terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 778)



Uma Trova de Ademar  

Quando eu vou a minha serra
deixo feliz meu olfato, 
sentindo o cheiro da terra 
que vem das folhas do mato. 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Meu pai nunca teve intuito 
de ser rico nenhum dia, 
e como nunca quis muito 
teve tudo que queria. 
–Geraldo Amâncio/CE– 

Uma Trova Potiguar  

Enquanto proles "distintas" 
esbanjam pão e agasalho... 
milhões de bocas famintas 
vivem clamando trabalho. 
–Djalma Mota/RN– 

Uma Trova Premiada  

2002 - Campos de Goytacases/RJ 
Tema: LIVRO - 3º Lugar 

Na biblioteca há mil sábios
a nosso inteiro dispor.
- Sem sequer mover os lábios,
cada livro é um professor!
–A. A. de Assis/PR– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Saudade, luz pequenina,
nas sombras da solidão.
No entanto, como ilumina
as trevas do coração!
–Maria Izabel Miranda/SP– 

U m a P o e s i a  

Com este peito repleto de luxúrias, 
por livrar-me do abismo da injurias 
e encher-me outra vez de inspirações; 
faz mergulhar-me nas poesias calmas, 
pois a distância que separa as almas 
não separa jamais, dois corações... 
–Isaac Jordão/RN– 

Soneto do Dia  

EU INFANTE
Ives Gandra/SP– 

Meu ano acaba, volto a ser menino, 
encantos descobrindo pela lua, 
meus papagaios lúdicos empino 
enquanto elevo aos céus minh’alma nua. 

Retorno no rever de meu destino, 
ao moleque que andava pela rua, 
sonhando sonhos mil, em desatino, 
sem nunca perceber que a vida é crua. 

Meu passado repasso num instante 
e meu presente engolfo no futuro, 
que se torna de mais em mais incerto, 

Mas que não tira o brilho de eu infante, 
que fazia ser claro o que era escuro
e plantava jardins pelo deserto.

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