A lenda do dilúvio é universal.
Nossos índios também têm uma lenda em que o dilúvio comparece para castigar os homens e em que há um Noé que salva a raça da extinção total.
Entre diversas versões dessas lendas, damos a de Olavo Bilac (Contos pátrios):
Tupã para fazer o céu e a terra, começou criando as mães de tudo. O Sol é mãe do dia e da noite: a Lua é mãe das plantas e dos animais.
Os homens nasceram e foram maus. Tupã, para castigar a sua maldade, mandou que as águas crescessem desmedidamente e cobrissem tudo. Então, viram-se os peixes nadando entre as folhagens das árvores e as onças boiando sobre a vastidão das ondas crescidas. E os homens fugiram de monte em monte.
E o céu se abria em relâmpagos e em assombrosas quedas de água.
Mas um varão forte que Tupã amava — um varão de alma grande, que tinha o nome de Tamandaré, salvou a raça, guardando em uma canoa os seus filhos, livrando-os do naufrágio espantoso.
Fonte:
Colhido por Jerônimo B. Monteiro e publicado em sua coluna Lendas, mitos e crendices
Jangada Brasil. Setembro 2010 - Ano XII - nº 140. Edição Especial de Aniversário
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