sexta-feira, 3 de julho de 2009

Rodrigo de Souza Leão (4 Novembro 1965 – 2 Julho 2009)



Rodrigo Antonio de Souza Leão nasceu em 4 de novembro 1965. Formado em jornalismo, tem poemas publicados no "O Correio das Artes", revista Babel e fez parte da I Mostra de Poesia Carioca. É autor de vários livros em formato pdf (e-book/Virtualbooks). Finalista do Prêmio Uapê/2001. Consta da antologia Na virada do século – Poesia de invenção no Brasil. Tem resenhas e reportagens publicadas em O Globo e Rascunho (Paraná).

Graduado em jornalismo no ano de 1988, Rodrigo só pôde exercer plenamente a função de repórter dez anos depois de formado. Um acidente de carro tirou-lhe momentaneamente do trilho jornalístico. Durante o período de recuperação solidificou a sua formação na área de humanas. Foi colocando os vagões em ordem e escrevendo seu romance Carbono Pautado, revisado pelo escritor Luiz Antonio Aguiar.

Mas antes do acidente, nos anos oitenta é que começa a surgir espaço para a arte na vida do jovem. É na efervescência cultural daquela época, em meio a aurora do rock Brasil, que começa escrevendo letras para o grupo punk Eutanásia. Não demora muito e forma com João Athaide, o grupo PátriArmada - próximo ao estilo new wave e ao pós-punk. Participa da cena carioca. Faz apresentações nas danceterias Metrópoles, Circo Voador, Let it Be, Made in Brazil.

Participa como vocalista e letrista de outras bandas como Morganas, Ensaio a 4.Assina seu primeiro direito autoral em 1988. A música se chama Esquina do Pecado e tinha a co-autoria de André Trigueiro e Billy Brandão, na ocasião, bateristas e guitarristas da banda homônima ao título da canção.

.Estuda canto lírico no conservatório Villa Lobos, com o tenor Paulo Barcelos, a quem deve a sua formação musical. Estuda e aprende a gostar da música erudita também.Começa a trabalhar na SASSE A Seguradora da Caixa. Trabalha na Assessoria de Imprensa e no setor de Marketing.Concilia estudo/trabalho/música. É convidado a participar da equipe do programa Informe Imobiliário,na TV Corcovado, canal 9, Rio de Janeiro.
Assume as funções de editor e repórter.

Em 1989 sofre o acidente de carro, assunto que ainda retine no interior do jornalista e vibra de forma estranha dentro do poeta. Tanto que detesta falar sobre o passado.

A recuperação é lenta. Há pouca melhora até 1994 quando volta a escrever. Ressurge das cinzas. Fênix? Nasce do zero. Ele ainda é o "garoto" que começou a escrever em O Preto no Branco, jornaleco do colégio Brasil América, que fazia oposição ao presidente do grêmio e não menos amigo Marcelo Paixão.Conclui (em 1995) Carbono Pautado. No mesmo ano compra um computador e ingressa na internet, ocasião em que estava surgindo o Poesia Diária, de Cláudio Alex. Trabalham juntos.

Cria o CAOX, sítio cibernético e o Boletim do Caox, um e-zine dedicado a veiculação de poesia na web.Em 1996 nasce o Balacobaco, entrevista.Soares Feitosa disponibiliza no Jornal de Poesia as entrevistas de Rodrigo de Souza Leão. No mesmo ano tem poemas publicados no O Correio das Artes - o suplemento cultural mais antigo do Brasil.

Em 1997 participa e ganha um concurso no programa Esporte Real.Seu soneto é lido por Armando Nogueira na TV. Ainda no ano em questão, Affonso Romano de Sant'Anna faz uma crônica, publicada no jornal O Globo, sobre o poema Palmas, onde Rodrigo mostra a indignação diante da realidade brasileira.
Em 1998 é classificado e participa da I Mostra de Poesia Carioca. Publica o livro de poemas Retalhos.

Tem seu trabalho reconhecido em colunas como a do Gravatá e na Revista da Internet.Cria o LERo e o Professor Poesia. Ambos destinados à divulgação de poetas da internet.É o repórter do Conversa aos Domingos. Desdobramento do seu trabalho no PD, agora junto com Asta Vozondas.Rompendo o século, Rodrigo participa da criação da Revista Agulha.
Edita quatro números junto com Cláudio Willer e Floriano Martins.

Em pleno ano 2000, suas atividades atuais são ligadas ao seu sítio Caox, onde podemos encontrar poemas em mp3, ensaios e entrevistas com grandes nomes da literatura brasileira. Continua como compositor.Trabalha no Jornal Rascunho, do Paraná, até abril,como entrevistador.É convidado por Nara Gil para trabalhar no site do Gilberto Gil.

Recebe a menção honrosa classificando-se entre centenas de poetas no prêmio UAPÊ, divulgado pela REVISTA CULT. È publicado na Revista da Uapê.Tem 12 e-books de poesia na VIRTUALBOOKS.

É convidado para antologia poética do site poetry.com.Publica em papel Há Flores na Pele, Editora TREMA.

Suas entrevistas estão pelos diversos sites de poetas que entrevistou, cantores e artistas em geral.

Trabalhou no Balacobaco onde recebe auxílio luxuoso da webdsigner Andréa Augusto.
Conta da antologia Na Virada do Século - Poesia de Invenção no Brasil, organizada por Frederico Barbosa e Claudio Daniel.

Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 02 de julho de 2009, de ataque cardíaco, aos 43 anos de idade.

Sobre o seu trabalho poético, Frederico Barbosa se manifesta: “(...) Em tempos de poesia rala, descritiva e intelectualóide, a poesia de Rodrigo de Souza Leão é um antídoto perfeito. Linguagem densa e enxuta a serviço da emoção mais crua. Impossível ler sem sentir um soco no estômago. Impossível não se impressionar. E Rodrigo convoca Rimbaud, Baudelaire, Drummond, todos relidos à luz de nossos dias, todos fazendo sentido. Não estão lá apenas para ostentar conhecimento: significam! O livro se fecha com o seu "resumo" : pulei / de uma janela / deitada // andei / na nata iceberg / do leite // caí / de pára-queda / no nada // subi / cavando / com enxada". Em resumo, é preciso que se conheça a poesia de Rodrigo de Souza Leão. Poesia rara que se faz sentir e que sobe, "cavando / com enxada" dentro do leitor”.

Já Antonio Carlos Secchin assim se expressou diante da poesia de Rodrigo Souza Leão: “é necessário distinguir a necessidade intrínseca de expressão (que pode demandar variadas formas) do virtuosismo verbal; no seu caso, a meu ver, convivem ambas as vertentes. Metáforas originais, arraigadamente pessoais (o melhor de sua poesia), ao lado de certas facilidades retóricas, como por exemplo o fluxo próximo ao surrealismo e a insistência escatológica,”

Produção Literária :

Em papel:

Retalhos (Ed. PD) e Há Flores na Pele (Ed. Trema e Ed.Manufatura).

Formato e-book:

XXV Tábuas
No Litoral do Tempo
Síndrome
Impressões sob Pressão Alta
Na visícula do Rock
Miragens Póstumas
Meu primeiro Livro que é o Segundo
Uma temporada nas Têmportas
O Bem e o Mal Divinos
Suorpicios Mind
Omar

Ainda em home page:

A paz amanhahoje
Já prontos faltando digitar:
Aparelhos, Poemas Longos, Poemas para Sylvia,
Poemas para Bruno, 1 litro de loucura e 500 gramas de razão, Antígona 6, Poemas Avulsos e Poemas para Marina (Livrinho infantil lindinho).

Romances finalizados:

Memórias de um Auxiliar de Escritório (Carbono Pautado) TEXAS

Fontes:
Luiz Alberto Machado
Virtual Books

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