sábado, 17 de dezembro de 2011

William Shakespeare (A Comédia dos Erros)


A Comédia dos Erros, a mais curta das peças de William Shakespeare, é inspirada no comediógrafo romano Plauto e gira em torno das confusões causadas por dois pares de gêmeos. É considerada pelos pesquisadores como a primeira peça de Shakespeare, com sua estréia nos palcos tendo ocorrido provavelmente em 1594.

Os erros a que se refere o título são enganos provocados pelas pessoas que conversam alternadamente com um gêmeo e o outro, sendo um residente de Éfeso, onde se passa a ação, e o outro, estrangeiro. Os gêmeos são idênticos e têm ambos o mesmo nome: Antífolo. As confusões multiplicam-se, assim como a comicidade da trama, porque há mais um par de gêmeos idênticos em cena, os irmãos que atende pelo nome de Drômio.

Entretanto, A Comédia dos Erros não deve ser confundida com uma comédia leve. Muito ao gosto de Shakespeare, ainda que em sua estréia como dramaturgo, os diálogos introduzem considerações sobre a condição feminina e sobre a condição servil; há credores e devedores e a honra de cada um; discute-se o lugar do ciúme no casamento; existe uma autoridade política que procura administrar justiça com compaixão; mais importante ainda, há a moderna busca pela identidade própria.

Tudo acontece quando dois irmãos gêmeos são seprados na infância e por ironia passam a ter o mesmo nome: Menecmo.

A ação se passa anos mais tarde, em Epidamno, cidade da Ilíria (hoje Albânia), aonde chega um dos Menecmos à procura de seu irmão, o outro Menecmo, que mora na cidade. Enquanto um, que acaba de chegar, é sucessivamente confundido pela amante do outro (que o explora), por Vassourinha, um vagabundo, que o delata a esposa do outro e ao sogro. Mas quem sucessivamente sofre punições pelo o que não fez é o outro Menecmo.

E assim, de engano em engano, a peça caminha para o seu final feliz, quando os irmãos se encontram e se reconhecem.
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Sinopse

Em Éfeso, um comerciante de Siracusa, chamado Egeu, é condenado à morte por ter cruzado a fronteira entre as duas cidades rivais. Próximo da hora da execução, Egeu conta a sua história a Solino, o duque de Éfeso. Vinte cinco anos antes Egeu e a sua família - a sua mulher, os dois filhos gêmeos e ainda dois escravos também gêmeos - tinham-se separado em consequência de um naufrágio. Um dos filhos e um dos escravos tinham permanecido com Egeu, mas tinham perdido o rasto dos outros e Egeu deslocara-se a Éfeso na esperança de os encontrar.

Comovido, o duque substitui a pena de morte por um resgate de mil marcos. Sem que Egeu saiba, também o filho e o escravo (Antífolo de Siracusa e Drômio), que sempre viveram com ele, se encontram na cidade com o mesmo objetivo o que vai provocar uma série de mal-entendidos.

Adriana, casada com Antífolo de Éfeso, confunde-o com o irmão de Siracusa e arrasta-o para casa. Pouco depois Antífolo de Éfeso vê-se impedido de entrar na sua própria casa. Entretanto Antífolo de Siracusa apaixona-se pela irmã de Adriana, Luciana, que fica chocada com o comportamento daquele que ela julga ser o seu cunhado.

Para complicar ainda mais a situação Antífolo de Éfeso é preso por se recusar a pagar uma corrente de ouro que comprara, mas que nunca chegara a receber por ela ter sido entregue, por engano, ao seu irmão.

Estranhando o comportamento do marido, Adriana pensa que ele enlouqueceu e recorre a um exorcista, o professor Pinch. Quanto a Antífolo de Siracusa e ao seu escravo, julgando que a cidade está enfeitiçada tentam fugir mas, ao sentirem-se ameaçados, refugiam-se numa abadia.

Quem acaba por resolver toda esta confusão é a abadessa, Emília, que é, nem mais nem menos, que a esposa desaparecida de Egeu. No final tudo acaba bem. Adriana reconcilia-se com o marido, o duque perdoa Egeu que se reúne com a esposa e Antífolo de Siracusa tenta a sua sorte com Luciana.

Fontes:
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/a/a_comedia_dos_erros
http://pt.shvoong.com/books/1620628-comédia-dos-erros/

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