
adejar dos pássaros.
8
Brisa em acalanto
ao passar a tempestade.
Novas esperanças.
9
Buris naturais
patenteiam ao jardim
joias lapidadas.
10
Canário da terra
olha o canário do reino
que olha a liberdade.
11
Casulo se rompe
no festival colorido.
Linda borboleta.
12
Chuva tecelã.
Tapetes esverdeados
aplaudem com flores.
13
Dança vespertina
no palco da natureza.
Bando de andorinhas.
14
Dupla cancioneira
caramanchão e varanda.
Sombra alvissareira.
15
Espumas rendadas
enfeitando toda praia.
Canções a bailar.
16
Estrelas festejam
arpejos do trovador.
Notas luminosas.
17
É um prazer olhar
o mar acolhendo o rio
em ciclo divino.
18
Floresta segura.
Machados distanciados...
curupira dorme.
19
Lar do joão de barro
destruído na queimada.
Colheita de prantos.
20
Lírios a bailar
nos vergéis de chão agreste.
Brisa matutina.
21
Luar sem fronteiras
representa na aquarela
farol das estrelas.
22
Na moldura azul
figuras esvoaçantes
inspiram pincéis.
23
No canto de outono
em hino de primavera...
calor para o inverno
24
Olhares de estrelas
desenhados no infinito
buscam mãos unidas.
25
O som campesino
na madrugada solene
é o canto do galo.
26
Os verdes dos montes
parecem dedos pintados
apontando o azul.
 27
O vento remove
nuvens cinzas nordestinas.
Rezas atendidas.
28
Pirilampo luz
na esteira da lua cheia.
Esmeralda-prata.
29
Veredas maternas.
O casal de sombra e sol
alimenta as fontes.
30
Violeiro alegre
tangendo com grossas mãos
suaviza a noite.

A Presença Africana na Música Popular Brasileira (Parte I)

A cultura brasileira e, logicamente, a rica música que se faz e consome no país estruturam-se a partir de duas básicas matrizes africanas, provenientes das civilizações conguenses e iorubana. A primeira sustenta a espinha dorsal dessa música, que tem no samba sua face mais exposta. A segunda molda, principalmente, a música religiosa afro-brasileira e os estilos dela decorrentes. Entretanto, embora de africanidade tão expressiva, a música popular brasileira, hoje, ao contrário da afro-cubana, por exemplo, distancia-se cada vez mais dessas matrizes. E caminha para uma globalização tristemente enfraquecedora.

Das congadas ao samba: a matriz congo

Já nos primeiros anos da colonização, as ruas das principais cidades brasileiras assistiam às festas de coroação dos “reis do Congo”, personagens que projetavam simbolicamente em nossa terra a autoridade dos muene-e-Kongo, com quem os exploradores quatrocentistas portugueses trocaram credenciais em suas primeiras expedições à África subsaariana.

Esses festejos, realçados por muita música e dança, seriam não só uma recriação das celebrações que marcavam a entronização dos reis na África como uma sobrevivência do costume dos potentados bantos de animarem suas excursões e visitas diplomáticas com danças e cânticos festivos, em séquito aparatoso. E os nomes dos personagens, bem como os textos das cantigas entoadas nos autos dramáticos em que esses cortejos culminavam, eram permeados de termos e expressões originadas nos idiomas quicongo e quimbundo.

Esses cortejos de “reis do Congo”, na forma de congadas, congados ou cucumbis (do quimbundo kikumbi, festa ligada aos ritos de passagem para a puberdade), influenciados pela espetaculosidade das procissões católicas do Brasil colonial e imperial, constituíram, certamente, a velocidade inicial dos maracatus, dos ranchos de reis (depois carnavalescos) e das escolas de samba – que nasceram para legitimar o gênero que lhes forneceu a essência.

Sobre as origens africanas do samba veja-se que, no início do século XX, a partir da Bahia, circulava uma lenda, gostosamente narrada pelo cronista Francisco Guimarães, o Vagalume, no clássico Na roda do samba, de 1933, segundo a qual o vocábulo teria nascido de dois verbos da língua iorubá:san, pagar, e gbà, receber. Depois de Vagalume, muito se tentou explicar a origem da palavra, alguém até lhe atribuindo uma estranha procedência indígena. Mas o vocábulo é, sem dúvida, africaníssimo. E não iorubano, mas legitimamente banto.

Samba, entre os quiocos (chokwe) de Angola, é verbo que significa “cabriolar, brincar, divertir-se como cabrito”. Entre os bacongos angolanos e conguenses o vocábulo designa “uma espécie de dança em que um dançarino bate contra o peito do outro”. E essas duas formas se originam da raiz multilinguística semba, rejeitar, separar, que deu origem ao quimbundo disemba, umbigada – elemento coreográfico fundamental do samba rural, em seu amplo leque de variantes, que inclui, entre outras formas, batuque, baiano, coco, calango, lundu, jongo etc. Buscando comprovar essa origem africana do samba – nome que define, então, várias danças brasileiras e a música que acompanha cada uma delas –, veremos que o termo foi corrente também no Prata como samba ou semba, para designar o candombe, gênero de música e dança dos negros bantos daquela região.

Responsáveis pela introdução no continente americano de múltiplos instrumentos musicais, como a cuíca ou puíta, o berimbau, o ganzá e o reco-reco, bem como pela criação da maior parte dos folguedos de rua até hoje brincados nas Américas e no Caribe, foram certamente africanos do grande grupo etnolinguístico banto que legaram à música brasileira as bases do samba e a grande variedade de manifestações que lhe são afins.

Dentre as danças do tipo batuque ou samba listadas pela etnomusicóloga Oneyda Alvarenga, com exceção da tirana e da cachucha, de origem europeia, todas elas trazem, no nome e na coreografia, evidências de origem banta, apresentando muitas afinidades com a massemba ou rebita, expressão coreográfica muito apreciada nas regiões angolanas de Luanda, Malanje e Benguela, e que teve seu esplendor no século XIX.

No Rio de Janeiro, a modalidade mais tradicional do samba é o partido-alto, um samba cantado em forma de desafio por dois ou mais participantes e que se compõe de uma parte coral e outra solada. Essa modalidade tem raízes profundas nas canções do batuque angolano, em que as letras são sempre improvisadas de momento e consistem geralmente na narrativa de episódios amorosos, sobrenaturais ou de façanhas guerreiras. Segundo viajantes como o português Alfredo Sarmento, nos sertões angolanos, no século XIX, havia negros que adquiriam fama de grandes improvisadores e eram escutados com o mais religioso silêncio e aplaudidos com o mais frenético entusiasmo. A toada que cantavam era sempre a mesma, e invariável o estribilho que todos cantavam em coro, batendo as mãos em cadência e soltando de vez em quando gritos estridentes.

Segundo Oneyda Alvarenga, a estrofe solista improvisada, acompanhada de refrão coral fixo, e a disposição coro-solo são características estruturais de origem africana ocorrentes na música afro-brasileira. Tanto elas quanto a coreografia revelam, no antigo samba dos morros do Rio de Janeiro, a permanência de afinidade básicas com o samba rural disseminado por boa parte do território nacional. Observe-se, ainda, que os batuques festivos de Angola e Congo certamente já se achavam no Brasil havia muito tempo. E pelo menos no século passado eles já tinham moldado a fisionomia do nosso samba sertanejo.

Mas até aí, o batuque e o samba a que os escritores se referem são apenas dança. Até que Aluísio Azevedo, descrevendo, no romance O cortiço, um pagode em casa da personagem Rita Baiana, nos traz uma descrição dos efeitos do “chorado” da Bahia, um lundu, tocado e cantado. Esse lundu a que o romancista se refere foi certamente o ancestral do samba cantado, herdeiro que era das canções dos batuques de Angola e do Congo.

Com a estruturação, na cidade do Rio de Janeiro, da comunidade baiana na região conhecida historicamente como “Pequena África” – espaço sociocultural que se estendia da Pedra do Sal, no morro da Conceição, nas cercanias da atual Praça Mauá, até a Cidade Nova, na vizinhança do Sambódromo, hoje –, o samba começa a ganhar feição urbana. Nas festas dessa comunidade a diversão era geograficamente estratificada: na sala tocava o choro, o conjunto musical composto basicamente de flauta, cavaquinho e violão; no quintal, acontecia o samba rural batido na palma da mão, no pandeiro, no prato-e-faca e dançado à base de sapateados, peneiradas e umbigadas. Foi aí, então, que ocorreu, entre o samba rural baiano e outras formas musicais, a mistura que veio dar origem ao samba urbano carioca. E esse samba só começou a adquirir os contornos da forma atual ao chegar aos bairros do Estácio e de Osvaldo Cruz, aos morros, para onde foi empurrada a população de baixa renda quando, na década de 1910, o centro do Rio sofreu sua primeira grande intervenção urbanística. Nesses núcleos, para institucionalizar seu produto, então, foi que, organizando-o, legitimando-o e tornando-o uma expressão de poder, as comunidades negras cariocas criaram as escolas de samba.

Daí que, em conclusão, todos os ritmos e gêneros existentes na música popular brasileira de consumo de massa, quando não são reprocessamento de formas estrangeiras, se originam do samba ou são com ele aparentados.

continua...

Fonte:

Franz Kafka (O Exame)

Sou um criado, mas não há trabalho para mim. Sou medroso e não me ponho em evidência; nem sequer me coloco em fila com os outros, mas isto é apenas uma das causas de minha falta de ocupação; também é possível que minha falta de ocupação nada tenha a ver com isso; o mais importante é, em todo caso, que não sou chamado a prestar serviço; outros foram chamados e não fizeram mais gestões que eu; e talvez nem mesmo tenham tido alguma vez o desejo de serem chamados, enquanto que eu o senti, às vezes, muito intensamente. Assim permaneço, pois, no catre, no quarto de criados, o olhar fixo nas vigas do teto, durmo, desperto e, em seguida, torno a adormecer. Às vezes cruzo até a taverna onde servem cerveja azeda; algumas vezes por desfastio emborquei um copo, mas depois volto a beber.

Gosto de sentar-me ali por que, atrás da pequena janela fechada e sem que ninguém me descubra, posso olhar as janelas de nossa casa. Não se vê grande coisa; sobre a rua, dão, segundo creio, apenas as janelas dos corredores, e além do mais, não daqueles que conduzem aos aposentos dos senhores; é possível também que eu me engane; alguém o sustentou certa vez, sem que eu lho perguntasse, e a impressão geral da fachada o confirma. Apenas de vez em quando são abertas as janelas, e quando isso acontece, o faz um criado, o qual, então, se inclina também sobre o parapeito para olhar para baixo um instantinho. São, pois, corredores onde não se pode ser surpreendido. Além do mais não conheço esses criados; os que são ocupados permanentemente na parte de cima, dormem em outro lugar; não em meu quarto.

Uma vez, ao chegar à hospedaria, um hóspede ocupava já o meu posto de observação; não me atrevi a olhar diretamente para onde estava e quis voltar-me na porta para sair em seguida. Mas o hóspede me chamou e, assim, então, percebi que era também um criado ao qual eu tinha visto alguma vez e em alguma parte, embora sem ter falado nunca com ele até aquele dia. — Por que queres fugir? Senta-te aqui e bebe. Eu pago. Sentei-me, pois. Perguntou-me algo, mas não pude responder-lhe; não compreendia sequer as perguntas. Pelo menos eu disse: — Talvez agora te aborreça o fato de ter-me convidado. Vou-me, pois. E quis erguer-me. Mas ele estendeu a mão por cima da mesa e me manteve em meu lugar. — Fica-te!, disse. Isto era somente um exame. Aquele que não respondesse às perguntas está aprovado no exame.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Lançamento da Obra Transversalidades, de Andrey do Amaral


Ações descentralizadas são o foco do coletivo Transversalidades. Trabalhar com cultura em espaços alternativos, levando acesso de literatura, artesanato, audiovisual, é promover cidadania. Neste momento, o coletivo escolheu a Cidade Estrutural para receber atividades de cultura em debates literários. Com o apoio da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, essa atividade literária promove o empoderamento e a troca de saberes fora dos centros urbanos com a participação de escritores. 

Transversalidades trabalha a cultura em locais de vulnerabilidade social com a participação ativa do morador local, sendo ele parte do processo de construção das discussões literárias.  A escritora Clotilde Chaparro, que prontamente aceitou o convite, estará também presente no debate sobre mulher e formas de violência - tema de sua obra. A mesa será mediada pelo agente literário Andrey do Amaral. 

Evento público e gratuito, dia 09/07, às 10h, na Associação São Francisco de Assis, Estrutural-DF. Contato e informações: transversalidades.cultura@gmail.com / (61) 9.8457-7131

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Carlos Leite Ribeiro (Aquele Setembro Em Que te Conheci)

Pintura de Renoir
O Setembro estava a findar e com ele as últimas chuvas. Naquele dia até trovejava e o ar estava quente.

Como os relâmpagos sempre me causaram pavor, entrei no primeiro lugar que me parecia oferecer mais segurança que, por acaso, era o restaurante "Fênix", que eu costumava almoçar, na linda cidade de Leiria, frequentado geralmente por clientes conhecidos. 

Os trovões continuavam cada vez mais fortes e os relâmpagos espalhavam raios dourados em todas as direções projetando uma luz intensa por toda a cidade. Era realmente uma tempestade assustadora. 

Tinha na altura 25 anos e estava sentada naquele restaurante que, quase sempre, àquela hora estava cheio. Aguardava que me servissem o almoço, quando um belo moço assomou à porta. Hesitou, mas por fim resolveu entrar. 

Como as outras mesas estavam ocupadas, dirigiu-se à minha e, delicadamente perguntou-me: - "Dá-me licença que me sente?". 

Ele não era uma daquelas figuras que os gregos descrevem, mas era simpático, embora tivesse nos seus belos olhos castanhos-escuros, uma tristeza profunda. Eu não costumava compartilhar com estranhos os meus "solenes" momentos de refeições, detestava quando alguém tentava invadir a minha privacidade, mas percebendo que não havia outro lugar desocupado, secamente, respondi-lhe então: 

- "Sim, pode-se sentar". 

Ele agradeceu e calmamente sentou-se. Comecei a sentir algo diferente em mim, mas logo afastei qualquer ideia da minha mente. Ele também não se mostrava muito à vontade, embora intimamente me estivesse a admirar (intuição feminina...). Eu fingia que não o estava observando, mas, volta e meia, descobria um ou outro detalhe interessante no meu imposto companheiro de mesa que àquela altura, já saboreava um vinho tinto como se fosse a bebida mais saborosa do mundo. Olhando de vez em quando de relance, percebi que era charmoso, muito bem cuidado, além dos olhos castanhos e amendoados tinha traços de pessoa fina, enfim não deixava de ser um homem muito interessante. 

Por fim começou por perguntar se a comida era boa naquele restaurante; depois se o meu marido não se importava se a esposa estivesse à mesa com outro homem, etc., etc. Respondi-lhe que estava completamente livre. O homem pareceu ter ficado mais calmo e menos tímido. De início, eu não me senti à vontade com o rumo que a conversa estava tomando, e fiquei nervosa ao perceber que algumas pessoas conhecidas estavam nos lançando olhares atravessados, imaginando não sei o quê... 

Como em cidade pequena quase todas as pessoas se conhecem, e no mínimo estavam admirados com a minha "prosa" forçada com um cavalheiro desconhecido. Contudo, depois de algumas frases trocadas fiquei mais descontraída e até fiz algumas indagações de somenos importância 

Entretanto, começamos a almoçar e ele aproveitou para me ir dizendo que era aluno de Engenharia de Máquinas, mas por vários motivos não podia terminar o curso, sendo o principal o fato de uma moça que amava e já há anos a namorava, o ter traído. 

Até parecia que se estava a confessar-se! Comecei a pensar: "Este quer cantar-me a "canção do bandido", mas comigo, vem de carrinho e para lá vai de carroça!". Sorri. O que deve ter desencorajado o meu belo interlocutor, que, delicadamente se despediu. 

Levantou-se e foi-se embora, depois de ouvir pacientemente, num gesto de amizade, eu dizer que lamentava profundamente o que havia acontecido com ele, que aquela situação poderia acontecer com qualquer pessoa e que a minha história não era muito diferente: comigo havia acontecido coisa pior porque eu tinha sido "trocada" pela minha melhor "amiga" , o que tornava a traição muito mais dolorida... 

Mas, embora eu não quisesse admitir fiquei muito decepcionada com aquela despedida apressada, que mais me parecia uma fuga. Fiquei ainda alguns minutos a pensar naquilo que tinha acontecido naquele almoço. Mas a vida tinha de continuar e eu tinha de entrar há horas no escritório. Tinha muitos processos para bater ao teclado. 

Realmente, precisava voltar ao trabalho e aceitar a minha realidade. Em cidade pequena há uma escassez muito grande de cavalheiros disponíveis e, querendo ou não, eu tinha que continuar levando a minha vidinha pacata e sem grandes perspectivas. 

Durante muitos dias ainda alimentei a secreta esperança que ele aparecesse, mas em vão. Já há muito que tinha chegado à conclusão que ele tinha uns belos olhos castanhos-escuros. Mas ele nunca mais apareceu e a minha vida foi sempre o que tinha sido até aí: emprego ? casa ? emprego ? casa. De vez em quando ia ao cinema, mas numa localidade pequena é sempre difícil arranjar divertimentos. Por vezes mergulhava-me na Internet. Mas aquele homem... Aquele homem não saía da minha cabeça... Era tão forte a presença dele no meu pensamento que parecia que eu já o conhecia há muitos anos... Era uma espécie de "namorado virtual"... " O namorado que era... Sem nunca ter sido "... 

O tempo foi passando. Eu já estava perdendo a esperança que tinha de reencontrá-lo e cada dia a mais ficava mais decepcionada comigo mesma por perder tanto tempo esperando por um milagre que, talvez nunca acontecesse. 

No outro ano, como é óbvio, o Setembro voltou. Naquele dia estava um dia esplendoroso, com muito sol e uma temperatura agradável. Estava sentada na mesma mesa, do mesmo restaurante, em que pela primeira e última vez o tinha encontrado. Pensava nele... Pensava em como seria maravilhoso se ele estivesse ali, mesmo que fosse só para mostrar os seus olhos castanhos com aquela tristeza quase indecifrável. E, de vez em quando, me perguntava como uma mulher podia trair um homem como aquele, elegante, de traços finos, cavalheiro e que, mesmo não sendo um "bonitão" , tinha uns olhos castanhos muito lindos e expressivos, apesar da tristeza que tentava ofuscar todo o seu brilho. 

E é o Destino! Tu por vezes fazes coisas maravilhosas. 

De repente, como num toque de magia, ouvi uma voz que me parecia familiar. Olhei de relance, e quase sem acreditar no que via, dialoguei imaginariamente com o meu "Destino" e o meu coração pulsou mais forte quando tive certeza de que era ele mesmo. 

Ele tinha aparecido! Entrou no restaurante e assim que me viu, dirigiu-se logo para a mesa onde eu estava sentada. Aproximou-se de mim e, como se quisesse contar um segredo, foi logo me dizendo: 

Não acredito que, um ano depois, você esteja sentada no mesmo lugar, no mesmo restaurante, e parecendo a mesma "garotinha" assustada, que eu conheci aqui, sem este sorriso lindo estampado no rosto, como agora tem. E, encostando-se a mim quase ousadamente, me perguntou tentando parecer engraçadinho.

- Por acaso tínhamos marcado alguma comemoração um ano depois do nosso primeiro encontro? 

E parecendo velhos amigos, ficamos rindo como duas crianças que apreciavam as mesmas brincadeiras. Desta vez nem pediu licença, sentou-se logo. E logo senti um enorme desejo que ele me contasse todas as "histórias de bandido que conhecesse". Que ele me conhecesse melhor. Mas ele limitou-se a contar que, por questões financeiras, tinha imigrado para o Rio de Janeiro para refazer a vida, mas que nunca me tinha esquecido. 

Eu nem podia dizer que não acreditava, porque parece que ele estava em todas as coisas bonitas que eu via, e embora eu ainda não soubesse nem o seu nome, eu não o havia esquecido em momento nenhum e, para falar a verdade estava ali quase chorando de tanta felicidade.

No final do almoço, perguntou-me se queria jantar com ele e, depois, ir ao cinema. O meu "aceito" surgiu antes de eu ter pensado. Mas não queria perde-lo novamente. 

Foi nesse dia, um ano depois, que tivemos oportunidade de revelar nossos verdadeiros nomes: Miguel e Ivone. Hoje estou aqui emocionada, sentada no mesmo lugar, do mesmo restaurante, a pensar naqueles belos olhos castanhos, que um dia me apareceram e que modificaram completamente a minha vida. 

Alguns anos passaram, mas para nós parece que o tempo não passou, porque seremos sempre eternos namorados. 

Miguel trabalha numa cidade vizinha onde moram seus pais, mas não deixa de voltar para casa todos os dias porque somos amigos inseparáveis e assim, não podemos ficar separados muito tempo porque sentimos muita falta um do outro. 

Agradecemos sempre a Deus por aquele dia de temporal em que nos conhecemos. Sou casada com ele; temos dois filhos amorosos e, para o fim do ano espero ter o terceiro. A nossa vida em comum cada dia se torna mais bonita. Temos gostos e gênios bem-parecidos e naquilo em que não combinamos, respeitamos mutuamente as nossas diferenças. Nossos filhos são Leonardo, o Leo Vitória e o terceiro e último, será João Miguel.

Ai aquele Setembro que nos conhecemos?

Fonte:
Colaboração do autor

32a. Feira do Livro de Canoas (Programação)

27 de Junho - Segunda

9h 
Café Literário 
Palestra com Demétrio Leite - Canoas e seus Caminhos

9h às 19h 
Café Literário 
Exposição "Canoas e seus Caminhos" de Demétrio Leite

9h 
Auditório 
Bate-papo com os escritores Ninfa Parreiras  "Histórias de Alem Mar" (Paulinas) e André Neves  “Tombolo do Lombo” ( Paulinas), logo após lançamento e sessão de autógrafos 

10h 
Teatro do SESC 
Encontro com o Escritor Jéferson Assumção, 
Tema: Ler para Ver (agendamento- SESC Canoas Fone: 34562013)

10h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias 
Rosane Castro 

10h 
Auditório 
Encontro com o Escritor Cláudio Levitan

14h 
Teatro do SESC 
Encontro com o Escritor Jéferson Assumção, 
Tema: Ler para Ver (agendamento- SESC Canoas Fone: 34562013)

14h 
Auditório 
Encontro com o Escritor Kalunga 

14h 
Café Literário 
Junho Ambiental: Oficina de compostagem (Secretaria Municipal do Meio Ambiente)

15h 
Auditório 
Encontro com Escritor Sérgius Gonzaga, 
Tema: Jorge Amado

15h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias com Rosane Castro

16h 
Café literário 
Lançamento e sessão de Autógrafos Livro: Poesia, Vida e Arte"(2ª Edição) autor Leon Denis da Silveira

19h30 
Auditório 
Encontro com a Escritora Lya Luft, mediador: Carlos André Moreira 

20h20 
Auditório 
Sessão de autógrafos com Lya Luft

28 de Junho - Terça

9h às 21h 
Café Literário 
Mostra de Desenho e Redação das EMEFs - "Transparência e Ética Pública: meu compromisso como cidadão"

9h 
Auditório 
Encontro com a Escritora Paula Taitelbaum sobre o livro "Bicho Lógico".
Após lançamento e sessão de autógrafos

10h 
Teatro do SESC 
Encontro com o Escritor Jéferson Assumção, 
Tema: Ler para Ver (agendamento- SESC Canoas Fone: 34562013)

10h 
Auditório 
Encontro com o escritor Eduardo Bueno(Peninha) mediação Daniel Weller

11h 
Café Literário 
Lançamento e sessão de autógrafos " Viagem do conhecimento"  Editora Sextante 
Autor Eduardo Bueno(Peninha) 

10h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias com Mediadores de Leitura 

14h às 18h 
Biblioteca na Feira 
Troca-troca de livros, revistas e gibis.

13h30 às 18h 
Auditório 
Painel Gaúcho de  Bibliotecas Escolares e Públicas   
Mesa: Práticas de Mediação de Leitura - Canoas, POA e Esteio            

13h30 às 15h 
Café Literário 
III Encontro do Fome de Ler  (Ulbra)- 
Oficina de sensibilização: " Já pensou em mudar o mundo a partir da Escola?"(MudaMundo)

14h 
Área Central 
Junho Ambiental: Oficina de resíduos (Secretaria Municipal do Meio Ambiente)

14h 
Teatro do SESC 
Encontro com o Escritor Jéferson Assumção, 
Tema: Ler para Ver (agendamento- SESC Canoas Fone: 34562013)

14h 
Espaço Infantil 
Apresentação Grupo de dança da EMEF Dr. Nelson Paim Terra, coreografa Sonsearai Pereira 

15h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias com Mediadores de Leitura  

18h 
Café Literário 
Lançamento do Livro "Estado da Cidade, Um Retrado de Canoas-2015, Autores Prefeitura Municipal de Canoas Instituto XXI

19h 
Auditório 
Encontro com a Escritora Martha Medeiros com mediação de Luciano Alabarse

20h 
Auditório 
Sessão de autógrafos com a Escritora Martha Medeiros

29 de Junho - Quarta

9h às 21h 
Café Literário 
Mostra de Desenho e Redação das EMEFs - 
"Transparência e Ética Pública: meu compromisso como cidadão"

9h 
Auditório 
Encontro com o escritor Pedro Bandeira 

9h40 
Café Literário 
Lançamento e sessão de autógrafos: Pedro Bandeira

10h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias com Paulo Bocca 
temática: Cultura indígena e Cultura afro-brasileira

10h 
Auditório 
Apresentação Teatral: É Proibido Miar

14h 
Café Literário 
Entrega do prêmio "Poesia no Varal" (Proler-ABIP)

14h 
Auditório 
Encontro com o Escritor Pedro Bandeira

14h 
Área Central 
Teatro: Trilha Literária

14h 
Área Central 
Junho Ambiental: Oficina de resíduos (Secretaria Municipal do Meio Ambiente)

14h 
Espaço Infantil 
Apresentação Escolar Grupo de violinistas Decords da EMEF Ministro Rubem Carlos Ludwig  
15h 
Casa das Artes Villa Mimosa 
Pocket Show: Poesia para todo Sampler, com Richard Serraria

15h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias sobre o livro "O guardador de Estrelas" com o autor Paulo Bocca

18h 
Café Literário 
Lançamento do Livro Memória social da luta pela moradia nas narrativas dos moradores na Vila União dos Operário -Canoas-RS " de Ivo Fiorotti

19h30 
Auditório 
Encontro com Escritor Vladmir Safatle com mediação de Moisés Mendes 

20h20 
Auditório 
Sessão de autógrafos com o escritor Vladimir Safatle

30 de Junho - Quinta

10h 
Espaço Infantil 
Contação de histórias com Mônika Papescu 

10h 
Auditório 
Encontro com o Escritor Rogério Madrid sobre o livro Gravata e All Star. 

10h 
Café Literário 
Palestra sobre o Meio Ambiente com Secretário Carlos Atilio Todeschini

14h 
Café Literário 
VI Mostra de Pesquisa em História - Realização: Curso de História, Mestrado Profissional em Memória Social e Bens Culturais e Museu e Arquivo Histórico Unilasalle

14h 
Espaço Central 
Teatro: Trilha Literária

14h 
Auditório 
Apresentação Teatral: É Proibido Miar

15h 
Espaço Infantil 
Contação de histórias com Mônika Papescu 

15h 
Auditório 
Encontro com a Escritora Luisa Geisler  

18h 
Café Literário 
Lançamento e Sessão de autógrafos do Livro: Rogério Madrid sobre o livro Gravata e All Star

19h30 
Auditório 
Encontro com o escritor e Pocket Show com Jorge Mautner e Jards Macalé , mediação Francisco Dalcol 

20h20 
Auditório 
Lançamento e sessão de autógrafos  do escritor Jorge Mautner

1 de Julho - Sexta

10h 
Espaço Infantil 
Contação de histórias com Marô Barbieri

10h 
Café Literário 
Oficina de personagens com Fernando Lima (reciclagem)

14h 
Espaço Central 
Teatro: Trilha Literária

14h 
Auditório 
Encontro com o Escritor Cláudio Levitan 

15h 
Auditório 
Encontro com Escritor Matheus Ayres

15h 
Espaço Infantil 
Contação de histórias da Biblioteca Pública João Palma da Silva- 1,2,3, Era uma vez

16h 
Café Literário 
Lançamento e sessão de autógrafos com a escritora Tania Faillace

18h30 
Casa das Artes Villa Mimosa 
Palestra: Cervantes"Dom Quixote e suas andanças" e exposição "O nascimento de um cavaleiro" 

19h30 
Auditório 
Encontro com os ecritores Luiz Gonzaga Belluzzo,  Marcos Antônio Bósio e mediação Juremir Machado da Silva. 
"O Declínio do arranjo global dos anos 80".

2 de Julho - Sábado

10h 
Café Literário 
Lançamento e Sessão de autógrafos do Senador Paim "Palavras em Mar Revolto"  - segundo volume do Nau Solitária e Ednea Paim -  Derrubando Muros. 

10h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias com Mediadores de Leitura  

14h às 17h30 
Auditório 
VII Encontro das Casas dos Poetas do Brasil

14h 
Casa das Artes Villa Mimosa 
Exibição do filme e debate  "O último Poema" com Mirela Kruel

15h 
Espaço Central 
Apresentação Coletivo de Dança

15h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias Mediadores de Leitura

16h 
Café Literário 
Sessão de autógrafos "Design Negro" autor Moacyr Vargas Júnior

17h30 
Auditório 
Lançamento e Sessão de autógrafos "Versejando a vida" autor Moacyr Ayres da Siqueira 

3 de Julho - Domingo

15h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias com Mediadores de Leitura  

15h 
Café Literário 
Lançamento e sessão de autógrafos "Existência: Um Dia, Uma Vida" Autor Vitor Guarise

16h 
Auditório 
Encontro com o Escritor Arnaldo Antunes, mediação Roger Lerina

17h 
Auditório 
Lançamento e sessão de autógrafos  com Arnaldo Antunes

4 Julho - Segunda

9h 
Área Central 
Trilha Literária

9h 
Auditório 
Encontro com Escritor  Gerson Colombo e Jeremias

9h 
Café Literário 
Exposição Arte da Praça - Oficinas realizadas na Praça 

10h 
Espaço Infantil 
Contação de histórias da Biblioteca Pública João Palma da Silva- 1,2,3, Era uma vez

10h 
Teatro do Sesc 
Encontro com o Escritor Uili  Bergamin , palestra sobre Dom Quixote de la Mancha- Miguel de Cervantes (agendamento- SESC Canoas Fone: 34562013)

14h 
Espaço Central 
Teatro: Trilha Literária

14h 
Teatro do Sesc 
Encontro com o Escritor Uili  Bergamin , palestra sobre Dom Quixote de la Mancha- Miguel de Cervantes (agendamento- SESC Canoas Fone: 34562013)

14h 
Auditório 
Mesa de debates: A convergência da literatura com outras linguagens: jornalismo, música e cinema, com Josué Orsolin, Fernando Mantelli, Tiago Germano e Davi Boaventura (mediador). 
Sessão de autógrafos de todos os escritores.

15h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias com Mediadores de Leitura  

15h 
Auditório 
"Shakespeare e a tradução" 
Debate com Lawrence Pereira e Katrin Rosenfield. 

19h30 
Auditório 
Encontro com o Escritor Gonçalo Tavares - mediação Reginaldo Pujol Filho

20h20 
Auditório 
Lançamento e sessão de autógrafos com o Escritor Gonçalo Tavares e Reginaldo Pujol Filho

5 de Julho - Terça

9h 
Área Central 
Trilha Literária

9h 
Casa das Artes Villa Mimosa 
Oficina "Escrita e Imaginação" com o escritor Gonçalo Tavares

10h 
Café Literário 
Comédia Gastronômica com Chocadélia & Temperela (ACE)

10h 
Teatro do Sesc 
Encontro com o Escritor Uili  Bergamin , palestra sobre Dom Quixote de la Mancha- Miguel de Cervantes (agendamento- SESC Canoas Fone: 34562013)

10h 
Auditório 
Espetáculo Teatral "A Família Sujo"- Grupo Cuidado que mancha

14h 
Área Central 
Trilha Literária

14h 
Auditório 
Espetáculo Teatral "A Família Sujo"- Grupo Cuidado que mancha

14h 
Teatro do Sesc 
Encontro com o Escritor Uili  Bergamin , palestra sobre Dom Quixote de la Mancha- Miguel de Cervantes (agendamento- SESC Canoas Fone: 34562013)

15h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias com Mediadores de Leitura  

18h30 
Café Literário 
Lançamento e sessão de autógrafos com Gerson Colombo

19h30 
Auditório 
Caio em construção com Déborah Finnocchiaro

6 de Julho - Quarta

9h 
Auditório 
Encontro com o Escritor 

9h 
Área Central 
Trilha Literária

10h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias 
Mediadores de Leitura

14h 
Auditório 
Apresentação teatral: Os Moinhos de Quixote - Casa do Poeta

14h 
Área Central 
Trilha Literária

15h 
Espaço Infantil 
Contação de Histórias 
Mediadores de Leitura

16h 
Café Literário 
Recital Poético com Ancila Dani Martins (ACE)

18h 
Café Literário 
Lançamento e Sessão de autógrafos 
Livro:Uma pipa de breve sentimento, autor Paulo Ritter 

19h 
Café Literário 
Lançamento e Sessão de autógrafos 
Livro: Da Caverna ao Shopping: os labirintos da vida, autor Júlio Ribeiro 

7 de Julho - Quinta

9h 
Auditório 
Encontro com a Escritora Ana Mottin sobre o livro " Atado de Ervas pois Olhos de Cadela" 

9h 
Área Central 
Trilha Literária

10h 
Espaço Infantil 
Teatro "O Sítio encantado."alunos da Escola Vitória (em Libras)

10h 
Auditório 
Mesa de debates: O livro, a sociedade e as personagens na literatura. Moema Cavalcante, Ivonete Childen e Marina Leal (ACE)

14h às 17h 
Casa das Artes Villa Mimosa 
III Mostra do Festival Book Trailer

14h 
Área Central 
Trilha Literária

14h 
Auditório 
Mesa de debates:“A escrita de mulheres na nova revolução feminista, uma questão de gênero?" com Daniela Langer, Débora Ferraz e Ana Maria Colling, mediadora Giulia Barão Após sessão de autógrafos

15h 
Espaço Infantil 
Contação de histórias com Heloisa Bacichette

17h 
Café Literário 
Lançamento e sessão de autógrafos Julia Dantas, livro "Ruína y leveza"( Não Editora)  e  Ryan Mainardi, livro "Metâmeros" (Editora Schoba)

18h 
Café Literário 
Lançamento e sessão de autógrafos:  Ana Maria Colling e Losandro Antonio Tedeschi (organizadores) Dicionário Crítico de Gênero "Diversidade cultural, Gênero e Fronteiras". 

19h 
Auditório 
Encontro com o escritor Arthur Japin, mediador Fernando Ramos

20h 
Auditório 
Encontro com o escritor Benjamin Moser, mediadora Cláudia Laitano

8 de Julho - Sexta

9h 
Auditório 
Oficina de Poesia com Guto Leite

9h 
Área Central 
Trilha Literária

10h 
Espaço Infantil 
Contação de histórias com Leila Pereira  
livro novo: "Famílias de A a Z"

10h 
Auditório 
Teatro João e o Pé de Feijão- Cia Halarde

14h às 18h 
Biblioteca na Feira 
Troca-troca de livros, revistas e gibis.

14h 
Área Central 
Trilha Literária

14h 
Auditório 
Teatro João e o Pé de Feijão- Cia Halarde

15h 
Espaço Infantil 
Contação de histórias com Leila Pereira 
livro novo: "Famílias de A a Z"

15h30 
Auditório 
Encontro com o Escritor Jairo de Souza

16h30 
Café Literário 
Lançamento e sessão de autógrafos livro " Poemar" autor  Jairo de Souza

17h 
Café Literário 
Lançamento e sessão de autógrafos com a escritora Marlise Pozzatti

19h 
Área central 
Sopapo Poético

19h30 
Casa das Artes Villa Mimosa 
Palestra: Cervantes"Dom Quixote e suas andanças" e 
exposição "O nascimento de um cavaleiro" 

19h30 
Auditório 
Encontro com os Escritores Cláudia Tajes e Luis Augusto Fischer, mediador Luiz Gonzaga Lopes

9 de Julho - Sábado

9h às 11h 
Auditório 
Encontro do Colegiado de Livro, Leitura e Literatura

10h 
Espaço Infantil 
Contação de histórias 
Mediadores de Leitura

14h 
Auditório 
Encontro do Proler e Mediadores de Leitura

15h 
Café Literário 
Sarau Performático Entreverbo

15h 
Espaço Infantil 
Contação de histórias da Biblioteca Pública João Palma da Silva- 1,2,3, Era uma vez

17h 
Auditório Orquestra Villa Lobos

18h 
Auditório Encerramento oficial

20h 
Teatro do Sesc 
Recital "Caderno de Poesias" Maria Bethânia