MILHÕES DE ESTRELAS
Mote:
Milhões E Milhões De Estrelas...
Que Utilidade Terão?
- Só Sei, Meu Irmão, Que Ao Vê-las
sinto Deus No Coração!
A. A. de Assis (Maringá/PR)
Glosa:
Milhões e milhões de estrelas
enfeitam nosso Universo...
Vou tentando descrevê-las
na humildade do meu verso!
Me interrogo a cada dia:
que utilidade terão?
E me responde a alegria:
- Iluminam a emoção!
Eu não consigo entendê-las
e a sua real beleza?
- Só sei, meu irmão, que ao vê-las
foge p’ra longe, a tristeza!
Ao contemplá-las, sorrio
em terna meditação,
e nessa paz, me extasio:
Sinto Deus No Coração!
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JARDINEIRO...
Mote:
Sou jardineiro imperfeito,
pois no jardim da amizade,
quando planto amor perfeito
nasce sempre uma saudade...
Adelmar Tavares (Recife/PE, 1888 – 1963, Rio de Janeiro/RJ)
Glosa:
Sou jardineiro imperfeito,
mas meu adubo é o amor,
eu amo sem preconceito,
dou a todos, meu calor!
Eu colho muito carinho,
pois no jardim da amizade,
que encontro no meu caminho
existe a felicidade!
Vivo feliz, satisfeito,
espero que o tempo passe...
Quando planto amor perfeito
é um perfeito amor, que nasce!
Mas junto de tantas flores,
às vezes, contra a vontade,
recordando os meus amores,
nasce sempre uma saudade…
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TEMA DE MINHA VIDA
Mote:
Meu verso não se renova,
pois esta angústia sofrida,
mais do que tema de trova,
é o tema da minha vida!
Arlindo Tadeu Hagen (Juiz de Fora/MG)
Glosa:
Meu verso não se renova,
se repete, indefinido,
pois nenhuma emoção nova
vem a ele dar sentido!
Vivo em prantos, sempre triste,
pois esta angústia sofrida,
me faz ver, que nada existe,
nem a esperança... perdida!
Esta tristeza comprova
que vivo na solidão!
Mais do que tema de trova,
é tema do coração!
Dor, tristeza, angústia, enfim
e o pranto da despedida
foi o que sobrou pra mim...
É o tema da minha vida!
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ILUSÕES
Mote:
Ferem, sim, mas quero tê-las,
ao longo da caminhada.
Ilusões! Cacos de estrelas,
que enchem de luz minha estrada!
Carolina Ramos (Santos/SP)
Glosa:
Ferem, sim, mas quero tê-las,
agridoces ilusões,
quero também merecê-las,
sentir suas emoções!
Quero que sigam comigo
ao longo da caminhada,
me amparando, dando abrigo,
enchendo de tudo, o nada!
Quero, em meu peito, acendê-las
e deixá-las crepitar...
Ilusões! Cacos de estrelas,
que não cansam de brilhar!
Seguindo nessa ilusão,
me sentirei muito amada,
com luzes no coração
que enchem de luz minha estrada!
Fonte:
Gislaine Canales. Glosas Virtuais de Trovas XVIII.
In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós.
http://www.portalcen.org. junho de 2004.
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