quarta-feira, 21 de maio de 2025

José Feldman (Fábula da Velha Coruja)


Em uma floresta distante, havia uma velha coruja. Ela era uma dos mais antigas e sábios da floresta, tendo visto gerações de animais nascerem e crescerem. Ela era conhecida por sua força e sabedoria, e muitos animais a procuravam para pedir conselhos e orientação.

No entanto, com o passar dos anos, começou a sentir os efeitos da idade. Suas penas começaram a murchar, e suas pernas não eram mais tão fortes quanto antes. Ela precisava de cuidado e atenção, mas seus filhos e netos, que haviam crescido e se mudado para outras partes da floresta, não estavam mais por perto para ajudá-la.

Os animais mais jovens da floresta não tinham mais tempo para visita-la ou ouvir suas histórias. Eles estavam ocupados com suas próprias vidas e problemas, e não tinham mais paciência para lidar com as necessidades de uma velha coruja.

Ela se sentia abandonada e sozinha. Ela havia dado tanto para a floresta e para os animais que viviam nela, e agora não tinha mais ninguém para cuidar dela. Começou a se sentir como um peso para os outros, e sua dor e tristeza aumentaram a cada dia.

Um dia, um jovem esquilo passou pela clareira onde ela estava. Ele notou que a velha coruja estava murcha e sozinha, e decidiu parar para visitá-la. Ela contou a ele sobre como se sentia abandonado e sozinho, e o esquilo ouviu atentamente.

Ele percebeu que a coruja não era apenas uma velha coruja, mas uma fonte de sabedoria e conhecimento. Ele decidiu visita-la regularmente, ouvindo suas histórias e aprendendo com sua experiência. Outros animais começaram a se juntar a ele, e logo ela estava cercada de amigos que a cuidavam e a respeitavam.

No entanto, a lição mais importante que ela ensinou a todos foi sobre a importância de cuidar dos idosos. Ela mostrou que os idosos não são apenas pessoas que precisam de cuidado, mas também são fontes de sabedoria e conhecimento.

Moral da história: 
Os idosos merecem respeito, cuidado e atenção. Eles têm muito a oferecer em termos de sabedoria e experiência, e é importante que sejam tratados com dignidade e compaixão. Ao cuidar dos nossos idosos, estamos não apenas ajudando-os, mas também preservando a nossa própria humanidade e garantindo que as futuras gerações possam aprender com a experiência e sabedoria dos mais velhos. Ás vezes, alguns minutos de conversa e um cafezinho podem fazer milagres para a auto-estima de um idoso. Pense nisto, antes de ver ele como um fardo para a sociedade. Eles são seres como os mais jovens e possuem emoções também.
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JOSÉ FELDMAN nasceu na capital de São Paulo. Poeta, escritor e gestor cultural. Formado em patologia clínica trabalhou por mais de uma década no Hospital das Clínicas. Foi enxadrista, professor, diretor, juiz e organizador de torneios de xadrez a nível nacional durante 24 anos; como diretor cultural organizou apresentações musicais. Casado com uma escritora, poetisa, tradutora e professora da UEM, mudou-se em 1999 para o Paraná, morou em Curitiba e Ubiratã, e depois em Maringá/PR desde 2011. Consultor educacional junto a alunos e professores do Paraná e São Paulo. Pertence a diversas academias de letras, como Academia Rotary de Letras, Academia Internacional da União Cultural, Confraria Luso-Brasileira de Trovadores, Academia de Letras de Teófilo Otoni, etc, possui os blogs Singrando Horizontes desde 2007, e Pérgola de Textos, um blog com textos de sua autoria, Voo da Gralha Azul e Gralha Azul Trovadoresca. Assina seus escritos por Floresta/PR. Publicou de sua autoria 4 ebooks.. Premiações em poesias no Brasil e exterior.

Fontes>
José Feldman. Gangorra do tempo. Maringá/PR: Plat. Poe. Biblioteca Voo da Gralha Azul
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing  

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