LÍMBICO SISTEMA
Do límbico sistema eu nada entendo,
nem igualmente de psicologia,
mas sempre tive e continuo tendo
horror ao palavrão, que me arrepia!
Não é que eu seja algum varão pudendo,
e intransigente com a pornografia...
E nem sequer eu sou um reverendo,
talvez se trate mais é de mania...
Assim, eu tenho a língua policiada
e meus ouvidos fogem da moçada
que fala tudo, indistintamente...
Sei é que palavrão, jamais usei,
a não ser este, que aprendi e sei:
inconstitucionalissimamente!
O CRIADOR
No mesmo instante em que nos concebeu,
o Criador dotou o nosso ser
de inspiração, com todo o seu querer...
E mais, o livre-arbítrio ele nos deu!
Com isto eu posso mesmo até escolher
ser um cristão, um crente, e até um ateu...
Dar sempre a quem precisa, o que for meu,
ou só levar a vida a bel-prazer!
A liberdade dada a todos nós,
desde bem antes de nossos avós
é a grande prova de que Deus nos ama!
Para evitar, no entanto, nosso abuso,
nos deu Ele a consciência para uso;
ela é quem nos condena... ou nos aclama!
RESILIÊNCIA
Tenho perdido às vezes a paciência,
e isto me aborrece até demais;
por qualquer coisa fico na iminência
de me tornar o pior dos “imortais”...
De fato eu nunca fora assim, jamais,
até que o meu amor, sem ter clemência,
deixou-me à-toa, por coisas banais...
Preciso, agora, de resiliência.
O meu poder de recuperação
ante um desgosto ou de sofrer pressão,
foi sempre o forte em mim, até na dor!
Quero voltar a ser resiliente;
quando ela me perdoar completamente,
de volta eu hei de ter meu grande amor!
SER POETA
Fazer poesia é fácil, meu amigo,
basta um por cento só de inspiração,
e a conclusão do poema está contigo,
é só tirá-la na transpiração.
Isto é assim já desde o tempo antigo,
na liberdade e até na escravidão,
colocada a semente num abrigo,
o restante é cuidar da plantação...
Vale a pena o suor que tu verteres,
por tudo o que requerem os afazeres,
seja no campo, ou com papel e pena.
Seja a poesia, ou mesmo outra arte,
e quem com enxada faz a sua parte,
perante a Pátria jamais se apequena!
TRIPÉ VITAL
Três relações sustem a vida humana:
com nosso Deus, o sumo criador,
com nosso próximo, o que nos irmana,
e com a terra, que nos dá o calor...
Confio nessa tese franciscana,
da qual o social corpo é fiador,
porque, a felicidade, dela emana,
se bem cumpridas as partes, com amor!
Mas se a degradação ambiental,
e a pobreza, esse outro grande mal,
se tornam cânceres da exploração...
Desponta a crise socioambiental,
falta ao excluído a vida trivial
e ao ganancioso, sobra a indigestão!
Fonte:
Poemas enviados pelo poeta
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