Verde bandeira desfraldada ao vento,
árvore amiga, o olhar que te procura
busca repouso e vai achar alento
na sombra que lhe estendes, lá da altura!
A sede abrasa! E o fruto sumarento
entregas, com requintes de ternura,
a quem poda a raiz que é teu sustento
ao extrair do solo a seiva pura!
Ramos erguidos, abraçando o espaço,
tua ânsia de dar não tem cansaço!
Tua benção de amor não tem medida!
E embora tanto dês e nada colhas,
com o verde pincel de tuas folhas
vais colorindo de esperança a vida!
Carolina Ramos. Destino: poesias. SP: EditorAção, 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário