Olho o céu de Friburgo sobre mim! Reparo
nos detalhes desta obra perfeita de Deus!
Na manhã de ouro e azul, o dia é belo e claro,
nem um lenço de nuvem branca, acena adeus...
Olho o céu... e a outros céus mentalmente comparo!
Não viram outro igual no mundo os olhos meus!
Parece que se curva e vem a nós, num raro
gesto, sem distinguir entre cristãos e ateus!
Hei-lo para o meu culto: catedral imensa
sobre as cristas das altas montanhas suspensa,
templo de sol, e estrelas para o amor e a fé...
E ao vê-lo perto assim... chego a ter a impressão
de que, se erguer o braço sou capaz de até
poder tocar o imenso azul com a própria mão!
Fonte:
J. G. de Araujo Jorge. Canto à Friburgo. 1961
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