DA LUA AO POETA...
Ser aluado ou disperso é o viver do poeta
Que a pena dissipa suas dores e compulsões
Imergindo inversas letras ao vento que o ata
Olhando outros olhos a miragem das ablações.
Pode parecer flutuar encantado com o que versa
Diz não a sofreguidão, deitando em constelações;
Que luzem sois na beleza do existir que perpassa
Enjeitando as aflições de suas tantas emoções...
Só há flores em seu vergel, e ao acúleo congraça,
O negrume em rendilhas bordadas na imensidão
Ri da dor no verso lido odora o lodo e a traça...
O Poeta faceta em rosas o desejar da imaginação
Transmuda o viver obscuro aos olhos de toda praça
Lamentos que despem a lua no gozar da alucinação.
ESCULPI O VENTO...
Despertar afoito no sol que desponta
Na morna canção num solo da brisa
Insuflando a completude que decanta
Rompendo muralhas alisando e frisa,
Diálogos afagados, a natureza monta
beleza esculpida que a erosão alisa .
sutilezas em cinzéis ventados em data
conturbada na memória que encanta.
Lacerando Dunas e Falésias dum amar
erosões do vento que conto no momento,
e permaneço embebida na visão do mar .
Que insiste salivar a rocha ,na sede do tempo
lambendo o fruto proibido em seu acariciar.
Flui da aragem, liras lúbricas no sentimento..
LONGA MADRUGADA...
De arcabouços carcomidos, estafados e ansiosos
Envolto a asperezas dissonantes das notas dum jazz
Náufragos embevecidos de pensamentos nervosos
Entre libar dum rubro tragado o debilitar que satisfaz...
Embalados a canções balouçadas de eus silenciosos
Buscando quem sabe onde, o acalentar de seus ais.
Lágrimas que vertem nas faces, de vultos curiosos
Providas de ilusos perdidos, balizados no olhar fugaz...
Na disfarçada melancolia, a corroer tantos corações ociosos.
Ser aluado ou disperso é o viver do poeta
Que a pena dissipa suas dores e compulsões
Imergindo inversas letras ao vento que o ata
Olhando outros olhos a miragem das ablações.
Pode parecer flutuar encantado com o que versa
Diz não a sofreguidão, deitando em constelações;
Que luzem sois na beleza do existir que perpassa
Enjeitando as aflições de suas tantas emoções...
Só há flores em seu vergel, e ao acúleo congraça,
O negrume em rendilhas bordadas na imensidão
Ri da dor no verso lido odora o lodo e a traça...
O Poeta faceta em rosas o desejar da imaginação
Transmuda o viver obscuro aos olhos de toda praça
Lamentos que despem a lua no gozar da alucinação.
ESCULPI O VENTO...
Despertar afoito no sol que desponta
Na morna canção num solo da brisa
Insuflando a completude que decanta
Rompendo muralhas alisando e frisa,
Diálogos afagados, a natureza monta
beleza esculpida que a erosão alisa .
sutilezas em cinzéis ventados em data
conturbada na memória que encanta.
Lacerando Dunas e Falésias dum amar
erosões do vento que conto no momento,
e permaneço embebida na visão do mar .
Que insiste salivar a rocha ,na sede do tempo
lambendo o fruto proibido em seu acariciar.
Flui da aragem, liras lúbricas no sentimento..
LONGA MADRUGADA...
De arcabouços carcomidos, estafados e ansiosos
Envolto a asperezas dissonantes das notas dum jazz
Náufragos embevecidos de pensamentos nervosos
Entre libar dum rubro tragado o debilitar que satisfaz...
Embalados a canções balouçadas de eus silenciosos
Buscando quem sabe onde, o acalentar de seus ais.
Lágrimas que vertem nas faces, de vultos curiosos
Providas de ilusos perdidos, balizados no olhar fugaz...
Na disfarçada melancolia, a corroer tantos corações ociosos.
Fundeados no ar denso, mitigando canchas de templos e sagas,
Definindo os semblantes, almas mortas de sonhos preciosos...
O fulgurar mesmo que diuturno o alvorecer dos sorrisos
Entre cinzas espalhadas sob as guimbas. Na brasa voraz,
O arder da musica, sons alcoolizados, afligindo orgulhosos.
A DERIVA DO AMOR...
Revoltada a ventania e o marejar irado
Deste dia, em que sonho querências.
Do afagar aquecendo o imo, no aguardo
Da bonança a envolver-me em caricias...
Naufraga imaginando as espumas brancas,
Mareada.... Na ilusão duma espera suportada.
A deriva a paixão faz água nas molancas,
E Inunda o barlavento na onda quebrada...
E , nesse nadar marolas ateadas, eu te navego
Oceano! Entrevendo ao longe, a tábua do amor
Mitigando o que vem, no sentir que a ti renego,
E apenas no sonhar a sanha, a ti me entrego
Alcançando o mastro imerso no escarcéu do ardor.
Boiando no contemplar das ondas aguçando o ego!
CHOVE EM MIM...
Inunda chuva molhando meu ser
Umedecendo o solo do escrever
Germinando vaga a triste realidade.
Lacrimejada nos olhos de quem lê;
E chora o Poeta a tamanha saudade
Descrita no tempo do não sabe por quê.
Que nas pardacentas folhas da idade
O Vento sopra á noite ruelas de mim
Enclausuradas na cruel infelicidade...
Ateando a poeira mundana no argüir
Os traços deixados no caminhar
Rimas crivadas dum amor sem fim...
Refaz o pulsar de o imo a premunir,
A tempestade de nuvens a entoar
O redivivo borrão, chovido nanquim.
Insistem mostrar o negrume ao luar
Chuvosos versos bordando marfim
Lembrar das gotas, pérolas a tilintar...
Sussurram colchas nas eras do cetim
pros catres que te chamam sem ouvir
a vaguear pelas ruas nas noites sem fim...
Chove o peito da paixão por não sorrir
os momentos nebulosos vindo do mar
A carpirem ondas de o amargo existir.
ASPIRO ROSAS...
Assim vou dando cor e aroma ao que inspiro,
das pétalas aveludadas, que desnudam o corpo
Pra vestir a vida, mesmo que seja de espinhos
Aspiro Rosas...
Envolvo o templo em matiz imaginarias
Viandando por cânones que valsam no tempo
A harmonia dos pelos que encrespam poros e,
Aspiro Rosas...
Mesmo que imersas na água da chuva, que inunda o viver
De tempestades inclementes, no carpir de amarguras
Que assolam o ser por querer da vida, um rasgo no alvorecer.
Aspiro Rosas...
Mesmo que murchem ao olhar do que vê, mesmo assim
As quero ornando a esperança que o horizonte aponta
Quando de nuvens pesadas, nebulosos os dias perceber
Aspiro Rosas...
Quando a tarde vai desmaiando em busca dum crepúsculo
Pra morrer nos braços da noite, que orvalha o que precente
no caule da flor, que o amanhã não será diferente, aspiro Rosas!
Nos ventos transportando aromas e cores.
-----
O fulgurar mesmo que diuturno o alvorecer dos sorrisos
Entre cinzas espalhadas sob as guimbas. Na brasa voraz,
O arder da musica, sons alcoolizados, afligindo orgulhosos.
A DERIVA DO AMOR...
Revoltada a ventania e o marejar irado
Deste dia, em que sonho querências.
Do afagar aquecendo o imo, no aguardo
Da bonança a envolver-me em caricias...
Naufraga imaginando as espumas brancas,
Mareada.... Na ilusão duma espera suportada.
A deriva a paixão faz água nas molancas,
E Inunda o barlavento na onda quebrada...
E , nesse nadar marolas ateadas, eu te navego
Oceano! Entrevendo ao longe, a tábua do amor
Mitigando o que vem, no sentir que a ti renego,
E apenas no sonhar a sanha, a ti me entrego
Alcançando o mastro imerso no escarcéu do ardor.
Boiando no contemplar das ondas aguçando o ego!
CHOVE EM MIM...
Inunda chuva molhando meu ser
Umedecendo o solo do escrever
Germinando vaga a triste realidade.
Lacrimejada nos olhos de quem lê;
E chora o Poeta a tamanha saudade
Descrita no tempo do não sabe por quê.
Que nas pardacentas folhas da idade
O Vento sopra á noite ruelas de mim
Enclausuradas na cruel infelicidade...
Ateando a poeira mundana no argüir
Os traços deixados no caminhar
Rimas crivadas dum amor sem fim...
Refaz o pulsar de o imo a premunir,
A tempestade de nuvens a entoar
O redivivo borrão, chovido nanquim.
Insistem mostrar o negrume ao luar
Chuvosos versos bordando marfim
Lembrar das gotas, pérolas a tilintar...
Sussurram colchas nas eras do cetim
pros catres que te chamam sem ouvir
a vaguear pelas ruas nas noites sem fim...
Chove o peito da paixão por não sorrir
os momentos nebulosos vindo do mar
A carpirem ondas de o amargo existir.
ASPIRO ROSAS...
Assim vou dando cor e aroma ao que inspiro,
das pétalas aveludadas, que desnudam o corpo
Pra vestir a vida, mesmo que seja de espinhos
Aspiro Rosas...
Envolvo o templo em matiz imaginarias
Viandando por cânones que valsam no tempo
A harmonia dos pelos que encrespam poros e,
Aspiro Rosas...
Mesmo que imersas na água da chuva, que inunda o viver
De tempestades inclementes, no carpir de amarguras
Que assolam o ser por querer da vida, um rasgo no alvorecer.
Aspiro Rosas...
Mesmo que murchem ao olhar do que vê, mesmo assim
As quero ornando a esperança que o horizonte aponta
Quando de nuvens pesadas, nebulosos os dias perceber
Aspiro Rosas...
Quando a tarde vai desmaiando em busca dum crepúsculo
Pra morrer nos braços da noite, que orvalha o que precente
no caule da flor, que o amanhã não será diferente, aspiro Rosas!
Nos ventos transportando aromas e cores.
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Fonte:
Recanto das Letras
Recanto das Letras
Um comentário:
Bêençãos Poeta! É imensa a alegria , pousada nesse sentir, vem com Paz e harmonia coroar meu existir. " A poetisa dos Ventos"
Deth Haak
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