Desde criança ela gostava de escrever e almejava tornar-se um dia uma grande escritora. Queria muito estudar, freqüentar uma escola mas isto lhe foi negado. Não foi além de Grupo Escolar, como se chamava então a escola primária, fato que, no entanto, não a impediu de sonhar, pois, os sonhos não estão condicionados a regras de gramática, ortografia, lingüística ou seja lá o que for.
O seu anseio, porém, se lhe afigurava impossível. Os escritores lhe pareciam tão distantes e inatingíveis quanto os consagrados artistas e desportistas com que sonham a maioria dos adolescentes.
Seguiu o caminho da maioria, trabalho, casamento, filhos ... e o seu sonho ficou guardado no coração. Nunca se desfez dele.
Satisfazia-se escrevendo alguma coisa que mandava para os jornais sempre que havia uma oportunidade.
Setenta e muitos anos, aposentada, filhos casados, viúva, só então tinha todo o tempo do mundo e o direito de fazer loucuras, como editar um livro, mil exemplares dos quais muito poucos foram vendidos, alguns doados e a maior parte lotou o seu armário.
Ela era inexperiente. Não conhecia nada do ramo e não procurou ajuda profissional. Deu seu livro para ser editado numa editora qualquer e o livro saiu com muitas falhas.
Ela ficou aborrecida, mas nem tanto. Orgulha-se dele como uma mãe que ama o seu filho mesmo que ele não seja o mais belo bebê deste mundo.
Graças a uma reportagem no Cruzeiro do Sul, ficou conhecida, seu blog (bisavo.blogger.com.br) teve muito acesso, foi convidada a participar do Roda Mundo 2005 e seus contos foram publicados em Cabo Verde, na África.
E vieram os convites para eventos literários. Tudo que ela desejou sua vida toda, mas, já então, sem condição de locomover-se, não pode aceitar.
Agora, consciente de estar trilhando o fim de sua estrada terrena, está vivendo talvez a mais gratificante etapa de sua vida, vendo seu trabalho ser reconhecido, conquistando novos amigos e procurando semear a sua volta sementes de alegria, de paz, de otimismo e de felicidade.
Fonte:
http://www.sorocult.com/el/colunistas/bisavo.htm
O seu anseio, porém, se lhe afigurava impossível. Os escritores lhe pareciam tão distantes e inatingíveis quanto os consagrados artistas e desportistas com que sonham a maioria dos adolescentes.
Seguiu o caminho da maioria, trabalho, casamento, filhos ... e o seu sonho ficou guardado no coração. Nunca se desfez dele.
Satisfazia-se escrevendo alguma coisa que mandava para os jornais sempre que havia uma oportunidade.
Setenta e muitos anos, aposentada, filhos casados, viúva, só então tinha todo o tempo do mundo e o direito de fazer loucuras, como editar um livro, mil exemplares dos quais muito poucos foram vendidos, alguns doados e a maior parte lotou o seu armário.
Ela era inexperiente. Não conhecia nada do ramo e não procurou ajuda profissional. Deu seu livro para ser editado numa editora qualquer e o livro saiu com muitas falhas.
Ela ficou aborrecida, mas nem tanto. Orgulha-se dele como uma mãe que ama o seu filho mesmo que ele não seja o mais belo bebê deste mundo.
Graças a uma reportagem no Cruzeiro do Sul, ficou conhecida, seu blog (bisavo.blogger.com.br) teve muito acesso, foi convidada a participar do Roda Mundo 2005 e seus contos foram publicados em Cabo Verde, na África.
E vieram os convites para eventos literários. Tudo que ela desejou sua vida toda, mas, já então, sem condição de locomover-se, não pode aceitar.
Agora, consciente de estar trilhando o fim de sua estrada terrena, está vivendo talvez a mais gratificante etapa de sua vida, vendo seu trabalho ser reconhecido, conquistando novos amigos e procurando semear a sua volta sementes de alegria, de paz, de otimismo e de felicidade.
Fonte:
http://www.sorocult.com/el/colunistas/bisavo.htm
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