(samba/carnaval, 1951)
Compositores: Ari Macedo e Aírton Amorim
Chorar, como eu chorei
Ninguém deve chorar
Amar, como eu amei
Ninguém deve amar
Chorava que dava pena
Por amor a Madalena
E ela, me abandonou
Diminuindo num jardim
Uma linda flor
Ela, que para mim
Era um anjo de bondade
Partiu, me deixando saudade
Eu que era feliz
Tornei-me um sofredor
Porque perdi, um grande amor
A Dor de um Amor Perdido em 'Madalena'
A música 'Madalena', é uma expressão lírica da dor e da intensidade do amor perdido. A letra revela a profundidade do sofrimento do eu-lírico, que chora e ama com uma força que considera incomparável. As frases 'Ninguém pode chorar' e 'Ninguém deve amar' sugere que o amor vivido foi tão profundo que ultrapassa os limites do que é comum ou aconselhável.
A personagem Madalena é retratada como um ser quase divino, um 'anjo salvador', indicando que o amor que o eu-lírico sentia por ela tinha um caráter de adoração e dependência. A perda desse amor é sentida como um abandono devastador, que deixa o eu-lírico à deriva, comparado a um 'barco sem timão perdido em alto mar'. Essa metáfora reforça a ideia de desorientação e desamparo que o fim de um relacionamento pode causar.
A canção, portanto, não apenas fala de amor, mas também da fragilidade humana diante da perda e da solidão. Transmite através de 'Madalena' uma emoção universal que ressoa com qualquer um que já tenha sentido a dor de um amor que se foi.
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