quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Jessé Nascimento (Angra dos Reis/RJ)



1
A formiga, na labuta,
nos dá profunda lição;
não se curva ao peso e à luta,
vive em perfeita união.
2
Ah, relógio, meu amigo,
teus ponteiros, como correm!
O tempo voa contigo
e com ele os sonhos morrem...
3
Após tantos desenganos
e conselhos não ouvidos,
chego ao final dos meus anos
sem ter meus dias vividos.
4
“Aproveite a promoção”,
na loja, a faixa dizia;
aproveitou-a o ladrão,
num cochilo do vigia.
5
À sombra dos arvoredos,
dos meus sonhos de criança,
na rua dos meus folguedos
havia a placa: Esperança.
6
Com meus sonhos mais singelos,
embalados na esperança,
venho erguendo meus castelos
desde os tempos de criança.

7
Com respeito e amor, de fato,
um mundo melhor se faz;
e simbolizando o ato:
– a pomba branca da paz.
8
Corres tanto, mocidade,
és pela vida levada:
– amanhã, serás saudade,
serás velhice, mais nada.
9
Curtindo muita amargura,
trancado na solidão,
anônimo, sou figura
no meio da multidão.
10
Da infância alegre e sadia
guardo uma eterna lembrança.
“Meu Deus, oh, quanto queria
ser novamente criança."
11
Dos meus sonhos de criança
e dos folguedos, saudade!
E na rua da lembrança,
a placa: – Felicidade!
12
Em seu pensamento insano,
vindo a tudo destruir,
como pode o ser humano
a arara azul extinguir?

13
Extraí toda a beleza
de uma vida bem vivida;
e a velhice, com certeza,
vai adiando a partida...
14
Galgo nuvens montanhosas,
sou na vida um alpinista;
mesmo em trilhas perigosas,
busco os sonhos da conquista.
15
Não adormeças teus sonhos,
não os esqueças, jamais;
os dias são mais risonhos
pra aqueles que sonham mais.
16
Não censuro o teu pecado,
não me censures também;
de vidro é o nosso telhado,
pecados... quem não os têm?
17
Não há glória, com certeza,
nem desafio maior,
que a conquista da riqueza
com trabalho e com suor.
18
Não viva em sonhos somente,
mas com todo o seu ardor,
viva mais intensamente
os seus momentos de amor.

19
Navego em ondas serenas
ou mar às vezes cruel;
consciente, sou apenas
um barquinho de papel.
20
Nesta vida, de passagem
 sem morada permanente,
 numa tão breve viagem,
 sou um turista somente.
21
Noite bela e enluarada,
vejo-me em sonho bonito,
numa tênue caminhada
rumando para o infinito.
22
No meu sonho mais profundo,
em pensamentos imerso,
eu fui além do meu mundo,
viajei pelo universo.
23
No silêncio dos meus dias,
alheio a tudo e à razão,
eu vivo as noites vazias
abraçado à solidão...
24
Num cenário colorido,
cheio de encanto e alegria,
a vida tem mais sentido:
– a primavera extasia!

25
O céu de nuvens ornado,
as ondas vêm e se vão;
na areia, um carro isolado:
– o mar...dois jovens...paixão...
26
Pôr do sol... em frente ao mar,
na rede os jovens, sentados,
num cenário singular,
trocam segredos e agrados.
27
Pressuroso em meu afã
de projetar minha ação,
sempre esqueço: é o amanhã
ponto de interrogação.
28
Sempre fui um sonhador,
sonhos...por que não os ter?
Vivo meus sonhos de amor
porque sonhar é viver.
29
Ser solteiro é livre estar,
jamais me vejo casado;
para subir ao altar,
só vou mesmo acorrentado...
30
Tenho ciúme e desgosto,
quando, à noite, leve brisa
afaga o teu meigo rosto
e os teus cabelos alisa.
31
Velhice, andar vacilante;
noite... a sombra descortina
o seu passado distante:
– os tempos de bailarina.
32
Viçosas, plantas e flores,
a natureza se esmera.
É o despertar dos amores,
tudo é belo. É primavera!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

José Feldman (1954)



            José Feldman nasce na cidade de São Paulo, no dia 27 de setembro de 1954, filho de Moisés e Mina Feldman. Aos 6 anos de idade aprendeu a jogar xadrez com seu pai.
            Desde os 10 anos mostra aptidão para a escrita, ao escrever pequenos contos baseados em personagens de história em quadrinhos. Nesta época, trabalha com seu pai para ajudar na casa. Com cerca de 13 anos de idade, escreve as suas primeiras poesias. Na época já lia muitos livros e revistas. Primeiros livros foram a coleção de Monteiro Lobato dada por seu pai. Com cerca de 15 anos de idade participou de concursos de poesia sem sucesso.            
Em 1975, concluiu o curso Técnico de Laboratórios Médicos, ingressando no mesmo ano de sua formatura no Hospital das Clínicas da FMUSP, em São Paulo, onde trabalhou por cerca de 15 anos .
            Desde 1973, com uma fome enorme de conhecimento, realizou vários cursos, como Filosofia no Instituto Palas Athena, Italiano na Associação de Cultura Afro-Brasileira, Inglês no Instituto Roosevelt e Instituto Norte Americano, Leitura Dinâmica e Desinibição e Criatividade, no Instituto Dynamics Cymel, Arte Dramática no Instituto Macunaíma, Filosofia no Centro de Estudos Filosóficos Pró-Vida, além de participar de diversas palestras e encontros de literatura.
            Em 1975, devido a enfermidade de seu pai (que faleceu em 1980, com 65 anos de idade), auxilia-o na direção de clube de xadrez no Instituto Cultural Israelita Brasileiro (ICIB), assumindo definitivamente a diretoria em 1978, até o ano de 1996. Neste período, foi auxiliar de diretoria, arbitro e professor de xadrez no Xadrez Clube Sorocaba e no Clube de Regatas Tietê.
            Também, no ICIB, pertence a diretoria cultural, promovendo diversos eventos musicais, além da Oficina de Trovas, ministrada pelo grande trovador Izo Goldman.
            Neste período começa a dar maior ênfase também à literatura, ao fazer, na Casa Mário de Andrade (Oficina da Palavra) o curso de Poesia Viva, com a poetisa Eunice Arruda, curso de literatura com Mario Amato, Ficção Cientifica na literatura e no cinema com o escritor de renome internacional já falecido, André G. Carneiro com quem manteve amizade desde então, além da Oficina de Trovas com Izo Goldman.
            Cursou a Faculdade de Psicologia, nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), mas tendo de abandonar devido a falta de recursos financeiros para se manter.
            Na literatura continuou tentando ainda concursos de poesia na Livraria Freitas Bastos e Scortecci, mas ainda sem sucesso. Com as trovas, obteve pela primeira vez uma menção honrosa no Concurso de Cruz Alta(RS). Tornou-se membro da Casa do Poeta Lampião de Gaz, a convite do presidente desta Casa, Walter Rossi.
            Casou-se em 1995 com a poetisa, escritora e tradutora paranaense Alba Krishna Topan. Em 1999 mudam-se para Curitiba, e em 2001 para a cidade de Ubiratã, a cerca de 70 km de Cascavel (PR).
            Em Ubiratã, foi eleito em 2001 vice presidente da diretoria provisória, da Associação dos Literatos de Ubiratã (ALIUBI), tendo contato com poetas da região. Assumiu a Delegacia de Ubiratã, pela União Brasileira de Trovadores, auxiliando na elaboração do Boletim Paraná em Trovas com a presidente da UBT Paraná Vânia Ennes, o secretário Nei Garcez e o grande trovador A. A. de Assis. Foi um dos fundadores, em 2006, da Companhia Ubiratanense Independente de Cinema Amador.
            Participou de concursos de contos em Portugal e França. Também participou de torneios de xadrez regionais, sendo vencedor e vice em alguns torneios.
            Percebendo o pouco acesso das pessoas à literatura, e mesmo o baixo nível de leitura, começou a ler muito e se dedicar a literatura, criando deste modo um boletim, de nome Singrando Horizontes, que era feito principalmente em dados obtidos na internet e revistas, que abrangia tudo de literatura (contos, crônicas, artigos, biografias, poesias, curiosidades da lingua, noticias do mundo, estudos de livros, etc.), e começou a distribuir por e-mail para inicialmente amigos, trovadores e associações. Com o tempo foi descobrindo novos endereços e distribuiu em escolas, universidades, academias do Brasil Inteiro, além de Estados Unidos e Portugal.
            O Boletim foi indicado para ser inserido nos anais da Casa Legislativa Maçonica, que segundo as palavras do magistrado , Mestre Maçom e Deputado da Loja "Os Templários", de Curitiba, PR, Valter Martins de Toledo (falecido): "Existem alguns samaritanos da cultura/educação espalhados aqui e acolá, preocupados, sempre, com essa lamentável situação cultural da população brasileira. Eis que, vez por outra, surge em longínquos rincões pátrios, cidadãos de paciência franciscana e de porte intelectual incomum, verdadeiros abnegados, apresentando projetos de primeira qualidade, como é o caso do "Boletim Singrando Horizontes", editado pelo Professor José Feldman, no Paraná, recente, pois veio à lume em 2007 mas já fez publicar, via internet mais de 400 artigos de excelente qualidade literária e bom gosto temático, conforme bem o demonstra o Boletim n. 8, de 2008, nele realçando-se a excelente abordagem sobre Machado de Assis, em comemoração do seu centenário de nascimento. Iniciativa como esta, nos oferta esperança e merece aplausos, não podendo ficar desconhecida ou ser enviada para as prateleiras da história. Merece nosso apoio e gratidão, com votos parabenizatórios, e com a sua inserção nos anais desta casa legislativa maçonica".
      Criou o Blog Pavilhão Literário Cultural Singrando Horizontes (http://singrandohorizontes.blogspot.com/) seguindo os mesmos moldes do boletim, com muito mais conteúdo, postados diariamente, iniciado ao final de dezembro de 2007, contando atualmente com mais de 1.500.000 visitas, além de cerca de 300 assinantes.
       Torna-se membro da Unión Hispanomundial de Escritores (UHE).
             Em novembro de 2008, a convite do escritor Sorocabano, o jornalista Douglas Lara, passou a ser membro da ONE (Ordem Nacional dos Escritores), recebendo o medalhão das mãos do presidente da ONE, José Verdasca, em 19 de dezembro de 2008, no Gabinete de Leitura, em Sorocaba.
        Nas palavras de Vãnia Maria Souza Ennes, presidente da UBT Estadual do Paraná: É com grata emoção que a diretoria da UBT Estadual do Paraná vem acompanhando seu magnífico trabalho, há mais de 1 ano. Dia após dia, Feldman, você se supera na arte de produzir, criar e disseminar a cultura poética e literária no âmbito nacional e internacional. Cada vez mais, podemos observar a sua sensibilidade que está exposta, claramente, no Pavilhão Literário Cultural Singrando Horizontes, desde dezembro de 2007 a março de 2009 e que muito orgulha o nosso Paraná.É um belíssimo desempenho cultural !!! A oportunidade de poder apreciar seu site, ler, reler, participar, aprender com ele, são atitudes que nos induzem seguir adiante e, nos fazem muito bem. Portanto, receba nossos mais calorosos aplausos com as saudações trovadorescas.
           
              Em 2011 radica-se na cidade de Maringá/PR, onde ingressa na Seção Maringá da UBT.
            Desde então, torna-se a convite dos presidentes das Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG e Academia Formiguense de Letras/MG, acadêmico correspondente. Membro da Sociedade Mundial de Poetas; Associação Internacional de Escritores e Artistas, Associação Poetas Del Mundo e Confraria Brasileira de Letras.
            Participa de concursos de trovas, e na qualidade de Novo Trovador consegue obter algumas premiações, o que lhe eleva à categoria de Veterano.
            Segundo o Presidente Nacional da UBT, Luiz Carlos Abritta: Pessoas como você elevam a trova a patamares cada vez maiores. Sua atividade intelectual é impressionante e os beneficiados somos todos nós. Parabéns, José Feldman, incansável batalhador cultural !
            Em 2015, a convite do presidente do Movimento União Cultural, Luiz Antonio Cardoso, nomeado Conselheiro Estadual do Paraná. Neste mesmo ano, a convite do Conde Carlos Venttura, presidente da Academia de Letras do Brasil/ Seção Suiça, localizada em Berna, torna-se Acadêmico Correspondente, recebendo ainda uma comenda, a Medalha de Mérito Litero-Cultural Euclides da Cunha, a mais alta honraria cedida por esta Casa.
            Em 2015, recebe em Curitiba, das mãos do Presidente Estadual da UBT no Paraná, Dr. Maurício Friedrich, a Medalha de Mérito Cultural “Heitor Stockler de França”.
            Possui participação na apresentação dos livros em papel:
Vânia Maria Souza Ennes. Paraná em Trovas. (com uma trova); Vânia Maria Souza Ennes (com trova e a apresentação do livro “Paraná em trovas”)

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Trovadora Homenageada : Maria Thereza Cavalheiro


1
A luz do dia esmorece...
O amarelo perde a cor...
A Deus se eleva uma prece
dos lábios de cada flor.
 2
A nossa vida é fugaz...
É bom partir sem revolta...
Quem vem ao mundo já traz
uma passagem de volta!
 3
A saudade é uma semente
de lágrimas orvalhada;
brota na noite do ausente
e floresce na alvorada.
 4
As estrelas infinitas
que o céu misterioso encerra,
são olhos de mães aflitas
velando os filhos na terra.
 5
Às vezes, por caridade,
para evitar um tormento,
escondemos a verdade
na concha do pensamento.
 6
Bem pior do que a certeza
é a dúvida que nos mata:
- uma, só traz a tristeza;
outra, os fantasmas desata!
 7
Cabeça revolta, inquieta,
que se volta para o céu...
Esse coqueiro é um poeta,
fazendo versos ao léu!
 8
Corre o pranto redobrado
dos olhos da mãe aflita
pelo filho amargurado
e pela própria desdita.
 9
Esconde o pranto depressa
e finge que estás contente,
que aos outros não interessa
saber as mágoas da gente.
 10
Existe muita tristeza
que ao rosto jamais aflora,
guardada na profundeza
dos olhos de quem não chora.
 11
Mamãe: tuas mãos pequenas
que souberam trabalhar,
parecem aves serenas,
já cansadas de voar!
 12
Minha mãe era uma santa
que entre nós veio passear,
mas foi de humildade tanta
que precisou regressar...
 13
 Minha mãe: teus olhos santos,
de um infinito perdão,
a ninguém dizem dos prantos
que guardas no coração!
14
Não há palavra mais linda
do que "Mãe", que tudo encerra!
E mãe é presença infinda,
mesmo ao deixar esta terra...
 15
Não haveria fronteira
neste mundo se a amizade
fosse a união verdadeira
entre toda a humanidade.
 16
Naquele dia tristonho
puseste os olhos nos meus;
vivi na tarde do sonho,
morri na noite do adeus!
 17
Na vida, nem todos temos
lenitivo para o estresse...
É como um barco sem remos
em rio que avança e cresce!
 18
Nos bons tempos de menina,
pula-se corda a valer.
Mais tarde – que triste sina! –
a corda nos vem bater.
 19
O choro de uma criança
à luz do primeiro dia,
é uma canção de esperança,
é a mais linda melodia!
 20
O luar, lascivo e amante,
abre o vestido da mata,
e em seu corpo exuberante
passeia os dedos de prata…
 21
O mar inquieto é um menino.
Tempestuoso, é um rapaz.
Calmo, reflete o destino
do velho que encontra a paz.
 22
Passarinhos, em sonata,
fazem festa no arrebol,
quando despertam a mata
para os afagos do sol!
 23
Poder praticar o Bem
e fugir à ocasião,
perante Deus, é também
um delito de omissão!
 24
Por mais que intimide o mundo
e a vida acarrete o medo,
sempre se guarda no fundo
uma esperança em segredo.
 25
Quando a dúvida se instala
dentro de um peito infeliz,
não importa o que ela fala,
já se sabe o que ela diz!
 26
Quando a lua abre seu cofre
de moedas pelo chão,
o sonhador que ama e sofre,
quer todas em sua mão.
 27
Quando a noite se faz dia
e os sonhos fogem velozes,
há uma luz que se irradia
no eco de muitas vozes.
 28
Quando em teus braços me vejo
esqueço o tempo voraz...
Na tormenta do teu beijo
quero encontrar minha paz!
 29
Quando ocupamos as raias,
uma certeza é sabida:
- por entre vivas e vaias,
atravessamos a vida!
 30
Quem faz o bem tem a paga,
quem é bom nunca está só;
o tempo jamais apaga
o que fica além do pó.
 31
 Quem perde a oportunidade
por medo de ser feliz,
não colhe nem a saudade,
que arrancou pela raiz!
32
Reticências... uma frase
que alguém pensa mas não diz...
Justamente aquele "quase"
que nos faria feliz!
 33
Se anoitece no teu dia,
pega um facho de luar,
laça uma estrela vadia,
vai outro amor procurar!
 34
Sem vitória, nem torcida,
na grande quadra do céu,
a lua é bola perdida
que ficou jogada ao léu.
 35
Ser mãe é ter o olhar cheio
de amor, ternura e bondade...
É dividir tudo ao meio,
também a própria metade.
 36
Têm as mães uma ternura
que ninguém mais tem por nós;
sabem sorrir na amargura
e nunca nos deixam sós...
 37
 Um anjo, de madrugada,
levou minha mãe...E havia
muita luz em sua estrada,
porém sombra no meu dia.
38
Vem o mar jogar-se aos pés
da penedia arrogante;
ela desdenha as marés
e namora o céu distante.

Maria Thereza Cavalheiro (1929)

Maria Thereza Cavalheiro nasceu em 1929, em São Paulo/SP. Escritora, jornalista, advogada, tradutora e ecologista. Aos seis anos, já gostava de poesia, graças à sua mãe que a fazia decorar algumas quadras populares. Assim que aprendeu a ler e escrever, passou a copiar poesias e trovas em álbuns, que conserva até hoje. Escrever, para ela, tornou-se uma necessidade premente. Segundo ela, todos que escrevem, fazem-no por necessidade íntima de transmitir alguma coisa, de não guardar para si aquilo que em seu interior
            Passou parte da infância em Itapetininga/SP, onde fez seus primeiros estudos. Em São Paulo/SP, diplomou-se em Direito pela Universidade Mackenzie, em 1972, sendo advogada e jornalista. Tradutora, conferencista, ecologista e escritora, que é sua verdadeira paixão.
            Obteve muitos prêmios avulsos, com vários primeiros lugares, em concursos de Poesia, Trova, Haicai, Conto, Crônica e Slogan, no Brasil e em Portugal. Numerosas inclusões em livro como prêmio.
            Por sua atuação jornalística, fez jus a duas Moções de Aplausos, em 1959 e 1966, aprovadas pela Câmara Municipal de São Paulo, por proposição, respectivamente, dos Vereadores Jayme Rodrigues e Dulce Salles Cunha Braga.
            Como ecologista, recebeu diversas honrarias, como a Medalha "Comemorativa da Campanha de Educação Florestal", concedida em 1956 pelo Serviço Florestal do Ministério da Agricultura.
            Em 11 de setembro de 1969, fundou junto com Amaryllis Schloenbach, a Seção Municipal de São Paulo da União Brasileira dos Trovadores - UBT, à qual presidiu até 1976. Estiveram presentes à reunião de fundação, entre outros, o governador Laudo Natel e a cantora Inezita Barroso.
            Desde 1973, realiza a coluna "Trovas", em vários jornais e revistas da Capital Paulista, e, em 2007, registrou 30 anos dessa publicação em O Radar, de Apucarana/ PR.
            Desde 2004, a coluna é estampada também em BALI - Boletim Acadêmico Letras Itaocarenses, de Itaocara - RJ, editado por Kleber Leite.
            Seu primeiro livro foi “Antologia Brasileira da Árvore”, publicado em 1960 com apresentação de Guilherme de Almeida, o “Príncipe dos Poetas Brasileiros”.
            Quase todos os seus livros encontram-se esgotados, restando apenas alguns exemplares com a autora dos dois últimos livros editados.
            Além de exercitar com maestria a poesia clássica, o verso livre, a crônica e o conto, Maria Thereza Cavalheiro, sobrinha-neta de Colombina (fundadora e presidente perpétua da "Casa do Poeta "Lampião de Gás" de São Paulo), mostrou-se apaixonada pela Trova, tornando-se exímia trovadora, premiada internacionalmente. São incontáveis seus prêmios. Colabora em jornais e revistas, divulgando trovadores e poetas que não têm vez nem voz, através de suas colunas literárias pelo Brasil afora.
Livros:
            Antologia Brasileira da Árvore; Poema da Cidade - Sinfonia de Brasília, 1963; Nova Antologia Brasileira da Árvore (paradidático, em verso e prosa), 1974; Colombina e sua Poesia Romântica e Erótica (biografia e antologia), 1987; Estrelas e Vaga-Lumes (trovas), 1988; Segredos do Bom Trovar (Como fazer trova - Exemplos práticos - Antologia), 1989; Relâmpagos (poemetos), 1990; Encontros e Desencontros (poesia), 1992; Cabeça de Mulher (Menção Honrosa no Prêmio Eça de Queiroz/Categoria Conto, para livros publicados em 1998); Trovas para Refletir, 2009.