TANGO
Na noite pejada de magia
Os dois rodopiando no salão
Os olhos sorrindo d’alegria
Transmitíamos pura emoção.
Enlaçados com elegância
Em compasso de dois por quatro
Das tuas mãos o meu corpo pendia
Espargindo do amor a fragrância.
Por todo aquele anfiteatro
Os aplausos foram-se propagando
Já da noite despontava o dia
E após o ultimo passo condutor.
A vênia em plena sedução
Não era ser somente um tango
No leito continuaríamos
A performance do nosso amor.
QUANDO
Naquele jardim, te afastaste
E já longe gritaste!
Corre para mim...
Eu, louca fui correndo,
Abriste os teus braços...me agarraste...
Rodopiando num louco frenesi!
Quando
Naquele barco
Que lento ia cortando as águas do Sado,
Com a tua viola...
Dedilhando nas cordas "Les feuilles Mortes”
E a tua voz grave cantava a doce melodia!!!
Esquecemo-nos de tudo e de todos,
E de olhos nos olhos eu te ouvia...
Amando-te cada vez mais!!!Quando
Nas dunas da praia nos deitamos
E nos amamos,
Entre beijos, carícias e gemidos!!!
Quando
Hoje olho para ti...
A saudade me invade...
EU continuo a ser EU!
E TU já não és TU!
És a sombra daquele,
Quando
No jardim...
No barco...
Nas dunas...
Me amaste!!!
ENCÔMIO À MINHA MÃE
Não sei o que mais minh’alma chora;
No momento que escrevo, eu revivo
Esta dor que é antiga e que é d’agora,
P'lo sentimento qu’ inda está tão vivo…
Mãe! Não sei porque te foste embora!
Também esta amargura que cultivo
Em mim, e do que sinto, és geradora
E esta dor é lamento muito antigo.
Meu coração encharca-se de mágoas
Recordar? – Se destes olhos brotam águas...
Oh! Mãe, minha Mãe, quanta saudade!
Vê meu carinho mãe, por piedade...
Já que partiste da minha mocidade,
Vê! Quero mostrar-te as minhas mágoas!
DESAPEGO
É este não saber o que quero,
Que me amargura,
Que me dá este desassossego
Que me persegue e em mim perdura
A vontade de tudo querer
E logo este desapego!
Esta vontade não sei de quê, é dura!
Sinto o meu peito em chaga…
Eu queria tanto um amor doçura,
Esta falta que sinto me esmaga…
Todo o meu ser é confusão,
Quero pensar e não me compreendo…
Toda esta vida é uma ilusão
Só eu sei como estou sofrendo!
Ah! Seu eu tivesse alguém a quem beijar,
Que me tirasse este desejo,
Esta ânsia de amar!
RESILIÊNCIA
Possuo a delicadeza das flores
Torno-me fera para proteger
Todos os meus divinos amores
Pois sem eles não sei viver
Posso ser dura como a rocha
Mas carrego comigo um sorriso
Que ilumina o deserto qual tocha
E vou buscar forças onde for preciso
Mesmo quando me apetece gritar
Permito que entrada da alegria
Faça no meu peito o amor aportar
Pois nos sentimentos há magia
Eu sei, nasci com o dom da paciência
Altiva, couraçada, percorro a sorte
Enigmática, mas essa é minha essência
Nada temo - ares de fraca - sou forte
As forças vêm desta resiliência
Que só se deterá perante a morte
Fontes:
Boletim Os Confrades da Poesia Nr 62 | Maio / Junho 2014
http://susanacustodio.blogspot.com.br
Na noite pejada de magia
Os dois rodopiando no salão
Os olhos sorrindo d’alegria
Transmitíamos pura emoção.
Enlaçados com elegância
Em compasso de dois por quatro
Das tuas mãos o meu corpo pendia
Espargindo do amor a fragrância.
Por todo aquele anfiteatro
Os aplausos foram-se propagando
Já da noite despontava o dia
E após o ultimo passo condutor.
A vênia em plena sedução
Não era ser somente um tango
No leito continuaríamos
A performance do nosso amor.
QUANDO
Naquele jardim, te afastaste
E já longe gritaste!
Corre para mim...
Eu, louca fui correndo,
Abriste os teus braços...me agarraste...
Rodopiando num louco frenesi!
Quando
Naquele barco
Que lento ia cortando as águas do Sado,
Com a tua viola...
Dedilhando nas cordas "Les feuilles Mortes”
E a tua voz grave cantava a doce melodia!!!
Esquecemo-nos de tudo e de todos,
E de olhos nos olhos eu te ouvia...
Amando-te cada vez mais!!!Quando
Nas dunas da praia nos deitamos
E nos amamos,
Entre beijos, carícias e gemidos!!!
Quando
Hoje olho para ti...
A saudade me invade...
EU continuo a ser EU!
E TU já não és TU!
És a sombra daquele,
Quando
No jardim...
No barco...
Nas dunas...
Me amaste!!!
ENCÔMIO À MINHA MÃE
Não sei o que mais minh’alma chora;
No momento que escrevo, eu revivo
Esta dor que é antiga e que é d’agora,
P'lo sentimento qu’ inda está tão vivo…
Mãe! Não sei porque te foste embora!
Também esta amargura que cultivo
Em mim, e do que sinto, és geradora
E esta dor é lamento muito antigo.
Meu coração encharca-se de mágoas
Recordar? – Se destes olhos brotam águas...
Oh! Mãe, minha Mãe, quanta saudade!
Vê meu carinho mãe, por piedade...
Já que partiste da minha mocidade,
Vê! Quero mostrar-te as minhas mágoas!
DESAPEGO
É este não saber o que quero,
Que me amargura,
Que me dá este desassossego
Que me persegue e em mim perdura
A vontade de tudo querer
E logo este desapego!
Esta vontade não sei de quê, é dura!
Sinto o meu peito em chaga…
Eu queria tanto um amor doçura,
Esta falta que sinto me esmaga…
Todo o meu ser é confusão,
Quero pensar e não me compreendo…
Toda esta vida é uma ilusão
Só eu sei como estou sofrendo!
Ah! Seu eu tivesse alguém a quem beijar,
Que me tirasse este desejo,
Esta ânsia de amar!
RESILIÊNCIA
Possuo a delicadeza das flores
Torno-me fera para proteger
Todos os meus divinos amores
Pois sem eles não sei viver
Posso ser dura como a rocha
Mas carrego comigo um sorriso
Que ilumina o deserto qual tocha
E vou buscar forças onde for preciso
Mesmo quando me apetece gritar
Permito que entrada da alegria
Faça no meu peito o amor aportar
Pois nos sentimentos há magia
Eu sei, nasci com o dom da paciência
Altiva, couraçada, percorro a sorte
Enigmática, mas essa é minha essência
Nada temo - ares de fraca - sou forte
As forças vêm desta resiliência
Que só se deterá perante a morte
Fontes:
Boletim Os Confrades da Poesia Nr 62 | Maio / Junho 2014
http://susanacustodio.blogspot.com.br
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