EVOCAÇÃO DO CANTO
Descerra essa violação, afasta essa solidão
Venha me encontrar na última carruagem
Pegue o trem, pilote o avião, pouse em Marte
Retorne com as palavras perdidas no porão
Venha, rouxinol, cante que é tarde
VOLTA, RIO
Na origem, o Rio é uma paisagem-monumento
na essência, um urbanismo clássico
na História, uma soma nacional
na música, uma tarde de sol.
REVANCHE
Sou avô, mas jamais fui neto
Por destino desenhei uma linhagem
Da nação sem lei sou a estiagem
E reponho a bandeira no meu teto
FICO
Nenhuma palavra brota do silêncio
Voltado para o canto escuto o vento
Nenhuma conversa opera no silêncio
Dobrado no quarto enxergo o tempo
FLAGRANTE
Não peço desculpas pelo atraso
Nem pelo caldo, folia de Reis
na serra do Espinhaço, turismo
de sal na areia depois das seis
TRAPÉZIO
Tempo não ocupa espaço
Desanda quando acontece
Rastro de sombra, penhasco
Com os minutos em queda
PÁSSARO
É breve o pássaro
que ofusca a treva
Obscura flor
da ante-manhã
AVESSO
Agora que a face do sol sem
brilho acorda a face oculta
de deus virado pelo avesso
TRÉGUA
Quem fala em amor numa noite dessas
quando o tempo morre no horizonte
Quem fala em amor que te apedreje
porque a pedra afagou antes da mágoa
MARTE
Levantou
porque não havia mais espaço
Suspirou
porque a manhã não abre
VERANICO
maio se despede com o tempo em brasa
último aceno do verão, tardia praia
prenúncio do frio temido pela alma
(exílio juvenil de sombrias memórias)
É TEMPO DE PERDÃO
É tempo de perdão pelo tempo perdido
É a perda de tempo que nos mantém cativos
Não o tempo sem valor ou a chance fria
Mas o tempo do coração em queda livre
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Descerra essa violação, afasta essa solidão
Venha me encontrar na última carruagem
Pegue o trem, pilote o avião, pouse em Marte
Retorne com as palavras perdidas no porão
Venha, rouxinol, cante que é tarde
VOLTA, RIO
Na origem, o Rio é uma paisagem-monumento
na essência, um urbanismo clássico
na História, uma soma nacional
na música, uma tarde de sol.
REVANCHE
Sou avô, mas jamais fui neto
Por destino desenhei uma linhagem
Da nação sem lei sou a estiagem
E reponho a bandeira no meu teto
FICO
Nenhuma palavra brota do silêncio
Voltado para o canto escuto o vento
Nenhuma conversa opera no silêncio
Dobrado no quarto enxergo o tempo
FLAGRANTE
Não peço desculpas pelo atraso
Nem pelo caldo, folia de Reis
na serra do Espinhaço, turismo
de sal na areia depois das seis
TRAPÉZIO
Tempo não ocupa espaço
Desanda quando acontece
Rastro de sombra, penhasco
Com os minutos em queda
PÁSSARO
É breve o pássaro
que ofusca a treva
Obscura flor
da ante-manhã
AVESSO
Agora que a face do sol sem
brilho acorda a face oculta
de deus virado pelo avesso
TRÉGUA
Quem fala em amor numa noite dessas
quando o tempo morre no horizonte
Quem fala em amor que te apedreje
porque a pedra afagou antes da mágoa
MARTE
Levantou
porque não havia mais espaço
Suspirou
porque a manhã não abre
VERANICO
maio se despede com o tempo em brasa
último aceno do verão, tardia praia
prenúncio do frio temido pela alma
(exílio juvenil de sombrias memórias)
É TEMPO DE PERDÃO
É tempo de perdão pelo tempo perdido
É a perda de tempo que nos mantém cativos
Não o tempo sem valor ou a chance fria
Mas o tempo do coração em queda livre
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Fonte:
http://consciencia.org/neiduclos
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