"Esse e-book é como um cartão de visita para os autores indígenas, já que divulgam seus trabalhos aos órgãos governamentais, à universidade local, entre outros locais". A afirmação de Eliane Potiguara, escritora indígena da comunidade Potiguara e coordenadora da Rede de Escritores Indígenas da Inbrape (Instituto Indígena de Propriedade Intelectual) e o Grupo Mulher-Educação Indígena (Grumin), ressalta a importância do primeiro e-book com textos indígenas.
O Núcleo de Escritores Indígenas (NEI) do Inbrapi, o Grumin/Rede de Comunicação Indígena e Vanderli Medeiros Produções Digitais prepararam o e-book. O livro pretende promover autores indígenas, incentivar estes povos à escrita, divulgar o pensamento indígena, usufruir a ferramenta da internet para divulgar o trabalho dos autores a um baixo custo e disponibilizar este material em diversos sites.
Segundo Eliane, foram enviados cerca de 20 textos, sendo 11 contos publicados. "Recebemos muito material, mas o dinheiro foi o problema já que o projeto não recebeu apoio de nenhum órgão da educação, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Contamos apenas com a ajuda e um artista plástico e a produtora Vanderli Medeiros, responsável pela parte física do livro", esclarece a organizadora do e-book.
O livro apresenta contos de várias comunidades indígenas, como guarani, potiguara, entre outros. Yaguarê Yamá, Olívio Jecupé, Daniel Mundukuru, Eliane Potiguara, Lúcio Flores, Kerexu Mirim, Manuel Moura Tukano, Florêncio Vaz, Juvenal Payáyá, Adelmário Ribeiro e Gabriel Gentil foram os autores deste primeiro e-book. "A gente quer jogar este livro na mídia, porque é importante as pessoas indígenas divulgarem seus trabalhos com escritores conhecidos e mostrar sua experiência nas editoras. As portas até agora foram fechadas para eles. É como se o povo indígena não tivesse capacidade para nada. Aquela mentalidade do código civil brasileiro em que dizia que os índios eram menores de idades ainda existe. A gente ainda sente um olhar diferente sobre o indígena", ressalta Eliane.
Formada em Letras, a organizadora do primeiro e-book é conhecida pela sua atuação na defesa dos direitos indígenas e foi indicada para o Projeto Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz entre 52 brasileiras indicadas. Além disso, foi nomeada uma das "Dez Mulheres do Ano de 1998", pelo Conselho das Mulheres do Brasil e por ter criado a primeira organização de mulheres indígenas no país, o Grumin. É ainda empreendedora social da ASHOKA, membro do Women´s Writes World e autora do livro "Metade cara, metade máscara", que aborda a questão indígena no Brasil.
Com objetivo de levar mais informações para as comunidades indígenas, o Grumin, segundo Eliane, é uma rede de comunicação indígena que trabalha para levantamento de projetos de financiamento na área indígena. Ou seja, luta pela democratização da informação. No seu primeiro jornal, costumava denunciar a invasão dos garimpeiros e madeireiros nas terras indígenas. "Colocávamos a opinião do indígena no jornal e levávamos o debate no campo internacional¸ para a Organização das Nações Unidas (ONU). Fizemos até um relatório e recebemos comissão da ONU. Recebemos ainda uma Comissão de Combate ao Racismo, em 1996. Como sofri ameaça de morte no final de 1992, paramos de publicar este material cerca de dois anos e decidi retomar meu trabalho por meio da literatura para chegar sem muito alarde", explica Eliane.
O Núcleo de Escritores Indígenas (NEI) do Inbrapi, o Grumin/Rede de Comunicação Indígena e Vanderli Medeiros Produções Digitais prepararam o e-book. O livro pretende promover autores indígenas, incentivar estes povos à escrita, divulgar o pensamento indígena, usufruir a ferramenta da internet para divulgar o trabalho dos autores a um baixo custo e disponibilizar este material em diversos sites.
Segundo Eliane, foram enviados cerca de 20 textos, sendo 11 contos publicados. "Recebemos muito material, mas o dinheiro foi o problema já que o projeto não recebeu apoio de nenhum órgão da educação, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Contamos apenas com a ajuda e um artista plástico e a produtora Vanderli Medeiros, responsável pela parte física do livro", esclarece a organizadora do e-book.
O livro apresenta contos de várias comunidades indígenas, como guarani, potiguara, entre outros. Yaguarê Yamá, Olívio Jecupé, Daniel Mundukuru, Eliane Potiguara, Lúcio Flores, Kerexu Mirim, Manuel Moura Tukano, Florêncio Vaz, Juvenal Payáyá, Adelmário Ribeiro e Gabriel Gentil foram os autores deste primeiro e-book. "A gente quer jogar este livro na mídia, porque é importante as pessoas indígenas divulgarem seus trabalhos com escritores conhecidos e mostrar sua experiência nas editoras. As portas até agora foram fechadas para eles. É como se o povo indígena não tivesse capacidade para nada. Aquela mentalidade do código civil brasileiro em que dizia que os índios eram menores de idades ainda existe. A gente ainda sente um olhar diferente sobre o indígena", ressalta Eliane.
Formada em Letras, a organizadora do primeiro e-book é conhecida pela sua atuação na defesa dos direitos indígenas e foi indicada para o Projeto Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz entre 52 brasileiras indicadas. Além disso, foi nomeada uma das "Dez Mulheres do Ano de 1998", pelo Conselho das Mulheres do Brasil e por ter criado a primeira organização de mulheres indígenas no país, o Grumin. É ainda empreendedora social da ASHOKA, membro do Women´s Writes World e autora do livro "Metade cara, metade máscara", que aborda a questão indígena no Brasil.
Com objetivo de levar mais informações para as comunidades indígenas, o Grumin, segundo Eliane, é uma rede de comunicação indígena que trabalha para levantamento de projetos de financiamento na área indígena. Ou seja, luta pela democratização da informação. No seu primeiro jornal, costumava denunciar a invasão dos garimpeiros e madeireiros nas terras indígenas. "Colocávamos a opinião do indígena no jornal e levávamos o debate no campo internacional¸ para a Organização das Nações Unidas (ONU). Fizemos até um relatório e recebemos comissão da ONU. Recebemos ainda uma Comissão de Combate ao Racismo, em 1996. Como sofri ameaça de morte no final de 1992, paramos de publicar este material cerca de dois anos e decidi retomar meu trabalho por meio da literatura para chegar sem muito alarde", explica Eliane.
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O e-book pode ser baixado no site http://www.elianepotiguara.org.br/home.html
O e-book pode ser baixado no site http://www.elianepotiguara.org.br/home.html
Fonte:
Aragarças-Goiás/Brasil. 23 setembro 2005. por Susana Sarmiento.
http://www.jlocal.com.br/geral.php?pesquisa=1544
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