É preciso clamar, com mais vigor,
Contra o grupo cruel e invasor,
Que pretende findar com a Amazônia...
Certa gente que vem d’outro hemisfério,
Cria um clima de posse e de mistério
E a Amazônia se faz uma colônia...
Triste enredo de dor, coisa de duendes,
O massacre anunciado... e Chico Mendes
Cai por terra, apesar da vigilância...
Mas, quem sabe, de fato, a realidade
Que se esconde febril na ambigüidade
Dessa trama infernal de ódio e ganância?...
Esse herói sonhador ainda revive,
Virou lenda de amor e ora convive
Com pajés e caciques, numa festa!
Protegido, hoje, à sombra das cascatas,
Seu espírito forte corre as matas
Sob o olhar de Tupã, deus da floresta!...
É preciso clamar, contra-impelir,
Nessa guerra em defesa do porvir,
Afastando insensatos e insensíveis...
E quando, enfim, calarem moto-serras,
Se apagarem queimadas sobre as terras,
Fauna e flora serão imperecíveis!...
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Texto enviado pelo autor
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