domingo, 21 de setembro de 2008

William Shakespeare (Otelo, O Mouro de Veneza)

Otelo, o Mouro de Veneza (no original, Othello, the Moor of Venice) é uma obra de William Shakespeare escrita por volta do ano 1603. A história gira em torno de quatro personagens: Otelo (um general mouro que serve o reino de Veneza), sua esposa Desdemona, seu tenente Cassio, e seu sub-oficial Iago. Diferente de outras histórias de tragédias, esta não contém parte cômica. Por causa dos seus temas variados — racismo, amor, ciúme e traição - continua a desempenhar relevante papel para os dias atuais, e ainda é muito popular.

História

Toda história gira em torno da traição e da inveja. Inicia-se com Iago, alferes de Otelo, tramando com Rodrigo uma forma de contar a Brabâncio, rico senador de Veneza, que sua filha, a gentil Desdêmona, tinha se casado com Otelo. Iago queria vingar-se do general Otelo porque ele promoveu Cássio, jovem soldado florentino e grande intermediário nas relações entre Otelo e Desdêmona, ao posto de tenente. Esse ato deixou Iago muito ofendido, uma vez que acreditava que as promoções deveriam ser obtidas "pelos velhos meios em que herdava sempre o segundo o posto do primeiro" e não por amizades.

Brabâncio, que deixara a filha livre para escolher o marido que mais a agradasse, acreditava que ela escolheria, para seu cônjuge, um homem da classe senatorial ou de semelhante. Ao tomar ciência que sua filha havia fugido para se casar com o Mouro, foi à procura de Otelo matá-lo. No momento em que se encontraram, chegou um comunicado do Doge de Veneza, convocando-os para uma reunião de caráter urgente no senado.

Durante a reunião, Brabâncio, sem provas, acusou o Mouro de ter induzido Desdêmona a casar-se com ele por meio de bruxarias. Otelo, que era general do reino de Veneza e gozava da estima e da confiança do Estado por ser leal, muito corajoso e ter atitudes nobres, fez, em sua defesa, um simples relato da sua história de amor que foi confirmado pela própria Desdêmona. Por isso, e por ser o único capaz de conduzir um exercito no contra-ataque a uma esquadra turca que dirigia-se à ilha de Chipre, Otelo foi inocentado e o casal seguiu para Chipre, em barcos separados, na manhã seguinte.

Durante a viagem uma tempestade separou as embarcações e, devido a isso, Desdêmona chegou primeiro à ilha. Algum tempo depois, Otelo desembarca com a novidade que a guerra tinha acabado porque a esquadra turca fora destruída pela fúria das águas. No entanto, o que o Mouro não sabia é que na ilha ele enfrentaria um inimigo mais fatal do que os turcos.

Em Chipre, Iago que odiava a Otelo e a Cássio, começou a semear a sementes do mal, ou seja, concebeu um terrível plano de vingança que tinha como objetivo arruinar seus inimigos. Hábil e profundo conhecedor da natureza humana, Iago sabia que, de todos os tormentos que afligem a alma, o ciúme é o mais intolerável.

Ele sabia que Cássio, entre os amigos de Otelo, era o que mais possuía a sua confiança. Sabia também que devido a sua beleza e eloqüência, qualidades que agradam às mulheres, ele era exatamente o tipo de homem capaz de despertar o ciúme de um homem de idade avançada, como era Otelo, casado com uma jovem e bela mulher. Por isso, começou a realizar seu plano.

Sob pretexto de lealdade e estima ao general, Iago induziu Cássio, responsável por manter a ordem e a paz, a se embriagar e envolver-se em uma briga com Rodrigo, durante uma festa em que os habitantes da ilha ofereceram a Otelo. Quando o mouro soube do acontecido, destituiu Cássio de seu posto. Nessa mesma noite, Iago começou a jogar Cássio contra Otelo. Ele falava, dissimulando um certo repúdio a atitude do general, que a sua decisão tinha sido muito dura e que Cássio deveria pedir a Desdêmona que convencesse Otelo a devolver-lhe o posto de tenente. Cássio, abalado emocionalmente, não se deu conta do plano traçado por Iago e aceitou a sugestão.
Dando continuidade a seu plano, Iago insinuou a Otelo que Cássio e sua esposa poderiam estar tendo um caso. Esse plano foi tão bem traçado que Otelo começou a desconfiar de Desdêmona. Iago sabia que o Mouro havia presenteado sua mulher com um velho lenço de linho, o qual tinha herdado de sua mãe. Otelo acreditava que o lenço era encantado e, enquanto Desdêmona o possuísse, a felicidade do casal estaria garantida. Sabendo disso e após ter encontrado o lenço que Desdêmona perdera, Iago disse a Otelo que sua mulher havia presenteado o seu amante com ele. Otelo, já enciumado, pergunta a sua esposa sobre o lenço e ela, ignorando que o lenço estava com Iago, não soube explicar o que aconteceu com ele. Nesse meio tempo, Iago colocou o lenço dentro do quarto de Cássio para que ele o encontrasse.

Depois, Iago fez com que Otelo se escondesse e ouvisse uma conversa sua com Cássio. Eles falaram sobre Bianca, amante de Cássio, mas como Otelo que só ouviu partes da conversa, ficou com a impressão de que eles estavam falando a respeito de Desdêmona. Um pouco depois Bianca chegou e Cássio deu a ela o lenço que encontrara em seu quarto para que ela providenciasse uma cópia. As conseqüências disso foram terríveis: primeiro Iago, jurando lealdade a seu general, disse que, para vinga-lo, mataria Cássio, mas sua real intenção era matar Rodrigo e Cássio simultaneamente porque eles poderiam estragar seus planos. No entanto, isso não ocorreu conforme suas intenções, Rodrigo morreu e Cássio ficou apenas ferido.

Depois Otelo, totalmente descontrolado, foi a procura de sua esposa acreditando que ela o havia traído e matou-a em seu quarto. Após isso, Emília, esposa de Iago, sabendo que sua senhora fora assassinada revelou a Otelo, Ludovico (parente de Brabâncio) e Montano (governador de Chipre antes de Otelo) que tudo isso foi tramado por seu marido e que Desdêmona jamais fora infiel. Iago matou Emília e fugiu, mas logo foi capturado. Otelo, desesperado por saber que matara sua amada esposa injustamente, apunhalou-se, caindo sobre o corpo de sua mulher e morreu beijando a quem tanto amara.

Ao finalizar a tragédia Cássio passou a ocupar o lugar de Otelo, Iago foi entregue às autoridades para ser julgado e Graciano, uma vez que seu irmão Brabâncio morrera, ficou com os bens do mouro.

Estrutura

A Tragédia Otelo é dividida em cinco atos e cada um deles é subdividido em cenas conforme abaixo:
Ato I – três cenas;
Ato II – três cenas;
Ato III – quatro cenas;
Ato IV – três cenas; e
Ato V – duas cenas.
Essa obra pode ser estruturada da seguinte maneira:

Apresentação

Iago trama com Rodrigo contar a Brabâncio que sua filha casou-se com Otelo, porque o mouro promoveu Cássio ao posto de tenente, posição essa que Iago almejava.

Desenvolvimento

Brabâncio toma ciência de que Otelo casou-se com Desdêmona, e sai à procura de Otelo para mata-lo. Quando se encontram são convocados a uma reunião no senado.

Chegando lá, Brabâncio acusa Otelo de ter enfeitiçado sua filha, mas a própria Desdêmona desmente a acusação e o casal parte para Chipre. Em Chipre Iago trama e executa a desgraça de Otelo.

Clímax

O Clímax da obra se dá no Ato V, cena II, quando Otelo, acreditando que sua esposa havia realmente o traído vai até o quarto onde ela dormia e, após algumas falas carregadas de extrema tensão, acaba tirando a vida de Desdêmona.

Desfecho

Otelo, ao descobrir que matou sua esposa injustamente porque fora enganado por Iago, ficou totalmente angustiado e pôs fim na sua vida. Iago, que matou sua esposa porque ela revelou a todos os seus planos malignos, foi entregue as autoridades para ser julgado. Cássio passou a ocupar o lugar de Otelo e Graciano, herdeiro do mouro, ficou com seus bens.

Temos assim a reafirmação da ordem moral, ou seja, os valores e dignidade são reafirmados.

Análise dos Personagens

Protagonistas

Otelo – General mouro e nobre a serviço da República de Veneza. A sua idade não é revelada na obra, mas são encontradas algumas passagens que nos remetem a idéia de que ele era um homem de idade avançada. Apesar de sua aparência rude, Otelo possuía caráter, atitudes e sentimentos nobres. Entretanto, era ingênuo, pois desconhecia a maldade humana e era incapaz de reconhecer a malícia nas pessoas. Isso é percebido quando ele descobre que fora traído por Iago e acredita que tal atitude não é obra de uma pessoa, mas do diabo. “Procuro ver-lhe os pés. Mas não... É pura fábula. Se fores o diabo, não conseguirei matar-te.” (fere Iago)(p.150). Além disso, Otelo era fraco, ele não acreditou que seu amor era forte o suficiente, bastou que Iago insinuasse que Desdêmona o estava traindo para que ele acreditasse.

Desdêmona – É uma jovem nobre, pretendida por vários jovens das melhores famílias da República, não só por sua beleza, mas também por seu rico dote. Ela era “Uma jovem tão tímida, de espírito tão sossegado e calmo, que corava de seus próprios anseios!...” (p34). Tais características ficam explicitas na atitude de seu pai, que ao saber que ela casou-se com o Mouro, atribuiu tal fato à bruxarias. Em uma época em que os casamentos eram arranjados pelos pais, Desdêmona gozava do privilégio de poder escolher seu próprio marido, porque seu pai confiava muito nela. Todo esse perfil singelo que envolve Desdêmona sofre uma brusca alteração quando ela abandona sua família e, apesar das diferenças de idade e raça, vai viver ao lado de Otelo em sua vida aventurosa de militar.

O fim de Desdêmona é extremamente triste: Além de ter sua imagem de esposa dedicada maculada, ela é abandonada por Deus, ou seja, nos seus últimos momentos de vida, não teve sequer o consolo da religião (p142).

Desdêmona é um personagem que , além de tudo o que já foi dito, nos ajuda a entender um pouco mais do próprio Otelo. Por meio dela nos é revelado os traços morais de Otelo, características essas que contrastam com seu exterior rude.

Antagonista

Iago – Era uma figura mais diabólica do que humana. Ele era alferes de Otelo, no regime militar atual, alferes corresponde ao posto de 2º tenente. Ele era uma pessoa vil, não media esforços para alcançar seus objetivos e todo lado negro de sua alma vem a tona em seus monólogos.

Iago odiava Otelo. Ele não suportou o fato de Otelo ter promovido Cássio ao posto de Tenente, cargo esse que ele acreditava ser seu pelo fato de possuir maior experiência. Iago, não suportando ver outra pessoa ocupando tal posto usou sua mente maquiavélica para articular um plano cujo objetivo era destruir seus oponentes.

Iago era um homem movido pelo interesse pessoal que se colocava sob as ordens de Otelo somente por proveito próprio. Ele dominava a arte de dissimular e manipular as pessoas. Provas disso são os fatos de Otelo chama-lo, com freqüência, de “O honesto Iago” enquanto esse o traía. Quanto a manipulação, podemos citar o exemplo de Cássio ter sido induzido à procurar Desdêmona para que ela intercedesse a seu favor junto a Otelo.

Secundários

Cássio – Micael Cássio era um jovem matemático florentino que “nunca comandou nenhum soldado num campo de batalha e que conhece tanto de guerra como uma fiandeira” (p18). Mesmo assim, foi escolhido por Otelo para ocupar o posto de tenente. Cássio foi o grande intermediário das relações amorosas entre Desdêmona e Otelo e, por isso, gozava da confiança do casal. Ele era amante de Bianca que vivia em Chipre, mas não se importava muito com ela.

Cássio era ingênuo. Não percebeu que Iago tramava sua desgraça, deixou-se embriagar enquanto estava de guarda, envolveu-se em uma briga e, por esse motivo, foi destituído de seu posto. Isso levou-o ao desespero e transformou-o em um verdadeiro marionete nas mãos de Iago.

Cássio pode ser classificado como personagem coadjuvante, uma vez que Iago se apoia em sua figura para executar seus planos.

Brabâncio – Pai de Desdêmona, ocupava um o cargo de senador na República de Veneza. Era um homem rico e mostrou-se ser totalmente contraditório: antes do casamento de sua filha com Otelo, ela convidou várias vezes o Mouro para visitar sua casa. Depois disso, acusou-o de rapto, feitiçaria e teve a intenção de mata-lo. No entanto, quem veio a falecer foi o próprio Brabâncio que não suportou essa união.

Emília – Mulher de Iago e serviçal de Desdêmona. A princípio sua participação na peça é discreta, mas no final ganha importância. Em nome da honra de sua senhora ela enfrenta o marido, revelando a Otelo, Ludovico e Montano que Iago estava os enganando.

Os demais personagens ocupam papéis de pouca importância e, por isso, serão apenas apresentados:
Rodrigo – Fidalgo veneziano, apaixonado por Desdêmona e, como Cássio, também foi usado por Iago;
Doge de Veneza;
Graciano – Irmão de Brabâncio;
Ludovico – Parente de Brabâncio;
Montano – governador de Chipre antes de Otelo;
Bobo – criado de Otelo;
Bianca – Amante de Cássio

Tempo

Na obra “Otelo” existe o predomínio do tempo psicológico. Isso ocorre devido aos vários monólogos existentes na peça. Esse recurso era muito usado no teatro para revelar o que os personagens estavam pensando. A maioria dos monólogos da obra “Otelo” é feita por Iago que nos revela toda interioridade de sua alma tenebrosa.

Quando isso ocorre o tempo ele quebra a cronologia do tempo cuja passagem é marcada pela fala dos personagens e, como isso é feito de forma muito sutil, é difícil identificá-lo.

O primeiro Ato dura uma noite. Entre esse Ato e o seguinte existe um intervalo de cerca de uma semana, tempo que durou a viagem de Veneza a Chipre “...Em companhia ele a mandou do destemido Iago, cuja vinda ultrapassa nossos cálculos de uma semana...”(p50). O segundo ato dura uma noite. Inicia-se quando os navios desembarcam em Chipre e termina na noite desse mesmo dia com Iago incentivando Cássio a procurar Desdêmona para que ela intercedesse a seu favor junto a Otelo. “...logo que amanhecer, vou pedir à virtuosa Desdêmona que interceda a meu favor...”(p71).

O Ato III inicia-se no dia seguinte “Iago – Então não vos deitastes?/ Cássio – Oh, não! Raiou o dia quando nos separamos...” (p76). Acreditamos que esse ato dure um pouco mais de uma semana. Essa idéia é apoiada na fala de Bianca que se dá no final desse ato:
Bianca – E a vossa casa eu também ia, Cássio. Uma semana ausente? Sete dias e sete noites...” (p105). Por meio dessa fala deduzimos que Cássio, quando chegou a ilha, foi visitar sua amante.

Os atos IV e V duram um dia e uma noite. A fala de Bianca no final do Ato III nos da a indicação de que esse ato termina durante o dia. “...acompanhai-me um pouco e declarai-me se ainda vos verei antes da noite.”(p106). Depois disso não há na obra mais indicações de que os dias se passaram, o que existe são apenas trechos que indicam que anoiteceu:
Ludovico- ....é noite alta” (p135);
Desdêmona dorme, no leito. Uma candeia acesa. Entra Otelo.” (p139).
Com base nos dados do levantamento acima, acreditamos que o tempo interno da obra dure aproximadamente 24 dias.

Espaço

O espaço em “Otelo” não é muito relevante. O primeiro Ato da obra ocorre em Veneza e os demais na ilha de Chipre. Em Veneza os espaços são a rua da casa de Brabâncio, uma outra rua não identificada e a Câmara do conselho. Em Chipre, a primeira cena ocorre em uma praça perto do cais, as demais se dão em ruas não identificadas, diante e em quartos do castelo. Na obra existem espaços abertos e fechados, mas as cenas de maior tensão ocorrem em espaços fechados como exemplo podemos citar as mortes de Desdêmona, Otelo e Emília. O espaço também é fechado quando Iago articula seus planos malignos. As vezes isso se dá nas ruas, espaços abertos, mas a escuridão da noite dificulta a visibilidade e esse espaço torna-se fechado. Iago é um ser tão maquiavélico que usa os espaços para executar seus planos. Ele se aproveita dos espaços fechados para induzir Cássio a envolver-se em uma briga. Depois ele usa esse mesmo tipo de espaço para matar Rodrigo e ferir Cássio. Na cena em que Iago faz Otelo ouvir apenas parte de sua conversa com Cássio, dando-lhe a impressão que Desdêmona havia o traído, o espaço é aberto, mas adequa-se perfeitamente a seus planos malignos.

Ideologia

Nessa tragédia são encontradas várias idéias muito interessantes que, em sua maioria, fazem parte do nosso cotidiano:

Preconceito, racial, religioso e contra o estrangeiro

O preconceito racial se faz presente em quase toda obra. É fácil encontrar trechos em que outros personagens zombam de Otelo por causa da sua cor.
Iago - ... Agora mesmo, neste momento, um velho bode negro esta cobrindo vossa ovelha branca...”(p21)
Iago - ...quereis que vossa filha seja coberta por um cavalo barbere e que vossos netos relinchem atrás de vós?...”(p22)
• O preconceito religioso é percebido na fala de Otelo:
e cuja mão, tal como um vil judeu, jogou fora uma pérola mais rica que toda sua tribo...”(p153)
• O preconceito contra é encontrado na seguinte fala de Rodrigo:
“... destes permissão, mui grave pecado cometeu, unindo o espírito, a beleza, o dever e seus haveres a um estrangeiro andejo e desgarrado daqui e de tôda parte...pela garganta detendo aquele cão circuncidado...” (p153). A circuncisão é uma operação que retirada parte do prepúcio, pele que envolve o pênis. Esse tipo de cirurgia é feita pelos Judeus para serem confirmados na religião. No novo e velho mandamentos, sempre que é usado o termo circuncidado, faz-se referencia ao povo Judeu.

contraste entre a realidade e as aparências
Iago aparentava ser uma pessoa boa e digna de confiança, mas ele mostrou ser justamente o oposto, ou seja, maligno e traidor; •

o ciúme injustificado
Otelo sentia ciúme de sua mulher, sem que ela nunca lhe desse motivos. Foi esse ciúme doentio que permitiu que Iago o enganasse. a união de uma mulher branca com um mouro – isso, para a época, era uma situação pouco comum e que, se ocorresse de fato, escandalizaria a sociedade.

Crítica política
Esse tipo de crítica pode ser visto quando Brabâncio chama Iago de vilão e ele, ironizando, chama-o de senador: “Brabâncio – Sois um vilão / Iago – E vós... um senador

Mensagem

A grande mensagem que “Otelo” nos deixa é a fraqueza humana. Iago e Cássio são pessoas fracas pois não suportaram perder as posições no exercito. O primeiro não suportou ver uma outra pessoa ocupando posto de tenente que ele tanto almejara. Já o segundo ao ser destituído desse mesmo posto entrou em desespero, mostrando assim toda sua fragilidade. Otelo, por sua vez, foi fraco por não acreditar que possuía qualidades para manter ter ao seu lado uma mulher jovem e bonita como Desdêmona.

Além disso, percebemos que em “Otelo” o mal não prevalece. Apesar de Iago ter conseguido o seu objetivo que era destruir a felicidade do mouro, ele foi preso e entregue às autoridades para ser julgado. Com isso, concluímos que o que prevalece na obra são os bons valores morais, percebidos na figura de Cássio que sempre agiu com boa fé e acabou premiado com um posto superior ao que ocupava e que Iago tanto almejara.

Fontes:
Professores:Antônio Carlos Pinho, Adilson Oliveira, Lucas Tavares e Ronaldo Fazam. In
http://www.mundocultural.com.br/
SHAKESPEARE, William. Otelo. SP: Martin Claret, 2006.
Quadro: "Othello e Desdemona em Veneza" por Théodore Chassériau (1819–1856)

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