domingo, 14 de junho de 2009

Mario Quintana (Memória de Paulo Correa Lopes)


Tua poesia não leva à loucura, poeta
Porque sempre voltaste com uma voz mais pura,
Não a voz bramidora e cava dos profetas
Mas um fluir de pura fonte oculta
Na mata...E é como se ir andando descalço sobre a relva
E descobrir de súbito o Trevo de Quatro Folhas
De que nem se sabia que andava à procura
E fica-se um tempo olhando, olhando, sem colhê-lo...
E a tua voz é mansa como quem acaricia o pelo
De um animal doente...Mas a verdade é que
Tua poesia faz bem a gente...
Por que infernos andou a tua pobre alma perdida
Para falar de Deus tão simplesmente
Que até deixaste uma esperança em nossa vida?
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