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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Contos do Egito Antigo (O Tesouro de Rhampsinit)

0 rei Rhampsinit possuía um tão grande tesouro que ninguém, nenhum de seus sucessores, o teve nem maior, nem perto do que ele era. Para conservá-lo com segurança, ele mandou construir uma sala de pedra talhada e quis que uma das suas muralhas se projetasse para além do corpo da construção e dos limites do palácio; no entanto, o construtor talhou e colocou uma pedra de tal modo perfeita que nem dois homens, quanto mais um só, poderiam tirá-Ia ou removê-Ia.

Construída a sala, o rei ali reuniu todas as suas jóias. Algum tempo depois, o pedreiro-arquiteto, ao sentir que se aproximava do final de sua vida, reuniu os filhos, que eram dois, e contou-lhes como realizara a empreitada e o artifício que havia usado ao construir a câmara do rei, a fim de que eles pudessem viver sem problemas de dinheiro. E depois de claramente ter-lhes feito entender a maneira de tirar a pedra, deu certas instruções e avisou-os de que, se elas fossem bem observadas, seriam eles os grandes tesoureiros do rei. E em seguida, expirou. E seus filhos não tardaram de pôr mãos à obra: foram à noite até o palácio do rei e, achando sem dificuldades a tal pedra, conseguiram deslocá-Ia e saíram de lá com grande quantidade de ouro. Porém, quando quis o destino que o rei fosse visitar sua sala do tesouro, encheu-se: ele de espanto ao perceber que suas ânforas estavam desfalcadas, e ficou sem saber a quem acusar ou de quem suspeitar, pois as marcas que colocara estavam intactas, e a sala muito bem fechada e refechada. E voltando lá por duas ou três vezes para constatar que suas ânforas continuavam se desfalcando, resolveu ele afinal, a fim de impedir que os ladrões ali voltassem com tanta facilidade, mandar construir armadilhas e colocá-Ias bem perto das ânforas onde estavam os tesouros.

Retornaram os ladrões, como seria de se esperar, e um deles entrou na câmara e, mal se aproximando de uma das ânforas, viu-se capturado pela armadilha. Percebendo a extensão do perigo, chamou depressa o irmão e mostrou-lhe o estado em que se encontrava, aconselhando-o a ali entrar e que lhe cortasse a cabeça para que ele não viesse a ser reconhecido e assim não prejudicasse também o irmão. Este achou que fazia sentido o que ele lhe dizia e seguiu-lhe enfim o conselho; e depois de repor a pedra, voltou para casa carregando a cabeça do irmão.

Na manhã seguinte, entrou o rei na sua câmara especial; e ao ver o corpo do ladrão preso na armadilha, e sem cabeça, muito espantado ficou já que não havia vestígio nem de entrada nem de saída do recinto. E, matutando como deveria proceder em tal circunstância, mandou que pendurassem o corpo do morto na muralha da cidade e encarregassem alguns guardas de prenderem e levarem à sua presença aquele homem ou mulher que vissem chorar ou demonstrar pena do degolado.

Ao ver o corpo desta forma exposto, a mãe, pela grande dor que sentia, exigiu do outro filho que, fosse lá como fosse, tratasse de trazer o cadáver do irmão, ameaçando-o de, caso se negasse a fazê-lo, denunciá-lo ao rei como o ladrão do tesouro. O filho, notando que a mãe falava sério, e que de nada lhe valiam suas argumentações, concebeu o seguinte ardil: mandou que albardassem alguns asnos com odres cheios de vinho e pôs-se a andar com eles, tocando-os com uma vara. Ao chegar ao local onde estavam os guardas, isto é, no local do morto, desatou dois ou três de seus odres e, vendo o vinho escorrendo pelo chão, começou a esmurrar a própria cabeça e a praguejar, como se não soubesse para qual dos asnos devia se voltar em primeiro lugar. Os guardas, ao perceberem que grande quantidade de vinho se derramava, acorreram até lá com vasilhas, considerando o ganho que teriam se apanhassem o vinho perdido. O mercador pôs-se então a xingá-los, dando sinais de viva indignação. Mas os guardas mostraram-se gentis e aos poucos ele foi se acalmando; moderou então sua raiva, afastando por fim os asnos do caminho para tornar a carregá-los; demorando-se no entanto com pequenas conversas com uns e outros, tanto que um dos guardas disse uma pilhéria ao mercador, que riu e até lhe deu, ainda por cima, um odre de vinho. E então os guardas resolveram sentar-se ali mesmo para continuar a beber, pedindo ao mercador que ficasse e bebesse com eles, o que foi aceito; e vendo que eles revelavam nisso grande prazer, o mercador ofereceu-lhes o resto de seus odres de vinho. 

Quando estavam já caindo de bêbedos, viram-se dominados pelo sono e adormeceram ali mesmo. O mercador esperou até alta noite; depois foi despendurar o corpo do irmão e, rindo-se dos guardas, raspou-lhes a todos a barba da face direita. Colocou o corpo do irmão sobre um dos asnos e tocou-os todos em direção de casa, executando assim a
ordem de sua mãe.

No dia seguinte, quando o rei tomou ciência de que o corpo do ladrão fora roubado misteriosamente, ficou muito aborrecido e, querendo porque querendo encontrar o autor de tal astúcia, fez tal coisa que, por mim, mal consigo acreditar: abriu a casa da sua filha e mandou que ela recebesse quem quer que por prazer viesse a procurá-Ia, indiferente de quem fosse, com a condição de que ela, antes de se deixar tocar, induzisse cada um deles a dizer o que fizera em sua vida de mais prudente e de mais perverso; aquele que lhe contasse o caso do ladrão deveria ser detido por ela, que não podia deixá-lo sair do seu quarto. A princesa obedeceu ao pai; mas o ladrão, ao perceber para que objetivo a coisa era feita, quis ficar a cavaleiro de todas as astúcias do rei e deu-lhe o seguinte contragolpe: cortou o braço de um recém-falecido, ocultou-o sob suas próprias vestes e foi ao encontro da moça. Logo que entrou, ela o interrogou, como fizera com os outros, e ele contou-lhe que o crime mais monstruoso por ele cometido fora o de arrancar a cabeça do irmão, preso na armadilha do tesouro do rei. Por outro lado, a ação mais avisada que praticara fora despendurar aquele seu mesmo irmão depois de ter embriagado os guardas. Assim que isso tudo ouviu, ela procurou detê-lo; mas o ladrão, valendo-se da escuridão do quarto, estendeu-lhe a mão morta que trazia oculta, e que ela apertou como se fosse a mão daquele com quem falava; enganava-se, porém, pois o ladrão facilmente encontrara como se escapar.

Quando este fato foi relatado ao rei, ele mostrou-se especialmente espantado com a astúcia e ousadia de tal homem. Por fim, ordenou que se fizesse anunciar por todas as cidades do seu reino que ele perdoava tal pessoa, e que se ela quisesse vir se apresentar ao rei, ele lhe concederia largos favores. O ladrão deu crédito à publicação real e foi ter com ele. Quando o rei o viu, ficou assombrado; no entanto, deu-lhe a filha em casamento. Pois - isso pensou ele - os egípcios eram superiores a todos os demais homens, e ele era superior aos próprios egípcios...

Fonte:
COSTA, Flávio Moreira da (organizador). Os 100 Melhores Contos de Crime e Mistério da Literatura Universal. RJ: EDIOURO, 2002.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Conto do Egito (Khufu e o mago Djedi)

O príncipe Djedefhor levantou-se para Falar: "Até agora, a tua majestade só ouviu historias sobre prodígios efetuados por homens sábios de outros tempos. E impossível saber se essas histórias são verdadeiras ou falsas. Mas o que se poderá dizer sobre os feitos de um homem deste tempo que a tua majestade não conhece?"

E sua majestade disse: "Que feitos são esses, meu £ilho?"

Respondeu Djedethor: "Existe um homem chamado Djedli que mora em Djedseneferu. Tem cento e dez anos de idade, come quinhentos pães, metade de um boi e cem jarros de cerveja, e sabe recolocar uma cabeça separada do corpo, fazer um leão caminhar calmamente atrás dele e ainda sabe o número das câmaras secretas do santuário de Toth."

Ora a majestade do rei Khufu,  sempre quisera saber o número dessas câmaras, a fim de reproduzi-las no seu horizonte. Por isso, mandou que Djedefhor fosse buscar Djedi.

Logo que os barcos de viagem ficaram prontos, Djedefhor partiu da residência real e viajou para sul, rumo a Djedseneferu,  subindo o Nilo. Quando os barcos chegaram à margem, ele seguiu pela estrada sentado numa liteira com varais de ébano cobertos por folha de ouro.

Quando chegou a casa de Djedi, a liteira foi baixada para terra. Então ele levantou-se para saudar Djedi, que estava sentado sobre uma esteira a entrada de casa. Um servidor cobria-lhe a cabeça com unguento, enquanto outro lhe massageava os pés.

Então o príncipe Djedefhor disse: "O teu estado é semelhante ao de um homem que ainda não atingiu a velhice, se bem que na realidade estejas já envelhecido, perto do momento da morte e do enterro. Estás no estado de um homem que dome de noite sem problemas, que não tem doenças nem acessos de tosse."

É assim que se saúda uma pessoa venerável.

E Djedefhor disse: "Vim aqui para te chamar, da parte de meu pai Khufu, justificado. Comerás belos manjares dados pelo rei a quem o serve, e ele far-te-a, depois de uma vida feliz, um belo sepultamento junto a teus pais, que estão na necrópole."

Então Djedi respondeu: "Em paz, em paz, Djedefhor, filho real amado de seu pai Que te recompense o teu pai Khufu, justificado. Que ele te promova entre os anciãos. Possa o teu ka lutar contra o teu inimigo e o teu ka conhecer os caminhos que te levam a porta de Hebesbag."

E assim que se saúda um filho de rei.

Então o príncipe Djedefhor estendeu-lhe as mãos e ajudou Djedi a erguer-se, caminhando com ele de mão dada ate à margem. Em seguida, Djedi disse: "Faz com que me cedam uma barca, para que eu possa levar os meus filhos e os meus livros."

Duas barcas com a sua equipagem foram então colocadas a disposição de Djedi, o qual embarcou no barco onde seguia o príncipe Djedefhor. Quando chegaram à corte, o príncipe Djedefhor entrou antes para pôr ao corrente a majestade do rei Khufu.

Então o príncipe Djedefhor disse: "Soberano, vida, força e saúde, meu senhor, trouxe comigo Djedi."

Sua majestade respondeu: "Vai e traga-o aqui."

Depois, sua majestade entrou na grande sala do palácio, vida, força e saúde, e Djedi foi introduzido lá.

Perguntou sua majestade: "Como foi que até ao presente eu nunca te vi, Djedi?".

Respondeu Djedi: "Só quem é chamado é que vem, soberano, vida, força e saúde, agora fui chamado e vim."

E perguntou sua majestade: "É verdade, segundo o que se conta, que podes juntar ao corpo uma cabeça cortada?"

Djedi respondeu: "Sim, sei fazer isso, soberano, vida, força e saúde, meu senhor."

Então sua majestade disse: "Tragam-me o prisioneiro que está na prisão para ser executado."

Mas Djedi respondeu: "Não, um ser humano, soberano, vida, força e saúde, meu senhor, porque é proibido fazer semelhante coisa ao gado sagrado [dos deuses]..."

Então trouxeram-lhe um ganso a quem tinham cortado a cabeça, colocando-se o ganso no canto oeste da grande sala e a cabeça no lado leste da grande sala. Djedi pronunciou algumas palavras mágicas, e o ganso ergueu-se, cambaleando, e a cabeça fez o mesmo. Quando as duas partes se juntaram, o ganso levantou-se, grasnando. Depois ele fez o mesmo com outro ganso. E sua majestade mandou que lhe trouxessem um boi cuja cabeça tinha sido cortada. Djedi pronunciou algumas palavras mágicas, e o boi ergueu-se perante ele.

E disse Khufu: "É verdade, como ouvi dizer, que sabes o número de câmaras secretas que há no santuário de Toth?"

Djedi respondeu: "Permita-me a tua majestade dizer que o número não sei, soberano, vida, força e saúde, meu senhor, mas sei onde pode ser encontrado."

Sua majestade perguntou: "Onde está"

Djedi respondeu: "Num cofre de pedra que está numa câmara do templo de Heliópolis, chamada câmara do inventário".

E sua majestade disse: "Vai então buscá-lo para mim."

Djedi respondeu: "Soberano, vida, força e saúde, meu senhor, não posso trazê-lo. Isso tem de ser feito pelo mais velho dos três filhos que estão no ventre de Reddjedet."

E sua majestade disse: "Então que se faça isso. Mas afinal quem é essa Reddjedet?"

Djedi respondeu: "É a esposa de um sacerdote de Rá, senhor de Sakhebu, que está grávida de três crianças de Rá, senhor de Sakhebu. O deus disse que eles exerceriam essa função benéfica de rei e que o primogênito deles seria o grande dos videntes em Heliópolis..."

Ao ouvir isso, o coração de sua majestade caiu na tristeza, mas Djedi disse-lhe: "Mas o que e essa tristeza, soberano, vida, força e saúde, meu senhor? É por causa das três crianças? Nota que tu, depois o teu filho e depois o filho dele reinarão antes do primeiro dos filhos de Reddjedet..."

Então sua majestade perguntou: "Quando é que Reddjedet dará a luz?"

Djedi respondeu: "No décimo quinto dia do primeiro mês do Inverno".

E sua majestade disse: "Ora é justamente nessa altura que os bancos de areia do canal dos Dois Peixes ficam a descoberto, servidor. Já passei por lá. de barco para ver o templo de Re, senhor de Sakhebu."

E Djedi respondeu: "Pois bem, farei com que haja quatro côvados de água sobre os bancos de areia do canal dos Dois Peixes..."

Então sua majestade entrou no seu palácio e disse: "Que Djedi entre na casa do príncipe Djedefhor e que viva com ele e que lhe sejam asseguradas rações alimentares de mil pães, cem jarros de cerveja, um boi e cem vegetais..."

E tudo foi feito de acordo com o que sua majestade tinha ordenado.
Fonte:
Contos de encantar

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Conto do Egito (O Marido Enganado)

O príncipe Khafré levantou-se para falar: “Vou contar à tua majestade um prodígio que aconteceu no reinado do teu pai Nebka, justificado, quando ele foi ao templo de Ptah, senhor de Ankhhtaui”.

Ora, quando sua majestade foi a Ankhtaui, chamou o sacerdote leitor chefe Ubaoner. Aconteceu que a mulher de Ubaoner se apaixonou por um homem da cidade e mostrava a sua afeição mandando presentes de roupa pela sua serva. Sempre que havia condições, ela mandava a serva levar o seu amante até à casa de Ubaoner. Aí o homem da cidade dizia à esposa de Ubaoner: “Há um pavilhão no jardim, pois bem, vamos lá passar um momento feliz.”

Então a mulher de Ubaoner disse ao servidor encarregado do jardim: “Faz preparar o pavilhão que está no jardim”.

Em seguida ele e ela passaram o dia a beber. Quando escureceu o homem da cidade desceu para o lago, a fim de ali se purificar enquanto a serva procurou o encarregado do jardim e contou-lhe o que sua ama tinha feito.

Logo que nasceu o dia seguinte, a primeira coisa que o encarregado do jardim fez foi procurar o seu senhor Ubaoner e contar-lhe tudo o que ouvira da serva. Então Ubaoner ordenou ao encarregado do jardim que fosse buscar a sua caixa mágica. Era uma caixa maravilhosamente elaborada, feita de ébano com decorações de ouro. Depois Ubaoner tirou dela uma espécie de cera e fez um modelo de crocodilo com sete côvados de comprimento. Recitou então encantamentos mágicos sobre o modelo de crocodilo e disse-lhe: “Quando alguém chegar para se banhar no meu lago, apodera-te dele.”

Depois de ter dito a sua fórmula, Ubaoner entregou o crocodilo ao encarregado do jardim e disse-lhe: “Espera o momento em que o tal homem entrar no meu lago para tomar banho, segundo o seu costume diário: lança então este crocodilo na água na direção dele.”

O encarregado do jardim retirou-se, levando com ele o crocodilo de cera. Pouco depois, a mulher de Ubaoner disse ao encarregado do jardim: “Faz preparar o pavilhão que está no meio do jardim, porque eu quero passar lá um momento.”

O pavilhão foi então fornecido de todas as coisas boas. A dama passou depois um dia feliz com o homem da cidade. Ora quando veio o entardecer ele foi até o lago como fazia todos os dias. Então o encarregado do jardim lançou à água o crocodilo de cera, e este transformou-se num
crocodilo com sete côvados, apoderando-se do homem da cidade. Entretanto, Ubaoner passou sete dias com a majestade do rei Nebka, enquanto o homem da cidade era mantido, sem respirar, nas profundezas do lago. Depois desse tempo, a majestade do rei Nebka, foi a Mênfis, e o sacerdote leitor chefe Ubaoner aproximou-se dele, dizendo: “Quer a tua majestade acompanhar-me e ver um prodígio do teu reinado?”.

O rei acompanhou Ubaoner até ao lago e então o sacerdote chamou o crocodilo, dizendo: “Traz-e o homem até aqui”.

Quando o crocodilo apareceu com o homem, sua majestade disse: “Esse crocodilo é certamente perigoso.”

Ubaoner curvou-se e pegou no crocodilo, que se tornou de novo um modelo de cera na sua mão. Depois o sacerdote leitor chefe Ubaoner contou à majestade do rei Nebka, o que o homem da cidade tinha feito com sua esposa. Então sua majestade disse ao crocodilo: “Toma o que te pertence.”

O crocodilo mergulhou no lago e nunca ninguém soube para onde ele foi com o homem da cidade. A majestade do rei Nebka, ordenou em  seguida que a mulher de Ubaoner fosse levada para um terreno aberto na zona norte do palácio, onde ela foi queimada, sendo suas cinzas lançadas ao rio.

“Foi esse o prodígio que aconteceu no reinado do teu pai, o rei Nebka, graças à arte do sacerdote leitor chefe Ubaoner”, disse Khafré.

Então a majestade do rei Khufu disse: “Que sejam oferecidos mil pães, cem jarros de cerveja, um boi e duas medidas de incenso ao rei Nebka, e que seja entregue um bolo, um jarro de cerveja, um naco de carne e uma medida de incenso ao sacerdote leitor chefe Ubaoner, porque eu vi um exemplo do seu poder.”

E tudo foi feito de acordo com o que sua majestade tinha ordenado.

Fonte: