domingo, 26 de dezembro de 2010

Ernâni Rosas (1886-1955)


Ernâni Salomão Rosas Ribeiro de Almeida, nasceu em Desterro, Florianópolis em 31 de março de 1886, mas viveu no Rio de Janeiro desde os 3 anos de idade. Filho do também poeta Oscar Rosas.

Chegou a entrevistar-se com poetas como Luiz de Montalvo, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, mas sua poesia é considerada simbolista, tardia.

Trabalhou em cargos modestos e variadas e humildes atividades profissionais.

Viveu em Nova Iguaçu, onde morreu em condições difíceis. Com o agravante da discriminação por ser gago, homessexual, pobre, tratando de viver 'como poeta' (...) apreciando sobremaneira o álcool e provavelmente o ópio, afastado do convívio com os 'poetas maiores' de sua época, é de se supor as dificuldades encontradas por Ernani para publicar seus poemas"

Tanto que os poemas contidos na "História do Gosto" ficaram guardados em uma caixa na Academia Catarinense de Letras por mais de 40 anos, sendo resgatados para a análise e publicação do livro só em 1997.

Poeta em certo sentido hermético, de inspiração mallarmáica. Chegou a ser redescoberto e cultuado pelos concretistas paulistas.

Dentre suas principais influências estão Eugênio de Castro e Cruz e Sousa. Como observa Andrade Muricy: "O fato de ter ficado quase completamente desconhecido e não haver, por isso, tido influência histórica, não lhe invalida a precedência".

Publicou em vida: Certa Lenda Numa Tarde - Paráfrasis de Narciso; Poemas do ópio; Silêncios. (...)

Fontes:
Antonio Miranda
Literatura Brasileira – Apostila 7 de simbolismo.
Casa de Paragens.

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