Fernando Pessoa, para sempre
(Paulo Jorge Brito e Abreu)
Cantaste toda a gente e toda a parte,
Preste canto, presságio e profundo,
«Et coetera», automóvel e estandarte,
Canto mar, canto livre e canto fundo.
Te anelo rododendro em rodapé,
Eu rapsodo, sinal, revolução;
Te saúdo carioca e busco até
Canto mar, canto anil e cantochão.
Sonhei que tu nascias dentro em mim
E eu te apadrinhava. Éramos seis.
Eras Álvaro, Alberto e o Latim,
O teutónico, e o Ricardo Reis.
E sonhei que na «Ode Triunfal»
Eu era Autor de láureas dadivosas,
A libido, o licor e o real
Guardador de rebanhos só de rosas.
Pois quando agora em álcool for compor
O aljôfar, e alucinogénio,
Não confundam mais dinheiro com Amor,
Não matem, outra vez, o verde Génio.
========
Fernando Pessoa
(Eugênio de Sá)
Foste quatro em vez de um
Até nisso foste um mestre
E em todos e cada um
Pra falar por eles nasceste
Foste Caeiro, foste Reis
Foste Campos e Pessoa
Podias ser cinco ou seis
Pois nenhum de ti destoa
Mestre foste e serás sempre
Desta orgulhosa linguagem
Que nos embala p’lo mundo;
Pois tu Fernando fizeste
Renascer nos portugueses
O amor p’lo mar profundo!
*****
Poetas?...
(Carmo Vasconcelos)
Poetas nos dizemos, tu e eu...
Mas a Divina Mestria
está para além do que somos
Nossos versos... Poesia?...
São apenas magros gomos
duma iguaria completa
Gotas breves
dum mar que imortalizou
o verdadeiro Poeta
Que a dor nunca nos doa
do poeta que não fomos
do estro que não floriu
E bendigamos a asa
que ao de leve nos tocou
poeira que se espargiu
e nós pegámos à toa
quando a “esquina dobrou”
o grande mestre PESSOA
===============
Sobre Fernando Pessoa: postagens dias 17 e 27 de janeiro.
===============
Fontes:
Varanda das Estrelícias (de Joaquim Evónio), http://www.joaquimevonio.com/ ,
colaboração de Douglas Lara , www.sorocaba.com.br/acontece
(Paulo Jorge Brito e Abreu)
Cantaste toda a gente e toda a parte,
Preste canto, presságio e profundo,
«Et coetera», automóvel e estandarte,
Canto mar, canto livre e canto fundo.
Te anelo rododendro em rodapé,
Eu rapsodo, sinal, revolução;
Te saúdo carioca e busco até
Canto mar, canto anil e cantochão.
Sonhei que tu nascias dentro em mim
E eu te apadrinhava. Éramos seis.
Eras Álvaro, Alberto e o Latim,
O teutónico, e o Ricardo Reis.
E sonhei que na «Ode Triunfal»
Eu era Autor de láureas dadivosas,
A libido, o licor e o real
Guardador de rebanhos só de rosas.
Pois quando agora em álcool for compor
O aljôfar, e alucinogénio,
Não confundam mais dinheiro com Amor,
Não matem, outra vez, o verde Génio.
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Fernando Pessoa
(Eugênio de Sá)
Foste quatro em vez de um
Até nisso foste um mestre
E em todos e cada um
Pra falar por eles nasceste
Foste Caeiro, foste Reis
Foste Campos e Pessoa
Podias ser cinco ou seis
Pois nenhum de ti destoa
Mestre foste e serás sempre
Desta orgulhosa linguagem
Que nos embala p’lo mundo;
Pois tu Fernando fizeste
Renascer nos portugueses
O amor p’lo mar profundo!
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Poetas?...
(Carmo Vasconcelos)
Poetas nos dizemos, tu e eu...
Mas a Divina Mestria
está para além do que somos
Nossos versos... Poesia?...
São apenas magros gomos
duma iguaria completa
Gotas breves
dum mar que imortalizou
o verdadeiro Poeta
Que a dor nunca nos doa
do poeta que não fomos
do estro que não floriu
E bendigamos a asa
que ao de leve nos tocou
poeira que se espargiu
e nós pegámos à toa
quando a “esquina dobrou”
o grande mestre PESSOA
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Sobre Fernando Pessoa: postagens dias 17 e 27 de janeiro.
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Fontes:
Varanda das Estrelícias (de Joaquim Evónio), http://www.joaquimevonio.com/ ,
colaboração de Douglas Lara , www.sorocaba.com.br/acontece
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