AMOR INOCENTE
Andarilho Poeta, cúmplice silente
Ouvidor da escrita dos montes
Suplica baixinho ; não quero que me contes
Deixe guardado segredo inocente !
Dos ecos como lâmina fria e pungente
Atravessaram-me ânsias das fontes...
Escutei tanto desejo aflito e ardente
Sei, pela vileza aniquilaram-se pontes...
Estou repleto das entranhas; do solo ardente
Das profundezas dos mares
Das estrelas antigas...
Povoam-me, inclusive, não nascidos luares
Também lamentos dos lares, disfarçados em cantigas
Dai-me o justo silêncio e, amarei -te docemente...
R O M A N C E
Quando a lua aconchegou-se ao mar
Avolumou-se entre as pedras carícia
Fogueira acesa, cumplicidade e delicia
Além de confidencias, promessas do amar...
Em meio as águas naus e o sonhar
Líquidos corpos isentaram-se de malicia
Na aura do amantes cristalino colar...
Diamante equivalia-se ao beijo de Letícia !
Jamais alguém o fizera ancorar ...
Com delicadeza inigualável a desejara
Ele, que ao naufrágio até então ansiara
Marcelo, suavemente, sussurrava a amada...
Oceano calou-se para decorar palavra rara
Das brumas do romance, conta-se nasceu Clara...
AURORA
Será pecado gastar hora em contemplação ?
Entregar-se à embriaguez e ao espanto ?
Sacrilégio insano penso, desperdiçar-se em pensamento
Quando Sabiá na manhã reclama atenção
Aos Curiós, Bem te vis, em sublime canção
Anunciando Primavera e encantamento !
Desperta mais cedo dia em oração
Inexiste tempo ao lamento
No bocejo da aurora abre-se a flor do coração
Renascimento anunciado
Olhar, ouvido, enfim sentidos impregnados
É tempo de viver alucinado
De amor pelos seres iluminados
Que em inocência conduzem-nos à compreensão
P L U M A G E M
Condecorado com dorso luminoso
Não se abstém de exibi-lo à luz
Impermeável , permeável, verde lilás reluz
Companheiro cuja pena desconhece chapéu mimoso
Meio dia do teclado e da leitura formoso
Fru- fru, pic-pic, beijo em flor seduz
Ao linguajar devaneante, ao condão misterioso
Imagem deslumbrante ao esplendor conduz
Dizem-no mensageiro do despertar glorioso
Frágil ligeiro, vens se convidado !
Beija Flor querido por ti aprendi a cultivar jardim
Buscando conhecer singelo ensinamento sobre cuidado
Arrisquei-me em vales perigosos em busca de Jasmim
Linhagem compreendo; é tecido sem nó o laço amoroso...
R E N O V A Ç Ã O
Quando o ar se fez caliente
Entre as folhas iniciou-se o burburinho
Pequeninos preparavam ninho
Olhar e terra acolheram semente
Esquecidos do sábado e do presente
Viam-se flores e sorvia-se vinho
Espera-se que o lar resista, permanente
Ao luar, às crises ao linho...
Quando o azul fez-se mais brilhante
Multiplicavam-se como pipas, coloridas
Pássaros, sorrisos guirlandas
E, a nudez pálida pariu voz comovida
Ao sabor de casais de Corruíras nas varandas...
Primavera fez-se visível no semblante
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Andarilho Poeta, cúmplice silente
Ouvidor da escrita dos montes
Suplica baixinho ; não quero que me contes
Deixe guardado segredo inocente !
Dos ecos como lâmina fria e pungente
Atravessaram-me ânsias das fontes...
Escutei tanto desejo aflito e ardente
Sei, pela vileza aniquilaram-se pontes...
Estou repleto das entranhas; do solo ardente
Das profundezas dos mares
Das estrelas antigas...
Povoam-me, inclusive, não nascidos luares
Também lamentos dos lares, disfarçados em cantigas
Dai-me o justo silêncio e, amarei -te docemente...
R O M A N C E
Quando a lua aconchegou-se ao mar
Avolumou-se entre as pedras carícia
Fogueira acesa, cumplicidade e delicia
Além de confidencias, promessas do amar...
Em meio as águas naus e o sonhar
Líquidos corpos isentaram-se de malicia
Na aura do amantes cristalino colar...
Diamante equivalia-se ao beijo de Letícia !
Jamais alguém o fizera ancorar ...
Com delicadeza inigualável a desejara
Ele, que ao naufrágio até então ansiara
Marcelo, suavemente, sussurrava a amada...
Oceano calou-se para decorar palavra rara
Das brumas do romance, conta-se nasceu Clara...
AURORA
Será pecado gastar hora em contemplação ?
Entregar-se à embriaguez e ao espanto ?
Sacrilégio insano penso, desperdiçar-se em pensamento
Quando Sabiá na manhã reclama atenção
Aos Curiós, Bem te vis, em sublime canção
Anunciando Primavera e encantamento !
Desperta mais cedo dia em oração
Inexiste tempo ao lamento
No bocejo da aurora abre-se a flor do coração
Renascimento anunciado
Olhar, ouvido, enfim sentidos impregnados
É tempo de viver alucinado
De amor pelos seres iluminados
Que em inocência conduzem-nos à compreensão
P L U M A G E M
Condecorado com dorso luminoso
Não se abstém de exibi-lo à luz
Impermeável , permeável, verde lilás reluz
Companheiro cuja pena desconhece chapéu mimoso
Meio dia do teclado e da leitura formoso
Fru- fru, pic-pic, beijo em flor seduz
Ao linguajar devaneante, ao condão misterioso
Imagem deslumbrante ao esplendor conduz
Dizem-no mensageiro do despertar glorioso
Frágil ligeiro, vens se convidado !
Beija Flor querido por ti aprendi a cultivar jardim
Buscando conhecer singelo ensinamento sobre cuidado
Arrisquei-me em vales perigosos em busca de Jasmim
Linhagem compreendo; é tecido sem nó o laço amoroso...
R E N O V A Ç Ã O
Quando o ar se fez caliente
Entre as folhas iniciou-se o burburinho
Pequeninos preparavam ninho
Olhar e terra acolheram semente
Esquecidos do sábado e do presente
Viam-se flores e sorvia-se vinho
Espera-se que o lar resista, permanente
Ao luar, às crises ao linho...
Quando o azul fez-se mais brilhante
Multiplicavam-se como pipas, coloridas
Pássaros, sorrisos guirlandas
E, a nudez pálida pariu voz comovida
Ao sabor de casais de Corruíras nas varandas...
Primavera fez-se visível no semblante
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