(Floresta/PR)
A Voz do Poeta na Tempestade
Em meio ao caos que envolve o mundo, onde o som das bombas ecoa mais alto que o das canções, onde as palavras de ódio se espalham como veneno e as mãos que poderiam se unir se levantam em discórdia, o papel do poeta nunca foi tão urgente, tão essencial.
O poeta deve erguer-se acima desse tumulto, não por vaidade ou para ignorar a dor que nos cerca, mas para ser uma luz que atravessa a escuridão, uma voz que não aceita o silêncio imposto pelo medo. É ele quem deve desfraldar a bandeira da paz e da esperança em todos os cantos, mesmo nos lugares onde a violência parece eterna e a esperança, uma lembrança distante.
Porque, em cada verso, em cada palavra carregada de sentimento, o poeta tem o poder de acalentar os corações feridos. Ele pode lembrar ao mundo que, por pior que seja a tempestade, há sempre um amanhecer à espera. Que, mesmo quando o ódio parece ter vencido, o amor é uma semente teimosa, capaz de brotar até no solo mais árido.
O destino da humanidade está em nossas mãos. Não cabe aos líderes ou ao acaso decidir o futuro; somos nós, com nossas escolhas, nossos gestos e nossas palavras, que podemos redesenhar o caminho. Cabe ao poeta mostrar isso — cantar a força do perdão, exaltar a beleza da união, inspirar a coragem de recomeçar.
Que cada poema seja um abrigo, que cada palavra seja uma ponte entre corações. Porque, enquanto existir um poeta disposto a sonhar com um mundo melhor, haverá uma chance de encontrarmos a luz. E é essa luz que, um dia, poderá iluminar até os cantos mais sombrios da nossa existência.
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JOSÉ FELDMAN, poeta, trovador, escritor, professor e gestor cultural. Formado em patologia clínica trabalhou por mais de uma década no Hospital das Clínicas de São Paulo. Foi enxadrista, professor, diretor, juiz e organizador de torneios de xadrez a nível nacional durante 24 anos; como diretor cultural organizou apresentações musicais. Morou na capital de São Paulo, em Taboão da Serra/SP, em Curitiba/PR, em Ubiratã/PR, em Maringá/PR. Consultor educacional junto a alunos e professores do Paraná e São Paulo. Pertence a diversas academias de letras, como Confraria Brasileira de Letras, Academia Rotary de Letras, Academia Internacional da União Cultural, Academia de Letras Brasil/Suiça, Confraria Luso-Brasileira de Trovadores, Academia de Letras de Teófilo Otoni, etc, possui os blogs Singrando Horizontes desde 2007, e Pérgola de Textos, um blog com textos de sua autoria, Voo da Gralha Azul (com trovas do mundo). Assina seus escritos por Floresta/PR. Dezenas de premiações em poesias e trovas no Brasil e exterior.
Publicações de sua autoria “Labirintos da vida” (crônicas e contos); “Peripécias de um Jornalista de Fofocas & outros contos” (humor); “35 trovadores em Preto & Branco” (análises); “Canteiro de trovas”; “Pérgola de textos” (crônicas e contos), “Caleidoscópio da Vida” (textos sobre trovas) e “Asas da poesia”.
Fontes:
José Feldman. Pérgola de Textos. Floresta/PR: Plat. Poe. Biblioteca Voo da Gralha Azul.
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing
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