Contam que certa vez houve uma reunião de cobras e serpentes. Num recanto da mata, ao cair da tarde, as comadres rastejantes contavam uma às outras as suas proezas. E eram exclamações, risadas, silvos de assustar qualquer animal que passasse a uma légua de distância.
Perto do olho d´água, afastadas das demais, a cascavel e a sucuri, inegavelmente as rainhas das serpentes conversavam, animadas.
Cheia de fingida modéstia, dizia a cascavel:
— Bem... eu não faço nada demais. Mas o coitado do bicho que sente a picada dos meus dentes, ou morre, ou fica aleijado para o resto da vida. Não escapa mesmo.
A surucucu deu uma risadinha de mofa, como quem diz "grande coisa" e, depois com indiferença falou:
— Comigo é diferente. Quando finco os dentes em qualquer bicho, humano ou não, tenho de correr depressa, para que o cadáver não caia em cima de mim.
Fonte:
Colhido por Jerônimo B. Monteiro e publicado em sua coluna Lendas, mitos e crendices
Jangada Brasil. Setembro 2010 - Ano XII - nº 140. Edição Especial de Aniversário
Perto do olho d´água, afastadas das demais, a cascavel e a sucuri, inegavelmente as rainhas das serpentes conversavam, animadas.
Cheia de fingida modéstia, dizia a cascavel:
— Bem... eu não faço nada demais. Mas o coitado do bicho que sente a picada dos meus dentes, ou morre, ou fica aleijado para o resto da vida. Não escapa mesmo.
A surucucu deu uma risadinha de mofa, como quem diz "grande coisa" e, depois com indiferença falou:
— Comigo é diferente. Quando finco os dentes em qualquer bicho, humano ou não, tenho de correr depressa, para que o cadáver não caia em cima de mim.
Fonte:
Colhido por Jerônimo B. Monteiro e publicado em sua coluna Lendas, mitos e crendices
Jangada Brasil. Setembro 2010 - Ano XII - nº 140. Edição Especial de Aniversário
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