1º LUGAR Edmar Japiassú Maia (Rio de Janeiro/RJ) MEU BERÇO
Pesa-me o tempo… mas, com galhardia
prossigo a caminhada e não me abato,
que um fidelense não se abate ao fato
de ter que exercitar a valentia…
Pesa-me o tempo… e cada vez mais grato
à Cidade Poema e à poesia,
unindo as duas numa simetria,
descrevo São Fidélis num retrato:
O Paraíba acolhes no teu seio,
e o carinho dos filhos é o esteio
que alavanca o progresso em teu avanço…
Pesa-me o tempo… e aguento os meus cansaços,
por saber que, na estafa dos meus passos,
São Fidélis é o berço em que descanso!
2º LUGAR Hegel Pontes (Juiz de Fora/MG) SÃO FIDÉLIS
De São Fidélis guardo a ressonância
De pássaros cantando nas capoeiras;
No olhar conservo as flores das primeiras
Primaveras perdidas na distância…
Toucou-me um dia a incontrolável ânsia
De procurar caminho e abrir porteiras,
Deixando para trás velhas mangueiras
Que encheram de doçura a minha infância.
Comércio, indústria, o campo verde, o açude…
Cidade Poema, te esquecer não pude,
Porque, mesmo partindo da cidade,
Como carro-de-boi que geme e chora,
Eu vou levando pela vida afora
A colheita indelével da saudade!
3º LUGAR Wanda de Paula Mourthé (Belo Horizonte/MG) ENCANTOS DA MATRIZ
Homens de fé, ao mesmo tempo artistas,
trazendo na alma o gênio italiano,
Frei Victório e Frei Ângelo, idealistas,
edificaram, em labor insano,
num mutirão de crenças sincretistas
de índios, escravos, brancos - mano a mano-
uma igreja, com traços vanguardistas,
por influência do padrão romano.
A seu redor, nasce a "Cidade Poema";
hoje é Matriz e da cidade emblema,
onde inspirados poetas tecem rima.
E em São Fidélis, plena de beleza,
completando as doações da natureza,
nasceu do gênio humano a obra-prima
MENÇÃO HONROSA Odir Milanez da Cunha (João Pessoa/PB) SÃO FIDÉLIS - CIDADE POEMA
Pertences dos Puris e Coroados,
contemplativa forma de estesia,
São Fidélis, dois séculos passados,
alenta a natureza de poesia.
Junto à Serra do Mar, nos encostados,
faz com montes e matas parceria
para o tanto dos cantos encantados,
em completa e total sinestesia.
Bicentenária igreja, rios, pontes,
florestas onde floram hamamélis,
onde a fauna fareja novas fontes.
Festiva gente, festejadas frontes
da Cidade Poema, São Fidélis!
Cedendo à Serra novos horizontes!
Hegel Pontes (Juiz de Fora/MG) SÃO FIDÉLIS
Cidade poema, tu não és somente
Um recanto de esplêndida beleza,
Fruto de tua rica natureza
E também do labor de tua gente.
Não é apenas a visão presente
De tudo que compõe tua grandeza:
Jardins e monumentos, e a surpresa
Que a cada passo o visitante sente…
São Fidélis, tu és a extraordinária
Imagem da Matriz bicentenária,
Testemunha de sua trajetória.
Ela é o ontem que acena ao amanhã
E que se eleva como guardiã
De tua longa e luminosa história.
José Antonio Jacob (Muriaé/MG) SÃO FIDÉLIS - CIDADE POEMA
No véu de luz que encobre nosso dia
O céu de São Fidélis se abre em cor,
Amanhecendo as ruas de alegria,
Recompensando o amor com mais amor.
No outeiro da Matriz a Ave-Maria
Comove o dia, e o sol que se vai pôr,
Qual poeta solitário e sonhador,
Curva-se ao poente e escreve uma elegia.
Eis a “Cidade Poema” esplendorosa,
Que em vesperais, de canto, verso e prosa,
Adianta um sorriso e uma mágoa adia...
Pois que esta terra, filha da Harmonia,
Que inspira ao poeta a lira primorosa,
É o Paraíso eterno da Poesia!
Rodolpho Abbud (Nova Friburgo/RJ) HISTÓRIA SACRA
Sobem frades capuchinhos o rio,
para encontrar os índios Coroados,
enfrentando um imenso desafio,
de conviver, em paz, sob seus cuidados…
Surge a cidade e, aos poucos, do vazio,
a igreja, a praça, as casas, os sobrados…
e no trabalho, dia e noite a fio,
os pelourinhos foram recusados!
O povo não aceita a escravidão
e antes mesmo da Lei da Abolição,
em São Fidélis é quebrada a algema!
Livre de escravos, a cidade cresce
e, desde então, celebra e canta em prece,
a história de uma "Cidade Poema"
Sérgio Bernardo (Nova Friburgo/RJ) TRANSMUTAÇÃO
Que cidade forjou a tez do povo
com vermelhas, com negras e alvas peles?
Que lugar honra o antigo e busca o novo?
Ao passar diz o vento - São Fidélis…
A que sítio com árvores me movo
buscando a orquídea, a folha da hamamélis?
Em que terra com versos me comovo?
Recita o Paraíba - São Fidélis…
No norte, em tempos de sumir nos longes,
que igreja foi erguida por três monges?
_ Foi São Fidélis!, Deus acusa.
São Fidélis… Mais lindo dos reinados
e o berço de puris e coroados,
De cidade Poema… virou musa!
Douglas Siviotti de Alcântara (Rio de Janeiro/RJ) POVO POETA
Cidade Poema na terra escrita
Traçada na serra de longa data
Por vale, por rios e até cascata
És tu, São Fidélis, a mais bonita
Cidade Poema quem te recita?
Serão os teus morros e tua mata?
Será essa gente que a ti é grata?
Talvez esse povo que te visita
Cidade Poema, quem te abençoa?
Quem faz os teus versos assim sutis?
Que leio nos ventos e na garoa
Transcritos nos montes e na Matriz
Cidade Serena na vida boa!
Tu és o poema que o povo diz.
Cristina Oliveira Chaves (Estados Unidos) BICENTENÁRIO
Duzentos anos fazem a grandeza,
da "Cidade Poema" em sua verdade
povo de bardos em preciosidade
puros de coração e de nobreza!
São Fidélis, um povo de beleza,
chegam poetas de qualquer idade,
celebram com amor essa cidade
exemplo de constância e de firmeza.
E os seus sinos repicam bem profundo,
seus duzentos anos de construção,
não só de sua Igreja Majestosa.
Também de muitos bardos, para o mundo,
que são dessa Cidade o coração
fazendo-a bem mais bela e mais Formosa!
Pesa-me o tempo… mas, com galhardia
prossigo a caminhada e não me abato,
que um fidelense não se abate ao fato
de ter que exercitar a valentia…
Pesa-me o tempo… e cada vez mais grato
à Cidade Poema e à poesia,
unindo as duas numa simetria,
descrevo São Fidélis num retrato:
O Paraíba acolhes no teu seio,
e o carinho dos filhos é o esteio
que alavanca o progresso em teu avanço…
Pesa-me o tempo… e aguento os meus cansaços,
por saber que, na estafa dos meus passos,
São Fidélis é o berço em que descanso!
2º LUGAR Hegel Pontes (Juiz de Fora/MG) SÃO FIDÉLIS
De São Fidélis guardo a ressonância
De pássaros cantando nas capoeiras;
No olhar conservo as flores das primeiras
Primaveras perdidas na distância…
Toucou-me um dia a incontrolável ânsia
De procurar caminho e abrir porteiras,
Deixando para trás velhas mangueiras
Que encheram de doçura a minha infância.
Comércio, indústria, o campo verde, o açude…
Cidade Poema, te esquecer não pude,
Porque, mesmo partindo da cidade,
Como carro-de-boi que geme e chora,
Eu vou levando pela vida afora
A colheita indelével da saudade!
3º LUGAR Wanda de Paula Mourthé (Belo Horizonte/MG) ENCANTOS DA MATRIZ
Homens de fé, ao mesmo tempo artistas,
trazendo na alma o gênio italiano,
Frei Victório e Frei Ângelo, idealistas,
edificaram, em labor insano,
num mutirão de crenças sincretistas
de índios, escravos, brancos - mano a mano-
uma igreja, com traços vanguardistas,
por influência do padrão romano.
A seu redor, nasce a "Cidade Poema";
hoje é Matriz e da cidade emblema,
onde inspirados poetas tecem rima.
E em São Fidélis, plena de beleza,
completando as doações da natureza,
nasceu do gênio humano a obra-prima
MENÇÃO HONROSA Odir Milanez da Cunha (João Pessoa/PB) SÃO FIDÉLIS - CIDADE POEMA
Pertences dos Puris e Coroados,
contemplativa forma de estesia,
São Fidélis, dois séculos passados,
alenta a natureza de poesia.
Junto à Serra do Mar, nos encostados,
faz com montes e matas parceria
para o tanto dos cantos encantados,
em completa e total sinestesia.
Bicentenária igreja, rios, pontes,
florestas onde floram hamamélis,
onde a fauna fareja novas fontes.
Festiva gente, festejadas frontes
da Cidade Poema, São Fidélis!
Cedendo à Serra novos horizontes!
Hegel Pontes (Juiz de Fora/MG) SÃO FIDÉLIS
Cidade poema, tu não és somente
Um recanto de esplêndida beleza,
Fruto de tua rica natureza
E também do labor de tua gente.
Não é apenas a visão presente
De tudo que compõe tua grandeza:
Jardins e monumentos, e a surpresa
Que a cada passo o visitante sente…
São Fidélis, tu és a extraordinária
Imagem da Matriz bicentenária,
Testemunha de sua trajetória.
Ela é o ontem que acena ao amanhã
E que se eleva como guardiã
De tua longa e luminosa história.
José Antonio Jacob (Muriaé/MG) SÃO FIDÉLIS - CIDADE POEMA
No véu de luz que encobre nosso dia
O céu de São Fidélis se abre em cor,
Amanhecendo as ruas de alegria,
Recompensando o amor com mais amor.
No outeiro da Matriz a Ave-Maria
Comove o dia, e o sol que se vai pôr,
Qual poeta solitário e sonhador,
Curva-se ao poente e escreve uma elegia.
Eis a “Cidade Poema” esplendorosa,
Que em vesperais, de canto, verso e prosa,
Adianta um sorriso e uma mágoa adia...
Pois que esta terra, filha da Harmonia,
Que inspira ao poeta a lira primorosa,
É o Paraíso eterno da Poesia!
Rodolpho Abbud (Nova Friburgo/RJ) HISTÓRIA SACRA
Sobem frades capuchinhos o rio,
para encontrar os índios Coroados,
enfrentando um imenso desafio,
de conviver, em paz, sob seus cuidados…
Surge a cidade e, aos poucos, do vazio,
a igreja, a praça, as casas, os sobrados…
e no trabalho, dia e noite a fio,
os pelourinhos foram recusados!
O povo não aceita a escravidão
e antes mesmo da Lei da Abolição,
em São Fidélis é quebrada a algema!
Livre de escravos, a cidade cresce
e, desde então, celebra e canta em prece,
a história de uma "Cidade Poema"
Sérgio Bernardo (Nova Friburgo/RJ) TRANSMUTAÇÃO
Que cidade forjou a tez do povo
com vermelhas, com negras e alvas peles?
Que lugar honra o antigo e busca o novo?
Ao passar diz o vento - São Fidélis…
A que sítio com árvores me movo
buscando a orquídea, a folha da hamamélis?
Em que terra com versos me comovo?
Recita o Paraíba - São Fidélis…
No norte, em tempos de sumir nos longes,
que igreja foi erguida por três monges?
_ Foi São Fidélis!, Deus acusa.
São Fidélis… Mais lindo dos reinados
e o berço de puris e coroados,
De cidade Poema… virou musa!
Douglas Siviotti de Alcântara (Rio de Janeiro/RJ) POVO POETA
Cidade Poema na terra escrita
Traçada na serra de longa data
Por vale, por rios e até cascata
És tu, São Fidélis, a mais bonita
Cidade Poema quem te recita?
Serão os teus morros e tua mata?
Será essa gente que a ti é grata?
Talvez esse povo que te visita
Cidade Poema, quem te abençoa?
Quem faz os teus versos assim sutis?
Que leio nos ventos e na garoa
Transcritos nos montes e na Matriz
Cidade Serena na vida boa!
Tu és o poema que o povo diz.
Cristina Oliveira Chaves (Estados Unidos) BICENTENÁRIO
Duzentos anos fazem a grandeza,
da "Cidade Poema" em sua verdade
povo de bardos em preciosidade
puros de coração e de nobreza!
São Fidélis, um povo de beleza,
chegam poetas de qualquer idade,
celebram com amor essa cidade
exemplo de constância e de firmeza.
E os seus sinos repicam bem profundo,
seus duzentos anos de construção,
não só de sua Igreja Majestosa.
Também de muitos bardos, para o mundo,
que são dessa Cidade o coração
fazendo-a bem mais bela e mais Formosa!
Fonte:
Site Alma de Poeta. http://www.sardenbergpoesias.com.br/
Site Alma de Poeta. http://www.sardenbergpoesias.com.br/
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