sexta-feira, 15 de abril de 2016

Filemon F. Martins (Poemas Avulsos)

ELOGIO AO AMOR

Neste caminho eu sigo contemplando
a Natureza exuberante e bela,
passarinhos nos ramos saltitando
entoando canções em aquarela.

Aonde quer que eu vá, eu vou cantando
a pureza do amor, pintado em tela,
que Deus o produziu, por certo amando,
para mostrar ao mundo, em passarela...

O amor? Triste de quem não tem amor,
nem sentiu nesta vida alguma dor,
nem teve uma saudade a recordar?

Pois o amor é um sublime sentimento
que ferve, vibra e invade o pensamento,
e  nos leva ao delírio para amar!

SEGREDO    
(VERSOS DA JUVENTUDE)

Esse amor que desejo, essa querida
que o pensamento meu jamais esquece,
há de ser, para sempre, a pretendida
que só meu coração a reconhece!

Ela é parte da minha própria vida,
meu segredo, meu sonho e minha prece
que me dá Paz na dor mais dolorida
e Esperança a minha alma que padece.

Talvez ela não pense nem em mim,
mas um desejo eu tenho até o fim:
- é vê-la sorridente no meu lar...

Depois... quando estes versos sem beleza
forem parar nas mãos desta princesa,
ela, ao lê-los, não vai acreditar!

O LAVRADOR

Sou lavrador do campo e planto certo,
mantenho a crença de quem é cristão:
- a minha vida é como um livro aberto
plantando paz, amor, compreensão...

Mas, se o terreno é seco, fico esperto,
nada vale investir na plantação,
que a semente caindo no deserto
se perde e não germina nenhum grão.

É preciso primeiro arar a terra,
tirando a praga que produz a guerra,
que o Mundo terá nova diretriz.

Quando o respeito se fizer presente,
nosso Planeta será mais decente
e o Ser Humano será mais feliz!

LEMBRANDO O LAVRADOR

Eu me levanto cedo e abro a janela
para ver o romper da madrugada,
a Natureza em festa se revela
numa canção de amor bem orquestrada.

O Universo, de luz, parece tela
por um pintor supremo, executada,
tornando-se elegante passarela
onde faz coro a alegre passarada.

O sol desponta, quero uma caneta,
mas a enxada é que vem para a retreta
e quer dançar  comigo no roçado...

A enxada tine e estronda pelo eito,
vou capinar a terra do meu jeito
só amanhã, que agora estou cansado!

NOITE E VERSOS
Vai alta a noite. A madrugada é fria,
a insônia chega, fica e me namora.
Levanto-me à procura da poesia,
mas ela, impaciente, vai embora.

Percorro o céu do amor, da fantasia,
fico em vigília e vejo a luz da aurora:
- que paz a humanidade alcançaria,
se o amor reinasse pelo mundo afora.

Ouço, distante, o farfalhar do vento,
e por que minha voz não tem alento,
- se o dia vai nascer como criança?

Surge, então, o cantar da passarada
e outros versos virão, na madrugada,
talvez mais coloridos de esperança!

UTOPIA
Uma ternura infinda estou sentindo
já no ocaso do meu viver tristonho.
Meu coração se abriu, feliz, sorrindo,
pois a esperança renasceu num sonho.

Meu desejo é cantar um hino lindo
para falar de Paz, tudo transponho,
que toda Humanidade siga ouvindo
os acordes do Amor que já componho.

Eu quero ver o povo trabalhando,
construindo, vivendo e se educando
para que todos sejam mais felizes...

Que os políticos sejam mais honestos
e possam nas ações e nos seus gestos
construir um País livre das crises!

Fonte:

Um comentário:

Filemon F. Martins disse...

Caro Feldman, grato pela divulgação. Abraços do Filemon.