segunda-feira, 10 de março de 2008

Quais as dez obras essenciais para a formação intelectual e humanista?


por Antonio Ozaí da Silva

Não sou dos mais organizados em relação às leituras que faço. Sou disperso e pragmático! Em geral, leio motivado pela necessidade imediata, guiado pelos temas e autores que trabalho nas aulas. Muitas vezes, retomo leituras e procuro novos livros que contribuam para melhor entendimento e discussão do conteúdo. No início do ano letivo – ou semestre – revejo os livros que tenho, aproveito as “férias” para visitar os sebos e pesquiso na biblioteca, com o objetivo de encontrar novidades ou mesmo aquela obra que passou despercebida.

As minhas leituras não se limitam às obras teóricas, sociológicas, políticas etc. Adoro literatura e adoto nos cursos que trabalho. Isso faz com que as leituras sejam ainda mais diversificadas. Porém, ainda vinculadas às disciplinas da vida acadêmica. Vez ou outra leio algo apenas por curiosidade, para distrair-me ou simplesmente porque vi na estante da biblioteca, onde ficam expostas as “novidades”, e me chamou a atenção. Também leio por indicação de amigos e os livros que resenho para a Revista Espaço Acadêmico.

Ler é parte do meu ofício. Mas leio sem planejamento. Olho para a estante e me angustio diante dos livros que ainda não li – e nem sei se lerei. O tempo urge e me consome. É melhor, portanto, planejar. Decidi, então, fazer um plano de leituras para este ano – já que começou um novo tempo!

Mas, o que ler? Como escolher diante de tantas opções? Quais critérios utilizar para fazer uma lista de obras essenciais? Resolvi pedir a ajuda dos amigos, colegas da universidade e aqueles com os quais me correspondo por email (colaboradores da REA e da Revista Urutágua, leitores do blog, amigos virtuais etc.). Formulei uma pergunta: “Em sua opinião, quais as dez obras essenciais para a formação intelectual e humanista (independente da área de conhecimento e gênero)?”

De início, pareceu-me uma questão simples. Afinal, bastava relacionar dez livros. Logo me dei conta de que as minhas dificuldades eram compartilhadas. Como fazer uma relação tão estrita diante da vasta imensidão de obras produzidas pelo conhecimento humano em todos os tempos? Alguns se limitaram a indicar autores; outros extrapolaram o número solicitado; houve quem justificasse sua “lista”; e quem simplesmente indicou a partir de projeto de pesquisa em andamento ou recém concluído. E, lógico, houve os que não responderam.

Foram 889 livros indicados. É uma lista imensa (18 páginas). Um dado interessante: 711 (80%) obras tiveram apenas uma indicação. Pelos números, observamos que o conceito de “essencial” é muito relativo. Eis os mais indicados (considerando-se 12, devido ao empate):


Um dos aspectos mais positivos desta experiência foi a possibilidade de conhecer mais e melhor os colegas e amigos – em especial aqueles que não se limitaram a citar as obras. Este diálogo foi muito instrutivo, instigante e prazeroso. Mais do que uma lista de obras a ler (ou reler), ficou o aprendizado.


Sábado, 19 de Janeiro de 2008

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