(Iniciamos hoje a série Decálogos do Escritor, na qual diversos escritores fazem uma lista de dez dicas ao novo escritor)
1. Ler apenas quem escreve melhor do que nós.
2. Tentar descobrir nossa "medida", isto é: o meio-caminho ideal entre ser explícito e ser obscuro. Quem descobre a medida, como Hemingway descobriu, ganha o Nobel.
3. Ler, ler muito. Escrever, escrever muito. Todos os dias.
4. Escutar os outros sobre nossos próprios textos. Mas esses outros precisam ter duas qualidades complementares: a) competência para análise de textos literários; b) sinceridade. É raríssimo encontrar pessoas com ambas qualidades.
5. Escrever aquilo que se gosta de ler. Se gostamos de textos simples, por que escrevermos complicado?
6. Ter sempre um caderno de notas no bolso, ou algo semelhante. Ele deve ficar à nossa cabeceira, à noite. As idéias nos alcançam quando menos esperamos.
7. Saber que o sucesso e a qualidade literária pertencem a universos diferentes.
8. Fugir da vida literária; isso só desintegra o fígado e cria inimigos, para além de ser uma colossal perda de tempo.
9. Criar espaços (emocionais, físicos, cronológicos) para exercitar a literatura, mesmo que isso signifique abdicar de coisas aparentemente necessárias.
10. Pensar como escritor, isto é, conotativamente. Deixar o pensamento dedutivo apenas para quando estivermos estruturando nosso romance. No plano textual, usar de preferência conjunções coordenativas, em vez das subordinativas.
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Luiz Antonio de Assis Brasil (1945, Porto Alegre, Brasil) é descendente de povoadores açorianos que se estabeleceram no Sul do Brasil no século XVIII. Músico de formação clássica, é professor de literatura e escrita criativa na PUC do Rio Grande do Sul. Considerado um grande narrador de ficção histórica, recria episódios do passado de seu estado natal, a par de outros temas que perpassam sua obra. Para o autor de romances como Concerto campestre (1997), O pintor de retratos (Prêmio Machado de Assis/2001), e A margem imóvel do rio (Prêmio Jabuti e Portugal Telecom 2004), “o passado dá maior liberdade criadora, e as emoções e paixões parecem mais autênticas”.
Fontes:
http://rascunho.rpc.com.br/
http://www.flip.org.br
1. Ler apenas quem escreve melhor do que nós.
2. Tentar descobrir nossa "medida", isto é: o meio-caminho ideal entre ser explícito e ser obscuro. Quem descobre a medida, como Hemingway descobriu, ganha o Nobel.
3. Ler, ler muito. Escrever, escrever muito. Todos os dias.
4. Escutar os outros sobre nossos próprios textos. Mas esses outros precisam ter duas qualidades complementares: a) competência para análise de textos literários; b) sinceridade. É raríssimo encontrar pessoas com ambas qualidades.
5. Escrever aquilo que se gosta de ler. Se gostamos de textos simples, por que escrevermos complicado?
6. Ter sempre um caderno de notas no bolso, ou algo semelhante. Ele deve ficar à nossa cabeceira, à noite. As idéias nos alcançam quando menos esperamos.
7. Saber que o sucesso e a qualidade literária pertencem a universos diferentes.
8. Fugir da vida literária; isso só desintegra o fígado e cria inimigos, para além de ser uma colossal perda de tempo.
9. Criar espaços (emocionais, físicos, cronológicos) para exercitar a literatura, mesmo que isso signifique abdicar de coisas aparentemente necessárias.
10. Pensar como escritor, isto é, conotativamente. Deixar o pensamento dedutivo apenas para quando estivermos estruturando nosso romance. No plano textual, usar de preferência conjunções coordenativas, em vez das subordinativas.
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Luiz Antonio de Assis Brasil (1945, Porto Alegre, Brasil) é descendente de povoadores açorianos que se estabeleceram no Sul do Brasil no século XVIII. Músico de formação clássica, é professor de literatura e escrita criativa na PUC do Rio Grande do Sul. Considerado um grande narrador de ficção histórica, recria episódios do passado de seu estado natal, a par de outros temas que perpassam sua obra. Para o autor de romances como Concerto campestre (1997), O pintor de retratos (Prêmio Machado de Assis/2001), e A margem imóvel do rio (Prêmio Jabuti e Portugal Telecom 2004), “o passado dá maior liberdade criadora, e as emoções e paixões parecem mais autênticas”.
Fontes:
http://rascunho.rpc.com.br/
http://www.flip.org.br
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