domingo, 21 de outubro de 2018

Gislaine Canales (Glosas Diversas) 8


MILHÕES DE ESTRELAS

Mote:
Milhões E Milhões De Estrelas...
Que Utilidade Terão?
- Só Sei, Meu Irmão, Que Ao Vê-las
sinto Deus No Coração!
A. A. de Assis (Maringá/PR)

Glosa:
Milhões e milhões de estrelas
enfeitam nosso Universo...
Vou tentando descrevê-las
na humildade do meu verso!

Me interrogo a cada dia:
que utilidade terão?
E me responde a alegria:
- Iluminam a emoção!

Eu não consigo entendê-las
e a sua real beleza?
- Só sei, meu irmão, que ao vê-las
foge p’ra longe, a tristeza!

Ao contemplá-las, sorrio
em terna meditação,
e nessa paz, me extasio:
Sinto Deus No Coração!
_____________

JARDINEIRO...

Mote:
Sou jardineiro imperfeito,
pois no jardim da amizade,
quando planto amor perfeito
nasce sempre uma saudade...
Adelmar Tavares (Recife/PE, 1888 – 1963, Rio de Janeiro/RJ)

Glosa:
Sou jardineiro imperfeito,
mas meu adubo é o amor,
eu amo sem preconceito,
dou a todos, meu calor!

Eu colho muito carinho,
pois no jardim da amizade,
que encontro no meu caminho
existe a felicidade!

Vivo feliz, satisfeito,
espero que o tempo passe...
Quando planto amor perfeito
é um perfeito amor, que nasce!

Mas junto de tantas flores,
às vezes, contra a vontade,
recordando os meus amores,
nasce sempre uma saudade…
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TEMA DE MINHA VIDA

Mote:
Meu verso não se renova,
pois esta angústia sofrida,
mais do que tema de trova,
é o tema da minha vida!
Arlindo Tadeu Hagen (Juiz de Fora/MG)

Glosa:
Meu verso não se renova,
se repete, indefinido,
pois nenhuma emoção nova
vem a ele dar sentido!

Vivo em prantos, sempre triste,
pois esta angústia sofrida,
me faz ver, que nada existe,
nem a esperança... perdida!

Esta tristeza comprova
que vivo na solidão!
Mais do que tema de trova,
é tema do coração!

Dor, tristeza, angústia, enfim
e o pranto da despedida
foi o que sobrou pra mim...
É o tema da minha vida!
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ILUSÕES

Mote:
Ferem, sim, mas quero tê-las,
ao longo da caminhada.
Ilusões! Cacos de estrelas,
que enchem de luz minha estrada!
Carolina Ramos (Santos/SP)

Glosa:
Ferem, sim, mas quero tê-las,
agridoces ilusões,
quero também merecê-las,
sentir suas emoções!

Quero que sigam comigo
ao longo da caminhada,
me amparando, dando abrigo,
enchendo de tudo, o nada!

Quero, em meu peito, acendê-las
e deixá-las crepitar...
Ilusões! Cacos de estrelas,
que não cansam de brilhar!

Seguindo nessa ilusão,
me sentirei muito amada,
com luzes no coração
que enchem de luz minha estrada!

Fonte:
Gislaine Canales. Glosas Virtuais de Trovas XVIII. 
In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós. 
http://www.portalcen.org. junho de 2004.

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