quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Alessandra Victória Bertoni (O Chamado do Poeta)

 (2. Lugar no Prêmio Literário "Euclides Bandeira")

Alessandra Victória Bertoni  
                                                  (Campo Mourão/PR)
O mundo gira em um caos incessante. Guerras dilaceram nações, discórdias dividem famílias, e o ódio se espalha como chamas em uma floresta seca. Em meio a gritos de revolta e palavras que ferem, parece que o silêncio da esperança foi sufocado. Mas é exatamente agora nesse cenário sombrio que o poeta deve se erguer.  

O poeta não é apenas alguém que escreve versos; ele é a voz da alma humana, o eco do que ainda há de bom em nós. Quando tudo parece ruir, é o poeta quem deve apontar para o horizonte e lembrar que há um caminho. Ele deve ser o arauto da paz, o tecelão de esperança, aquele que transforma a dor em propósito e a escuridão em luz.  

Nos momentos mais difíceis da história, foram as palavras de coragem e amor que reacenderam a chama da vida. Não é diferente agora. O poeta tem a missão sagrada de acalentar os que sofrem, de curar as feridas invisíveis do espírito, de mostrar que é possível um amanhã diferente. Ele deve lembrar ao mundo que, apesar de tudo, somos donos do nosso destino, e a luz que buscamos está nas escolhas que fazemos hoje.

Que cada verso seja um sopro de vida. Que cada palavra seja uma ponte para unir o que foi separado. Porque enquanto o poeta persistir, a paz sempre terá uma chance. E mesmo que o mundo pareça perdido, o poeta será a bússola, apontando o caminho para a esperança que jamais morre.

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