domingo, 13 de abril de 2008

Mika Waltari (O Egípcio)

"O egípcio" é o nome de um romance do finlandês Mika Waltari.

Escrito em 1945, o livro conta a jornada de um médico egípcio que. abandonado quando criança foi criado por pais adotivos.

Para compor o personagem central de seu romance, Mika Waltari valeu-se de uma das obras mais populares da literatura do Antigo Egito, "Aventuras de Sinué", um funcionário da corte que teria vivido no tempo dos faraós da XII Dinastia, e cujos relatos de viagem nos fornecem a mais antiga descrição que possuímos sobre a Síria-Palestina. Mas tanto o romance quanto o filme, transferem o enredo para a XVIII Dinastia, particularmente para a época do Faraó Amenhotep IV.

Contada em flashback, a história do Sinhue começa com uma criança dentro de um cesto posto à deriva nas águas do Nilo, sendo encontrada e criada por um médico pobre (Senmut). Seguindo os passos do pai adotivo, Sinhue irá se tornar também um médico.

Anos mais tarde, o jovem, competente, idealista e pobre médico, esbarra em sua grande oportunidade: ele e seu atlético amigo, Horemheb, salvam a vida de um homem solitário, que contrito na adoração do sol, expunha-se ao ataque de um leão. O homem é nada mais, nada menos, do que o recém-entronizado faraó do Egito, Amenhotep IV. O sacrilégio de terem tocado com suas mãos o corpo do "deus-vivo", poderia representar a morte para os dois amigos, mas, para sua surpresa, eles são recompensados pelo monarca agradecido: Sinhue torna-se médico da corte e Horemheb oficial dos exércitos reais.

É na boa vida palaciana que o médico conhece a babilônica Nefer - que gosta de ser chamada de "Nefer-Nefer-Nefer" (3 vezes bela) -, uma ardilosa cortesã de luxo, capaz de inspirar ardentes e desastrosas paixões nos homens a quem seduz. Para gozar de algumas poucas horas de prazer no leito de Nefer, Sinhue mendiga, rasteja e dissipa todos os bens que possui, incluindo a sepultura de seus pais (sem a qual, ao morrerem, não poderão ingressar na Eternidade). Negligencia de seus deveres médicos e acaba na sarjeta, quando já nada mais possui que possa oferecer à cortesã.

Sinhue deixa o Egito e passa anos vagando por terras estrangeiras, onde seu talento de médico é reconhecido e ele extrai, de culturas diferentes da sua, muitas e proveitosas experiências. Esse tempo no exterior (inclusive na Síria-Palestina) constitui a maior parte do romance de Waltari, mas o filme de Curtis lhe dedica apenas alguns escassos minutos de projeção.

De volta à terra natal, Sinhue encontra um Egito em pleno estado de Guerra Civil. O faraó Amenhotep IV, que agora se chama Akhenaton, promoveu uma revolução religiosa no país, implantando o culto monoteísta de veneração ao "disco solar" (Aton) e decretando a ilegalidade de todos os demais deuses. No meio desse conflito, o médico acaba perdendo a mulher que o ama, Merit, e seu filho, Toth, e acaba seus dias em uma ilha remota, exilado por ordem do ex-amigo, Horemheb, que se torna rei e sufoca o projeto monoteista.

Além disso, esse livro coloca fatos reais e fictícios interagindo juntos, por exemplo, a sucessão dos faraós é feita conforme a história, mas a aventura do personagem principal é fictícia.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org
http://www.planetanews.com

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