sábado, 5 de janeiro de 2013

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 775)


Uma Trova de Ademar

Uma Trova Nacional  

Despido, ao lado da cama, 
me peguei a me indagar, 
tendo nas mãos o pijama: 
- devo vestir ou guardar? 
–Amilton Maciel/SP– 

Uma Trova Potiguar  

Está cegando Renato 
pois, um objeto qualquer 
só conhece pelo tato 
principalmente mulher. 
–Renato Caldas/RN– 

Uma Trova Premiada  

2011   -   Nova Friburgo/RJ 
Tema   -   BANDA   -   1º Lugar 

Tocou tuba a vida inteira 
na banda; e era tão viciado, 
que nos braços da enfermeira 
morreu feliz... Entubado. 
–Maurício Cavalheiro/SP– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Quando conto uma piada, 
não há riso que resista, 
porque a sogra, coitada, 
é sempre a protagonista. 
–Jorge Murad/RJ– 

U m a P o e s i a  

A tal morte eu nem conheço, 
deve ser uma bandida... 
Leva o moço, leva o velho, 
com ela não tem saída... 
Morrer é a última coisa 
que eu quero fazer na vida... 
–Milton Souza/RS– 

Soneto do Dia  

O POBRE
–Francisco Macedo/RN– 

Vida de pobre é um mutirão de dor, 
uma loucura e grande confusão, 
quando tem carne nunca tem feijão, 
se tem feijão, de carne nem a cor. 

Compra uma “muda” de roupa todo ano 
e no sapato, tome meia-sola! 
No celular faz pose de gabola, 
mas pra ligar, está sem vez no plano... 

No “lotação” precisa paciência, 
arroto choco e tome flatulência, 
e, mesmo assim, com jeito vai levando... 

Sendo enxerido, segura a aparência, 
pose de rico, mas rei da inadimplência 
e vai em frente, as dores disfarçando.

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