sexta-feira, 20 de junho de 2008

Abel Fernandes (1945)

Nasceu na cidade de Marília, estado de São Paulo, no dia 27 de abril de l945. Com um ano de idade mudou-se para a capital paulista, trazido pelos seus pais e aí permaneceu durante quase a vida inteira. Passou sua infância no bairro de Vila Santa Isabel, onde conheceu Benedito N. A. Santos, ( Mão de Ferro-7º. Dan ) com o qual teve aulas de Karatê e iniciou -se no Espiritualismo. Desde criança sempre gostou de desenhar. Sua mãe, (falecida) era ótima desenhista e foi ela quem ensinou-lhe os primeiros rudimentos do desenho. Vivia desenhando por toda parte, principalmente nos seus cadernos escolares, os quais eram "roubados" pelas suas professoras. Com treze anos começou a escrever seus primeiros poemas.

Aos quatorze já possuía uma pequena biblioteca em sua casa. Gostava de ler de tudo. Aos dezesseis anos ingressou na Associação Paulista de Belas Artes onde estudou desenho durante um ano. Parte de sua juventude participou de diversas profissões, desde engraxate de sapatos, treinador de galos-de-briga, sapateiro, tintureiro, até vendedor de carnets do Baú da Felicidade. Trabalhou, também, em feiras livres como vendedor de quinquilharias, em fábricas, gráficas, metalúrgicas, foi informante comercial de diversas empresas paulistas e cariocas, trabalhou de "boy" em escritórios diversos, foi caixa de restaurante, e durante todo esse tempo nunca deixou de praticar desenho e ler muito.

Abandonou seus estudos no primeiro ano ginasial e passou a ser autodidata. Freqüentou aulas de filosofia como aluno ouvinte, assistiu inúmeras palestras sobre os mais variados assuntos e muito novo ainda ingressou na Fraternidade R. S. P., onde despertou em si o interesse pelo Esoterismo. Aluno assíduo de um dos maiores instrutores de Filosofia Rosacruciana, Astrologia e Cristianismo Esotérico. Nessa época aprofundou-se no estudo da Astrologia, Mitologia e Psicologia Esotérica. Em seguida ingressou num grupo de trabalhos de Gurdgieff, onde permaneceu cerca de cinco anos.

Nesse período, devido a crise de desemprego, passou a viver de Astrologia, dando aulas, palestras e confeccionando Cartas Natais (durante um ano). Aos vinte e um anos de idade mais ou menos começou a trabalhar como desenhista profissional de estamparia de tecidos na área de silk-screen. Nessa época estudou desenho com o grande mestre de histórias em quadrinhos Ignácio Justo. Depois entrou para o campo publicitário, onde foi layoutman, artefinalista e diagramador.

Nesse período publicou dois livros: "PENSAMENTOS" e "PENSAMENTOS II". O primeiro pela Arsgráfica Editora e o segundo pela Editora A Gazeta Maçônica. Durante todo esse tempo desenhou e escreveu muito, principalmente poemas, frases, provérbios, contos, artigos sobre Astrologia, Ocultismo, Mitologia e cartas aos amigos. Vinte e cinco anos após ter abandonado a Associação Paulista de Belas Artes voltou a freqüentá-la como aluno de Romeu Cayani, Fadel e Godoy, três mestres da pintura e do desenho. Freqüentou inúmeras seções de modelo vivo e participou de diversos salões onde obteve vários prêmios.
Fez sua primeira individual na A. P. B. A., onde posteriormente
ocupou o cargo de professor de pintura até 1998. Durante sua juventude e mocidade participou de diversos eventos artísticos, foi membro de vários grupos de poetas e escritores, colaborou para alguns pequenos jornais e revistas e, após passar anos trabalhando de empregado em várias empresas e fábricas, resolveu montar seu próprio negócio.

Começou com um atelier artístico, depois montou bancas em feiras de antigüidades (Bexiga, Masp, Praça Benedito Calixto, etc.) Logo após montou pequenas lojas em galerias de São Paulo onde passou a trabalhar com antigüidades, obras de arte, artigos colecionáveis tais como moedas, selos, cartões postais, miniaturas, livros raros. Nessa época abriu um sebo na Bela Vista e uma oficina de restauração de molduras antigas com seus filhos e irmão. Logo em seguida montou uma molduraria em sociedade com seu filho Márcio Gobbi, o qual passou a produzir as melhores molduras artísticas e artesanais da época, atendendo galerias, antiquários, marchands, leiloeiros, inclusive o grande artista plástico e colecionador Emanoel Araujo no tempo de sua administração na Pinacoteca.

Finalmente deixou seus negócios nas mãos de seus filhos Márcio Gobbi Fernandes, hoje considerado um dos mais jovens colecionadores de Arte Moderna brasileira e um dos mais bem sucedidos marchand de São Paulo e Aquiles Gobbi Fernandes, artista plástico, mestre em desenho e pintura, com vasto acervo de suas obras espalhadas em diversas coleções particulares, detentor de vários prêmios e medalhas em exposições, e passou a dedicar-se única e exclusivamente a pesquisas esotéricas e a sua carreira de pintor, desenhista, escritor e poeta.

Fonte:
http://www.abelfernandes.blogspot.com/

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