Escuta, nos poemas que te oferto,
batidas de tambor, rumor de remos
retalhando essas águas seculares
onde remaram nossos bisavós.
Ouve os gritos de dor rasgando o tempo
nos porões dos navios, nas senzalas,
nos troncos, nas fazendas, nos garimpos
a retumbar no âmago de nós.
É preciso correr! O tempo urge!
Carece remover o esterco, a lama
que a História sobre nós depositou.
E é preciso cantar! Ódio e tristeza
não trarão água e pão à nossa mesa,
não cobrirão de flores nosso chão.
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batidas de tambor, rumor de remos
retalhando essas águas seculares
onde remaram nossos bisavós.
Ouve os gritos de dor rasgando o tempo
nos porões dos navios, nas senzalas,
nos troncos, nas fazendas, nos garimpos
a retumbar no âmago de nós.
É preciso correr! O tempo urge!
Carece remover o esterco, a lama
que a História sobre nós depositou.
E é preciso cantar! Ódio e tristeza
não trarão água e pão à nossa mesa,
não cobrirão de flores nosso chão.
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Fonte:
Imagem = Instituto de Estudos Avançados da USP. vol.16 no.46 São Paulo Set./Dez. 2002. Artigo Liberalismo e Escravidão.
Imagem = Instituto de Estudos Avançados da USP. vol.16 no.46 São Paulo Set./Dez. 2002. Artigo Liberalismo e Escravidão.
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