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sábado, 23 de dezembro de 2023

José Feldman (Cartão de Natal)

 A todos leitores e seguidores do blog, desejo a vocês e seus familiares um ótimo Natal com muitas alegrias, muita paz. 



segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

João Batista Xavier Oliveira (Trovas de Natal)


Dezembro... mês de euforia,
planos: compras de Natal.
No centro: mercadoria
e de lado o PRINCIPAL

É natal nos condomínios,
nas prisões e nas favelas...
mas as faces dos fascínios
mudam conforme as janelas.

Lá no morro, vinte e cinco
é um dia não diferente,
mas mesmo em teto de zinco
quem tem amor tem presente.

Mesmo com todo esse clima
de convulsão social
os fluidos que vêm de cima
purificam o Natal.

Nestes tempos tão modernos
Natal está precisando
de muitos gestos fraternos
e mais tempo vez em quando.

No Natal eu gostaria
de abraçar toda cidade;
ver gente na correria
"comprando" felicidade.

Os apelos aos ouvintes
em paz "artificial"
são verdadeiros acintes
às mensagens do Natal.

Quantos sapatos vazios...
janelas... -portais dos sonhos-
por onde olhinhos sombrios
veem o Natal tão tristonhos.

Fonte: O trovador

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Lenda da Vela de Natal

Era uma vez um pobre sapateiro que vivia numa cabana, na encruzilhada de um caminho, perto de um pequeno e humilde povoado. Como era um homem bom e queria ajudar os viajantes, que à noite por ali passavam, deixava na janela da sua casa, uma vela acesa todas as noites, de modo a guiá-los. E apesar da doença e a fome, nunca deixou de acender a sua vela.

Veio então uma grande guerra, e todos os jovens partiram, deixando a cidade ainda mais pobre e triste. As pessoas do povoado ao verem a persistência daquele pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida cheio de esperança e bondade, decidiram imitá-lo e, naquela noite, que era a véspera de Natal, todos acenderam uma vela em suas casas, iluminando todo o povoado.

À meia-noite, os sinos da igreja começaram a tocar, anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os jovens regressavam às suas casas!

Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas!”.

A partir daquele dia, acender uma vela tornou-se tradição em quase todos os povos, na véspera de Natal.

Fonte:
http://natal.com.pt/contos-e-lendas-de-natal

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Clevane Pessoa (Poema de Natal)

Dizem que altos anjos
Da Divina hierarquia,
Na verdade, casulos de luz
- Pura energia criadora
Desceram de outras dimensões
Para apreciar um nascimento
Muitíssimo essencial...

Dizem que flocos de neve
Caíram das alturas
Cada um mais especial
Com formas que jamais se repetiram...

Dizem que o ar ficou de tal maneira
Perfumado de rosas e jasmin
e embriagou os passarinhos
-Que mais docemente cantaram
E girandolando voejaram
Saindo a anunciar
O evento anunciado
Que acabara de acontecer...

Dizem que uma alegria intensa
Se apossou dos pastorinhos,
-Pensaram então fazer parte
Da corte de um certo rei
E se sentiram comovidos,
Não de ouro e prata vestidos
Mas vestidos de Alegria
E canções de ninar entoaram
Louvando a chegada do Menino...

E é por isso que até agora
Quando chega o Natal
Também vestimos a alma
De cores especiais
E a nossa voz se eleva
Para acima de qualquer treva
E desejamos a todos
Votos de tantas coisas
Boas de acontecer...

Quem disse? Quem contou
Essa história às pessoas aqui da Terra?
Ora, os bardos, com a Poesia
Dos que precisam de Luz
Dos que necessitam de esperança
E querem levar alegrias
Pelo menos uma vez ao Ano
Para que os homens não desistam
De renovar seus sonhos
E de aproximar os que sonham...

 ...E agora, plenificada
de Amor, quem vos reconta,
sou eu: no colar dos contadores
mais uma conta que conta

mais uma ponta que canta...

Fontes:
A Autora
Imagem = http://jardins-encantados.blogspot.com

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ademar Macedo (Agradecimento)


Feldman é um vencedor 
um mestre da alegria, 
um Poeta Trovador, 
um fazedor de Poesia. 

Não há em todo universo 
melhor fazedor de verso 
pois é um dom que ele traz! 

Pra Feldmam, em nada eu ganho, 
ele é grande no tamanho 
e nas Poesias que Faz.

(Ademar Macedo 
Natal/RN - 21.junho.2012)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas de Natal n. 434)

 Uma Trova Nacional

Se queres ter a certeza
de fazer um gesto nobre,
que a sobra da tua mesa,
vá para mesa do pobre!
–FRANCISCO JOSÉ PESSOA/CE–

Uma Trova Potiguar


Peço a “Noel”, com leveza,
que ao chegar do polo norte,
bote ao menos pão na mesa
dos que nasceram sem sorte.
–MANOEL CAVALCANTE/RN–

Uma Trova Premiada


2002 - Garibaldi/RS
Tema: Natal - M/H


Meu Natal, hoje, é melhor,
pelo conforto e os bons tratos,
mas o sonho era maior,
quando eu não tinha sapatos!
–JOSÉ MESSIAS BRAZ/MG–

Uma Trova de Ademar


Para a ceia que traduz
Um grande significado,
quero que seja Jesus
meu principal convidado.
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram


É Natal! A casa cheia
e a família reunida
no amor de Deus faz a ceia,
dividindo o pão da vida!
–VERA MARIA BASTOS/MG–

Simplesmente Poesia

Amigo Ademar!
                         –NEMÉSIO PRATA/CE–


Vejo que és grande em bondade
para com este aprendiz;
só pode ser caridade:
pois nada de mais eu fiz!

"Grande Poeta" não sou,
oh menestrel das salinas;
mas meu coração amou
as mensagens natalinas!

Estrofe do Dia 

No Natal compre presentes
compre flores e perus,
encha a árvore de bolinhas
enfeite com muita luz;
prepare um belo jantar
e não deixe de convidar
o nosso amado Jesus.
–JOSÉ ACACI/RN–
         
 Soneto do Dia

Natal dos Meus Sonhos
                      –JOSÉ ANTONIO JACOB/MG–


Se não houver partilha de bondade
Não há Natal na vida que amenize
A dor profunda da desigualdade
Entre os irmãos de casa e de marquise.

Que a ceia repartida simbolize
O pão sagrado da fraternidade
E que consagre a paz e realize
Esse Natal de fato e de verdade.

De não ter criança pobre numa esquina
A olhar brinquedos dentro da vitrina,
Onde “Papai Noel” sorri contente...

Natal é muito mais, e mais seria,
Se a gente retribuísse o dia a dia
Que a vida nos concede de presente.
Fonte:
Textos enviados pelo Autor

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas de Natal n. 433)


Uma Trova Nacional

Peço a Deus, neste momento,
no fervor de minha prece,
um natal sem sofrimento
pra todo irmão que padece.
–THALMA TAVARES/SP–

Uma Trova Potiguar

Natal de festa e de luz,
desejo a todos os lares...
Que em dobro te dê Jesus!
Tudo o que me desejares.
–FRANCISCO MACEDO/RN–

Uma Trova Premiada

2001 - Petróplis/RJ
Tema: “JESUS” - 25º Lugar.

Que o renascer de Jesus,
nesta Noite de Natal,
traga uma réstia de luz
à cegueira universal!...
–MARIA MADALENA FERREIRA/RJ–

Uma Trova de Ademar

O Natal é uma beleza:
tem presentes, festa e luz...
Mas vejo que em cada mesa
falta um lugar pra Jesus!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Deus com seu saber profundo,
para nos trazer a paz,
mandou o seu filho ao mundo
há dois mil anos atrás.
–MIGUEL RUSSOWSKY/SC–

Simplesmente Poesia

“O Dia de Natal...”
–RAIMUNDO NONATO/CE–

É bastante especial
porque de Deus, segue as leis:
é depois de vinte e quatro
e antes de vinte e seis
“Natal”, o nome da festa
Dezembro, o nome do mês!

Estrofe do Dia

No Natal eu me comovo
com o espírito natalino,
então peço ao Deus menino
pra vir na terra de novo,
pra convencer esse povo
e mostrar quem é Jesus,
trazer um pouco de luz
para esse povo infiel;
mesmo com o risco cruel
de voltar pra mesma cruz!
–ASSIS BRAGA/RN–

Soneto do Dia

Hoje é Natal.
–SÔNIA SOBREIRA/RJ–

Hoje é Natal, pressinto uma saudade
que se achega nas horas do sol posto
e na sombra que envolve a claridade,
tento esconder as lágrimas do rosto.

Hoje é Natal, por que tanta ansiedade?
Na insensatez deste aguilhão imposto,
que deixa um rastro de intranquilidade
aumentando ainda mais o meu desgosto.

Mas Deus Menino chega em passos lentos,
sem pressa, conduzido pelos ventos
a desfazer tristezas e cansaços.

Abraça-me a sorrir, apaga as mágoas,
estende pontes sobre turvas águas
e deixa uma esperança entre os meus braços.

Fonte:
Textos enviados pelo Autor

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas de Natal n. 432)

Natal em João Pessoa/PB, com led e garrafas pet
Uma Trova Nacional

Noite excelsa... A Ti, Jesus,
guiou a Estrela os pastores!
É Natal!...Que a Santa Luz,
guie agora os Trovadores!
–CAROLINA RAMOS/SP–

Uma Trova Potiguar

Deus, luz, e sagrado brilho
que distingue o bem do mal,
deu-nos seu único filho
de presente...No Natal!
–MÁRCIO BARRETO/RN–

Uma Trova Premiada

2002 - Garibaldi/RS
Tema: “NATAL” - Venc.

Natal da minha velhice...
não sinto qualquer revolta:
- Papai Noel... ah! quem disse
que, em nós, o sonho não volta?
–POMPÍLIO O. VIEIRA/SP–

Uma Trova de Ademar

Tenho pena da criança
que, num cruel desvario,
enche de desesperança
seu sapatinho vazio!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Oh! Mundo como serias
um sublime madrigal
se fossem todos os dias
como as noites de Natal!
–ALFREDO DE CASTRO/MG–

Simplesmente Poesia

Presença de Natal
–MARIA LUISA BOMFIM/CE–

Na mangedoura,
o Menino Deus.
Ajoelhados,
José e Maria.
Chegam
pastores e reis magos,
seguindo a estrela guia.

Anjos flutuam no ar
cantando para o Menino,
melodias que veem do céu
e falam de Esperança.

É a instauração do amor,
é uma paz infinita.
É a presença de Deus,
é o Natal que chegou.

Estrofe do Dia


A família reunida
dividindo o pão à mesa
será sempre, com certeza,
a melhor coisa da vida.
Adotando esta medida,
de maneira natural,
todo mundo é visto igual
festejando o Deus-criança;
minha casa é só bonança,
numa noite de Natal.
–IEDA LIMA/RN–

Soneto do Dia

O Natal do Rei
–CAROLINA A. DE CASTRO/PE–

Numa cascata azul, resplandecente,
do Firmamento à Terra se estendeu
à luz da Estrela-Guia, lentamente,
na santa noite em que Jesus nasceu!

Jerusalém vibrara intensamente,
quando a feliz notícia recebeu,
e postara-se em preces, toda a gente,
em honra ao soberano Galileu.

Repleta estava humilde estrebaria,
e entre reis e pastores, enlevada,
orava a Mãe das Mães, Virgem Maria...

Velava pelo sono angelical
daquela criancinha bem-amada,
no seu mais belo e cândido Natal!

Fontes:
Textos enviados pelo Autor
Imagem = http://exame.abril.com.br/

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Adélia Prado (Cantiga dos Pastores)


À meia noite no pasto,
guardando nossas vaquinhas,
um grande clarão no céu
guiou-nos a esta lapinha.

Achamos este Menino
entre Maria e José,
um menino tão formoso,
precisa dizer quem é?

Seu nome santo é Jesus,
Filho de Deus muito amado,
em sua caminha de cocho
dormia bem sossegado.

Adoramos o Menino
nascido em tanta pobreza
e lhe oferecemos presentes
de nossa pobre riqueza:

a nossa manta de pele,
o nosso gorro de lã,
nossa faquinha amolada,
o nosso chá de hortelã.

Os anjos cantavam hinos
cheios de vivas e améns.
A alegria era tão grande
e nós cantamos também:

Que noite bonita é esta
em que a vida fica mansa,
em que tudo vira festa
e o mundo inteiro descansa?

Esta é uma noite encantada,
nunca assim aconteceu,
os galos todos saudando:
O Menino Jesus nasceu!

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas de Natal n. 431)


Uma Trova Nacional

Cristo Deus feito criança,
que a sublime estrela tua
encha de luz de esperança
os moradores de rua.
–GERALDO AMÂNCIO/CE–

Uma Trova Potiguar

É Natal, noite feliz,
na capela bate o sino,
e o coro alegre assim diz:
– nasceu Jesus, Deus menino.
–UBIRATAN QUEIROZ/RN–

Uma Trova Premiada

2002 - Garibaldi/RS
Tema: “NATAL” - M/H

Vencendo o tempo e a distância
num clima de eternidade,
os Natais de minha infância
permanecem na saudade.
–IVO DOS SANTOS CASTRO/RJ–

Uma Trova de Ademar

Noel quase nunca vem
visitar nossas favelas,
pois lá, crianças não têm
nem sapatos, nem janelas...
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

É Natal! Lá na favela,
no seu barraco sombrio,
ele encontrou na janela
o tamanquinho vazio!...
–CAROLINA A. DE CASTRO/PE–

Simplesmente Poesia

Jesús El Salvador.
–LIBIA BEATRIZ CARCIOFETTI–ARGENTINA

Navidad es todo el año
si predicamos amor.
Al conocido, al extraño
que JESÚS es el Salvador.

Es él que vino a traernos
paz a nuestro corazón,
olvidando los infiernos
que nos causan desazón.

Que nuestras voces unamos
en canto de adoración
pues hacia el cielo marchamos
busquemos su aprobación.

Estrofe do Dia

Eu só vou ter alegria
nessa festa de Natal,
havendo a paz mundial
em cada raiar do dia;
peço pela primazia
reforçando o meu pedido,
pra que ele seja atendido
vamos todos dar as mãos,
na ceia dos meus irmãos,
quero cristo renascido.
–MARCOS MEDEIROS/RN–

Soneto do Dia

Prece de Natal.
–OLGA DIAS FERREIRA/RS–

Ouço bem longe, doces tons divinos,
a penetrar-me a alma com fulgor,
diviso sons, suaves, cristalinos,
a propagar a vinda do Senhor.

Pobres pastores, rumam campesinos,
na atmosfera de cadeia em flor,
escutam forte badalar de sinos,
em grandes festas para o Salvador.

Os três Reis Magos, com prazer intenso,
transportam joias, o mais raro incenso,
com vestes santas, para um festival...

Brilhando o sol, com o raiar mais denso,
formulo prece, com amor imenso:
bendito sejas, Pai, neste Natal!!!

Fonte:
Textos enviados pelo Autor

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas de Natal n. 430)


Uma Trova Nacional

Deus-menino não reclama
mas a verdade é cruel:
- no natal, quem leva a fama,
é sempre o papai Noel!
–FRANCISCO PESSOA/CE–

Uma Trova Potiguar

Eu fico feliz porque,
em Dezembro em peço assim:
Feliz Natal pra você...
como eu desejo pra mim.
–LUIZ XAVIER–

Uma Trova Premiada

2007 - Caicó/RN
Tema: NATALINO - 2º Lugar

Na manjedoura em Belém,
nasce um mistério profundo:
Uma luz vinda do além,
que se fez a luz do mundo!
–PROF. GARCIA/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

É Natal! Lá na favela,
no seu barraco sombrio,
ele encontrou na janela
o tamanquinho vazio!...
–CAROLINA A. DE CASTRO/PE–

Uma Trova de Ademar

Num Natal que nos irmana,
onde o vinho é o que reluz,
numa ceia assim profana...
Não há lugar pra Jesus.
–ADEMAR MACEDO/RN–

Simplesmente Poesia

Natal Moderno.
–NEMÉSIO PRATA/CE–

É dezembro, mês de festa,
Festejamos o Natal,
Não existe festa igual!
Festa simples e modesta,
Não há festa tal qual esta!
Tem anjo, tem querubim,
Tem arcanjo e serafim,
Tem rei mago com presente;
O coral canta dolente
O chegar do “meninim”!

Mas também tem muita gente
Correndo, daqui pra ali,
Num terrível frenesi,
Atrás de comprar presente;
Êta Natal diferente!
Nesse “fuxico” infernal,
De cunho comercial,
Vê-se o povo em “agonia”,
Falsificando alegria;
Nem parece que é Natal!

Estrofe do Dia

Nos “Natais” eu me comovo,
Mas, é, pelo Deus menino;
e não vou na onda do povo
nem aceito o desatino
desse velho barrigudo,
dá presente a quem tem tudo,
nem vai na periferia;
é na verdade um engano,
ele só vem de ano em ano
e Jesus, vem todo dia!...
–ADEMAR MACEDO/RN–

Soneto do Dia

Soneto Natalino.
–REGINALDO ALBUQUERQUE/MS–

Quando Se deixou ir ao vil calvário
entre os braços horríveis de um madeiro,
cheio de amor, de paz, mas solitário,
Jesus morrendo salva o mundo inteiro.

Com sublimado verbo O humilde obreiro,
liberto de Si mesmo, em cruel fadário,
pregando o ideal de amor bem verdadeiro,
resgata os homens de um viver nefário.

Natal!... A imagem de Jesus pendida...
No Seu olhar piedoso a indagação:
– “Todos vós, que fazeis por esta vida?”

Quanta gente carente de luz, temos
e se não cremos no outro como irmão,
como aceitar um Deus que nunca vemos?

Fonte:
Textos e imagem enviados pelo Autor

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas de Natal n. 429)


Uma Trova Nacional

Seria o Natal agora
de valor mais consistente,
se a luz que brilha por fora
brilhasse dentro da gente!
–ARLINDO TADEU HAGEN/MG–

Uma Trova Potiguar

Neste Natal Reluzente
de uma ternura sem fim,
não peço a Deus um presente,
peço Deus presente em mim!
–JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN–

Uma Trova Premiada

2002 - Garibaldi/RS
Tema: NATAL - 1º Lugar

Papai Noel, por favor,
no Natal, afasta os medos,
e coloca mais amor
no meio dos teus brinquedos!
–DELCY CANALES/RS–

Uma Trova de Ademar

Peço a Noel que ele faça
com toda bondade sua,
um grande Natal na praça
para as crianças de rua.
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

É Natal... Com humildade
faço um pedido, em segredo:
- que eu ganhe a felicidade
nem que seja de brinquedo!
–J. G. DE ARAÚJO JORGE/AC–

Simplesmente Poesia

Sempre Natal.
–VANDA FAGUNDES QUEIROZ/PR–

Pelas voltas do tempo, houve mudança
nos festejos da data do Natal,
mas não me esqueço quando era criança,
e tudo era mais simples afinal.

Papai montava caixas, lá no canto
da sala tão modesta e pequenina.
Mamãe armava o presépio. E que encanto
fascinava minha alma de menina!

Os três magos, em fila, meio sérios,
olhavam Jesuzinho no seu berço.
À luz da vela eu via mil mistérios,
e então a minha mãe puxava o terço.

Papai partiu. Depois, mamãe também.
Hoje, tudo se fez modernidade.
Mas eu conservo o amor, a luz e o bem
do Natal do meu lar, que hoje é saudade.

Se o mundo ao meu redor parece novo,
persiste o verdadeiro, o essencial.
Seja quando e onde for... na alma do povo
nasce Jesus! Natal sempre é Natal.

Estrofe do Dia

No barraco da favela,
não existe luz acesa;
lá na noite de Natal,
falta luz, sobra pobreza;
Natal, lá, é o mesmo drama,
falta presente na cama,
e pão em cima da mesa.
–LUIZ DUTRA/RN–

Soneto do Dia

Novo Natal
–FRANCISCO MACEDO/RN–

Eu fiz um soneto falando da dor,
de pobres crianças, em mais um Natal.
Carentes de tudo, de pão e de amor,
um sonho maior, que se fez sazonal.

Eu quero dizer ao Noel, ”parcial”:
lembrai cada filho do trabalhador,
querendo somente um olhar paternal,
recebe uma noite, sem luz e sem cor!

Você, Pai Noel, sem amor pelos pobres,
desfila o trenó pelos bairros mais nobres,
esquece, no morro, a criança infeliz.

Em nome dos pobres, eu tenho uma queixa:
você, velho ingrato, retorna e não deixa,
sequer um brinquedo, que um rico não quis.

Fonte:
Textos enviados pelo Autor

sábado, 17 de dezembro de 2011

Cecília Meireles (Compras de Natal)


A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades. Enche-se de brilhos e cores; sinos que não tocam, balões que não sobem, anjos e santos que não se movem, estrelas que jamais estiveram no céu. As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano inteiro: enfeitam-se com fitas e flores, neve de algodão de vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coisas que possam representar beleza e excelência. Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em pobres panos, deitado numas palhas, há cerca de dois mil anos, num abrigo de animais, em Belém.

Todos vamos comprar presentes para os amigos e parentes, grandes e pequenos, e gastaremos, nessa dedicação sublime, até o último centavo, o que hoje em dia quer dizer a última nota de cem cruzeiros, pois, na loucura do regozijo unânime, nem um prendedor de roupa na corda pode custar menos do que isso.

Grandes e pequenos, parentes e amigos são todos de gosto bizarro e extremamente suscetíveis. Também eles conhecem todas as lojas e seus preços — e, nestes dias, a arte de comprar se reveste de exigências particularmente difíceis. Não poderemos adquirir a primeira coisa que se ofereça à nossa vista: seria uma vulgaridade. Teremos de descobrir o imprevisto, o incognoscível, o transcendente. Não devemos também oferecer nada de essencialmente necessário ou útil, pois a graça destes presentes parece consistir na sua desnecessidade e inutilidade. Ninguém oferecerá, por exemplo, um quilo (ou mesmo um saco) de arroz ou feijão para a insidiosa fome que se alastra por estes nossos campos de batalha; ninguém ousará comprar uma boa caixa de sabonetes desodorantes para o suor da testa com que — especialmente neste verão — teremos de conquistar o pão de cada dia. Não: presente é presente, isto é, um objeto extremamente raro e caro, que não sirva a bem dizer para coisa alguma.

Por isso é que os lojistas, num louvável esforço de imaginação, organizam suas sugestões para os compradores, valendo-se de recursos que são a própria imagem da ilusão. Numa grande caixa de plástico transparente (que não serve para nada), repleta de fitas de papel celofane (que para nada servem), coloca-se um sabonete em forma de flor (que nem se possa guardar como flor nem usar como sabonete), e cobra-se pelo adorável conjunto o preço de uma cesta de rosas. Todos ficamos extremamente felizes!

São as cestinhas forradas de seda, as caixas transparentes os estojos, os papéis de embrulho com desenhos inesperados, os barbantes, atilhos, fitas, o que na verdade oferecemos aos parentes e amigos. Pagamos por essa graça delicada da ilusão. E logo tudo se esvai, por entre sorrisos e alegrias.

Durável — apenas o Meninozinho nas suas palhas, a olhar para este mundo.

Fonte:
Quatro Vozes. RJ: Editora Record, 1998.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fiodor Dostoiewski (Uma Árvore de Natal e Um Casamento)


Um dia destes, vi um casamento... mas não, prefiro falar-vos de uma árvore de Natal. Achei o casamento bem bonito, mas a árvore de Natal me agradou mais. Nem sei como, olhando para o casamento, me lembrei da árvore. Eis como o caso se passou.

Há cerca de cinco anos fui convidado, na véspera de Natal, para um baile infantil. A pessoa que me convidou era um conhecido homem de negócios, cheio de relações e maquinações, e, assim, não se há de estranhar que o baile infantil servisse apenas de pretexto para os pais se reunirem e, no meio da multidão, se ocuparem de seus interesses materiais com ar inocente e surpreendido.

Como houvesse chegado ali por acaso e não tivesse nenhum assunto comum com os outros, passei a noite de maneira muito independente. Havia mais um cavalheiro que, como eu, não tinha, decerto, conhecidos no grupo, e participava casualmente da felicidade familiar. Ele deu-me na vista antes de todos. Era um homem alto, magro, muito sério, vestido muito decentemente. Notava-se que a felicidade da família não lhe comunicava a menor alegria; mal se retirava a um cantinho, cessava de sorrir e franzia as sobrancelhas espessas e negras.

Afora o dono da casa, não conhecia vivalma em todo o baile. Via-se que ele se entediava horrivelmente, mas que resolvera manter até o fim o papel do homem que se diverte e é feliz. Soube depois que era um provinciano vindo à capital a algum negócio importante e complicado. Trouxera carta de recomendação para o nosso hospedeiro, que o protegia, porém, não con amore, e o convidara, por cortesia, para o baile infantil. Não jogavam cartas com o provinciano, ninguém lhe oferecia um charuto nem com ele entabulava conversação, talvez porque reconhecessem de longe o pássaro pela plumagem, e, deste modo, o meu cavalheiro via-se obrigado, para ter que fazer das mãos, a alisar a noite inteira as suas suíças. Eram, aliás, umas suíças realmente belas - porém ele as acariciava com tanto zelo que a gente, ao fitá-lo, sentia-se inclinada a pensar que primeiro vieram ao inundo as suíças e só depois o homem, para cofiá-las, inserido entre elas.

Além desse personagem, que tomava parte na felicidade do dono da casa, pai de cinco garotos bem nutridos, do modo que acabo de relatar, outro conviva caíra no meu agrado. Mas este era de aspecto completamente diverso. Era um personagem a quem os outros chamavam Julião Mastakovitch. Percebia-se à primeira vista que era ele o convidado de honra. Estava para o dono da casa como este para o cavalheiro que afagava as suíças. o dono e a dona da casa falavam-lhe com amabilidade extraordinária, cortejavam-no, enchiam-lhe o copo, amimavam-no, e lhe apresentavam, recomendando-os, vários convidados, ao passo que a ele não o apresentavam a ninguém. Notei até uma lágrima nos olhos do hospedeiro quando Julião Mastakovitch observou que raras vezes passara o tempo de maneira tão agradável como naquela noite. Comecei a sentir-me acabrunhadíssimo em presença de semelhante figura, e, depois de haver admirado as crianças, retirei-me a um pequeno salão, totalmente vazio, e fui sentar-me sob o florido caramanchão da dona da casa, o qual ocupava quase a metade de toda a peça.

Eram as crianças incrivelmente gentis, e não queriam, apesar de todas as exortações das mamães e das governantas, parecer-se com as pessoas grandes. Num piscar de olho desmontaram toda a árvore de Natal, e conseguiram quebrar a metade dos brinquedos antes mesmo de saber a quem eram destinados. Achei particularmente engraçado um menino de olhos pretos e cabelos frisados que à viva força me queria matar com a sua espingarda de pau. Entretanto, mais que todos, atraía-me a atenção sua irmã, menina de onze anos, um amor de criança, meiga, cismativa, pálida, com grandes olhos sonhadores à flor do rosto. Parecia que os amiguinhos a tinham ofendido, pois veio ao salão onde eu estava sentado e, a um cantinho. pôs-se a brincar com as suas bonecas. Os convidados apontavam, com respeito, um rico negociante, pai da menina, e alguém observou, cochichando, que ela já tinha trezentos mil rublos reservados como dote. Voltei-me para ver quem se interessava por esses pormenores, e o meu olhar caiu sobre Julião Mastakovitch o qual, de mãos cruzadas atrás das costas e inclinando a cabeça para um lado, parecia acompanhar com particular atenção o mexerico de alguns senhores. Pouco depois, não pude furtar-me a admirar a sabedoria dos anfitriões na distribuição dos brindes às crianças. A menina que já tinha seus trezentos mil rublos de dote ganhou uma boneca sumptuosíssima.

Desde então os presentes foram diminuindo de valor, de acordo com a diminuição da importância dos pais daquelas crianças felizes. Afinal, a última' um menino de dez anos, magrinho, baixinho, sardento e ruivo, ganhou apenas um livrinho de contos sobre as maravilhas da natureza, Das lágrimas da sensibilidade, etc., sem estampas e até sem vinhetas. Filho da governanta dos meninos da casa, uma pobre viúva, era um pequeno muitíssimo encolhido e tímido, metido num pobre paletozinho de nanquim. Recebido o seu livrinho, andou muito tempo à volta dos brinquedos dos outros. Tinha uma vontade imensa de brincar com as outras crianças, mas não se atrevia; claro, já sabia e compreendia a sua situação.

Gosto muito de observar crianças. São sobremodo curiosas as suas primeiras manifestações independentes na vida. Notei, pois, que o menino ruivo se deixava seduzir pelos brinquedos dos outros, sobretudo pelo teatro, em que ele se empenhava para representar um papel qualquer, a ponto de aviltar-se. Pegou a sorrir para os outros, a cortejá-los, deu a sua maçã a um pequeno gordo que já tinha o lenço cheio de presentes. e até se ofereceu para carregar outro, só para que não o afastassem do teatro. No entanto, poucos minutos após um rapazinho arrogante deu-lhe uma boa surra. o ruivinho nem teve coragem de chorar. Logo apareceu sua mãe, a governanta, e ordenou-lhe não se intrometesse nos brinquedos alheios. O menino retirou-se para o salão onde estava a menina bonita. Esta o deixou aproximar-se, e as duas crianças entraram a enfeitar a sumptuosa boneca.

Fazia já meia hora que eu estava sentado no caramanchão de hera, e quase adormecera ao zunzum da conversa entre o ruivinho e a menina dos trezentos mil rublos de dote, que se entretinham a respeito da boneca, quando de repente vi entrar no salão Julião Mastakovitch. Aproveitando a distração dos presentes com uma briga surgida entre as crianças, saíra do salão principal sem fazer barulho.

Notara eu, poucos minutos antes, que ele mantinha animada palestra com o pai da futura noiva rica, a quem mal acabara de conhecer, explicando-lhe as vantagens de qualquer emprego público sobre os demais. Parou à porta, tomado de hesitação, e parecia calcular alguma coisa nas pontas dos dedos.

- Trezentos... trezentos - murmurava.- Onze... doze... treze... até dezesseis, são cinco anos... Façamos de conta que sejam quatro por cento, são doze... cinco vezes doze, sessenta; estes sessenta... bem, calculados por alto, ao cabo de cinco anos serão quatrocentos. Está certo... Mas naturalmente o malandro não os terá colocado a quatro por cento! Talvez receba oito ou até dez por cento. Suponhamos que sejam quinhentos, no mínimo, sim, quinhentos mil, na certa. .. o excedente gasta-se no enxoval, hum...

Acabou a meditação, assoou-se, e, indo a sair do salão, súbito avistou a menina e estacou. Como eu estivesse assentado atrás dos vasos de flores, não me pôde ver. Tive a impressão de que o homem se achava muito excitado. Seria o cálculo que operava esse efeito sobre ele, ou outro motivo qualquer? Não sei. seja como for, o certo é que esfregava as mãos e não conseguia permanecer no mesmo lugar.

Quando a sua agitação chegou ao cúmulo, parou um instante e lançou um segundo olhar, muito resoluto, à futura noiva. Quis aproximar-se dela, mas primeiro olhou em redor. Depois, como quem tem sentimentos criminosos, aproximou-se da criança nas pontas dos pés. Com um sorrisinho nos lábios, inclinou-se para ela e beijou-a na testa. A menina, não esperando a agressão, gritou assustada.

- Que é que você está fazendo aqui, bela menina? - perguntou ele em voz baixa.

E, olhando em torno de si, deu-lhe uma palmadinha no rosto.

- Estamos brincando...

- Com ele? - disse Julião Mastakovitch fitando o menino de esguelha.

E logo acrescentou:

- Escuta, meu amigo, por que não vais para o salão?

O menino fitava-o sem falar, de olhos arregalados. Julião Mastalovitch olhou de novo em redor e aproximou-se outra vez da pequena:

- Que é que você tem aí bela menina? Uma bonequinha?- Uma bonequinha - respondeu a criança de cara fechada, cabisbaixa.

- Uma bonequinha... Mas você sabe, gentil menina, de que é feita a bonequinha?

- Não sei... - cochichou a pequena, abaixando ainda mais a cabeça.

- De trapos, minha alma... Mas tu, meu filho, deverias ir para o salão brincar com os teus camaradas, - disse Julião Mastakovitch encarando o menino com severidade.

As duas crianças franziram a testa e agarraram-se pela mão. Não queriam separar-se.

- Sabe você por que lhe deram essa bonequinha? - perguntou Julião Mastakovitch baixando cada vez mais a voz.

- Não.

- Porque você é uma criança boa e se comportou bem a semana toda.

Perturbado a mais não poder, Julião Mastakovitch lançou mais uma vez um olhar em roda, e baixou a voz de modo que a sua pergunta, formulada em tom impaciente e embargada pela emoção, saiu quase imperceptível:

- Diga-me, gentil menina: você gostará de mim se eu fizer uma visita a seus pais?

Havendo proferido tais palavras, Julião Mastakovitch quis beijar a pequena mais uma vez; mas o menino, vendo-a prestes a romper no choro, puxou-a pela mão e, compadecido, começou, ele próprio, a choramingar.

Dessa vez Julião Mastakovitch aborreceu-se deveras.

- Vai-te embora - disse ao menino - Vai para a sala brincar com os teus camaradas.

- Não vá, não - protestou a menina. - Você é que deve ir-se embora. Deixe-o aqui, deixe-o - disse quase soluçando.

Alguém fez barulho à porta. Assustado, Julião Mastakovitch ergueu no mesmo instante o corpo majestoso. O menino ruivo, porém, assustou-se ainda mais do que ele, largou a mão da menina e, devagarinho, roçando a parede, caminhou do salão à sala de jantar. Para não despertar suspeitas, Julião Mastakovitch também passou à sala de jantar. Estava vermelho feito uma lagosta e, mirando-se ao espelho, parecia até envergonhado de si mesmo, talvez arrependido da sua sofreguidão. Teria sido o cálculo feito na ponta dos dedos que o arrebatara a ponto de inspirar-lhe, apesar de toda a sua seriedade e gravidade, um procedimento de criança? Aproximava-se de chofre do seu objectivo, embora este não viesse a tornar-se um objectivo real antes de cinco anos, no mínimo.

Acompanhei o respeitável cavalheiro a sala de jantar, e ali testemunhei um espectáculo curioso. Rubro de raiva e despeito, Julião Mastakovitch perseguia o menino ruivo, o qual, recuando cada vez mais, já não sabia para onde correr:

- Sai daqui! Que diabo vens fazer aqui, velhaco? Vieste roubar frutas, hem? Vieste? Fora daqui, patife! Vai, fedelho, procura os teus camaradas!

Espantado, o pequeno recorreu a um expediente extremo: foi esconder-se debaixo da mesa. Então o seu perseguidor, no auge da excitação, puxou do bolso o grande lenço de baptista e, brandindo-o, procurou enxotar o menino do seu esconderijo.

Este se encolhia caladinho, sem se mexer. Cumpre observar que Julião Mastakovitch era um tanto gordo: rapaz bem nutrido, corado, barrigudo, de pernas robustas, - em uma palavra, como se costuma dizer, redondo e forte como uma noz.

Suava, enrubescia, arfava terrivelmente. Estava exasperado por um sentimento de indignação e, quem sabe, de ciúme.

Não pude conter uma gargalhada. Julião Mastakovitch virou-se e, a despeito de toda a sua importância, ficou mortalmente acanhado. Nesse instante, na porta oposta, apareceu o dono da casa. O ruivinho saiu logo do esconderijo e pôs-se a limpar os joelhos e os cotovelos. Julião Mastakovitch, com um gesto rápido, levou ao nariz o lenço que tinha na mão, seguro por uma das extremidades.

O dono da casa fitava-nos aos três, perplexo, mas, como homem que conhece a vida e a considera pelo lado sério, resolveu aproveitar a circunstância de encontrar-se quase a sós com o seu hóspede.

- É este o menino - disse indicando o ruivinho - que tive a honra de lhe recomendar...

- É? - respondeu Julião Mastakovitch, que ainda não voltara inteiramente a si.

- É filho da governanta de meus filhos - prosseguiu o dono da casa em tom de solicitação -, uma senhora pobre, viúva de um funcionário honesto; portanto, Julião Mastakovitch... se for possível...

- Mas não é? - exclamou sem demora Julião Mastakovitch. - Perdoe-me, Filipe Alexeievitch, é totalmente impossível. Pedi informações... No momento não há vaga, e, ainda que houvesse, já se tem dez candidatos, cada um mais qualificado que este..

- Sinto muito... muitíssimo..

- É pena - disse o dono da casa. - É um menino bonzinho, modesto...

- Pelo que vejo, é um grandíssimo vadio, - estourou Julião Mastakovitch, com uma careta histérica. - Sai daí, menino. Que é que tu queres aí? Vai brincar com os teus camaradas; disse ainda, voltando-se para o ruivinho.

Não conseguindo mais conter-se, olhou para mim de soslaio. Por minha vez, não pude deixar de lhe rir deliberadamente nas barbas. Ele desviou de mim os olhos, e em voz bem alta perguntou ao dono da casa quem era aquele rapaz esquisito.

Saíram os dois da sala cochichando. Vi que Julião Mastakovitch, ouvindo as explicações de seu hospedeiro, abanava a cabeça, meio desconfiado.

Ri a bom rir com os meus botões, e voltei ao salão. Rodeado de mamães, de papais e dos donos da casa, o grande homem explicava alguma coisa com muito calor a uma senhora a quem acabavam de apresentá-lo. Esta segurava pela mão a menina com quem, dez minutos antes, Julião Mastakovitch representara a sua cena no pequeno salão. Agora ele estava-se derramando em extáticos elogios à beleza, aos talentos, à graça e à boa educação da gentil menina. Manifestamente engodava a mamãezinha, que o escutava quase com lágrimas de enlevo. Os lábios do pai sorriam. o dono da casa alegrava-se com essas alegres efusões. Os próprios convidados tomavam parte no júbilo; até os brinquedos das crianças foram suspensos para não se perturbar a conversa. Era uma atmosfera quase religiosa.

Logo depois, ouvi a mãe da interessante pequena, comovida até o fundo da alma pedir a Julião Mastakovitch, com expressões escolhidas, que lhe desse a subida honra de distinguir-lhe a casa com sua preciosa visita, e ele aceitou o convite com entusiasmo; enfim, ouvi os demais convidados, no momento da de despedida, expandirem-se, como o exigiam as conveniências, em louvores comovidos ao rico negociante, a sua mulher e a sua filha, e principalmente a Julião Mastakovitch.

- É casado esse cavalheiro? - perguntei em voz quase alta a um conhecido que estava mais perto dele.

Julião Mastakovitch enviou-me um olhar indagador e feroz.

- Não - disse-me o meu conhecido, profundamente penalizado com a leviandade que eu de propósito cometera.

Passava eu, há pouco tempo. em frente à igreja de ***, quando um grande ajuntamento me despertou a atenção. Em redor falava-se de um casamento. O dia estava nublado, começava a chuviscar; entrei na igreja abrindo caminho através da multidão. Logo avistei o noivo. Era um rapaz baixo, gordo, bem nutrido, de ventre ponderável, muito enfeitado, que corria para todos os lados, se agitava sem parar, dava ordens. Enfim, levantou-se um murmúrio de vozes anunciando a chegada da noiva. Fendi a turba de curiosos e vi uma jovem de admirável beleza, para quem a primavera apenas começava. Mas estava pálida e parecia triste a linda noiva. Olhava distraída e tinha os olhos vermelhos, o que me deu impressão de lágrimas recentes. A severidade clássica de suas feições emprestava-lhe à beleza uma expressão algo solene. Através daquela severidade, daquela gravidade, de toda aquela tristeza, transpareciam os traços de uma criança inocente, algo de incrivelmente ingénuo, juvenil e ainda não formado, que parecia, sem palavras, implorar piedade.

Ouvi observar que ela mal acabava de completar dezasseis anos. Examinando atento o noivo, nele reconheci Julião Mastakovitch, que eu não via desde cinco anos.

Olhei para ela... Meu Deus! Fendi a multidão outra vez para sair da igreja o mais breve possível. Ainda ouvi um espectador dizer que a noiva era rica, que tinha quinhentos mil rublos de dote... e não sei mais quanto para o enxoval.

- Então o cálculo era justo; disse comigo.

- E saí para a rua.

O Natal nas Trovas do Clã do Paranaense Heitor Stockler de França


Pelas ruas da cidade,
Encontrei com Jesus Cristo...
- Faze e prega a caridade,
Para o Céu bem chega isto!
APOLLO TABORDA FRANÇA – CURITIBA - PR

Falta de paz nos arrasa,
tal punhal cravado fundo...
Pois que a paz comece em casa
e se espalhe pelo mundo!
CRISTIANE BORGES BROTTO – CURITIBA - PR

Natal é mais que uma festa
ou simples noite de luz.
É amor que Deus manifesta:
- Bem-vindo Cristo Jesus!
CAMILO BORGES NETO – CURITIBA – PR

Agora tenho na mente,
muita coisa a realizar:
- Ver a família contente
com o natal a chegar...!
GLYCÍNIA DE FRANÇA BORGES-CURITIBA - PR

Proponho com devoção:
Permutemos os presentes...
Eu te dou meu coração,
tu me dás mil beijos quentes.
HEITOR STOCKLER DE FRANÇA – PALMEIRA – PR

No seu lar pleno de amor
neste Natal reine a paz,
rememorando o esplendor
de dois mil anos atrás.
HELY MARÉS DE SOUZA - UNIÃO DA VITÓRIA – PR

Quanto amor e quanta luz,
namangedoura se faz...
Pois, nasceu Cristo Jesus,
na grande noite de paz.
LÚCIO DA COSTA BORGES – MORRETES – PR

Desejamos paz e bem
nesta época de amor...
Resplandeça em nós também
uma fé com mais ardor.
MARIA AMÉLIA BERTOLINI ENNES – BRUSQUE - SC

Vejo o menino Jesus
sorrindo pra humanidade,
irradiando intensa luz,
transcendente de bondade!
MARITA FRANÇA – CURITIBA – PR

Seja estrela sorridente
no seu modo de viver,
e com força transcendente
faça o bem acontecer!
VIDAL IDONY STOCKLER – CURITIBA - PR

No Natal, paz e venturas,
se deseja com ardor,
esta data de farturas...
celebramos com amor!
WALDEREZ DE ARAÚJO FRANÇA – PARANAGUÁ - PR

Que o natal traga a engrenagem
da paz... do amor... da magia,
unindo o sonho à linguagem,
ao mundo azul da poesia...!
VÂNIA MARIA SOUZA ENNES – CURITIBA – PR

Fonte:
Trovas enviadas por Vânia Maria Souza Ennes

Imagem = montagem por José Feldman

Carlos Leite (Mensagem Natalícia: Um conto de Natal)


Naquela véspera de Natal, o senhor Freitas regressava a casa, sozinho como sempre, pois, já há muito tempo que não convivia com ninguém, pois tinha um feitio muito especial que afastava os amigos.

Um saco de plástico na mão esquerda, chapéu-de-chuva no braço direito, uma gabardina muito comprida e muito usada; botas gastas e a "comerem" a bainha das calças já muito coçadas; óculos encarrapitados no seu grosso nariz, e uma boina muito velha na cabeça. Corpo vergado pelo peso de muitos anos - era assim o senhor Freitas!

O dia estava a findar e, o movimento nas ruas era enorme, pois, toda a gente queria chegar a casa o mais cedo possível, com os presentes para os seus familiares e amigos. Chuviscava.

Ninguém parecia reparar naquela personagem, nem este, parecia notar a presença de outros.

Uma criança se abeirou dele:

- Senhor, uma esmolinha por favor... Senhor, uma esmolinha por favor...

- Eu não dou nada a ninguém - vai-te embora daqui!" - Respondeu-lhe com mau modo o velhote.

Mas a pequena insistia

- Hoje é Natal - dê-me uma esmolinha por favor...

- O Natal é só para os outros, garota! O Natal para mim é um dia igual aos outros... ... Ai, ai que eu caio, ai...aiii…

E o senhor Freitas escorregou numa casca de banana e caiu mesmo. Logo a criança, muito aflita, gritou-lhe:

- Cuidado, senhor...

- Ai...ai, meu braço. Maldita casca de banana!...

- O senhor magoou-se? Terá algum osso partido? coitadinho... - Não se cansava de perguntar, muito aflita, a garotinha.

O velhote parecia que nem a ouvia:

- Ai, o meu braço que me dói tanto... Ó garota, apanha-me essas maçãs e também o pão. Ajuda-me a levantar. Mas cuidado, cuidado... Ai, ai o meu braço…

- Tenha calma, eu ajudo o senhor a levantar-se... Vá lá, com muito cuidadinho; vá, vá, pronto. Agora, vou levá-lo ao hospital.

O senhor Freitas, teimosamente, tentava prescindir dos seus préstimos:

- Não preciso de nada, garota! Eu vou sozinho... Mas, ai, ai... O meu braço...

Carinhosamente, a garota tentava convencê-lo a ir tratar-se:

- Está a ver?... o senhor precisa da minha ajuda. Não seja teimoso, nem mauzinho. O senhor até tem cara de homem bom!

- Eu cara de homem bom? Eu bom? Tu estás enganada - ou pretendes enganar-me... Ai…

- Olhe que é preciso ter uma grande paciência para lidar consigo! Você tem cara de homem bom e pronto - é a minha opinião!

Como sempre, o senhor Freitas estava desconfiado:

- Deixa-te disso garoto, que a mim não me consegues convencer com essa cara de anjo. Tu queres é o meu dinheiro, nada mais. Ai, o meu rico braço que cada vez me dói mais!

Já revoltada, a garota respondeu-lhe:

- Sou muito pobrezinha e não tenho ninguém que me dê de comer, mas juro que não quero o seu dinheiro, como diz...

- Tretas! É só lérias, pois todos que de mim se abeiram, só querem o meu dinheiro! E vens tu agora, com falinhas mansas, a dizeres que não o queres! E isto só por eu ter cara de homem bom!... Ai... O meu braço que me dói tanto...

A garota revoltada e já com lágrimas nos olhos, retorquiu-lhe:

- O senhor está a ser injusto para comigo!... Por acaso nunca ouviu falar em solidariedade humana?

Embora com muitas dores, o senhor Freitas não desarmava:

- Puuff, sei lá o que é que isso! A única coisa que conheço é o valor do dinheiro!

Mas não ficou sem resposta:

- Então, meu senhor, enrole todo o seu dinheiro em volta do seu braço que deve estar partido, e, talvez assim fique sem dores e com o braço curado! Por acaso o senhor não compreende o significado do Natal?!

- Lá jeito para discursos, tens tu, garota! - Comentou o velho "resmungão".

- Vou-me embora. Como vê, eu não quero o seu dinheiro. Simplesmente, estava a tentar ajudá-lo.

Dando meia-volta, ia-se a afastar, deixando o senhor Freitas muito estupefato.

- Como assim?! Vais-te embora? Tens coragem de me deixares aqui sozinho? Finalmente tu és como os outros que por aqui passam, sem repararem neste pobre velho - que até tem um braço partido...

Ao ouvir isto, a garota parou e respondeu-lhe:

- Mas o senhor é que não quer a minha ajuda!

O velhote ouviu e "engoliu em seco". Mas, logo continuou:

- Aonde está a tal tua solidariedade que ainda há pouco apregoavas? Sim, aonde é que ela está? Ao deixares aqui sozinho um pobre velho, doente e com um braço partido? Ai, ai que me dói tanto!

A garota sorriu e já mais confiante, retorqui-lhe:

- Meu senhor, enrole todo o seu dinheiro em volta do seu braço. Talvez assim se cure...

Já em tom quase suplicante, o velhote pediu-lhe:

- Mas o dinheiro não me vai curar! Preciso da tua ajuda! Eu pago-te o que tu quiseres, mas, por favor, ajuda-me a ir ao hospital! Pois preciso de me curar. Ajuda-me, garota!... Por favor!

- Dê cá o saco e o guarda-chuva: Agora, encoste-se ao meu ombro e vamos ao hospital...

E era bonito de ver.

Um velho sovina, curvado pelo peso de muitos anos, encostado ao corpo frágil de uma criança, a caminho do hospital onde ia ser tratado.

Naquela noite de Natal, o senhor Freitas, finalmente, devia de ter compreendido a mensagem de Deus:
"Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade"

Fonte:
Texto enviado por Carlos Leite Ribeiro (Marinha Grande – PORTUGAL)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Cônego Benedito Vieira Telles (Natal em Trovas)


Maringá, 25 de dezembro de 2011

Deserto, o pasto nevado,
o vento uivava, zumbia.
O céu límpido, estrelado,
saudava a Deus que nascia.

Que luz, azul, fulgurante,
do cocho esparge o luzeiro.
Esta Luz é Deus-infante,
que ilumina o Mundo inteiro.

Em Belém, pasto deserto,
ua manjedoura plantada.
No cocho, dorme Jesus,
e a seu lado, a Mãe amada!

Em oração, o casal...
e Maria refletia.
José, todo paternal,
de beijos seu Deus cobria!

Ó Noite, tão anunciada,
o anjo aos pastores, dizia:
- vão a Belém desprezada,
à terra da profecia.

Há festa no céu, na Terra,
foi a maior deste Mundo,
nos mares, rios e serras...
Natal, mistério profundo!

Sob o pálio azul de estrelas
esgarça a neve brilhante,
cobre a gruta de Belém,
em que nasceu Deus infante.

E no silêncio da escuta,
sob o signo da alegria,
ouçamos na humilde gruta
o Deus, Filho de Maria!

Fontes:
Trovas enviadas pelo autor
Imagem obtida na Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul (Concurso de Presépios)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 425)


Uma Trova Nacional

Jesus, amparo divino,
exemplo de amor profundo!
o coração do menino
agasalha todo mundo!
LARISSA LORETTI/RJ–

Uma Trova Potiguar

Natal... momento divino,
misto de amor e esperança!
Jesus - humilde menino,
é nossa eterna bonança!
–JOAMIR MEDEIROS/RN–

Uma Trova Premiada

2008 - Algarve/PRT
Tema: “A VIRGEM MÃE” - M/H

A Virgem Mãe embalou...
- e há dois mil anos se escuta
a história que sublimou
o espaço humilde da gruta.
–VANDA FAGUNDES QUEIROZ/PR–

Uma Trova de Ademar

Por coisas que nos consomem,
peço ao Filho de Maria
que, no coração do homem
haja um “Natal” todo dia.
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram


Papai Noel, bom velhinho,
neste Natal, sob a lua...
Procure meu sapatinho
sobre a janela da rua!....
–ADELIR MACHADO/RJ–

Simplesmente Poesia

Tardio.
–VANDA FAGUNDES QUEIROZ–

Parece que ouço toques na janela...
Quem viria despertar-me nesta noite?
Talvez somente o açoite
das folhas da palmeira sob o vento.
Eis que a lembrança acorda num momento:
- É noite de Natal!... penso afinal.
Longínquas vozes chegam da distância
de um tempo que escutou risos de infância.
- É você, Papai Noel?... murmuro enfim.
Quer dizer que não se esqueceu de mim?
E o monólogo assume um tom mais triste:
- Não precisa vir agora... Vá embora...
A criança que já fui não mais existe.

Estrofe do Dia

Natal é o aniversário
de nosso senhor Jesus,
o médico de todos nós,
remédio feito de luz;
se não fosse esse doutor
ninguém suportava a dor
do peso da própria cruz.
–WANDERLEY PEREIRA/CE–

Soneto do Dia

O Maior Milagre.
–ANTONIO ROBERTO FERNANDES/RJ–

Meu jovem Jesus Cristo, um dia aqui viestes
para sentir na carne a angústia dos humanos,
porém voltastes cedo às vastidões celestes,
pregado numa cruz, aos trinta e poucos anos.

No ardor da juventude afugentastes pestes,
vencestes vendilhões, demônios, oceanos,
provocando, ao pregar pelas trilhas agrestes,
o assombro dos judeus e o ódio dos romanos.

Sofrestes muito, eu sei, mas não ficastes velho.
Morrestes moço e, assim, pôde o Vosso Evangelho
os séculos vencer e vir chegar a nós.

Mas o maior milagre não foi realizado.
Voltai... Envelhecei... E fraco e esclerosado
fazei, de novo, o mundo acreditar em Vós.

Fonte:
Textos enviados pelo Autor

Abel Fernandes (Natal, Reis Magos e Presentes)


Na verdade
O que caracteriza esse dia,
Ou essa noite tão solene,
Dia e Noite de Natal,
Tão singular, tão diferente
É o ato de cada amigo,
Irmão ou parente
Dar ao outro
Um inesquecível presente!...

Tudo começou
Em remota antiguidade...
Numa época onde tudo
Era só dificuldade!
Porque naqueles tempos não havia
Nem ônibus, nem iates, nem navios gigantes,
Nem automóveis velozes, nem jatos possantes,
Nada disso, no mundo, existia!

Para se chegar aos lugares mais distantes,
Ou se andava a pé, ou de camelo,
Ou de barco,
Ou de cavalo, ou de elefantes...

Mas quando o tão esperado Messias
Nasceu
O grupo dos Três Reis Magos resolveu
Mesmo habitando em terras mui longínquas,
Lá do Oriente,
Visitá-Lo, a Ele e aos seus pais,
José e Maria,
E levar-lhes, cada um, o seu famoso presente!

Sabe-se que um levou mirra, o outro ouro
(teria sido em pó, ou pepita?
Quem o souber, me esclareça
Essa pergunta está bem aqui na minha cabeça...)
E o terceiro
Um incenso perfumado...

Nenhum dos três levou dinheiro,
(Isto eu sei!)
Nem magníficos tesouros...
Embora todos fossem reis bem abastados!...
Talvez (Pois eram reis!)
Donos de posses e riquezas
Incontáveis...

Com certeza,
Não queriam bajular o Rei dos Reis,
Em sua santa e límpida pobreza
Nascido em tão simples estalagem...
Mas sim, apenas honrá-lo e prestar-lhe
Inteligente e respeitosa homenagem...

O ato singular, heróico e valente,
De ir lá pessoalmente
Valia mais do que ouro,
Luxos, pratas, jóias reluzentes,
Valia mais do que belas sedas macias,
Peças de cobre, bronze ou cintilantes cristais
Ou pedrarias...
Ou qualquer dessas coisas mundanas
(Para Deus) tão banais...

E andaram léguas e léguas no deserto...
O lugar onde Jesus nasceu não era perto!...
Ficava na cidade de Belém!
Muito longe, muito aquém
De onde moravam os três reis...

Dia e noite seguiram com paciência,
A bela e luminosa Estrela Guia
Em direção a Cidade prevista,
Guiados pela mágica Ciência
Cabalista
Pois eles conheciam muito bem
A Sagrada Astrologia!

Vejam que sacrifício atroz
Os três se submeteram humildemente!
Não levaram vassalos, nem ajudantes,
Nem soldados... Foram sós...
Os três com seus camelos serenos e ondulantes
Naquelas terras desérticas e quentes...

Tanto esforço, tanto sacrifício, sob sol escaldante
E inclemente!
Só para dar ao Bom Jesus Menino
Com seu olhar tão doce e cristalino
Cada um o seu enigmático, simbólico
E precioso presente!...

Quem for inteligente,
E amar o Saber Espiritual,
E quiser adquirir um conhecimento real,
Algo incomparável e sem igual,
É só pacientemente meditar
Sobre esta história tão bela e singular!...

É por isso que todos nós, nesta época atual,
Seguindo o belo exemplo dos três reis diligentes
Mantemos essa bela tradição de Natal
De dar aos nossos irmãos, amigos e parentes,
As mais belas recordações
(mesmo que sejam modestas e simples)
E os mais alegres presentes!

Fonte:
Poesia enviada pelo autor

Gislaine Canales (Feliz Natal)


As vozes dizem: Hosana!
É Natal. Só paz e amor!
O universo se engalana
num parto de luz e cor!

Papai Noel, com carinho,
eu te peço, por favor:
põe em cada sapatinho
uma gotinha de amor!

Neste Natal eu queria
que o mundo fosse melhor,
que presenteasse alegria
e desse abrigo ao menor!

Que a paz chegasse, afinal,
que a justiça se fizesse,
e um verdadeiro Natal,
realizasse, a nossa prece!

Da cidade da alegria,
desta Camboriú legal,
eu lhe desejo, em poesia,
um belo e feliz Natal!

Que, em 2012, a Trova
seja nossa inspiração
e o ano, que se renova,
tenha maior emoção!

Fonte:
Poema enviado pela autora