Gota a gota o copo enche, assim como também esvazia.
Letra a letra as palavras vão cumprindo os seus papéis.
Dizer por dizer é como soletrar só letras.
É ruim para quem diz, pior para quem lê.
Fazer sem sentido é construir o incompreensível.
Ousar não é só se expor.
Usar e expor... um sentido supor... palavras em tintas tão nobres... extensas, sucintas... claro e escuro...
Ensurdecer com palavras escritas.
Dizer apenas o que se deve ouvir.
Criar um chão para que a razão se assente.
E se rir da própria vaidade,
de todo imprópria.
Sentidos...
ouvir dizer, sem saber quem diz;
ler sem saber o que;
cantar sem ter a razão;
unir letras sem o sabor das palavras que criam;
inalar todo prosa mal sã fantasia.
Palavras criam. O quê? Criam...
Expressar é regurgitar sentimentos com razão ou não.
Uma expressão fria é, ainda, uma expressão.
Fria, porque não?
Um jogo de contrastes.
A palavra busca atingir, muita vez, o contrário.
Faz sorrir os que choram.
Faz chorar os que riem.
Onde está a razão? Onde está o autor? Onde está o ator? Onde está o objetivo?
Para quem se escreve?
Para si mesmo?
Para alguém ler? Ou ninguém?
Qual o papel do autor?
Que não seja só a vaidade e se for que seja.
Fonte:
Paulo Vieira Pinheiro. 8 agosto 2007. paulovinheiro.blogspot.com
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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
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