Empréstimo
Emprestei estas palavras
Do baú das ideias esquecidas
Para escrever uns versos
Desambicionados
Sem sede, sem meta, sem norte
Na gênese, não sabia ao certo
No que podia dar
E agora já não sei de mim
Se serei capaz de versejar
Às vezes, a poesia se apresenta
E é tão encantadora
- Sereia de cantos enfeitiçados -
Que deixo que me possua
Já não sendo mais capaz de evitar
De repente sou um servo,
Um escravo,
Um criado,
E me deixo levar pela inspiração
Que me explora,
Me usa por inteiro,
Me transmuta
E então me guia
Por uma mágica alameda
De oportunidades e
De sonhos
Que me elevam
Ao topo do mundo
E de repente sou o Sol
======================
Boa nova
A palavra é vida
É a mãe de todas as ideias
E quando o poeta escreve
Dá à luz um sentimento novo
Capaz de transformar o mundo
O poema é a palavra ao extremo
É a potência
Latência
Paixão
Linguagem erigida
Castelo de significação
Mensagem decodificada
Comunicação
Um verso é uma lição de vida
Um ensinamento
Uma doutrina
Que o poeta constrói
Com sua própria alma
E espalha pelo mundo
Feito um apóstolo
A semear a boa nova
==========================
Mirante
Calo-me diante do insólito
Daquilo que não faz parte de mim
Do desconhecido
Do intruso
Do invasor
Pois nem tudo é capaz de construir
Nem tudo é edificante
Fico entre o limbo e o torpor
Amordaçado por mim mesmo
À parte de mim
E em mim permaneço
De olhos abertos,
Bem abertos e vigilantes,
Pés firmes no chão.
Sou o próprio belvedere:
Mirante!
Mirante!
Um voyeur em posição privilegiada
Separando o joio do trigo
Fazendo a triagem...
Desinfectando-me!
Meu inimigo, esse mundo
Insano e arrogante, insistirá!
E com sua arma,
Incansável e idealista arma,
Arremessará com força
Toda a podridão do mundo...
Mas eu sou sentinela
Imponente, imutável, perseverante!
Guardarei meu templo
Com unhas e dentes,
Pois é aqui,
Na minha fortaleza, meu forte,
Dentro de mim que pretendo me salvar,
Sou a minha terra,
Minha própria pátria,
Meu lar!
Emprestei estas palavras
Do baú das ideias esquecidas
Para escrever uns versos
Desambicionados
Sem sede, sem meta, sem norte
Na gênese, não sabia ao certo
No que podia dar
E agora já não sei de mim
Se serei capaz de versejar
Às vezes, a poesia se apresenta
E é tão encantadora
- Sereia de cantos enfeitiçados -
Que deixo que me possua
Já não sendo mais capaz de evitar
De repente sou um servo,
Um escravo,
Um criado,
E me deixo levar pela inspiração
Que me explora,
Me usa por inteiro,
Me transmuta
E então me guia
Por uma mágica alameda
De oportunidades e
De sonhos
Que me elevam
Ao topo do mundo
E de repente sou o Sol
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Boa nova
A palavra é vida
É a mãe de todas as ideias
E quando o poeta escreve
Dá à luz um sentimento novo
Capaz de transformar o mundo
O poema é a palavra ao extremo
É a potência
Latência
Paixão
Linguagem erigida
Castelo de significação
Mensagem decodificada
Comunicação
Um verso é uma lição de vida
Um ensinamento
Uma doutrina
Que o poeta constrói
Com sua própria alma
E espalha pelo mundo
Feito um apóstolo
A semear a boa nova
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Mirante
Calo-me diante do insólito
Daquilo que não faz parte de mim
Do desconhecido
Do intruso
Do invasor
Pois nem tudo é capaz de construir
Nem tudo é edificante
Fico entre o limbo e o torpor
Amordaçado por mim mesmo
À parte de mim
E em mim permaneço
De olhos abertos,
Bem abertos e vigilantes,
Pés firmes no chão.
Sou o próprio belvedere:
Mirante!
Mirante!
Um voyeur em posição privilegiada
Separando o joio do trigo
Fazendo a triagem...
Desinfectando-me!
Meu inimigo, esse mundo
Insano e arrogante, insistirá!
E com sua arma,
Incansável e idealista arma,
Arremessará com força
Toda a podridão do mundo...
Mas eu sou sentinela
Imponente, imutável, perseverante!
Guardarei meu templo
Com unhas e dentes,
Pois é aqui,
Na minha fortaleza, meu forte,
Dentro de mim que pretendo me salvar,
Sou a minha terra,
Minha própria pátria,
Meu lar!
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