Waldomiro Freitas Autran Dourado, filho de um juiz, nasceu em Patos de Minas (MG), em 1926.
Passou sua infância em Monte Sião e São Sebastião do Paraíso, no mesmo estado. Aos 17 anos foi para Belo Horizonte, onde passou a participar da vida literária da cidade. Cursou direito, enquanto trabalhava como taquígrafo e jornalista. Recebeu seu primeiro prêmio literário em 1942 com o conto "O Canivete de Cabo de Madrepérola". Sua primeira novela publicada foi A teia (1947), sobre o início de um ciclo sobre a decadência do interior de Minas.
Em 1949, formou-se bacharel em Direito e casou-se com Maria Lúcia Compus Christo, com quem teve quatro filhos.
Ganhou o Prêmio Mário Sette do Jornal de Letras com Sombra e exílio (1950). Mudou-se (1954) para o Río de Janeiro, onde foi secretário de imprensa da República (1955-1960) no governo de Juscelino Kubitschek.
Em seguida mudou-se no Rio de Janeiro, publicou Tempo de amar (1952), Nove histórias em grupos de três (1957) com o qual ganhou o Prêmio Artur Azevedo, do Instituto Nacional do Livro, A barca dos homens (1961), considerado o melhor livro do ano pela União Brasileira de Escritores, Ópera dos mortos (1967), O risco do bordado (1970), Solidão Solitude (1972), Os sinos da agonia (1974), O Novelário de Donga Novais (1976) e Armas & corações (1978). Recentemente ganhou o Prêmio Camões (2000), cerca de 100 mil dólares, pelo importância de sua obra em português.
Há vários livros seus traduzidos e trinta teses de mestrado e doutorado sobre sua obra. Seu romance “Ópera dos mortos” foi escolhido pela Unesco para integrar a sua Coleção de Obras Representativas da Literatura Universal e Os sinos da agonia, adotado para os exames de Agregação das Universidades Francesas.
O Risco do Bordado foi escolhido o melhor romance do ano pelo Pen Club do Brasil. Com As Imaginações Pecaminosas, além do Prêmio Jabuti de 1982, recebeu do governo alemão o Prêmio Goethe de Literatura.
É autor de vários romances, livros de contos, novelas e ensaios sobre teoria literária, como O Meu Mestre Imaginário, muitos deles traduzidos para vários idiomas. Em 1999, a Editora Rocco deu início à reedição de sua obra.
Em 2000, Autran Dourado foi o vencedor do Prêmio Luís de Camões, maior premiação para escritores de língua portuguesa.
________________________________________
Um dos grandes ficcionistas brasileiros dos anos de 1960 e 70, é autor de um estimado livro de contos, Solidão, solitude (1972) e de vários romances importantes como Uma vida em segredo, 1964, A barca dos homens (1961), Ópera dos mortos (1967), O risco do bordado (1970) e Os sinos da agonia (1974). A obra de Autran Dourado se caracteriza – na feliz expressão de um crítico – por sua “intrínseca mineiridade, isto é, por uma tendência introspectiva, em que os seres se debatem sem encontrar saída, “enjaulados em atmosferas cinzentas, acossados pelo desentendimento, pela decadência e pelo estigma da morte” (Massaud Moisés).
Dois destes romances (Ópera dos mortos e Os sinos da agonia) situam-se em um patamar de realização superior, seja pela linguagem obsessivamente trabalhada, seja pela revelação de mundos espectrais e doentios nos quais os indivíduos são arrastados pela forças dos instintos rumo à destruição. Em Ópera dos mortos, no sobrado decadente da família Honório Cota, vive Rosalina, a última remanescente de uma estirpe em extinção, acompanhada apenas de uma empregada muda, Quiquina, e de um agregado, Juca Passarinho. A paixão erótica que a patroa nutre por Juca Passarinho é proporcional ao desprezo que ela vota a esse subalterno social. Todavia a gravidez da orgulhosa Rosalina surge como um golpe terrível na vida das três habitantes do casarão, desencadeando o crime e a loucura.
Em Os sinos da agonia, a ação transcorre na Vila Rica do século XVIII, mas a circunstância histórica (a decadência da sociedade aurífera) é meramente circunstancial. Não se trata de um romance histórico e sim de uma narrativa voltada para a análise e o contraste dos caracteres individuais, especialmente os de Malvina e os de Gaspar. Segundo um crítico, em Os sinos da agonia “a vida das criaturas está cifrada numa sucessão labiríntica que vai do adultério ao assassinato, da ambição dissimulada à loucura e ao suicídio, das secretas intrigas familiares à delação pública. Autran Dourado escreveu o romance da traição” (Flávio L. Chaves)
Fontes:
http://educaterra.terra.com.br/literatura/temadomes/2005/01/14/000.htm
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_3306.html
http://www.vagnerlemos.com.br/
Passou sua infância em Monte Sião e São Sebastião do Paraíso, no mesmo estado. Aos 17 anos foi para Belo Horizonte, onde passou a participar da vida literária da cidade. Cursou direito, enquanto trabalhava como taquígrafo e jornalista. Recebeu seu primeiro prêmio literário em 1942 com o conto "O Canivete de Cabo de Madrepérola". Sua primeira novela publicada foi A teia (1947), sobre o início de um ciclo sobre a decadência do interior de Minas.
Em 1949, formou-se bacharel em Direito e casou-se com Maria Lúcia Compus Christo, com quem teve quatro filhos.
Ganhou o Prêmio Mário Sette do Jornal de Letras com Sombra e exílio (1950). Mudou-se (1954) para o Río de Janeiro, onde foi secretário de imprensa da República (1955-1960) no governo de Juscelino Kubitschek.
Em seguida mudou-se no Rio de Janeiro, publicou Tempo de amar (1952), Nove histórias em grupos de três (1957) com o qual ganhou o Prêmio Artur Azevedo, do Instituto Nacional do Livro, A barca dos homens (1961), considerado o melhor livro do ano pela União Brasileira de Escritores, Ópera dos mortos (1967), O risco do bordado (1970), Solidão Solitude (1972), Os sinos da agonia (1974), O Novelário de Donga Novais (1976) e Armas & corações (1978). Recentemente ganhou o Prêmio Camões (2000), cerca de 100 mil dólares, pelo importância de sua obra em português.
Há vários livros seus traduzidos e trinta teses de mestrado e doutorado sobre sua obra. Seu romance “Ópera dos mortos” foi escolhido pela Unesco para integrar a sua Coleção de Obras Representativas da Literatura Universal e Os sinos da agonia, adotado para os exames de Agregação das Universidades Francesas.
O Risco do Bordado foi escolhido o melhor romance do ano pelo Pen Club do Brasil. Com As Imaginações Pecaminosas, além do Prêmio Jabuti de 1982, recebeu do governo alemão o Prêmio Goethe de Literatura.
É autor de vários romances, livros de contos, novelas e ensaios sobre teoria literária, como O Meu Mestre Imaginário, muitos deles traduzidos para vários idiomas. Em 1999, a Editora Rocco deu início à reedição de sua obra.
Em 2000, Autran Dourado foi o vencedor do Prêmio Luís de Camões, maior premiação para escritores de língua portuguesa.
________________________________________
Um dos grandes ficcionistas brasileiros dos anos de 1960 e 70, é autor de um estimado livro de contos, Solidão, solitude (1972) e de vários romances importantes como Uma vida em segredo, 1964, A barca dos homens (1961), Ópera dos mortos (1967), O risco do bordado (1970) e Os sinos da agonia (1974). A obra de Autran Dourado se caracteriza – na feliz expressão de um crítico – por sua “intrínseca mineiridade, isto é, por uma tendência introspectiva, em que os seres se debatem sem encontrar saída, “enjaulados em atmosferas cinzentas, acossados pelo desentendimento, pela decadência e pelo estigma da morte” (Massaud Moisés).
Dois destes romances (Ópera dos mortos e Os sinos da agonia) situam-se em um patamar de realização superior, seja pela linguagem obsessivamente trabalhada, seja pela revelação de mundos espectrais e doentios nos quais os indivíduos são arrastados pela forças dos instintos rumo à destruição. Em Ópera dos mortos, no sobrado decadente da família Honório Cota, vive Rosalina, a última remanescente de uma estirpe em extinção, acompanhada apenas de uma empregada muda, Quiquina, e de um agregado, Juca Passarinho. A paixão erótica que a patroa nutre por Juca Passarinho é proporcional ao desprezo que ela vota a esse subalterno social. Todavia a gravidez da orgulhosa Rosalina surge como um golpe terrível na vida das três habitantes do casarão, desencadeando o crime e a loucura.
Em Os sinos da agonia, a ação transcorre na Vila Rica do século XVIII, mas a circunstância histórica (a decadência da sociedade aurífera) é meramente circunstancial. Não se trata de um romance histórico e sim de uma narrativa voltada para a análise e o contraste dos caracteres individuais, especialmente os de Malvina e os de Gaspar. Segundo um crítico, em Os sinos da agonia “a vida das criaturas está cifrada numa sucessão labiríntica que vai do adultério ao assassinato, da ambição dissimulada à loucura e ao suicídio, das secretas intrigas familiares à delação pública. Autran Dourado escreveu o romance da traição” (Flávio L. Chaves)
Fontes:
http://educaterra.terra.com.br/literatura/temadomes/2005/01/14/000.htm
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_3306.html
http://www.vagnerlemos.com.br/