quarta-feira, 30 de maio de 2018

Gislaine Canales (Glosas Diversas) 4


MODO DE SER FELIZ

MOTE:
– A gente nem sempre alcança,
o que a esperança prediz,
porém... viver de esperança
é um modo de ser feliz…
João Freire Filho

GLOSA:
– A gente nem sempre alcança,
tudo aquilo que sonhou,
mas a vida é uma criança
que recém desabrochou.

Queremos realizar
o que a esperança prediz,
e na vida colocar
um novo e lindo matiz.

Todos querem segurança,
querem ter os pés no chão,
porém...viver de esperança
faz feliz o coração.

O coração satisfeito,
realizado nos diz:
ter esperança no peito,
é um modo de ser feliz...
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PARA QUE ME RECORDES

MOTE: (Quadra)
Para que tu me recordes
e, à recordação, sorrias,
eu te deixo com meus versos
minhas tristes alegrias...
Maria Elena

GLOSA:
Para que tu me recordes,
para que nunca me olvides,
deixo, em meus versos, acordes
de amor, pra que não revides!

Para que fiques feliz
e, à recordação, sorrias
foi que esses versos eu fiz,
esquecendo as nostalgias!

Meus anseios de universos,
como uma linda canção,
eu te deixo com meus versos
e mais o meu coração!

Para sempre eu viverei
feliz, em minhas poesias,
e com elas lembrarei
minhas tristes alegrias...
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SAUDADES DE NINGUÉM...

MOTE:
Toda tristeza é dorida,
dói mais, no entanto, a de quem
enfrenta a tarde da vida
sem saudades de ninguém...
José Tavares de Lima

GLOSA:
Toda tristeza é dorida,
e a dor, provocando o pranto,
canta, como em despedida,
o mais cruel acalanto!

Toda a dor, nos faz sofrer,
dói mais, no entanto, a de quem
não encontra em seu querer,
o querer de um outro alguém.

É triste ser esquecida...
Pobre da alma que, sozinha,
enfrenta a tarde da vida
e só, na noite se aninha!

Machuca o sentir saudade,
mas a dor vai mais além
se vivermos na verdade
sem saudades de ninguém…
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CADÊNCIA DA ESPERANÇA

MOTE:
Acalanto é som que invade,
voz suave que descansa,
no compasso da saudade,
na cadência da esperança!
Leda Costa Lima

GLOSA:
Acalanto é som que invade,
e que entra na alma da gente,
é ilusão... realidade...
é tão lindo... É diferente...

Belo, como a voz do vento,
voz suave que descansa,
partindo do firmamento
as folhas, então, balança!

Ele vem sem ansiedade,
vem chegando de mansinho
no compasso da saudade,
num bailado de carinho!

E tendo a força do verso
e o ritmo de nova dança
coloca todo o universo
na cadência da esperança!

Fonte:
Gislaine Canales. Glosas. Glosas Virtuais de Trovas VI. 
In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós. 
http://www.portalcen.org. abril de 2003.

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