quinta-feira, 6 de junho de 2024

Recordando Velhas Canções (Porto Solidão)


Compositores: Gincko e Zéca Bahia

Se um veleiro repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração

Meu coração, a calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
De versos naufragados e sem tempo

Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando contra o cais

Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando contra o cais

A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * 

Navegando pela Solidão de Jessé
A música "Porto Solidão" interpretada por Jessé é uma verdadeira viagem pelas águas da introspecção e da melancolia. A letra utiliza a metáfora de um veleiro para representar a jornada da vida e os sentimentos do eu lírico. O ato de soprar o veleiro na palma da mão sugere um desejo de controle sobre o próprio destino, uma tentativa de guiar a vida em direção ao coração, ou seja, aos sentimentos mais verdadeiros e íntimos.

O coração é comparado ao mar, um lugar profundo que guarda segredos, versos perdidos e momentos que se foram com o tempo, como naufrágios que deixam vestígios no fundo da alma. A repetição das palavras 'rimas', 'ventos' e 'velas' evoca a ideia de que a vida é feita de ciclos, de coisas que vêm e vão, mas a solidão é o elemento constante que permanece, impactando o eu lírico de forma avassaladora, como as ondas que arremessam contra o cais.

A solidão descrita na música é quase tangível, e o cais representa o ponto de encontro entre a imensidão dos sentimentos e a realidade concreta. A música de Jessé, com sua melodia suave e ao mesmo tempo carregada de emoção, convida o ouvinte a refletir sobre a própria existência, as escolhas feitas e o peso da solidão que, por vezes, acompanha cada um de nós em nossa jornada pessoal.

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