4. ALGUMAS CHAVES DA FASCINAÇÃO POÉTICA
A fascinação poética é favorecida pelos recursos característicos da poesia –e sua combinação– que trabalham com o ritmo, a afetividade, a ideia, a sensorialidade, a imaginação, o tom e o estilo, a substituição do usual pelo insólito, os elementos que produzem catarse, sublimação, compensação, desabafo, integração dos contrários, desintegração dos contrários, aqueles que falam da memória, do aqui e agora, do futuro, da confissão, da dramaturgia, do jogo, da oração, do desafio ativo...
Também vemos que as diferentes sensibilidades pessoais induzem a valorizar e rechaçar umas ou outras manifestações, como no caso daqueles que se posicionam em defesa do racionalismo ou irracionalismo, da forma regular ou irregular. Mas, tanto o terceto de Dante como o surrealismo de Bretón conseguem comover sinceramente. Por quê? Uma afirmação proveniente da psicologia -da analista alemã Aniela Jaffé- pode nos ajudar, pois se trata de una ideia que alcança não apenas ao poema, mas toda a arte e que explicaria por que aspectos como pensamento e estilo, simplicidade e complexidade, tempo e espaço, realismo e irrealismo, não são suficientes para dar resposta ao dilema da fascinação e que vem a ser algo assim como a matriz do fenômeno: “A fascinação se produz quando o inconsciente foi comovido”[22].
5. REFERÊNCIAS
1. NABOCOV, Vladimir. Curso de literatura europea. 1ª edição. Barcelona:Zeta Bolsillo, 2009.
2. SCHOPENHAUER, Arthur.Parerga y paralipómena. Escritos filosóficos sobre diversos temas (Cap.: Sobre la lectura y los libros). Madrid: Valdemar, 2009.
3. NAVARRO Y TOMÁS, Tomás. Métrica española: reseña histórica y descriptiva. Syracuse: Syracuse University Press, Centro de Estudios Hispánicos, 1956.
4, 5, 6. BALBÍN, Rafael. Sistema de rítmica castellana. Madrid: Biblioteca románica hispánica, Editorial Gredos, 1975.
7. ITURAT, Isidro. Formas del indriso. Indrisos.com. Brasil. 2009 [página na Internet].
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8. BOUSOÑO, Carlos. Teoría de la expresión poética. Madrid: Biblioteca románica hispánica, Editorial Gredos, 1985.
9. PÁVLOVICH CHÉJOV, Antón. Consejos a un escritor (Cap.: A Dmitri V. Grigoróvich, Moscú, 28 de marzo de 1886). Biblioteca Digital Ciudad Seva [página na Internet].
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10, 12. VARELA MERINO, Elena; MOÍÑO SÁNCHEZ, Pablo; JAURALDE POU, Pablo. Manual de métrica española. Madrid: Castalia Universidad, 2003.
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15, 17. ITURAT, Isidro. Sobre o indriso. Indrisos.com [página na Internet].
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16. G. BELTRAMI, Pietro. Rhythmica. Revista española de métrica comparada. (Cap.: Appunti sul sonetto come problema nella poesia e negli studi recenti). Nº 1. Sevilla: Padilla Libros Editores & Libreros, 2003.
18. RUAS BLASINA, Juliana & CAMARGO JUNIO, Volmar. A poética do poema blavino. Revista Samizdat. Brasil. 2009.
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19. RUIZ DE TORRES, Juan. La decilira: un taller práctico. Página personal de Juan Ruiz de Torres [página na Internet].
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20. CLOTET, Abraham. Poeta Joan Brossa [página na Internet].
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21. Augusto de campos. Site oficial [página na Internet].
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22. JAFFÉ, Aniela. 4. El simbolismo en las artes visuales. En El hombre y sus símbolos. Concebido y realizado por Carl Gustav Jung. España: Ediciones Paidós, 1995.
Fonte:
http://www.indrisos.com/ensayosyarticulos/artepoeticaportugues.html#4
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