A mais cara e perfeita maquilagem
que lambuza e restaura certo rosto
por prazer ou se não a contra gosto
torna falso o semblante da imagem.
É o outono tristonho sem plumagem
É o alto do céu sem um condor
É um jarro quebrado sem a flor
É a infância sem um conto de fada
Eu não vejo beleza em quase nada
que não tenha beleza interior.
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MOTE
O chocalho da saudade
badala em meu coração
que lambuza e restaura certo rosto
por prazer ou se não a contra gosto
torna falso o semblante da imagem.
É o outono tristonho sem plumagem
É o alto do céu sem um condor
É um jarro quebrado sem a flor
É a infância sem um conto de fada
Eu não vejo beleza em quase nada
que não tenha beleza interior.
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MOTE
O chocalho da saudade
badala em meu coração
Quando o sol se levantava
a tanger a noite escura
depois da reza e da jura
pro curral eu me mandava
Uma caneca eu levava
nata passada no pão
Coisa melhor tinha não
Meu sertão virou cidade
o chocalho da saudade
badala em meu coração.
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Tua honradez, meu pai, foi a herança
que tu deixaste e, foi meu tesouro,
arca mais rica do que prata e ouro
que tu me deste quando ainda criança.
Mesmo que fuja de mim a esperança
que a humanidade viva em plena paz,
o teu exemplo me tornou capaz
de enfrentar os contrários sempre em pé
portando a espada e o escudo da fé
acreditando que Deus pode mais.
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MOTE
“Vou fechar a porteira da saudade
pois cansei de viver pensando nela”
Esperei bem mais tempo que judeu
Pelo grande Messias que já veio
O que fez eu ficar de saco cheio
Pois amor eu lhe dava e não me deu
Aquela “dor de corno” em mim bateu
(Burro xucro é difícil aceitar sela)
Resolvi terminar essa novela
Partirei a buscar nova amizade
Vou fechar a porteira da saudade
pois cansei de viver pensando nela.
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Fonte: Décimas enviadas pelo autor
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