quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Abel Fernandes (Natal, Reis Magos e Presentes)


Na verdade
O que caracteriza esse dia,
Ou essa noite tão solene,
Dia e Noite de Natal,
Tão singular, tão diferente
É o ato de cada amigo,
Irmão ou parente
Dar ao outro
Um inesquecível presente!...

Tudo começou
Em remota antiguidade...
Numa época onde tudo
Era só dificuldade!
Porque naqueles tempos não havia
Nem ônibus, nem iates, nem navios gigantes,
Nem automóveis velozes, nem jatos possantes,
Nada disso, no mundo, existia!

Para se chegar aos lugares mais distantes,
Ou se andava a pé, ou de camelo,
Ou de barco,
Ou de cavalo, ou de elefantes...

Mas quando o tão esperado Messias
Nasceu
O grupo dos Três Reis Magos resolveu
Mesmo habitando em terras mui longínquas,
Lá do Oriente,
Visitá-Lo, a Ele e aos seus pais,
José e Maria,
E levar-lhes, cada um, o seu famoso presente!

Sabe-se que um levou mirra, o outro ouro
(teria sido em pó, ou pepita?
Quem o souber, me esclareça
Essa pergunta está bem aqui na minha cabeça...)
E o terceiro
Um incenso perfumado...

Nenhum dos três levou dinheiro,
(Isto eu sei!)
Nem magníficos tesouros...
Embora todos fossem reis bem abastados!...
Talvez (Pois eram reis!)
Donos de posses e riquezas
Incontáveis...

Com certeza,
Não queriam bajular o Rei dos Reis,
Em sua santa e límpida pobreza
Nascido em tão simples estalagem...
Mas sim, apenas honrá-lo e prestar-lhe
Inteligente e respeitosa homenagem...

O ato singular, heróico e valente,
De ir lá pessoalmente
Valia mais do que ouro,
Luxos, pratas, jóias reluzentes,
Valia mais do que belas sedas macias,
Peças de cobre, bronze ou cintilantes cristais
Ou pedrarias...
Ou qualquer dessas coisas mundanas
(Para Deus) tão banais...

E andaram léguas e léguas no deserto...
O lugar onde Jesus nasceu não era perto!...
Ficava na cidade de Belém!
Muito longe, muito aquém
De onde moravam os três reis...

Dia e noite seguiram com paciência,
A bela e luminosa Estrela Guia
Em direção a Cidade prevista,
Guiados pela mágica Ciência
Cabalista
Pois eles conheciam muito bem
A Sagrada Astrologia!

Vejam que sacrifício atroz
Os três se submeteram humildemente!
Não levaram vassalos, nem ajudantes,
Nem soldados... Foram sós...
Os três com seus camelos serenos e ondulantes
Naquelas terras desérticas e quentes...

Tanto esforço, tanto sacrifício, sob sol escaldante
E inclemente!
Só para dar ao Bom Jesus Menino
Com seu olhar tão doce e cristalino
Cada um o seu enigmático, simbólico
E precioso presente!...

Quem for inteligente,
E amar o Saber Espiritual,
E quiser adquirir um conhecimento real,
Algo incomparável e sem igual,
É só pacientemente meditar
Sobre esta história tão bela e singular!...

É por isso que todos nós, nesta época atual,
Seguindo o belo exemplo dos três reis diligentes
Mantemos essa bela tradição de Natal
De dar aos nossos irmãos, amigos e parentes,
As mais belas recordações
(mesmo que sejam modestas e simples)
E os mais alegres presentes!

Fonte:
Poesia enviada pelo autor

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