sexta-feira, 13 de junho de 2008

Cesídio Ambrogi (1893 - 1974)

Cesídio Ambrogi (Natividade da Serra, 22 de maio de 1893 — Taubaté, 27 de julho de 1974). Considerado um dos maiores nomes da intelectualidade valeparaibana do século XX.

Foi professor, escritor e jornalista. Poeta eclético, sonetista emérito, além de notável trovador. Fundador de diversos periódicos, foi também um dos fundadores da "Sociedade Taubateana de Ensino" e considerado presidente perpétuo da União Brasileira de Trovadores (UBT-Taubaté).

Como trovador fez jus a vários troféus e menções honrosas. Colaborou assiduamente nos diversos órgãos da imprensa do Vale do Paraíba e de São Paulo.

Biografia

Filho dos comerciantes Bernardo Ambrogi e de Marianna Nardi, imigrantes italianos vindo para o Brasil, estabelicidos em Natividade da Serra no final do século XIX. Nasceu e passou sua infância em Natividade da Serra onde amava pássaros. Em 1905 sua família se transferiu pra Taubaté onde fez seus preparatórios e ingressou no tradicional ginásio “Nogueira da Gama” de Jacareí, no qual concluiu o curso secundário. Tentou estudar engenharia na Escola Politécnica de São Paulo, mas sem êxito. Foi pra Itália, onde se matriculou na Universidade de Pisa, como aluno do curso de Engenharia e Letras Clássicas que se graduou. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial interrompeu os estudos e regressou ao Brasil em companhia do primo Dante Cicchi.

Algum tempo depois tentou colocação no alto comércio do Rio de Janeiro onde o pai desfrutava de boas relações comerciais. Sua mãe não vendo vocação do filho para trabalhar com comércio, trouxe-o de volta para Taubaté e através da influência dos amigos da família Puccini, foi nomeado para o cargo de coletor federal, que lhe fora oferecido.

Mais tarde aceitou o convite para exercer as funções de fiscal federal, junto à antiga escola de comércio de Taubaté. Em meados da Década de 20, Cesídio Ambrogi já dispunha de uma apreciável bagagem literária (Prosa e Verso) o que lhe valeu o convite para figurar no primeiro corpo docente do recém criado ginásio do estado, em Taubaté.

Casou-se duas vezes com mulheres de descendência italiana. Seu primeiro casamento em 22 de maio de 1920 com Petronilha Chiaradia, falecida em 26 de julho de 1933, teve um casal de filhos nascidos em Taubaté: Bernardo Ambrogi Neto nascido no dia 21 de abril de 1927 e Teresa Maria Ambrogi conhecida como Tita nascida no dia 28 de julho de 1928.

Depois de ter ficado viúvo, Cesídio Ambrogi em 21 de fevereiro de 1938 casou-se com sua segunda esposa, a talentosa professora, advogada e trovadora Lygia Teresinha Fumagalli, com quem teve os seguintes filhos nascidos em Taubaté: Elisa Mariana Ambrogi nascida no dia 21 de maio de 1939, Cesídio Ambrogi Filho, nascido no dia 25 de julho de 1941, Walfrido Ambrogi nascido aos 04 de setembro de 1943, Anabela Ambrogi nascida aos 20 de julho e 1945 e Lygia Mara Ambrogi nascida aos 19 de fevereiro de 1947.

Por várias décadas, como mestre e poeta, o grande Cesídio Ambrogi honrou o seu mister, dedicando-se ao magistério com amor e dignidade, tendo lecionado lingua portuguesa e literatura brasileira, exercendo notável influência na formação de professores, muitos dos quais, pontificam hoje na Universidade de Taubaté.

Cesídio Ambrogi faleceu no dia 27 de julho de 1974, às 19h e 15min no Hospital Santa Isabel de Taubaté, vítima de insuficiência respiratória aguda e de carcinoma broncogênico. Está sepultado no Cemitério Municipal de Taubaté, Quadra 19, túmulo 102.

Cesídio Ambrogi e Monteiro Lobato

Cesídio Ambrogi foi amigo íntimo do escritor Monteiro Lobato de quem recebeu o apelido de "jacaré". E entre as inúmeras correspondêcias trocadas, a famosa frase escrita por Monteiro Lobato ao amigo Cesídio Ambrogi: " As coisas mais belas que um leitor encontra num livro não são o que pomos nele – são as que estão dentro do leitor e nós apenas sugerimos".

Durante o período que Monteiro Lobato esteve no comando literário das editoras Monteiro Lobato & Cia e Companhia Editora Nacional, ele apresentou e publicou algumas obras do amigo Cesídio Ambrogi.

Obras Literárias

Livros
O Caboclo do Vale do Paraitinga, São Paulo, 1943.
O opúsculo satírico “Janíadas”, publicado com o pseudônimo de K. Mões de Araque, 1945.

Livros de Poesia
As Moreninhas 1943.
Os Poemas vermelhos 1947.
=========
Fonte:

Nenhum comentário: